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17 TÓPICOS DE PROCESSUAL DO TRABALHO XXVIII Exame - Alunos (1)

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1 
CPAA - Sua Preparação Completa para o Exame de Ordem – 100% Presencial 
OAB 1ª FASE 
 
 
Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
TÓPICOS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
Assunto: PROCESSO TRABALHO – Uma visão geral 
 
1. CONCEITO: 
Direito Processo do Trabalho é o ramo do direito que estuda a atuação do Poder Judiciário na solução dos 
conflitos individuais e coletivos relacionados aos direitos trabalhistas. 
Suas teses e seus preceitos não se aplicam, apenas, à relação entre empregado e empregador, mas sim, a todas 
as relações que digam respeito a relação de emprego e de serviço 
 
1.1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 Celeridade: impõe que os atos processuais sejam praticados em prazos exíguos, o quanto mais rápido 
possível. Exemplo disso vemos nas 48 horas, que a Vara do Trabalho tem para designar audiência e 
notificar a reclamada para a audiência; no prazo para a secretaria de distribuição remeter a petição inicial 
para a respectiva Vara do Trabalho; no procedimento chamado sumário quanto às causas que tenham 
valores inferiores a dois salários mínimos (procedimento pouco usado), na previsão da Súmula 16 do TST, 
e nos prazos de recurso que são, todos, de oito dias úteis – art. 775 da CLT. 
 Gratuidade: revela salientar que as custas processuais só serão recolhidas no processo do trabalho após 
o trânsito em julgado ou antes disso se houver recurso, pelo vencido. Mas se o reclamante, vencido, não 
puder suportar o encargo, a lei confere ao magistrado a possibilidade de isentá-la das custas. Com a 
reforma trabalhista as regras vieram implantadas pelo art. 790 e seguintes da CLT; 
 Protecionismo: consiste na interpretação mais benéfica ao trabalhador. Assegura superioridade jurídica 
ao trabalhador em face de sua inferioridade econômica (também chamado de princípio da proteção ao 
hipossuficiente – indubio pro operário); esse principio traz, consigo, outros princípios acessórios, como por 
exemplo, princípio da irredutibilidade salarial, aplicação da norma mais benéfica ao trabalhador, ente 
outros. 
 Economia: aqui a economia não está ligada ao dinheiro de forma direta, como seria normal de se pensar; 
na verdade, o que se prega é a economia instrumental, ou seja, dos atos a serem praticados no curso do 
processo. O juiz deve impedir diligências desnecessárias a inúteis e aproveitar todos os atos já praticados 
pelas partes, zelando para que não sejam inquinados de nulos, esse fato outorga ao juiz, por exemplo, o 
direito de indeferir uma prova desnecessária; 
 Impulso oficial: este princípio está ligado ao interesse do Estado na solução do litígio. O Judiciário não 
atuará em conflito do qual não tenha sido provocado, porém, após a propositura da ação, ao Estado cabe 
perseguir a verdade e apurar os fatos. Para tanto, não há necessidade da parte peticionar requerendo 
providência do juiz, posto que este, atendendo ao princípio do impulso oficial, executará atos que lhe 
interessem ao extermínio do conflito em casos específicos; exemplo disso, vemos na fase executória. 
ATENÇÃO – com a Reforma Trabalhista, o Juiz só poderá impulsionar a execução de ofício caso o 
reclamante não tenha advogado constituído, pois, caso haja advogado atuando em prol do reclamante, ele 
(advogado) é quem deverá impulsionar a execução (art. 878 da CLT). 
 Informalidade: porque persiste na Justiça do Trabalho o jus postuland (art. 791 da CLT), não poderia 
mesmo se exigir que o leigo conhecesse toda a formalidade processual, admitindo, por conta desde 
princípio, simples petições narrando o conflito e um pedido lógico; por ocasião de recurso, igualmente. A 
regra, a bem da verdade, tem se traduzido por extrema simplificação das peças processuais, não 
ocorrendo rigidez na declaração de inépcia; 
 Oralidade: impõe o uso e a prevalência da palavra à escrita, com manifestações orais e sumárias; 
exemplos são as reclamatórias verbais, a defesa e as razões finas orais. Lembrando que devam ser 
redigidos à termo escrito (Arts. 846 a 848 da CLT); 
 A CLT prevê que, ao fim da audiência de instrução, qualquer uma das partes poderá fazer razões finais 
orais. 
 Concentração: significa que, na medida do possível, todos os atos importantes ao desfecho do conflito 
devam ser praticados numa só oportunidade, ou seja, na audiência UNA; há uma concentração de atos 
contínuos, tais como leitura da petição inicial, proposta de conciliação, defesa, provas orais, razões finais 
e sentença; (o objetivo é prestigiar o princípio da celeridade). 
 Jus Postulandi: é o direito assegurado às partes, num processo trabalhista, de atuar sem o patrocínio de 
advogado. (art. 791 da CLT) – ATENÇÃO – esse direito é restrito ao primeiro e segundo graus e não se 
aplicam às demandas que tenham origem no segundo grau. – Súmula 425, TST. Outra observação que 
deve ser feita fica no sentido de observar que esse beneficio se aplica ao autor e ao réu. 
 
Atenção! PRINC. IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÔES INTERLOCUTÓRIAS 
- Não se interrompe o andamento do processo judicial. 
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OAB 1ª FASE 
 
 
Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
- NÃO SE RECORRE DAS DECISÕES DO JUIZ, DURANTE O ANDAMENTO DO PROCESSO. APENAS SE 
RECORRE DA SENTENÇA JUDICIAL; ou seja, após decisão 1º grau - art. 893, § 1º, CLT. 
Em resumo, só passível de recurso as decisões que são definitivas e terminativas e os recursos não suspendem o 
andamento da execução. 
 
Súmula nº 214 - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (Nova Redação) - Res. 
127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as 
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal 
Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional 
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da 
CLT. 
 
1.2 ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
São órgãos da Justiça do Trabalho: 
 
 O Tribunal Superior do Trabalho; 
 Os Tribunais Regionais do Trabalho 
 Os Juízes do Trabalho. 
 
1.2.1 Tribunal Superior do Trabalho – corte maior da justiça do Trabalho. 
 Composição – o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete ministros, escolhidos entre 
brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Republica após 
aprovação pelo Senado Federal, dos quais onze escolhidos entre juízes de carreira da Magistratura 
Pública do Trabalho. 
 
Atente-se para: 
Órgão Especial 
Tribunal Pleno 
 
Seções– são órgãos dentro do próprio TST e proferem julgamento. 
- Administrativa 
-de Dissídios Individuais (subseção 1 e 2) 
-De Dissídios Coletivos 
 
Turmas (8) 
- Compostas de 03 ministros, cada uma. 
 
Em conjunto atuam no TST (incisos I e II do art. 111-A, CF/88) 
1) ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE MAGISTRADOS 
2) CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
JULGA: 
- Recursos {ordinários (art. 895, II da CLT) e revistas (art. 896 da CLT)} 
- Agravos de instrumento (art. 897, b da CLT) em caso de recurso de revista. 
- Dissídios Coletivos 
- MS 
- Embargos das Decisões do TST – (art. 894 da CLT) 
- Ações Rescisórias... 
 
Principal tarefa: UNIFICAR AS DECISÕES dos TRT´s. 
A função é de equilibrar os entendimentos para reduzir a insegurança jurídica. 
Como o TST busca a unificação? 
 
1.2.1.1 Súmulas 
Denominação consagrada pelos Tribunais para referir decisões reiteradas, notórias e iterativas. 
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Quanto o TST já decidiu várias vezes sobre um tema ele se pacificou, formando assim, as sumulas, o objetivo é 
frear a insegurança jurídica, ou seja, para que as turmas não adotemdecisões diferentes para o mesmo tema. Ver 
art. 702 da CLT. 
 
ATENÇÃO – a reforma trouxe mudanças acerca da confecção e alterações de súmulas. 
Atualmente, as regras para a formação/composição/homologação de uma súmula exige, ao contrário de antes, 
maior formalidade. 
 
1.2.1.2 Enunciados 
 
Representa a cristalização de decisões num só sentido, na apreciação de recursos diversos pelo TST. Esta 
denominação passou a ser utilizada a partir do advento da Lei nº 7.701/88. Há, entretanto, o advento da 
Resolução nº 129, de 20-04-05, o TST passou a denominar os enunciados de súmula. 
 
1.2.2 Dos Tribunais Regionais do Trabalho 
 
Composição – os TRT serão compostos de juízes nomeados pelo Presidente da República e são constituídos em 
número mínimo de sete, recrutados, quando possível, na respectiva região, dentre brasileiros com mais de trinta e 
cinco anos e menos de sessenta e cinco anos cf. art. 115, da CF, sendo que os arts. 677 e seguintes, da CLT, 
tratam de sua competência, inclusive a originária, como, por exemplo, mandado de segurança e ação rescisória. 
 
Estabelece o art. 115, da CF, que os TRT instalarão a justiça itinerante, cuja atribuição será a de realizar 
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, dentro dos limites de sua competência material e territorial. 
 
Estabelece o art. 115, § 2º, da CF, que os TRTs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
regionais. Em São Paulo, por força do que dispõe a Lei nº 7.520/86, existem dois TRT. (2ª e 15ª Região) 
 
Atualmente temos 24 TRTs e suas jurisdições constam no art. 674, da CLT. (O TRT do MS é o 24ª TRT) 
 
Atente-se para: 
- Deve existir pelo menos 1 TRT por Estado, e 1 no Distrito Federal. 
 
REGRA: 24 TRT´s (art. 674, CLT) 
 
EXCEÇÃO: Estado de SP 
-2ª Região (Capital) 
-15ª Região (Campinas) 
 
Fundamentalmente os TRT´s atuam como: 
1º grau de jurisdição nos Dissídios Coletivos, pois conhecem da matéria, e como 
2º grau de jurisdição  nos dissídios individuais, como revisor da matéria. (Efeito devolutivo). 
 
1.2.3 Varas do Trabalho – antigamente chamadas de junta de conciliação 
 
Embora a CLT ainda traga artigos com a expressão “junta de conciliação e julgamento” a expressão foi alterada 
para “Vara do Trabalho” com a promulgação da Emenda Constitucional nº 24, de 9 de dezembro de 1999. 
Instaladas nas Capitais dos Estados e nas Cidades mais populosas. 
Nas Varas do Trabalho a jurisdição será exercida por um Juiz Singular. 
 
