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ESCLEROSE SISTÊMICA Claudia Tereza Lobato Borges Romy Beatriz Christmann de Souza DEFINIÇÃO A esclerose sistêmica (ES) é uma doença auto-imune do tecido conjuntivo caracterizada por fenômeno de Raynaud, fibrose da pele e de outros órgãos. É também incorretamente chamada de esclerodermia uma vez que esse termo é inespecífico por designar qualquer espessamento cutâneo e não só a ES. A doença tem dois subtipos, a forma difusa e a forma limitada. A extensão do espessamento da pele é que diferencia esses dois subtipos. EPIDEMIOLOGIA É uma doença rara e alguns estudos sugerem uma incidência anual de 1 a 2 casos por 100.000.habitantes. Tem um pico de início entre 30 e 50 anos e é pelo menos quatro vezes mais prevalente em mulheres e parece ser mais freqüênte na raça negra. ETIOLOGIA: A ES é uma doença complexa, de etiologia desconhecida sendo improvável que um gene ou fator ambiental seja a causa da doença. Fator Genético: A forte associação entre a ES e o fator genético vem principalmente de estudos de uma tribo indígena Choctaw no estado de Oklahoma, onde a prevalência da ES é de quase 20 vezes maior que da população geral. Por outro lado, há pouca concordância entre gêmeos idênticos (4,2%), mas apresentam 100% na presença de anticorpos e a presença de anticorpos em familiares é mais comum do que na população geral. Infecção: A infecção latente por vírus pode precipitar ou piorar a doença. Certos retrovírus tem a mesma seqüência da proteína topoisomerase 1 que é um alvo na ES. Este mimetismo molecular, pode ser um fator precipitante. Fator ambiental: A sílica, solventes orgânicos , drogas (bleomicina) e um fator mecânico, como a vibração são os fatores ambientais mais relatados. Os relatos de reconstrução mamária com prótese de silicone levando ao aparecimento de ES ou outra doença auto-imune não foram confirmados pelos grandes estudos epidemiológicos e meta-análises. Vários agentes químicos (cloridrato de vinil, benzeno), drogas (L-Tryptofano), síndrome do óleo tóxico (ingestão de óleo voltar ao índice contaminado na Espanha no início dos anos 80 que desencadeou uma doença semelhante a ES) foram implicados como fatores precipitantes para o desenvolvimento da ES. Microquimerismo: Alguns estudos detectaram a presença de pequenas quantidades de células fetais no sangue periférico na maioria das grávidas e a persistência das mesmas durante vários anos após a gravidez, fenômeno hoje conhecido como microquimerismo fetal. Na ES evidenciou-se que a quantidade de células fetais nas mulheres é maior quando comparadas com mulheres sadias. Entretanto, alguns trabalhos não confirmaram essa associação, mostrando que o microquimerismo acontece tanto na ES quanto em indivíduos normais e está mais relacionado com a presença HLA DQA1. QUADRO CLÍNICO Classificação da Esclerose Sistêmica – forma Difusa e forma Limitada. Principais diferenças: Esclerose Sistêmica Difusa: Geralmente evolução rápida, espessamento cutâneo extenso afetando além de mãos, pés e rosto, a região central do corpo como braços, abdome e dorso. Acometimento pulmonar (doença intersticial) pode ocorrer principalmente nos primeiros 5 anos da doença. Esclerose Sistêmica Limitada: O espessamento da pele ocorre nas mãos e pés e é restrita a parte distal aos joelhos e cotovelos. Não acomete abdome, dorso, braços e coxas. Evolução mais lenta, acometimento de esôfago freqüênte e hipertensão pulmonar mais tardiamente. Chamada de CREST quando na presença de calcinose, raynaud, envolvimento do esôfago, esclerodactilia e telangiectasia. Em 10% dos pacientes a pele é normal, isto é, “esclero sine-esclero” e o diagnóstico é feito quando o paciente apresenta fenômeno de Raynaud e acometimento de órgãos que caracteristicamente são atingidos na ES como o esôfago e pulmão e a presença de auto-anticorpos específicos da ES. Fenômeno de Raynaud: é a mudança de cor dos dedos ocorrendo