Buscar

6 QUEIXA-CRIME (menção ao fato criminoso)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Material produzido por @conquistando.atoga. Permitido o compartilhamento. Venda proibida. 
 
QUEIXA-CRIME (menção ao fato criminoso) 
 
O que se entende por “menção do fato criminoso”? É necessário que se 
narre o fato criminoso na procuração para se cumprir o disposto no art. 44? 
NÃO 
(posição do STJ) 
SIM 
(posição da 2ª Turma do STF) 
Não é necessário que se narre o fato 
criminoso na procuração, bastando que 
se indique o nome do querelado e o 
artigo do Código Penal que ele teria 
praticado. 
Basta a menção do nomen juris ou do 
dispositivo penal. 
 
Ex.1: procuração para oferecer queixa-
crime contra Fulano pela prática do 
crime de injúria. 
Ex.2: procuração para oferecer queixa-
crime contra Fulano pela prática do 
crime do art. 140 do Código Penal. 
É necessário que a procuração 
individualize o evento delituoso, não 
bastando que apenas mencione 
o nomen iuris do crime. 
 
Ex: procuração para oferecer queixa-
crime contra Fulano pela prática do 
crime de injúria ocorrida no dia XX, por 
meio de palavras proferidas no lugar 
YY. 
 
Vale ressaltar, no entanto, que não é 
necessária uma descrição minuciosa, 
pormenorizada, ou seja, com detalhes. 
 
Consolidou-se nesta Corte Superior de 
Justiça o entendimento que, na 
procuração pela qual o ofendido 
outorga poderes especiais para o 
oferecimento da queixa-crime, a 
indicação do dispositivo penal no qual o 
querelado é dado como incurso satisfaz 
o requisito previsto no artigo 44 do 
Código de Processo Penal. (...) 
Exigir que o instrumento de mandato 
contenha descrição 
pormenorizada da conduta típica 
atribuída ao querelado seria fomentar o 
apego excessivo a formalismo 
desnecessário, já que tal requisito deve 
estar contido na própria queixa-crime, 
peça por meio da qual o ofendido 
manifesta a sua intenção em submeter o 
seu ofensor à persecução penal, sob 
pena de ser considerada inepta, nos 
termos do artigo 41 do Código de 
Processo Penal. 
(STJ. 5ª Turma. HC 119.827/SC, Rel. 
Min. Jorge Mussi, julgado em 
15/12/2009) 
(...) a ação penal privada, para ser 
validamente ajuizada, dependeria, 
dentre outros requisitos 
essenciais da estrita observância, por 
parte do querelante da formalidade 
imposta pelo art. 44 do CPP. Esse 
preceito exigiria constar da procuração, 
o nome do querelado e a menção 
expressa ao fato criminoso, de modo 
que o instrumento de mandato judicial 
contivesse, ao menos, referência 
individualizadora do evento delituoso e 
não apenas o nomen iuris. Asseverou-
se, por outro lado, não ser necessária a 
descrição minuciosa ou a referência 
pormenorizada do fato. (...) 
(STF. 2ª Turma. RHC 105.920/RJ, Rel. 
Min. Celso de Mello, julgado em 
08/05/2012) 
 
 
Material produzido por @conquistando.atoga. Permitido o compartilhamento. Venda proibida.

Continue navegando