Com a adoção da EC nº 24/99, foi extinta a representação paritária do âmbito da Justiça do Trabalho, 
assegurando, porém, o cumprimento dos mandatos dos Juízes Classistas Temporários das antigas Juntas. 
Daí podemos concluir que a expressão “Junta de Conciliação e Julgamento” utilizada na CLT, deve ser substituída 
por “Vara do Trabalho”. 
 
A reforma não alterou a CLT quanto a nomenclatura das varas, portanto, ainda consta na CLT, a expressão junta 
de conciliação e julgamento. 
 
Cuidado!!!! A CF atribuiu à legislação ordinária a competência para a instalação das Varas do Trabalho, cuja 
competência será dos Juízes de Direito, onde não houver sido instalada. 
 
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Observação: São Auxiliares da Justiça 
1- Secretarias dos TRT´s; 
2- Secretarias das Varas do Trabalho; 
3- Cartório Distribuidor; 
4- Oficiais Justiça e Avaliadores; 
5- Peritos judiciais. 
 
 
 
1.3 COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
A base constitucional da competência na Justiça do Trabalho vem prevista no art. 114 da CF e, da análise do 
referido dispositivo legal, com as modificações introduzidas pela EC nº 45/04, conclui-se que a Justiça do Trabalho 
é competente para conhecer, processar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre empregados e 
empregadores, inclusive empregados rurais, domésticos, trabalhadores avulsos e temporários, questões 
trabalhistas de direito público externo e interno da administração direta e indireta, autárquica e fundacional, e 
aquelas decorrentes das pequenas empreitas, entre empreiteiros, operários ou artífices, bem como litígios que 
tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas. 
 
A relevância da EC nº 45/04 é tamanha que elevou em nível constitucional matérias até então debatidas. 
 
Podemos elencar alguns tipos conflitos trabalhistas, cuja competência pertence à Justiça do Trabalho: 
 
 Conflitos entre trabalhadores e empregadores; 
 Direito de greve; 
 Ações de representação sindical, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos empregados; 
 Contribuições sociais – INSS, decorrentes da sentença que proferir; 
 Empreiteiro, assim entendido o pequeno artífice; 
 Consignação em pagamento; 
 Prestação de contas; 
 Mandado de segurança 
 Ação rescisória; 
 Ação possessória; 
 Indenização pelo não-cadastramento do trabalhador no PIS 
 FGTS inadimplido; 
 Cobrança de contribuições assistências e confederativas; 
 Notificações judiciais; 
 Danos morais relacionados com o contrato de trabalho 
 Medidas cautelares; 
 Ação de cumprimento; 
 Correição parcial; 
 Causas de servidores CLT; 
 Dissídios coletivos; 
 Habeas corpus; 
 Habeas data; 
 Doméstico; 
 Temporário; 
 Avulso; 
 Aprendizes; 
 Anulação de punições; 
 Rurais; 
 Conflito de jurisdição trabalho; 
 Servidores notariais; 
 Autônomos; 
 Representante comercial; 
 Trabalhadores eventuais; 
 Estagiário e 
 Profissões liberais. 
 
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A Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/17) incluiu a alínea “F” ao art. 652 que impõe a competência do juiz do 
trabalho para decidir, ainda, acerca dos acordos extrajudiciais desde que, nos termos do art. 855-B deve haver, 
sempre, acompanhamento de advogado que não pode ser o mesmo para ambas as partes. 
 
A incompetência material se diz absoluta, podendo ser declarada ex officio pelo juiz ou ser provocada mediante 
exceção de incompetência em razão material. 
 
Quando a matéria em discussão não pertencer à jurisdição trabalhista, a parte interessada (reclamada) deve 
arguir a incompetência material, apresentando em audiência, com a contestação, invocada como matéria de 
preliminar. 
 
Vale lembrar que a incompetência material não se prorroga. 
 
A incompetência material significa dizer que nenhum juiz do trabalho, nenhum órgão da justiça do trabalho é 
competente para julgar aquela matéria em qualquer local do país, ou seja, a incompetência é absoluta, ela se 
estende a todos os órgãos da justiça do trabalho. 
 
A título de exemplo, cita-se um crime de furto, cuja competência é da justiça comum (estadual) e não da justiça do 
trabalho, portanto, nenhum órgão da justiça do trabalho poderá condenar alguém por furto por não ser de sua 
competência. 
 
Já a incompetência territorial – competência relativa – deverá ser arguida em, ate, 5 dias após a reclamada ser 
notificada da demanda, sob pena de preclusão – art. 800 da CLT. 
 
Aprenda que: 
MATÉRIAS APRESENTADAS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
 
 DISSÍDIOS INDIVIDUAIS(competência-VT) e 
 DISSÍDIOS COLETIVOS, (competência-TRT´s) 
 
TIPOS DE COMPETÊNCIA 
1. Em razão da Matéria – art. 114 da CF; 
2. Em razão das Pessoas; 
3. Em razão do lugar – arts. 651 e 652 da CLT; 
4. Funcional; 
 
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA - Podem ocorrer: 
1- Entre VT e Juízes de Direito. 
2- Entre duas Varas pertencentes à mesma Região. 
3- Entre duas Varas pertencentes a Região diferentes. 
3- Entre TRT´s. 
4- Entre TST e TRF ou TJ. 
 
SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS 
O Direito Processo do Trabalho - DPT atende diretos e deveres DOS TRABALHADORES E EMPREGADORES. E 
com os direitos e deveres, NASCEM OS CONFLITOS TRABALHISTAS. São eles: os conflitos individuais e 
coletivos. 
 
P: E como solucionar esses conflitos? 
R: Os meios de solução dos conflitos trabalhistas são: 
1- AUTODEFESA2- AUTOCOMPOSIÇÃO 
3- HETEROCOMPOSIÇÃO 
 
Vejamos cada um: 
 AUTODEFESA - é a solução direta dos litigantes, uma parte impõe à outra um sacrifício. 
Ex.: GREVE / LOCKOUT - (art. 9° da CF/88 e art. 722, CLT) (art. 17 da Lei nº 7.783/1989 – proibido). 
 
a) GREVE: Na greve podem surgir prejuízos de ordem pública, que devem ser evitados. 
Quais são: Greve ilegal e abusiva. 
 
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1º GREVE ILEGAL - Ex. paralisação de serviços Inadiáveis, como esgoto / água / luz / hospitais públicos / 
transporte coletivo. 
 
2ºGREVE ABUSIVA -Ex. decisão judicial suspende a greve, e pede que os trabalhadores voltem ao trabalho, mas 
os mesmos não acatam a decisão. 
 
b) LOCKOUT - é a pressão do empregador, que para as atividades da empresa, pressionando os trabalhadores a 
aceitarem suas condições. É proibido perante a legislação brasileira. 
 
 AUTOCOMPOSIÇÃO - as partes solucionam o conflito mediante um ajuste entre elas. Ex.: 
 
a) ACORDO COLETIVO - são pactuados em nível de empresa e Sindicato da Categoria 
(Arts. 611 a 625, CLT). 
Ex: rede de supermercado firma um acordo de horário de funcionamento até a meia noite. 
 
b) CONVENÇÃO COLETIVA - são pactuadas observando os níveis de categorias profissionais. 
Ex: Sindicato dos empregados do comércio de CG/MS traçando regras de banco de horas para os 
trabalhadores (categoria em geral). 
 
c) CONCILIAÇÃO EXTRAJUDICIAL - realizada na DRT, nos Núcleos de Prática Jurídica, sem ou com a 
homologação por Juiz que agora, após a reforma, tem competência para decidir sobre o tema (art. 652 “F” 
da CLT). 
 
d) CONCILIAÇÃO JUDICIAL – acontece como uma fase do processo perante o Poder Judiciário. 
 HETEROCOMPOSIÇÃO - é a solução dos conflitos por uma terceira parte. 
 
a) MEDIAÇÃO - técnica de solução de conflito, onde um mediador, ouve as partes e formula propostas com as 
alternativas apresentadas pelas partes. ELE NADA DECIDE. A DRT utiliza desse mediador nas reuniões 
chamadas “mesas redondas”. 
 
b) ARBITRAGEM - técnica de solução, onde um árbitro impõe a decisão final. Esta se dá através de um LAUDO 
ARBITRAL. 
 
c) JURISDIÇÃO - esta resulta da passagem da ação física (autodefesa) para a Ação Jurídica (Processo Judicial). 
Busca-se a Justiça do Trabalho, propondo a Reclamação Trabalhista, quando não há outra alternativa para 
resolver extrajudicialmente. 
 
Quanto a transação (acordo) é importante lembrar que, quando instaurado um processo trabalhista, o 
acordo pode acontecer a qualquer tempo independentemente da instancia em que o processo se encontra. 
 
1.4 COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
O art. 651, da CLT fixa a competência em razão de lugar, estabelecendo que o juízo competente é aquele do local 
da prestação de serviços, salvo se trata de agente ou viajante. Essa competência é chamada de relativa, pois 
pode sofrer alterações. 
 
 Local da prestação do serviço-Empregados viajantes (§1º) 
 Empregados brasileiros no exterior, mas contratados no Brasil (§2º) 
 
Quando se trata de agente ou viajante comercial, a competência será da localidade em que a empresa tenha 
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado; na falta, será competente a vara da localização em que 
o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
Em se tratando de empregador que promova a realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é 
assegurado ao empregador apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos 
respectivos serviços. 
 
Em relação aos trabalhadores que laboram no estrangeiro, estabelece o art. 651, da CLT que a competência será 
da Justiça do Trabalho brasileira se estiverem presentes as seguintes condições: 
a) Se o trabalhador for brasileiro (nato ou naturalizado); 
b) Se houver agência, filial ou sucursal da empresa contratante no Brasil; 
c) Se inexistir tratado internacional dispondo em sentido contrário. 
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Uma observação importante – a arguição de incompetência do juízo – ou seja, quando a empresa alega que 
aquele juiz daquela comarca não é o juiz competente para julgar aquele processo – deve ser em, no máximo, 5 
dias após a empresa ter sido notificada. 
Trata-se de inovação imposta pela reforma por meio da alteração do art. 800 da CLT. 
 