em três fases, iniciando por palidez intensa seguida de cianose e hiperemia reacional, presentes nos dedos em resposta ao frio ou estresse. A avaliação cuidadosa de um indivíduo com fenômeno de Raynaud pode separar pacientes com chances para o desenvolvimento ou não de doença auto- imune. Há dois tipos de fenômeno de Raynaud: o primário ou doença de Raynaud e o secundário, associados às doenças do tecido conjuntivo. voltar ao índice Manifestações cutâneas: O comprometimento de pele na ES é caracterizado por três fases: uma fase inicial edematosa, seguida por uma fase de espessamento cutâneo e tardiamente evoluindo para uma atrofia. Na fase edematosa, o paciente apresenta edema, principalmente nas mãos, dedos e braços. O endurecimento da pele começa nos dedos e mãos. Na face e pescoço ocorre o apagamento dos sulcos naturais. O nariz e os lábios se tornam afilados, a abertura da boca torna-se reduzida (microstomia) (FIGURA 1). FIGURA 1. Esclerose sistêmica forma difusa: observa-se afilamento do nariz e lábios. As telangiectasias ocorrem principalmente na face, palma das mãos e membranas mucosas e tendem a aumentar em número com o passar dos anos. Calcinose (FIGURA 2) são depósitos anômalos de cálcio que ocorrem em regiões peri-articulares, ponta dos dedos, cotovelo, bursa pré-patelar e superfície extensora do antebraço. A sua presença pode levar a inflamação local, ulcerando a pele e drenando material calcificado, o que predispõe frequentemente à infecção. Úlceras de pele principalmente em regiões peri-ungueais são comuns na ES e são úlceras do tipo isquêmicas e muito dolorosas. A cicatrização é lenta e levam à diminuição da polpa digital e cicatrizes. (FIGURA 3). voltar ao índice FIGURA 2. Calcinose no pé Avaliação da pele pode ser feita pelo escore modificado de Rodnan que avalia 17 regiões do corpo e pontua de 0 (normal) a 3 (sem pregas) para o espessamento da pele, com pontuação máxima de 51 pontos. FIGURA 3. Reabsorção digital com perda e diminuição do tamanho das falanges. Observe também as ulcerações nas pontas dos dedos. Manifestações músculo-esquelética: Artralgia, artrite e a rigidez matinal são sintomas freqüentes em pacientes com ES nas fases iniciais de doença, levando muitas vezes a um diagnóstico inicial de artrite reumatóide. A fraqueza muscular é freqüente em pacientes com ES, tanto na forma difusa como na limitada. A miopatia na ES tem várias causas como drogas (corticosteróide, D-penicilamina) progressão da fibrose para o músculo e inflamação e atrofia por voltar ao índice desuso. As enzimas musculares (CK e aldolase) e eletromiografia geralmente são normais. Manifestações do trato gastrintestinal: O trato gastrintestinal é acometido em 90% dos casos. O esôfago é o segmento mais acometido, seguido pela região anorretal , intestino delgado, estômago e cólon. Disfagia, odinofagia, dor em queimação retroesternal, regurgitação e sensação de parada do alimento no esôfago são sintomas comuns e algumas vezes incapacitantes. A desnutrição resultante da má absorção é uma importante causa de mortalidade em pacientes com ES necessitando algumas vezes de nutrição parenteral. Manifestações Pulmonares: O comprometimento pulmonar na ES é principal causa de morbidade e mortalidade na ES. Dois tipos de envolvimento: doença intersticial pulmonar (mais freqüente e ocorre em até 70% dos casos) e a hipertensão pulmonar isolada que é quase exclusiva da forma limitada. Os pacientes geralmente são assintomáticos e quando surgem os sintomas como a dispnéia aos esforços e tosse seca, a extensão da lesão é grande e compromete a resposta ao tratamento. Coração: O comprometimento cardíaco ocorre mais na forma difusa por processo fibrótico da doença e os pacientes são geralmente assintomáticos. O derrame pericárdico é um achado de ecocardiograma em até 50% dos pacientes, mas geralmente não causa sintomas. Ocasionalmente síncope e, raramente morte súbita, ocorrem em pacientescom