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Infertilidade primária (casal que nunca engravidou antes) x secundária (casal que já teve um filho anteriormente) Conceito x início da investigação Prevalência: 10-15% dos casais Principais fatores prognósticos: idade da mulher (> 37 anos) e tempo de infertilidade (> 3 anos) Tempo de exposição e taxa de gravidez: Um ciclo - 20-25% 3 meses - 57% 6 meses - 72% 1 ano - 85% 2 anos- 93% Fertilidade: tudo isso tem que estar certo para que aconteça a fertilização. Testículo e sistema canalicular Deposição do sêmen na vagina Muco cervical adequado e colo pérveo Trompas pérveas Ovário funcionante e com reserva folicular Endométrio receptivo (relação com implantação) Útero em condições de manter a gravidez (evitar os abortamentos iniciais) Corpo lúteo funcionante até 12 semanas Estima-se que 25% das infertilidades sejam distúrbios femininos puros, 35% masculinos puros, 20% mistos e 14% ISCAS (idiopáticas) FATOR MASCULINO - 35 a 40% Causas: Causas pré-testiculares: Diminuição do número de relações sexuais Hipogonadismo (hiperprolactinemia, TCE, tumores hipofisários, cirurgias, esteróides, anabolizantes, tumores testiculares e suprarrenais) Disfunção erétil Causas testiculares: Congênitas: Criptorquidia Cromossômica (Klinefelter) Síndrome dos cílios imóveis Infecção - caxumba Vascular: Torção Varicocele? Conceito: incapacidade de conceber após um ano (dois anos -FIGO) de atividade sexual regular sem proteção contraceptiva. 1. Infertilidade Conjugal Quimioterapia Sulfasalazina - efeito reversível Calor Irradiação Anticorpos anti-espermáticos Causas pós-testiculares: Obstrutivas: Congênita (ausência de vasos deferentes) Inflamatória (epididimite) Cirúrgica (vasectomia) Infecção das glândulas acessórias Distúrbios ejaculatórios Investigação do fator masculino: Anamnese: Hábitos sexuais do casal Uso de drogas HP - trauma, torção, caxumba, tumores, quimio/radioterapia, infecções, fibrose cística (associada a agenesia de deferentes ou epidídimo) Puberdade Exame físico: Peso, distribuição de pelos Pênis - tamanho, hipospádias Testículos - volume, consistência, nódulos, ductos deferentes, epidídimos Varicocele Corrimento uretral Espermograma: se alterado deve repetir o exame depois de 60 dias Volume: 2 a 5 ml pH: 7,2 a 8,0 Contagem: > 15.000.000/ml Motilidade > ou igual a 25% categoria A ou > 50% categoria A +B Morfologia: > ou igual a 30% de formas normais; Kruger > 14% Vitalidade: > ou igual a 50% vivos; > 75% mortos: necrozoospermia Leucócitos: < 1.000.000/ml Ácido cítrico (próstata): > 52 mmol/ejaculado Frutose (vesículas seminais): > 13 mmol/ejaculado Dosagens hormonais: Indicação: oligo ou azoospermia FSH, LH Testosterona Prolactina Cariótipo: Suspeita de Klinefelter - testículos pequenos, testosterona baixa, FSH e LH altos Tratamento: Infecção Fator imunológico: corticóides Hiperprolactinemia: agonistas dopaminérgicos Hipogonadismo hipogonadotrófico: gonadotrofinas Varicocele: cirurgia Reversão da vasectomia: Gravidez em 50-60% dos casos Inseminação intra-uterina: > 1.500.000/ml tipo A após preparo FIV (fertilização in vitro) - TE, ICSI (injeção citoplasmática) Punção de epidídimo ou biópsia Sêmen de doador (banco de sêmen) Etiologia: Cirurgias Fatores obstrutivos (pólipos, miomas, sinéquias, estenoses) Infecções Imunológicos Citrato de clomifeno (droga para indução da ovulação - altas doses ou longo prazo desfavorece o muco cervical) Diagnóstico: Anamnese: Cirurgias e cauterizações Dismenorreia Corrimentos Exame especular; Escore cervical de Insler (normal > 8 pontos) 2. FATOR CERVICAL - 3% Teste pós-coito (Sims-Huhner): presença de espermatozoides vivos no muco cervical Interação muco-sêmen: anticorpos contra os espermatozoides no muco cervical Tratamento do fator cervical: Infecções Estrogênios Cirurgia - pólipos, miomas, sinéquias Inseminação intra-uterina Etiologia: Malformações mullerianas (útero septado) Miomas Pólipos Sinéquias Endometrite Diagnóstico: Histerossalpingografia Ultra-som Histerosonografia Histeroscopia Biópsia endometrial Cultura de secreção endometrial? Tratamento: Antibioticoterapia: Endometrites Histeroscopia cirúrgica: Pólipos Miomas Sinéquias Septos Etiologia: DIP Endometriose Cirurgias Tuberculose Malformações mullerianas Diagnóstico: Histerossalpingografia (radiografia contrastada) Laparoscopia Tratamento: Laparoscopia: Lise de aderências Endometriose Microcirurgia: Reanastomose tubária Plástica tubária FIV - TE (principal indicação) Etiologia: Causas hipotalâmicas 3. FATOR UTERINO CORPORAL - 5% (maior associação com abortamento) 4. FATOR TUBO-PERITONEAL - 35% 5. FATOR OVARIANO - 15% Causa hipofisárias Hiperprolactinemia Hipotireoidismo Anovulação hiperandrogênica Fatores ovarianos locais: ooforites, disgenesias gonadais, falência, tumores, endometriomas, SOP Diagnóstico: Clínico: ciclos menstruais, sintomas perimenstruais e periovulatórios Muco cervical: cristalização, filância Curva de temperatura basal: aumento de 0,3¨% por 11 a 14 dias Progesterona sérica: > 5ng/ml em dosagem única ou mais de 10ng/ml em duas dosagens Monitorização ultrassonográfica Biópsia de endométrio Testes para reserva ovariana: FSH FSH + Estradiol Teste do Clomifeno Hormônio anti-mulleriano (AMH) Dosagem de inibina B Contagem de folículos antrais ao US Em caso de anovulação: TSH Prolactina Extremos de peso? FSH e estradiol 17OH - progesterona Tratamento: Casos específicos: hiperprolactinemia, hipotireoidismo, obesidade, HCSR Indução de ovulação: citrato de clomifeno, HCG, gonadotrofinas Falência ovariana: doação de oócitos Fator masculino: espermograma Fator cervical: teste pós-coito Fatores uterinos e tubo-peritoneal: histerossalpingografia Fator ovariano: clínico + progesterona sérica ou biópsia de endométrio Então a investigação básica é:
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