1.4.1 Foro de Eleição 
Não se aplica na Justiça do Trabalho o foro de eleição, tendo em vista que a CLT, em seu art. 651, já estabelece a 
competência territorial da Justiça do Trabalho e, portanto, onde devem ser distribuídas as Reclamatórias, em 
resumo, as partes não podem escolher, livremente, o local onde tramitará a ação pois existem regras específicas 
para o caso. 
 
1.5 ATOS PROCESSUAIS 
 
É a manifestação de vontade que emanam das pessoas vinculadas à relação jurídica processual. 
 
1.5.1 CLASSIFICAÇÃO: 
 
- ATOS DO JUIZ (sentença / despachos/diligências) 
- ATOS DAS PARTES (petição inicial / defesa ou contestação / petições diversas) 
- ATOS DE TERCEIROS (peritos/chefes de secretaria, escrivão...) 
 
1.5.2 CARACTERÍSTICAS: 
- Publicidade (art.770, CLT) *pode ser em segredo de justiça – mesmas regras do CPC – quando ocorrer, por 
exemplo: discriminação por Aids, sexo, doenças outras; assédio moral, ou ainda quando trouxer dados 
personalíssimos) 
- Documentação (art.771, CLT) 
- Certificação (art.772, CLT) 
 
1.5.3 COMUNICAÇÃO DOS ATOS: 
- Intimação (dar conhecimento a alguém) 
 
- Citação (chamamento de alguém a juízo para defender-se em ação contra si proposta) 
 
Obs.: Na JT é NOTIFICAÇÃO (abrangendo citação e intimação – Carlos Henrique B. L) 
 
Processo Informatizado: meios eletrônicos - Lei nº 11.419/2006 – vigora desde 20/03/2007. 
 
Obs.: IN (instrução normativa) 30 TST –regulamentou a Lei, criando regras trabalhistas sobre a informatização 
do processo judicial. 
 e-DOC (Sistema Integrado de Protocolização e Fluxo de Documentos Eletrônicos da Justiça do Trabalho) - 
Precisam atender as regras dos TRT´s (sistema próprio). Servem para: - envio eletrônico de documentos 
referentes aos processos que tramitam na JT; - receber um documento acompanhado de seus anexos; - 
gerar informação para todos os órgãos da Trabalhista, sobre o destino, data, hora do recebimento de atos 
etc... 
 
O E-DOC é o peticionamento eletrônico para processos físicos, ou seja, não é processo eletrônico. 
O processo eletrônico se chama PJE (processo judicial eletrônico). 
Atualmente, todos os TRT’s operam por meio do PJE (Processo Judicial Eletrônico). 
 
1.6 PRAZO PROCESSUAL 
 
É o período em que o ato processual deve ser praticado. 
 
1.5.1 Contagem do Prazo 
Os prazos processuais eram contínuos e irreleváveis, correndo initerruptamente. 
Com o advento da Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista) os prazos passaram a ser contados, apenas, em dias 
úteis (art. 775 da CLT) devendo ser contados a partir da data em que for feita pessoalmente a intimação, ou 
recebida a notificação, ou da data em que for publicado o edital no jornal oficial, excluindo o dia de início e 
incluindo-se o dia do término do prazo (art. 774 da CLT – Súmula 01 do TST).Portanto, a contagem se assemelha 
a mesma forma do CPC. 
IMPORTANTE: APÓS A REFORMA OS PRAZOS – TODOS – SERÃO CONTADOS EM DIAS ÚTEIS. 
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1.5.2 Principais Prazos no Processo do Trabalho 
 Prazo para contestação: inexiste prazo para apresentar contestação na secretaria da vara da reclamação 
trabalhista. A ação deve ser contestada em audiência no prazo de 20 minutos se for oralmente (caso não 
haja acordo ou apresentação de defesa escrita), ou se for escrita, como acontece na prática; 
A reforma trouxe o parágrafo único do art. 847 da CLT afirmando que a defesa poderá ser apresentada 
até a audiência. 
 Exceto responder aexceção de incompetência; até 5 dias após a notificação (art. 800 da CLT); 
 Exceção de suspeição: juiz designa audiência em 48 horas; 
 Recursos: os prazos foram unificados em oito dias, à exceção do recurso extraordinário (recurso de 
natureza constitucional não previsto no art. 893 da CLT) e pedido de revisão; 
 O prazo das contrarrazões de recursos é de oito dias, à exceção dos recursos com prazos diferenciados 
(art. 900 da CLT); 
 Embargos de declaração e outros remédios processuais: prazo de 5 dias (art. 897-A, CLT); 
 Exceções e reconvenção devem ser apresentadas juntamente com a contestação, em peças apartadas ou 
não, em audiência. Portanto, dentro do prazo de 20 minutos se oral, ou por escrito; (art. 847 da CLT). 
 Embargos à execução: não se trata de recurso, mas de remédio processual. O prazo para seu 
oferecimento é de 5 dias; (art. 884 da CLT) 
 A ação rescisória deve ser proposta em 2 anos contados do trânsito em julgado da decisão; 
 Caso o empregado estável tenha sido suspenso de suas funções, o inquérito para apuração de falta grave 
deve ser proposto em 30 dias – art. 853 da CLT; 
 As razões finais serão oferecidas oralmente em audiência no prazo de 10 minutos – art. 850 da CLT; 
 A audiência não pode durar mais de 5 horas seguidas, salvo se a matéria tratada for urgente; 
 A notificação do reclamado deverá ser recebida nos 5 dias anteriores à realização da audiência - art. 841 
da CLT; 
 No processo de execução, o devedor é citado para pagamento do débito em 48 horas, sob pena de 
penhora – art. 880 da CLT; 
 
Atenção – verificar a previsão do art. 775 da CLT que outorga, ao Juiz ou Presidente, o poder e dilatar o prazo, 
porém, esse prazo não pode ser recursal e decadencial. 
 
Regra geral: inexistindo o prazo determinado em lei, a prática dos atos processuais deve ser feita em 5 dias. 
 
Resumindo: 
A) ESPÉCIES DE PRAZOS (peremptórios/dilatórios) 
 PRAZOS LEGAIS 
 PRAZOS JUDICIAIS 
 PRAZOS CONVENCIONAIS 
 
 PEREMPETÓRIOS – fatais e improrrogáveis; são coincidentes com os LEGAIS. 
 DILATÓRIOS – prorrogados; são coincidentes com os JUDICIAIS e CONVENCIONAIS. 
 
B) DURAÇÃO DOS PRAZOS - EX.: Artigos 841, 851, 860, 888, etc. da CLT. 
 
C) REGRA PARA CONTAGEM DOS PRAZOS - Artigos 774 a 776 da CLT. 
 
Ver: Enunciados 01, 16, 262 do TST. 
 
D) PUNIÇÃO PELA INOBSERVÂNCIA DOS PRAZOS: 
Para o juiz – nunca é punido, pois sempre é justificável sua alegação, poderá, no máximo, responder 
administrativamente junto à corregedoria ou ao CNJ. 
Para os serventuários – poderão os mesmos ser advertidos e sofrerem punições no contrato de trabalho. 
Para as partes – preclusão ou decadência do direito de praticar atos processuais. 
 
1.5.3 Recesso na Justiça do Trabalho 
Ocorre entre 20 de dezembro e 06 de janeiro do próximo ano – ver Súmula 262 do TST. – No período de recesso 
os prazos ficam suspensos e não interrompidos. 
 
 
 
 
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1.6 NULIDADES PROCESSUAIS 
 
Nulidade é a sanção pela qual a lei priva um ato jurídico de produzir seus efeitos normais, quando não forem 
observadas as formas para ele prescritas. 
 
1.6.1 Classificação 
 
Nulidade absoluta: é ditada por fins de interesse público. Sua infringência acarretará a nulidade absoluta do 
processo; 
 
Nulidade relativa: quando o interesse da parte for desrespeitado, e a norma descumprida tiver por base o 
interesse da parte e não interesse público, sendo sanável. 
 
1.6.2 Princípios Das Nulidades 
 
 Princípios da instrumentalidade das formas: o ato processual deve se ater à observância das formas, 
porém, se não houver cominação de nulidade pela inobservância da forma estabelecida em lei e, se de 
outro modo, o ato atingir sua finalidade, haverá validade do ato praticado; 
 Princípio da economia processual: a não observância da forma legal anula apenas os atos que não 
possam ser aproveitados, desde que não resultem em prejuízo à parte; 
 Princípios da convalidação: não haverá nulidade se não houver prejuízo processual à parte; 
 Princípios do interesse de agir: quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a 
decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa; 
 Princípios da provocação: as nulidades relativas não serão declaradas senão mediante provocação das 
partes, as quais deverão argui-las quando da primeira vez que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
 
1.7 REPRESENTAÇÃO DAS PARTES - ART.873 da CLT 
 
É a situação que permite a alguém agir em nome de outrem. 
 
O empregador poderá se fazer substituir por um preposto que tenha conhecimento dos fatos (art. 843 da CLT). 
Com o advento da Lei nº 13.467/2017 não há necessidade de que o preposto seja empregado do reclamado, 
portanto, a reforma alterou tal posicionamento e impõe, ao preposto, a mera representatividade sem que necessite 
ser empregado, porem, ainda precisa conhecer dos fatos. 
 
O empregador também é representado nas negociações coletivas, através de seu Sindicato. São casos típicos de 
representação convencionada. 
 
ATENÇÃO. Embora a Súmula 377, TST ainda tenha a afirmação de que preposto deve ser necessariamente 
empregado do reclamado, a lei da reforma excluiu tal necessidade. 
 
A Reforma Trabalhista acabou com a exigência e acrescentou o §3º ao art. 843, CLT, para afirmar que o preposto 
não precisa mais ser empregado da reclamada. 
 
Porém, existem casos de representação legal. Em relação aos trabalhadores a Lei nº 13.467/17 – reforma 
trabalhista – revogou o art. 792, que trazia previsão que, aos menores com idade compreendida entre 18 a 21 
anos, e as mulheres casadas, é assegurado o direito de postular sem assistência dos pais ou responsáveis. 
 