ES podendo ser resultante de arritmias. Envolvimento renal: A crise renal esclerodérmica é a manifestação mais importante do comprometimento renal na ES. É caracterizada por um início súbito de hipertensão arterial grave associado ou não a insuficiência renal rapidamente progressiva. Ocorre em aproximadamente 10% dos pacientes, mais na forma difusa e nos primeiros quatro anos de doença, mas sua incidência tem diminuído nos últimos 10 anos. Outras manifestações: Síndrome sicca (sensação de olho e boca seca), neuropatia do trigêmio, síndrome do túnel do carpo, mononeurite multiplexa e comprometimento do sistema nervoso central. DIAGNÓSTICO A ES é uma doença na qual a anamnese e o exame físico são essenciais, e em 90% dos casos são suficientes para o diagnóstico. Os exames laboratoriais e de imagem se prestam confirmação, avaliação da extensão e acompanhamento da doença (QUADRO 1). QUADRO 1. Critérios diagnósticos da esclerose sistêmica voltar ao índice Critério Maior Espessamento da pele proximal às articulações metacarpofalangeanas Critérios menores Esclerodactilia Cicatrizes em polpas digitais Fibrose pulmonar * Para o diagnóstico é necessário o critério maior ou dois critérios menores. Exames complementares Auto-anticorpos: O FAN é encontrado em mais de 95% dos pacientes, entretanto, os anticorpos que são específicos da doença são o anti-centrômero e o anti- topoisomerase 1 (scl-70). Os anticorpos anti-centrômero estão presentes em 60% das pacientes com a forma limitada. Anticorpo anti-topoisomerase (Scl-70) estão presentes em 40% das pacientes com a forma difusa. A presença deste anticorpo está mais associado com a doença intersticial pulmonar e maior extensão de espessamento da pele. Anticorpos contra RNA polimerase I, II e III e fibrilarina são também encontrados na forma difusa e geralmente responsáveis pelo padrão nucleolar na imunoflorescência. Capilaroscopia: Exame simples, não invasivo e barato é de grande auxílio nesta abordagem. Mostram a microcirculação capilar na cutícula dos dedos das mãos. Na ES ocorre o chamado padrão SD ou esclerodérmico, caracterizado por áreas de depleção e deleção capilar, ectasias,e microhemorragias. A quase totalidade dos pacientes apresentam alterações típicas (padrão SD). Raio X de Mãos: As alterações mais características são: (1) reabsorção de tecidos moles nas polpas digitais, (2) calcificações (calcinose) de tecidos moles, (3) osteólise provocando reabsorção das falanges distais;(4) deformidades com uma tendência a luxação da primeira articulação carpo-metacarpo. Trato gastrintestinal: Para o esôfago, manometria, esofagograma e endoscopia. Trânsito intestinal deve ser avaliado quando há sinais de diarréia e desnutrição. O enema opaco e a presença de dilatações e pseudo-divertículos do intestino grosso são muito sugestivas de ES. Pulmão: A tomografia de cortes finos (FIGURA 4) é o primeiro e mais sensível exame a detectar a lesão intersticial. As áreas basais, subpleurais e posteriores são os locais preferenciais de lesão. Imagens do tipo velamento em vidro fosco nas bases pulmonares são as lesões mais encontradas. As provas de função pulmonar tornam- voltar ao índice se alteradas mais tardiamente, porém são de grande auxílio no acompanhamento destes pacientes. A espirometria mostra padrão restritivo. Hipertensão pulmonar é definida no Doppler-ecocardiografia como uma pressão de artéria pulmonar maior que 40 mmHg. A redução da difusão de monóxido de carbono na ausência de restrição na espirometria é muito sugestiva de hipertensão pulmonar. FIGURA 4. Tomografia de tórax mostrando pneumonite intersticial Biópsia de pele: Raramente é necessária para o diagnóstico. Pode ser útil para diagnóstico diferencial. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O diagnóstico diferencial inclui outras doenças associadas ao fenômeno de Raynaud, outras doenças do tecido conjuntivo, e condições com envolvimento cutâneo ou visceral semelhante a ES. Exemplos: fenômeno de Raynaud primário, esclerose digital do diabetes mellitus, escleroderma de Buschke, Raynaud induzido por drogas (beta-bloqueadores), distrofia simpático-reflexa, policitemia, doença do enxerto versus hospedeiro e outras. TRATAMENTO A abordagem terapêutica da ES deve enfocar os órgãos acometidos. Raynaud: Deve-se eliminar todos os fatores que pioram o vasoespasmo como o tabagismo, o uso de drogas como beta-bloqueadores ou derivados da ergotamina muito utilizados para enxaqueca. Usar meias e luvas. Utiliza-se vasodilatadores como voltar ao índice bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina, diltiazem) e inibidores da enzima conversora da angiotensina. A simpatectomia cervical ou lombar pode ser eficaz em casos graves e resistentes. A terapia anti-agregante inclui aspirina (100 a 300mg/dia), pentoxifilina (400mg três vezes/dia). Pele: A D-penicilamina (DPA) é capaz de reduzir a produção de colágeno e com provável efeito imunossupressor. A ciclofosfamida também pode ser utilizada em casos graves. Doença pulmonar: A ciclofosfamida é eficaz na estabilização da função pulmonar. Na hipertensão pulmonar as prostaciclinas por via endovenosa e os inibidores de endotelina 1 mostraram diminuir a mortalidade. A terapia anti-coagulante é obrigatória. Trato gastrintestinal: Mudar hábitos: ingerir refeições pequenas e freqüentes, ao deitar manter a cabeça elevada. Indica-se procinéticos como a metoclopramida e a domperidona, inibidores de bomba de próton como o omeprazol, e antibióticos para para tratar o crescimento bacteriano. Doença cardíaca: A pericardite sintomática responde a anti-inflamatórios não hormonais ou baixas doses de corticoesteróides. O papel das drogas imunossupressoras ainda não está estabelecido no tratamento da doença cardíaca. Doença renal: A pressão arterial deve ser controlada com inibidores da enzima convertora da angiotensina cujo uso diminuiu a evolução para a insuficiência renal. ESCLEROSE SISTÊMICA RESUMO Epidemiologia Idade: incidência - 30 a 50 anos, com pico aos 40 anos. Prevalência: 1 a 2 casos/100.000 habitantes Fisiopatologia Multifatorial: genética, infecção, ambiental e microquimerismo fetal. Classificação Esclerose Sistêmica Difusa - espessamento cutâneo extenso Esclerose Sistêmica Limitada – acometimento localizado e distal dos membros. Quadro Clínico Fenômeno de Raynaud: palidez intensa seguida de cianose e hiperemia reacional. Manifestações cutâneas: Três fases - edematosa, espessamento e atrofia. Telangiectasias ocorrem principalmente em face, palma das mãos e membranas mucosas. Calcinose Úlceras de pele principalmente em regiões peri-ungueais. Musculo-esquelético: Artralgia, artrite e a rigidez matinal Manifestações do trato gastrointestinal: Acometido em 90% dos casos. O esôfago é o mais acometido, seguido pela região anorretal , intestino delgado, estômago e cólon. voltar ao índice Manifestações Pulmonares: Principal causa de morbidade e mortalidade na ES. Dois tipos de envolvimento: doença intersticial pulmonar (mais freqüente e ocorre em até 70% dos casos) e a hipertensão pulmonar isolada é quase exclusiva da forma limitada. Coração: envolvido na forma difusa da doença, geralmente assintomático. Envolvimento renal: A crise renal esclerodérmica (hipertensão) é grave e ocorre em 10% dos pacientes. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Critério Maior: Espessamento da pele proximal às articulações metacarpofalangeanas. Critérios menores: Esclerodactilia, cicatrizes em polpas digitais e fibrose pulmonar. necessário o critério maior ou dois critérios menores. Exames complementares Auto-anticorpos: O FAN - 95% dos pacientes, anti-centrômero - 60% das pacientes com a forma limitada e anti-topoisomerase (Scl-70) - 40% das pacientes com a forma difusa. Capilaroscopia: alterada na quase totalidade dos pacientes.Raio X das Mãos: reabsorção de tecidos moles nas polpas