Como a CLT utiliza os dois termos: representação e assistência, e não faz distinção para menores com idade 
entre 14 e 16 anos, o entendimento predominante é que sejam assistidos em juízo. 
 
A massa falida é representada pelo seu síndico, enquanto a empresa em recuperação judicial, pelo administrador 
nomeado pelo Juiz. O condomínio, pelo síndico eleito. 
 
O empregado, em audiência de conciliação e, diante de um motivo relevante, poderá se fazer substituir por outro 
empregado da mesma função ou pelo seu sindicato com o escopo único de não deixar o processo ser arquivado. 
 
1.8 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
É o direito de exigir o exercício da atividade jurisdicional do Estado. É um direito subjetivo, público, constitucional, 
autônomo e abstrato de invocar a tutela jurisdicional do Estado. 
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É a denominação dada aos dissídios trabalhistas, muito embora seja comum a denominação de Ação 
Trabalhista. 
 
O dissídio é classificado em individual ou coletivo. 
 
Na classe, dos dissídios individuais temos: 
 
a) Dissídio individual simples (ou unitário): quando figura apenas um reclamante de um lado e uma 
reclamada de outro; 
b) Dissídio individual plúrimo: quando existe mais de um reclamante no polo ativo da ação. 
 
No dissídio coletivo, temos interesse da categoria em discussão. Cita-se, por exemplo, quando uma categoria de 
empregados (bancários) buscam direitos comuns para todos. 
 
DESTACA-SE 
 
A) Dissídios Individuais 
 
1) AÇÃO DE CONHECIMENTO – o autor invoca a jurisdição, visando à obtenção de uma sentença que ponha 
termo à lide. 
 
Pode ser: 
 CONDENATÓRIA 
 CONSTITUTIVA 
 DECLARATÓRIA 
 
1.1 CONDENATÓRIAS – são ações de pagar, de fazer e de não fazer alguma coisa, desfazer ou pagar perdas e 
danos. 
 
EX: - pedido de verbas rescisórias (aviso, 13º, férias, etc.) 
 - De pagamento das horas extras 
 - De reintegração do empregado no trabalho 
 - De não proceder a desconto no salário, dentre outros... 
 
1.2 CONSTITUTIVAS – criam, modificam ou extinguem um direito. A sentença limita-se a reconhecer um direito 
pré-existente e efetivá-lo.EX: - pagamento de salário “por fora” 
- Pedido de alteração de função que exerce (gestante) 
- Pedido de fixação do valor do salário (quando não ajustado – recebe cada mês uma quantia) 
 
1.3 DECLARATÓRIAS – afirma a existência ou inexistência uma relação jurídica, até o momento, incerta. 
Eliminam a incerteza. 
 
EX: pedido de vínculo de emprego do empregado (trabalho sem CTPS assinada). 
EX: pedido do empregador para não mais reembolsar gastos de alimentação, pois estará fornecendo vale-refeição 
aos empregados. 
 
IMPORTANTE: 
 
São passíveis de Execução Judicial, as CONDENATÓRIAS e CONSTITUTIVAS = pois obrigam a uma sanção se 
descumpridas. Já as DECLARATÓRIAS são insuscetíveis de execução = pois a declaração judicial basta para 
satisfazer o interesse do autor. 
 
2) AÇÃOEXECUTÓRIA 
Visa obter o cumprimento de uma obrigação imposta por uma sentença judicial (não há processo de 
conhecimento) o processo já tem início na execução. 
EX: - execução de sentença; 
- Do termo de conciliação; 
 - Das custas processuais; 
 - Execução de TAC; 
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3) AÇÃO CAUTELAR (Preventiva) 
Confere o direito a uma providência jurisdicional rápida para o fim de futura proposição de ação principal. 
Exige o “periculum in mora” e o “fumus boni juris” 
 
EX: - exibição de documentos 
 - Arresto (bens que guarnecem uma loja que esteja prestes a fechar – “dorme e não amanhece!”) 
 - Saque do FGTS 
É uma espécie de antecipação de tutela – art. 300 do CPC. 
 
B) Dissídios Coletivos 
 
AÇÕES CONSTITUTIVAS - Visam estabelecer um regulamento para a categoria (criar ou formar uma sentença 
normativa), com regras e condições de trabalho. 
EX: proposta pelo Sindicato da categoria para definir as regras da CCT. 
 
AÇÕES DECLARATÓRIAS - São ações que visam apenas interpretam ou declaram, se é legal, ilegal, se existe ou 
não existe um direito de determinada categoria profissional. 
EX: ação proposta pelo MPT para anular ou modificar regras que julga abusiva para os trabalhadores. 
Artigos 813 a 853 da CLT 
 
1.8.1 Conciliação na CCP (Comissão de Conciliação Prévia) 
 
As demandas trabalhistas devem se submeter à prévia tentativa de conciliação na CCP, se houver. Pode haver 
CCP empresarial ou intersindical. 
 
Atualmente, a CCP é pouco usada pois o STF já autorizou o acesso ao judiciário sem o aval da CCP. 
 
Só se admite reclamar diretamente na Justiça do Trabalho quando não tiver sido instituída CCP na empresa ou no 
sindicato de classe, devendo essa condição ser exposta na petição inicial. 
O termo de acordo feito na CCP é titulo executivo extrajudicial, cuja competência para apreciá-lo é da Justiça do 
Trabalho. Feita a conciliação na CCP, o título tem eficácia liberatória geral em relação aos direitos trabalhistas, 
salvo se houver ressalva no termo. Exceção a essa regra, encontramos nas ações de mandado de segurança, 
ação rescisória, correição parcial, dissídio coletivas, inquérito judicial e outras ações especiais. 
 
Atenção – o STF, em 13.05.2009 decidiu que demandas trabalhistas podem ser submetidas à Justiça do Trabalho 
antes que tenham sido analisadas por uma Comissão de Conciliação Prévia (CCP). No entendimento dos 
ministros do Supremo, a decisão preserva o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça. 
Sete ministros deferiram pedido de liminar feito em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 2139 e 
2160). 
 
Na pratica, a CCP não será utilizada e caiu em desuso, porém, ainda existe previsão na CLT razão pela qual, 
poderá ser cobrada na prova. 
 
1.8.2 Ritos Procedimentais 
 
O processo é o conjunto de etapas ordenadamente dispostas tendo em vista uma finalidade, em contrapartida o 
cumprimento destas etapas pode se dar de diversas formas cada qual regulada pelo seu procedimento, ou seja, o 
conjunto de atos que realizam a finalidade do processo é denominado de procedimento. 
 
O processo é formado por atos processuais, que são aqueles praticados dentro do processo e com fim de 
integrá-lo na relação processual. 
 
O procedimento, ou rito, é a forma, o modo, as maneiras como os atos processuais vão se projetando e se 
desenvolvendo dentro da relação jurídica processual. 
 
No processo do trabalho de conhecimento há dois tipos de procedimentos: 
 
1 - Procedimento comum, que se subdivide em ordinário, sumário e sumaríssimo; 
2 - Procedimento especial, que é adotado para as ações especiais previstas na própria CLT, como o inquérito 
para apuração de falta grave, o dissídio coletivo e a ação de cumprimento. 
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O que diferencia um rito do outro é o valor da causa. 
 
1.8.2.1 Ritos de Alçada (ou sumário) 
 
Pouco usado e pouco cobrado em provas. 
 
O Procedimento Sumário em síntese é conceituado como uma técnica processual, que tem por objetivo 
fundamental maior celeridade às causas trabalhistas de valor de até dois salários mínimos. Estas ações são 
irrecorríveis, salvo quando houver na sentença afronta à CF ou condenação do Poder Publico. 
 
Este procedimento foi introduzido no âmbito do processo laboral pela Lei nº 5.584/70 e que prevê: 
- Quando o valor fixado para a causa, não exceder de 2 (duas) vezes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, 
será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Varas quanto à matéria de 
fato; 
- Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios 
da alçada, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação. 
 
Diante dos problemas que a impossibilidade de recurso implica, aliado ao surgimento do procedimento 
sumaríssimo (o qual abarca também as causas nos valores supra), o rito sumário deixou de ser utilizado na 
prática, não obstante subsista a previsão legal. 
 
Os juízes normalmente têm fixado o valor da causa acima desse limite, evitando assim possíveis recursos por 
cerceamento de defesa, já que o procedimento sumário em regra não admite recurso, e isto sempre será 
desfavorável a uma das partes. 
 
1.8.2.2 Rito Sumaríssimo 
 
- Arts. 852-A da CLT - LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000. 
 
É um rito especial para a solução de dissídios individuais de pequeno valor, no qual a jurisdição é investida de 
maiores poderes para conduzir o processo e levá-lo, com maior brevidade, a uma solução. 
Reclamatória trabalhista cujo valor da causa esteja abaixo de quarenta salários mínimos, sujeita-se ao rito 
sumaríssimo. 
 
São características deste rito: 
a) Apreciação do pedido em 15 dias da data de distribuição; 
b) Proibição de funcionar como parte (reclamante ou reclamada) o Poder Público; 
c) Proibida a citação por edital; 
d) Os pedidos devem ser líquidos ou determinados; 
e) Audiência única; 
f) Duas testemunhas de cada parte, as quais devem ser convidadas pelas partes para comparecer à 
audiência, sendo possível o adiamento da mesma no caso de não atendimento do convite da parte e a 
intimação ser feita pelo Judiciário; 
g) Todas as provas são permitidas, mesmo que não requeridas petição inicial ou na contestação; 
h) Se houver necessidade de perícia, esta deverá ser feita em trinta dias e a manifestação das partes deve 
ser feita em prazo comum de cinco dias; 
i) No caso de interposição de recurso ordinário, o relator deve proferir o seu voto em dez dias, não havendo 
a figura do revisor; 
j) No caso de interposição de recurso de revista, este só é admitido se houver afronta a CF ou contrariedade 
à súmula do TST. 
 
1.8.2.3 Rito Ordinário (ou comum) 
O procedimento ordinário é o mais usual no processo trabalhista. 
São as ações cujo valor da causa ultrapasse a quarenta vezes o salário mínimo. A audiência pode ser bipartida e 
são ouvidas três testemunhas de cada parte. 
 
Audiência - são divididas em três partes. 
- Audiência de conciliação; 
- Audiênciade instrução; 
- Audiência de julgamento. 
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O procedimento ordinário nos dissídios individuais inicia-se com a apresentação da Petição Inicial, elaborada pelo 
Advogado ou pelo próprio Reclamante, no exercício do “jus postulandi” (art. 791, CLT). 
 
Na audiência inicial, será realizada a primeira tentativa obrigatória de conciliação, e SE frustrada, será 
apresentada a defesa. A parte tem então 20 minutos para a exposição oral, o que dificilmente acontece, sendo a 
contestação escrita predominantemente utilizada. 
 
Segue-se então com a instrução, onde são produzidas as provas orais. Estas são: o depoimento pessoal e a 
inquirição de testemunhas. 
Se necessário, será determinada a realização de prova pericial. 
 
Após a instrução, tem-se o momento das razões finais, faculdade conferida às partes para “inspirar ou reforçar o 
convencimento do Juiz, no portal da sentença, por meio da análise e da interpretação do alicerce factual do 
dissídio”. (Rodrigues Pinto). Tais memoriais poderão também ser apresentados na forma escrita, sendo também o 
momento específico para impugnação do valor da causa. 
 
Para por termo ao processo na instância inicial, dando solução à causa, o juiz proferirá a sentença, terminativa ou 
definitiva pondo fim ao processo, e, na última hipótese, adentrando na discussão do mérito da causa. 
 
ATENÇÃO!!! 
 
O que diferencia um rito de outro é o valor dado à causa. Assim, o valor atribuído na exordial serve, apenas, para 
distinguir um rito do outro e não limita o julgador a tal quantia, isso significa que, caso o reclamante tenha atribuído 
à causa o valor de R$ 50.000,00, por exemplo, nada impede de que sua demanda alcance valor maior quando da 
execução. 
 
1.9 PROCESSAMENTOS DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
1.9.1 Distribuição 
A secretaria de distribuição existe nas comarcas onde tenham sido instaladas mais de uma Vara do Trabalho. 
Deve haver um registro das ações distribuídas e controle dos arquivamentos, sendo, também, expedidas 
certidões de distribuições. 
 
1.9.2 Autuação 
É a numeração das folhas dos autos, bem como uma capa destinada à identificação do feito, com o nome das 
partes, endereço etc. a numeração é feita no canto superior direito, no qual as partes podem, também, rubricar 
juntamente com o serventuário da Justiça. 
Atualmente, em razão do PJE (processo judicial eletrônico) essa numeração é eletrônica. 
 
1.9.3 Citação (Notificação) 
É o ato pelo qual o Juiz dá conhecimento ao reclamado da propositura da ação, assinalando a data da 
audiência e cominando revelia e confissão no caso de não apresentação de defesa. 
É feita, em regra, pelo correio, mas também é possível ser feita por meio de Oficial de Justiça e por edital. 
No rito sumaríssimo é proibida a citação por edital, em que qualquer caso deve ser feita com antecedência 
mínima de cinco dias da data da audiência (art. 841 da CLT), quando deverá ser apresentada a defesa. Para o 
Poder Público o prazo deve ser contado em quádruplo. 
 
1.10 MEIOS DE RESPOSTA DO RECLAMADO 
 
1.10.1 Contestação – principal e mais comum. 
É o meio pelo qual o reclamado impugna as pretensões do reclamante, oferecendo resistência na audiência 
(defesa). 
Com a contestação, devem ser juntados todos os documentos com os quais se pretenda comprovar a 
regularidade dos pagamentos ou elidir a condenação. Pode ser feita oralmente em vinte minutos, mas geralmente 
é apresentada por escrito. 
É quando o réu se defende das acusações do autor e exerce assim, seu direito à Ampla Defesa. 
Como já relatado, houve previsão especifica após a reforma onde a parte poderá apresentar defesa escrita pelo 
sistema de processo judicial eletrônico até audiência. 
 
 
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1.10.1.1 Defesa Indireta (Questões Preliminares) 
São questões que envolvem preliminares ao mérito e devem ser analisadas pelo juiz antes de passar à análise do 
mérito. 
 
As preliminares admitidas no processo do trabalho são as seguintes: 
 
a) Inépcia: situação verificada quando entre a narração dos fatos e o pedido não há lógica. Quando há 
causa e não há pedido ou quando houver pedido sem causa. Petição ininteligível, de difícil ou 
impossível compreensão (petição malfeita tem o risco de indeferimento liminarmente). A consequência 
é a correção da petição ou o indeferimento inicial com a sua extinção sem resolução do mérito, 
conforme arts. 485, I e, 330, I, e parágrafo único, do CPC c/c 769, da CLT. 
 
b) Nulidade da citação: situação verificada quando a notícia da ação não houver sido feita na pessoa 
do reclamado ou de quem deva responder aos termos da ação. Se for feita noutra pessoa, será nula. 
Elemento indispensável ao contraditório; deve haver intervalo mínimo de 5 dias entre a notificação 
(denominação imprópria para citação) e a audiência. Consequência: a nulidade dos atos praticados 
desde a notificação, cf. arts. 239, do CPC c/c 769 e 841, da CLT. 
 
c) Coisa julgada: situação verificada quando se postula ação que apresente objeto que já tenha sido 
apreciado pelo Judiciário e que tenha havido o trânsito em julgado. É o mesmo que se repetir uma 
ação visando a receber em duplicidade, eis que é defeso (proibido) ao Judiciário apreciar matéria já 
submetida a julgamento. A coisa julgada pode ser parcial ou total, sendo indispensável à juntada da 
sentença e da certidão do trânsito em julgado, e como consequência a extinção do feito. 
 
d) Litispendência: situação verificada quando se repete uma ação que está em curso. É o mesmo que 
se reproduzir uma ação. Deve o causídico juntar fotocópias dos autos que estão em andamento, 
demonstrando a duplicidade, podendo ocorrer a litispendência parcial ou total. A consequência será a 
extinção do processo sem resolução do mérito, conforme arts. 485, V, 337, § 3º, do CPC c/c 769, da 
CLT. 
 
e) Continência de causas: situação que se verifica quando há identidade entre as partes e a causa de 
pedir, entretanto, o objeto de uma das ações, por ser mais abrangente, contempla o objeto da outra 
ação. A consequência será a união das ações pela regra da prevenção, conforme arts. 56, do CPC c/c 
769, da CLT. 
 
f) Carência de ação: situação verificada quando o autor não preencher as condições da ação, quais 
sejam: possibilidade jurídica de se atender seu pedido, demonstrar interesse em acionar o judiciário 
para conseguir seu objetivo e ter legitimidade para a ação (ad causam). A extinção do feito sem 
resolução do mérito é a solução adequada, conforme arts. 485, VI e, 337, XI, do CPC c/c 769, da CLT. 
 
g) Conexão: situação verificada quando, entre duas ações, existia um ponto em comum, tal como a 
causa ou o pedido, e que, por isso, decorra a necessidade de julgamento único. Na conexão, 
verificamos que os processos devem ser reunidos, atendendo à regra da prevenção, ou seja, o juízo 
que primeiro despachou aquele processo é o competente. Entretanto, como a rigor o juiz Trabalho só 
toma conhecimento do processo no dia da audiência e não há despacho na petição inicial, pois a 
notificação inicial é ato da secretaria, teríamos, então, que aplicar outra regra. É competente aquele 
que tem o menor número de distribuições, ou seja, a petição que foi distribuída primeiro, este será o 
juiz prevento. Podemos exemplificar, em caso de conexão, quando o empregador tenha distribuído 
ação de consignação em pagamento na Justiça do Trabalho e, antes de ser sido citado, o trabalhador 
ingressa com ação trabalhista visando receber suas verbas rescisórias. Neste caso, as partes estão 
ligadas por um único contrato de trabalho, mas têm interesses opostos: uma requer pagar e liberar-se 
do ônus, enquanto a outra quer receber o que achar ser devido. Nesse caso, aplicando-se a regra da 
conexão, é dispensável a realização de audiência separada para as duas ações e sentençasdiferentes, razão pela qual a segunda reclamatória devera ser remetida ao juízo prevento, atendendo 
à regra da conexão. 
 
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h) Incapacidade ou defeito de representação: situação verificada quando a parte não possui 
capacidade plena para outorgar poderes ou constituir o patrocínio de um advogado, podendo ser 
suprida a irregularidade se assim deferir o juiz. A capacidade plena num processo do trabalho verifica-
se aos 18 anos; a capacidade relativa entre os 16 e 18 anos. O defeito caracteriza-se, ainda, quando 
não atendido ao art. 75, do CPC, vale dizer, quando o reclamado não é representado conforme 
dispõem os seus estatutos. 
 
i) Perempção: situação verificada quando o auto dá causa à extinção do feito por três vezes, Entre as 
causas mais comuns de extinção dos processos trabalhistas está à ausência do reclamante à 
audiência inicial, o que importa a sua extinção. Pois bem: quando houver três extinções, demonstra-se 
desinteresse do reclamante, incorrendo na perempção. A consequência será a extinção do feito, sem 
resolução do mérito, conforme dispõem os arts. 486, § 3º, do CPC c/c 731 e 732, da CLT. 
 
1.10.1.2 Defesa direta (Questões de Mérito) 
 
São as questões que envolvem o próprio mérito da causa. Porém, existem quatro questões denominadas pela 
doutrina como preliminares de mérito. 
 
Se acatadas as situações que abaixo tratarmos, resulta disso a extinção do feito com resolução do mérito, ou seja, 
com fundamento nos arts. 487, do CPC c/c 769, da CLT. 
 
1.10.1.2.1 Prescrição – prejudicial de mérito 
É a perda do direito de ação em decorrência da inércia do titular de um direito em acionar o Judiciário na busca de 
uma sentença que reconheça a sua pretensão. O prazo de prescrição é de 5 anos, quando na vigência do 
contrato de trabalho, mas é limitada a 2 anos da data de rescisão do contrato, ou seja, o prazo é de 5 anos até o 
limite de 2 quando houver rescisão, qualquer que seja o motivo. 
 