digitais, calcificações (calcinose) de tecidos moles, (3) osteólise;(4) deformidades. Trato gastrointestinal: Esôfago - manometria, esofagograma e endoscopia. Pulmão: tomografia de cortes finos (primeiro e mais sensível exame a detectar a lesão intersticial), prova de função pulmonar, e doppler-ecocardiografia (hipertensão pulmonar). Tratamento Fenômeno de Raynaud: Orientações gerais para evitar o frio, bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina, diltiazem), inibidores da enzima conversora da angiotensina, aspirina e pentoxifilina. Pele: D-penicilamina(DPA) e ciclofosfamida em casos graves. Doença pulmonary: ciclofosfamida EV ou oral. Trato gastrointestinal: Mudar hábitos, procinéticos (metoclopramida e a domperidona) e inibidores de bomba de prótons. Doença cardíaca: anti-inflamatórios não hormonais e corticoesteróides. Doença renal: Controle da pressão arterial com inibidores da enzima convertora da angiotensina ESCLEROSE SISTÊMICA QUESTÕES 1) Uma paciente queixa-se de alteração da coloração nas mãos, que iniciaram no início do inverno. As mãos ao serem expostas ao frio ficam pálidas, seguidas de arroxeamento de alguns dedos e depois de alguns minutos ficam vermelhas. O fenômeno relatado por esta paciente pode ser encontrado em várias doenças reumatológicas, exceto: a) Síndrome de Sjögren b) Lupus Eritematoso Sistêmico c) Osteoartrite d) Esclerose Sistêmica e) Doença Mista do tecido Conjuntivo 2) Escolha a alternativa correta: a) A Esclerose Sistêmica é classificada em Limitada e Difusa conforme a presença de auto- anticorpos específicos. b) A fibrose pulmonar ocorre apenas em pacientes com Esclerose Sistêmica na forma difusa. c) O esôfago é raramente acometido na Esclerose Sistêmica. d) A forma difusa da Esclerose Sistêmica é caracterizada por acometer a pele proximalmente aos cotovelos e proximalmente aos joelhos, além do rosto e mãos. e) O pulmão é raramente envolvido na Esclerose Sistêmica. voltar ao índice 3) Sobre a Esclerose Sistêmica podemos afirmar que: a) O pulmão é o principal fator de mortalidade da doença, sendo a tomografia computadorizada de tórax o principal exame para seu diagnóstico precoce. b) O seu diagnóstico é feito apenas com exames de sangue como os auto-anticorpos. c) O envolvimento da pele é raro e com pouca relevância no diagnóstico da doença. d) O exame fator anti-núcleo é positivo em menos de 30% dos pacientes. e) O auto-anticorpo mais encontrado na forma difusa da doença é o anticorpo anti-Ro. 4) A esclerose sistêmica pode acometer vários órgãos. Assinale a alternativa correta: a) A calcinose, telangiectasias são características da forma difusa. b) O tratamento do fenômeno de Raynaud baseia-se em expor-se ao frio, beta-bloqueadores e antibióticos. c) Não há acometimento do trato gastrintestinal da Esclerose Sistêmica. d) A pele sempre é acometida nesta doença. e) A capilaroscopia, exame que analisa os vasos peri-unqueais tem utilidade na avaliação de pacientes com o fenômeno de Raynaud. 5) Uma paciente de 38 anos chega ao consultório queixando-se que sua pele está endurecida nas mãos, antebraços e rosto. Refere também que ao expor-se ao frio suas mãos mudam de cor variando entre branco, roxo e vermelho. Durante a investigação laboratorial desta paciente quais anticorpos específicos você solicitaria, pensando na doença esclerose sistêmica? a) Anti-Sm e anti-Scl 70 b) Anti-Ro e anti-La c) Anti-Scl 70 e anticentrômero d) Anti-Jo 1 e anticentrômero e) Anti-Scl 70 e anti-DNA Respostas ES: 1-c; 2-d; 3-a; 4-e; 5-c BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 1. Borges, C T L Esclerose sistêmica In: Yoshinari, N H e Bonfá, E S D O. Reumatologia para o Clínico. São Paulo, Roca, 2000, p 49-58. 2. Marques Neto, JF, Sampaio-Barros, PD, Borges, CTL, Souza, RBC, Esclerose Sistêmica In: Lopes, AC, Tratado de Clínica Médica, SãomPaulo, Roca, 2006, p.1612-1618 voltar ao índice
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