Em relação aos trabalhadores rurais, o prazo prescricional foi unificado aos urbanos, aplicando-se as mesmas 
regras a seguir tratadas. 
 
a) Prescrição quinquenal: ocorre em relação aos últimos 5 anos anteriores à propositura da ação trabalhista, 
tanto para trabalhadores urbanos como para os rurais. Ao propor uma reclamatória, o reclamante interrompe o 
prazo prescricional e se estiver discutindo, por exemplo, 7 anos de contrato, sendo arguido instituto da 
prescrição quinquenal, só discutira os últimos lançados acima, incluindo a posição do TST quanto à retroação 
em cinco anos da data da propositura da ação. 
b) Prescrição bienal ou extintiva: rompido um contrato de trabalho, o reclamante possui 2 anos para ajuizar 
ação trabalhista. Se ajuizar após este prazo, ocorre a prescrição bienal, ou seja, a perda total do direito de 
ação. 
c) Anotação na CTPS: em ações declaratórias nas quais se pretenda a comprovação de vínculo empregatício, 
não se contam prazos prescricionais. Em outras palavras, para o pedido único de anotações de contrato na 
CTPS (carteira de trabalho e previdência social) não corre prazo prescricional. Porém, a Lei nº 9.658/98, que 
deu nova redação ao art. 11 § 1º, da CLT, foi publicada no DOU no dia 05-06-96. 
d) Prescrição de férias: o prazo prescricional em relação às férias só flui a partir do término do prazo 
concessivo das mesmas. Assim, completado o período aquisitivo, tem início o prazo concessivo. Findo este 
prazo concessivo, inicia-se o prazo prescricional de 5 anos. Entretanto, se houver rescisão contratual, inicia-se 
imediatamente o prazo de 2 anos para ajuizamento da ação, portanto, a prescrição bienal. 
e) Prescrição para menores: contra menores de 18 anos não se aplica nenhum dos prazos prescricionais. 
Desta forma, todos os contratos vigentes enquanto menor de 18 anos só terão prazo prescricional de 2 anos a 
partir da data em que o trabalhador completar 18 anos (Art.440, CLT). 
f) Prescrição do FGTS: 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do 
direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos 
após o término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional 
que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-
ARE-709212/DF) (SÚM 362, TST). Observe-se que é aplicável o prazo de prescrição bienal para as 
reclamações do não recolhimento do FGTS. 
g) Suspensão do prazo de prescrição: por outro lado, há casos de suspensão do prazo prescricional. A CLT 
faz menção a essa possibilidade. Durante o período em que o trabalhador está discutindo a possibilidade de 
conciliação perante CCP ocorre a suspensão do prazo prescricional. A suspensão é de até 10 dias no 
máximo. Invocamos o Novo Código Civil, para outra situação, vejamos o exemplo do trabalhador que 
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permaneceu ausente do país em serviço público da União, dos Estados e dos Municípios ou dos que se 
acharem servindo nas Forças Armadas em tempo de guerra. Estas são situações pouco comuns, mas 
possíveis nas causas trabalhistas, que resultarão em suspensão do prazo prescricional. 
h) Interrupção do prazo de prescrição (Posição do TST e do art. 11 § 3º da CLT): ao ajuizar uma ação 
trabalhista, o trabalhador interrompe o curso do prazo prescricional, ou seja, ainda que arquivada a 
reclamação, terá mais 2 anos para ajuizar uma nova ação, caso a primeira tenha sido extinta sem resolução 
do mérito. Interrupção significa que o prazo é devolvido na íntegra, mas isso só ocorre em relação à 
prescricional bienal e não a quinquenal. Hoje já não se discute se os pedidos formulados numa segunda ação 
trabalhista têm que ser idênticos aos da ação anterior, em decorrência a posição adotada pelo TST, através 
da Súmula nº 268 do TST. 
i) Prescrição intercorrente – a reforma trabalhista assegurou a aplicação da prescrição intercorrente aquela 
que prevê que, caso o exequente, em fase de execução, deixe de se manifestar e atender aos pedidos 
judiciais em prazo de dois anos, a execução será extinta e o processo arquivado. – Art. 11 – A da CLT. 
 
Aplicação do Código de Processo Civil 
Existem, ainda, outras possibilidades de interrupção da prescrição aplicáveis na esfera trabalhista. E para 
sustentar a posição no tocante à interrupção do prazo prescricional, convém recapitular: não serão aplicáveis as 
normas de direito comum se houver total incompatibilidade com aqueles conhecidos princípios que norteiam o 
direito do trabalho, com o que entendemos haver perfeita harmonia. (art. 8º da CLT e art. 15 do CPC) 
 
Através do protesto judicial, haverá a interrupção do prazo prescricional, situação possível nas causas 
trabalhistas, que ocorrera quando o trabalhador aciona judicialmente seu empregador. 
 
Nesse caso, caberá ao interessado a elaboração de petição inicial explicando as causas do protesto, seguindo-se 
com a citação do demandado. 
Aliás, neste aspecto, podemos vislumbrar esta possibilidade não só do próprio interessado em tomar essa atitude, 
mas também de outro que de quem tenha legítimo interesse. É o caso, por exemplo, da própria entidade sindical 
profissional, na condição de substituta processual, poder legitimar a interrupção da prescrição. 
 
Poderá ainda o interessado constituir o devedor em mora, fazendo uma notificação judicial, o que também evitará 
a fluência do prazo prescricional. A petição seguirá os moldes dos arts. 726 e seguintes, do CPC, que é aplicado 
também subsidiariamente. 
 
O novo Código de Processo Civil só admite a interrupção do prazo prescricional por uma vez, esta situação deve 
ser aplicada aos processos trabalhistas, diante da omissão verificada na CLT.Porém, a posição até agora 
adotada pelo TST é diferente, pois não ceda a propositura de mais uma ação trabalhista em decorrência de dois 
arquivamentos anteriores. 
 
j) Prescrição para ação de cumprimento: o art. 872, da CLT estabelece que, celebrado acordo ou transitada 
em julgado à decisão oriunda de dissídio coletivo, segue-se o seu cumprimento. Permite o dispositivo, não só 
aos trabalhadores, mas também ao sindicato profissional, a propositura de reclamação trabalhista para fazer 
cumprir o avençado ou decidido. Daí resulta que, do acordo firmado em dissídio coletivo, segue o seu 
cumprimento sem direito a recurso pelas partes, já que o acórdão que homologar o acordo transita em 
julgamento imediatamente. A exceção está na possibilidade de o Ministério Público recorrer, dadas as 
singularidades de sua competência. Porém, da sentença normativa proferida, podem as partes interpor 
recurso, que em regra só é recebido no efeito devolutivo. Lembre-se de que o efeito devolutivo permite a 
execução imediata do julgado. Para os demais casos, até a penhora, mas aqui em definitivo. É possível obter 
efeito suspensivo ao recurso interposto contra acórdão em dissídio coletivo, se houver pedido em petição 
fundamentada. 
 
De fato, a Lei nº 4.725/65, art. 6º, § 3º, que disciplina o curso dos processos de dissídio coletivo, permite a 
execução definitiva do julgado e, em caso de provimento de recurso, não importará em restituição dos salários ou 
vantagens pagas em execução do julgado. 
 
Portanto, caso o recurso em dissídio coletivo não tenha sido recebido no efeito suspensivo, os trabalhadores 
poderão ajuizar ação de cumprimento, exigindo imediatamente as vantagens conferidas, inclusive reajuste 
salariais. Havendo recurso recebido no efeito suspensivo, a execução torna-se impossível. 
 
Não havendo recurso, a sentença torna-se exequível a partir do 20º dia da publicação do acórdão, consoante 
disposição da Lei nº 7.701/88, art. 7º, § 6º, fluindo, daí o prazo prescricional de cinco anos quando na vigência do 
contrato e de 2 anos se houver comprimento do vinculo. 
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A posição do TST é no sentido de que o prazo prescricional só começa a fluir da data do trânsito em julgado, 
importando, assim, nas seguintes conclusões: 
1º Se não houver recurso, do trânsito em julgado desse acórdão é que começa a fluir o prazo prescricional; 
2º Havendo recurso recebido no efeito devolutivo, o acórdão pode ser executado de imediato e, portanto, 
inicia-se o prazo prescricional; 
3º Havendo recurso recebido no efeito suspensivo, somente do trânsito em julgado do acórdão que julgar 
este recurso é que será iniciado o prazo prescricional. 
 
k) Prescrição intercorrente: esse tema sempre foi controvertido ante aos posicionamentos do TST e do STF. 
Diante disso, é bom de ver que a Súmula nº 327, do STF admite a prescrição intercorrente nas causas 
trabalhistas, contrariando, assim, a Súmula nº 114, do TST, que em decorrência de incompatibilidade, estará 
inexoravelmente revogada. ATUALMENTE a reforma trabalhista trouxe, na previsão do art. 11-A da CLT que 
trouxe a previsão de aplicação da prescrição intercorrente. 
 
l) Prescrição e o aviso prévio indenizado: discutem-se, ainda, sobre o início do prazo prescricional quando se 
tratar de aviso prévio indenizado. De fato, o art. 487, § 1º, da CLT, assegura que o prazo do aviso prévio 
indenizado integra o tempo de serviço para todos os fins. Tomando por base o citado preceito, temos que o 
aviso prévio indenizado deve ser computado no tempo de serviço para a conquista de reajustes e demais 
vantagens, exceto para aquisição de estabilidade no emprego. Porém, o certo é que o rompimento do contrato 
ocorre na entrega da carta de demissão, mas os direitos oriundos da relação é que serão calculados até o 
último dia de aviso, imaginando-se que o trabalhador estaria trabalhando se não fosse indenizado o período. 
Desta forma, deve-se entender que o marco inicial surge a partir dessa comunicação e não da data futura, no 
caso de aviso prévio indenizado. A questão, contudo, não é pacífica, comportando entendimento diverso. 
 
m) Arguição da prescrição: deve ser arguida a prescrição com a resposta do reclamado, na instância ordinária. 
O silêncio representa renúncia, a preclusão. O TST tem se posicionado no sentido de ser possível arguição 
até em recurso, mas não da tribuna, quando não se poderia conferir à parte contrária a possibilidade de 
contrair o pedido. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a 
absolutamente incapaz. 
 
1.10.1.2.2. Decadência 
É o instituto que se relaciona com a perda do próprio direito que daria sustentação judiciária a uma ação 
trabalhista. Pode ser reconhecida de ofício pelos juízes. Nos processos do trabalho temos apenas três situações 
possíveis: inquérito judicial para apuração de falta grave (de 30 dias), mandado de segurança (120 dias) e a ação 
rescisória (2 anos). 
 
1.10.1.2.3. Compensação 
É o instituto que visa a compensar crédito com débito. É muito utilizado nos processos do trabalho. É a forma de 
extinção das obrigações, sendo indispensáveis: a reciprocidade de dívidas, dívidas líquidas e certas, dívidas 
vencidas e homogêneas. 
É uma forma de aplicação ao princípio que veda o enriquecimento ilícito – exemplo – quando o juiz condena a 
empresa a pagar 10 horas extras, mas a empresa já havia pago 6, assim, deverá pagar apenas a diferença (4 
horas extras). 
Massa há de se destacar que só há compensação entre verbas idênticas, ou seja, horas extras só compensam 
horas extras. 
 
1.10.1.2.4. Retenção 
É a forma de retenção de determinado bem como parte de crédito. Uma espécie de penhora. 
Há necessidade da ocorrência de certos requisitos: ser o retentor credor, deter legitimamente a coisa, haver 
conexidade entre o crédito e a coisa retida, não existe nenhum impedimento legal ou convencional para o seu 
exercício. 
 
1.10.2 Momento 
A defesa deve ser apresentada em audiência ou ate a audiência – art. 847 da CLT. 
 
1.10.3 Forma 
Se apresentada oralmente o prazo é de 20 minutos, mas na prática é apresentada por escrito, separando-se a 
peça em questões preliminares e questões de mérito (art. 847 da CLT). Vide § ú do art. 847, CLT. 
 
 
 
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1.10.4 Juntada de Documentos 
Com a defesa e com a inicial, devem ser juntados os documentos, sob pena de preclusão, ressalvando o direito 
de juntar documentos posteriormente, no caso de serem considerados como novos. 
Em fase recursal não se junta documentos, salvo no caso da Súmula 8 do TST. 
 
1.10.5 Reconvenção 
É o pedido formulado pelo reclamado em face do reclamante nos próprios autos. Ao contestar o feito, é possível 
ao reclamado apresentar pedido contra o mesmo, ou seja, reconvir. 
O autor na reconvenção é denominado reconvinte e o réu é o reconvindo. 
 
Importante: 
1- A contestação e a reconvenção são oferecidas simultaneamente, em peças autônomas. COM O NOVO 
CPC, A RECONVENÇÃO PODE SER FEITA NA PRÓPRIA CONTESTAÇÃO. Ademais, não podemos 
esquecer-nos de mencionar que o CPC, em seus arts. 335 e ss., traz a contestação como grande 
modalidade de defesa ou resposta do réu, abrangendo as demais. 
2- Admite-se a apresentação da exceção no bojo da contestação, como preliminar. 
3- Oferecimento de exceção ocasionará a suspensão do processo (art. 799 da CLT e art. 313, III do CPC). 
 
1.10.5.1 Forma de Apresentação 
Pode ser apresentada oralmente ou por escrito – tanto a inicial quanto a contestação seguem essa regra. 
 
1.10.5.2 Juntada de Documentos 
Havendo necessidade, a reconvenção deve vir acompanhada desde logo com os documentos comprobatórios. 
 
1.10.6 Exceção 
São admitidas no processo do trabalho, as exceções de suspeição, impedimento e incompetência (material e 
territorial).A Lei nº 13.647/17 (reforma trabalhista) prevê que o prazo é de cinco dias após ser notificada da ação. 
 
1.10.6.1 Suspeição 
Suspeição relaciona-se com a possível parcialidade dos magistrados e outras pessoas que atuarão na condução 
do processo. São causas de suspeição - a amizade íntima ou inimizade com a parte e agora, com o novo CPC, 
também com seu procurador, o interesse no litígio, ter se pronunciado anteriormente sobre litígio. 
 
1.10.6.2 Impedimento 
Impedimento relaciona-se com a impossibilidade de o magistrado atuar no feito em decorrência do grau de 
parentesco com as partes; se for a própria parte; se atuou como perito ou testemunha no processo; se oficiou 
como representante do Ministério Público ou se julgou em primeira instância. 
 
1.10.6.3 Incompetência 
a) Exceção de incompetência em razão da matéria: quando a parte intenta ação em justiça errada, diz-se 
que o magistrado é incompetente em razão da matéria, posto que o peticionário não observou as leis de 
organização judiciária e de distribuição de competência. Se a incompetência for material pode o juízo 
declinar de ofício, remetendo os autos ao juízo competente para não causar nulidade absoluta. Nada 
impede que a própria parte faça a arguição. 
 
b) Exceção de incompetência em razão do local: entretanto, se a incompetência se relacionar com o local, 
não pode o magistrado declinar da irregularidade, já que é relativa e não absoluta. A parte interessada é 
que deve oferecer a peça de exceção, indicando ao magistrado qual será o juízo competente para que os 
autos deverão ser remetidos. A Lei nº 13.467/2017 alterou o art. 800 da CLT e outorgou, ao réu, o prazo 
de 5 dias para arguir a exceção de incompetência territorial, ou seja, se em 5 dias o réu não alegar a 
incompetência territorial, aquele juiz que poderia ser considerado incompetente passa a ser competente, 
daí a expressão competência relativa. 
 
PARA FIXAÇÃO 
 
A Lei nº 13.467/2017 trouxe algumas mudanças quanto à exceção de incompetência: 
Antes da reforma trabalhista, a CLT não esclarecia se deveria ser apresentada a exceção de incompetência em 
peça apartada ou em preliminar de defesa. O CPC/15 determinou que a exceção de incompetência, seja absoluta 
ou relativa, seja arguida em preliminar de contestação (art. 64, CPC). O que não tinha previsão no Código de 
1973. 
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Com a alteração dada pela Lei nº 13.467/2017, recebida a notificação, o Réu tem prazo de 5 dias para apresentar, 
em peça própria, a exceção de incompetência, sob pena de preclusão. Assim, se designada audiência com menos 
de 5 dias da notificação (citação), o Reclamado não precisará comparecer em audiência, mas apenas apresentar 
a exceção de incompetência, devendo ser protocolada nos autos. O procedimento está estabelecido no art. 799 
da CLT, o qual não teve mudança. 
 
Portanto, apresentada a exceção de incompetência, suspende-se o processo. Agora se pacificou o entendimento 
de que não precisa apresentar contestação para juízo até que se julgue a exceção de incompetência. O processo 
fica suspenso até o julgamento da exceção. Suspenso o processo, os autos serão imediatamente conclusos ao 
juiz, que determinará a intimação do Exceto (Reclamante), para se manifestar no prazo de 5 dias (§ 2°, do art. 
800, da CLT). 
 
Como os processos na justiça do trabalho são eletrônicos, a Lei nº 13.467/2017 trouxe o prazo comum as partes. 
Desta feita, todos os prazos na CLT serão comuns as partes. Novamente o processo vai a conclusão para o juiz 
avaliar a necessidade de prova oral. Caso não haja necessidade, a exceção será julgada. Se o juiz entender 
necessária a prova, será feita através de carta precatória, no Juízo declinado como competente. Desta feita, o 
Excipiente deve sem sua peça de exceção informar o local que pretende fazer prova da incompetência. Após o 
juiz profere a decisão, a qual se trata de uma decisão interlocutória, irrecorrível de imediato, salvo hipóteses 
previstas na Súmula 214 do TST. 
 
Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, 
a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente (§ 4° do art. 800, da CLT). 
 
1.11 AS PARTES NOS DISSÍDIOS TRABALHISTAS 
 
Sujeitos principais da relação processual: 
 
A) Dissídio Individual: 
 JUIZ 
 AUTOR - denominado Reclamante 
 RÉU- denominado Reclamado 
 PATRONOS DAS PARTES: ADVOGADOS 
 MINISTÉRIO PÚBLICO: PROMOTOR/CURADOR 
 SUJEITOS SECUNDÁRIOS: 
- AUXILIARES DA JUSTIÇA 
- TESTEMUNHAS 
- DEPOSITÁRIO 
- PERITO 
- PREVIDÊNCIA SOCIAL: com a EC Nº 20/98 a JT cobra de ofício as contribuições. Assim o INSS tem 
legitimidade para atuar como parte. 
Artigo 792, CLT – maioridade com 18 anos (capacidade processual) – revogado pela reforma. 
Artigo 793, CLT – maiores de 14 (aprendiz) e menores de 18 anos – assistidos ... 
Substituição Processual: em nome próprio, defendendo direito alheio. Ex: colega de trabalho. 
 
Representação Processual: representa e age em nome da parte. Ex: Sindicato da categoria. 
 
IMPORTANTE!!! 
No Processo do Trabalho poderão ser REPRESENTADOS. 
 
 O menor, assistido ou representado, é capaz para “ser parte” e o responsável legal, é capaz para “estar 
em Juízo”. Representação da parte (art. 843, §1º e 2º, CLT) – nesse caso a representação é obrigatória 
e o MPT deve compor a lide para defender interesse do menor. 
 
Reclamada: pode ser representada por PREPOSTO. 
Reclamante: pode ser representado por COLEGA DE TRABALHO ou Sindicato (evita-se o arquivamento). 
 
 
 
 
 
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AUSÊNCIA DA PARTE (art. 844, CLT) 
 AUSÊNCIA do Reclamante na audiência inicial: arquivamento da reclamação Trabalhista (**ver art. 
732,CLT) – o autor ausente poderá responder pelas custas processuais e, para ingressar com nova 
demanda terá que recolher as custas. 
 AUSÊNCIA da Reclamada na audiência inicial: revelia e confissão quanto à matéria de fato. 
 
Diferença “Revelia e Confissão” 
REVELIA – ausência de interesse de se defender – ausência da parte ré em audiência – art. 844 da CLT. 
CONFISSÃO – presunção de serem verdadeiros os fatos alegados na inicial ou na defesa, dependendo de quem 
se ausentar – Súmula 74 do TST. 
 
Não apenas o RECLAMADO sofre a confissão. Vejamos: 
 
Nº 09 – TST 
A ausência do Reclamante, quando adiada a instrução, após contestada a ação em audiência, não importa 
arquivamento do processo. 
 
Nº 74 – TST 
I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não 
comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II – (...) 
 
LITISCONSÓRCIO aglutinação de pessoas em um ou em ambos os polos da relação processual, nos casos 
previstos em lei (art. 842, CLT). 
 
São eles: 
1- ATIVO – vários Reclamantes (ação plúrima). 
2- PASSIVO – várias Reclamadas. 
3- MISTO – vários Reclamantes e Reclamadas. 
 
O LITISCONSÓRCIO ATIVO ou PASSIVO ocorre: 
I- Haja comunhão de direitos ou de obrigações; 
II- Que estes, decorram do mesmo fundamento de fato; 
III- haja conexão de causas pelo objeto ou pela causa de pedir; 
IV- Ocorra afinidade de questões. 
 
No LITISCONSÓRCIO deve haver limite do número de Reclamantes: ou seja, o dissídio individual plúrimo, 
não deve ter um número de Reclamantes que possa criar demora e dificuldades no andamento processual. 
(§ 1º do Art. 113 do CPC) 
 
1.12 DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA 
 
Não pode perdurar por mais de 5 horas, salvo motivo relevante. É aberta através do chamamento das partes, o 
que é denominado como pregão. 
 
Depois de identificadas as partes, o Juiz propõe acordo e em caso de êxito, é lavrada a sentença que transita em 
julgado imediatamente, salvo para o INSS. 
Não havendo acordo, o juiz confere o prazo ao reclamado para a apresentação da defesa; segue-secom a réplica 
do reclamante. 
 
São colhidos os depoimentos pessoais das partes, primeiro o do reclamante e depois, o da reclamada. (Analisar 
ônus de prova – art. 818 da CLT). 
Atenção – não há ordem expressa para a colheita dos depoimentos, mas, como em regra, o ônus da prova 
pertence ao autor, ele será ouvido primeiro. 
 
São ouvidas as testemunhas, sendo o concedido prazo para as razões finais, em seguida nova proposta de 
conciliação e a prolação da sentença. 
 
 
 
 
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1.12.1 PASSOS DAS AUDIÊNCIAS: 
 
I- AUDIÊNCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO ou INICIAL 
II- AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO 
III- AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO 
 
I - AUDIÊNCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO: se frustrada - recebe-se a defesa ou contestação e após 
abre-se para IMPUGNAÇÃO. 
 
II - AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO: 
 - Oitiva das partes (facultativo) 
►Abre-se para apresentação das PROVAS. 
 AVALIAÇÃO DAS PROVAS 
- Prevalece o Principio da Livre Apreciação da Prova: “o juiz avalia as provas segundo sua íntima 
convicção”. 
 
 OBJETO DA PROVA 
P: O que deve ser provado? 
R: Fatos - RELEVANTES - PERTINENTES - CONTROVERTIDOS. 
 
 ALEGAÇÕES FINAIS E CONCILIAÇÃO (ainda na Audiência de Instrução): 
1º - ALEGAÇÕES FINAIS OU RAZOES FINAIS (10 minutos para cada parte) 
2º - RENOVAÇÃO DA CONCILIAÇÃO 
 
III - AUDIÊNCIA DE JULGAMENTOS 
 
1.12.2 SENTENÇA 
- CLT fala em decisão (arts. 831, 832 e 850), ao invés de dizer sentença. 
- Esta é realizada no gabinete do juiz, sem a presença das partes. 
É o momento em que o estado, por meio do juiz, resolve o litígio dizendo quem tem razão, ou seja, não havendo 
acordo, o juiz decidirá quem está correto, autor ou réu. 
 
 TIPOS DE SENTENÇA 
I – Definitiva: são as sentenças que definem ou resolvem o conflito. O juiz ingressa no mérito da questão. 
II – Terminativas: são aquelas decisões em que se extingue o processo sem a análise do mérito da questão. 
III – Interlocutórias: são as sentenças que decidem questões incidentes do processo, como a exceção de 
incompetência – irrecorríveis. 
 
 ESTRUTURA DA SENTENÇA 
Constituída de três partes (CLT, art. 832): 
- Relatório 
- Fundamentação 
- Parte dispositiva 
 
 EFEITOS DA SENTENÇA 
- é a coisa julgada. 
 
1.12.3 EXECUÇÃO (Arts. 876 a 892 da CLT) 
 
 CONCEITO- Consiste em “obter para o exequente precisamente aquele benefício que lhe traria o 
cumprimento da obrigação por parte do devedor ou, se isso não é possível, ao menos um benefício 
equivalente”. 
 TÍTULO EXECUTÓRIO (art.876) - Não há execução sem título executivo. 
 
 COMPETÊNCIA PARA EXECUTAR (877 e 877-A, CLT) - É da Vara do Trabalho que proferiu a sentença. 
A Competência funcional é sempre do JUIZ DA VARA (1ª instância). 
NOVIDADE - Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício 
pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem 
representadas por advogado. 
 
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 EFEITOS DA FALÊNCIA E DA CONCORDATA NA EXECUÇÃO. A falência produz efeitos sobre a 
execução trabalhista, pois é mais atrativa, uma vez que concentra todas as execuções em uma só. 
Havendo Falência de uma Empresa, a prestação jurisdicional trabalhista termina com a Sentença 
proferida na fase de conhecimento. 
 
 NÃO CABE EXECUÇÃO DESSA SENTENÇA PERANTE A VARA DO TRABALHO. 
 
O interessado deverá HABILITAR o seu crédito no juízo falimentar, como CREDOR DA MASSA FALIDA (na 
JUSTIÇA COMUM) – e é pago de acordo com as prescrições da lei falimentar. 
 
ATENÇÃO – ainda quanto a empresa em recuperação judicial ou falida, ver o conteúdo da Súmula 86 do TST e 
do § 10º do art. 899 da CLT. 
 
IMPORTANTE!!! Os CRÉDITOS TRABALHISTAS são preferentes, ou seja, devem prevalecer sobre os demais 
créditos, pois tem natureza alimentar. 
 
 SENTENÇAS EXEQUÍVEIS - Apenas são exequíveis as sentenças providas de força CONDENATÓRIA. 
 
 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (artigo 879 da CLT) - Quando a sentença é ilíquida – deve ser liquidada 
antes dos atos de constrangimento patrimonial do devedor. 
- Setor de cálculos 
- Impugnação - §2º art. 879, CLT ... ou abre-se às partes... 
Com a reforma há obrigação de vistas às partes. 
- 1º o Exequente 
- Após o Executado 
- O Juiz profere a decisão de liquidação e segue-se para a CITAÇÃO... 
 
 CITAÇÃO (artigo 880 da CLT) - Liquidada a sentença, o juiz ordena a citação do executado (por oficial de 
justiça) para pagar, garantir o juízo, ou nomear bens à penhora em 48 horas. 
 
1º se desejar pagar retira guias de depósito na secretaria da Vara do Trabalho, ou no site, e paga no 
banco; 
 
2º se garantir o juízo nomeia bens a penhora. 
 
* O exequente não precisa concordar com a indicação dos bens ... 
 Bens Que Podem Ser Penhorados: (CPC artigo 835 c/c 882 da CLT). 
- Dinheiro 
- Veículos 
- bens móveis 
- Bens imóveis 
- Semoventes 
 
* BACEN-JUD- “Sistema de Solicitações do Poder Judiciário ao Banco Central do Brasil”. 
 
* Outro Ponto Importante: 
“DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA” ... surge quando a empresa não tem bens para 
garantir a dívida! – a reforma traz previsão específica sobre o tema. 
 
 PRAÇA (Artigo 888 da CLT) - Os bens penhorados são vendidos judicialmente, nas dependências das 
Varas Trabalhistas, com publicação no D.O. de dia, hora e local. 
*Mas pode ser realizado em outro local pré-determinado. 
 
- ADJUDICAÇÃO: os bens vendidos em praça são adquiridos pelo próprio exequente; (este aceita para si os 
bens) 
 
- ARREMATAÇÃO: terceiro estranho ao processo compra (arremata) este bem. 
*A adjudicação tem preferência (CLT, art. 888, §1º). 
 
- REMIÇÃO – o pagamento, pelo executado, do principal e acessório, podendo fazê-lo antes do início da praça. 
*Não cabe remição quando já iniciada a praça. 
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1.11.1 Revelia 
É a situação em que o demandado não comparece na audiência e por consequência, não oferece defesa. 
Atenção: Citação na CLT recebe a denominação genérica de notificação. 
 
Quando um reclamado é notificado de uma reclamação trabalhista, fica ciente de que deve comparecer à 
audiência que será realizada na reclamação trabalhista, fica ciente de que deve comparecer à audiência com 
proposta de conciliação, e caso não tenha proposta de acordo, deverá apresentar todos os documentos 
pertinentes à sua defesa. 
 
Cuidado!! Se não estiver presente por ocasião do pregão, esse não comparecimento importa nos efeitos 
da revelia, que faz presumir verdadeiros os fatos articulados pelo reclamante na inicial. Mas se estiver 
presente e deixa de apresentar defesa, os efeitos são os mesmos. 
Na pratica não significa que o reclamante vai ganhar a causa, mas está livre de algumas provas. A revelia impede 
a juntada de defesa, mas esta poderá ser elidida se o correrem motivos de força maior ou ponderoso, capazes de 
justificar a ausência do reclamado. 
A revelia não é absoluta. 
 
A revelia só pode ser aplicada ao Reclamado. 
 
Fundamentos: 
 Art. 844, da CLT; 
 Súmula nº 122, do TST; 
 OJ-SDI-1 do TST nº 152 e 245. 
 
A Súmula 122 TST trata da REVELIA. De acordo com a referida súmula, ausente a parte reclamada na 
audiência, ainda que presente seu advogado devidamente constituído, será considerado REVEL. 
EXEMPLO: um atestado médico mostrando a impossibilidade de locomoção da reclamada ilidiria à revelia. 
 
No entanto, conforme preceitua o art. 844, §5º, CLT, ainda que ausente o reclamado, presente o advogado 
na audiência, serão aceitos a contestação e documentos eventualmente apresentados. Portanto, verifica-
se que NÃO será mais decretada a revelia da parte reclamada por ausência de representante, seja ele 
sócio ou preposto. 
 
1.11.2 Confissão 
É admissão

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