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Condomínio Voluntário

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O condomínio voluntario já fala tem que haver vontade entre as partes, para haver negócio jurídico bilateral ou até diversas partes plurilateral. Como por exemplo alguns amigos compram um determinado imóvel para um investimento qualquer, e todos passam a ter direitos e responsabilidade sobre este imóvel.
O condomínio por si só é cheio de discórdias e discordâncias, pois cada pessoa tem um pensamento e posição diferente da outra, e a situação piora quando tem direitos e deveres envolvidos, por causa disso existe a lei para facilitar e incentivar a execução do condomínio.
Os artigos 1.314 a 1.322 estabelecem um rol de direitos e deveres. Dos Direitos e Deveres dos Condôminos
 Art. 1.314. Cada condômino usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.;
olha lá quando se fala em condomínio quer dizer, que há um único bem que pertence a 2 ou mais pessoas.
Dois conceitos muito importante desse artigo..
Primeiro ele fala do uso das coisas comuns, para promover essa coabitação de várias pessoas de posse deste bem, para facilitar a harmonia entre as partes do condomínio.
O segundo conceito é a sua destinação= para que que serve
O condomínio é instituído já de inicio, no começo é definido qual é a sua finalidade. 
Ex: esse daqui é residencial e esse é comercial. E não pode ocorrer o uso que desvirtue essa finalidade. Um condomínio residencial, não da para instalar ali um escritório, pq configura o desvio de finalidade, a não ser que haja o consenso dos outros de acordo com o parágrafo único.
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Esse artigo é fundamental, pq depende a sobrevivência dos bens do condomínio. Então tem que ter administração para a conservação do local. 
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.	
E o parágrafo único ressalta que as despesas do local devem ser repartidas igualmente entre todos.
Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do pagamento das despesas e dívidas, renunciando à parte ideal.
A renúncia deve ser expressa, por escritura pública, pq se trata de um imóvel, devendo ser registrado em cartório imobiliário.
§ 1 o Se os demais condôminos assumem as despesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que fizerem.
Se as outra parte acabar por assumir as dívidas do renunciante que não pagou as dívidas. A outra parte poderá aproveitar da situação da renúncia, para adquirir a parte do condomínio renunciante, mais só poderá adquirir se realizar o pagamento da dívida.
§ 2 o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa comum será dividida.
Não havendo quem queira arcar com a dívida, a coisa comum será dividida.
Quando o condômino renuncia à sua parte, ele ta na realidade, renunciando a um direito e não à propriedade, vai continuar com os demais condôminos.
Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem se discriminar a parte de cada um na obrigação, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão na coisa comum.
A solidariedade não é presumida, é necessário que seja expressa.
Quando a dívida passa a ser de todos, é logico que entende que todos devem pagar a sua própria dívida.
Se acaso houver pagamento desiguais, haverá direito de regresso, ou seja, os demais arcam com a divida do outro que não pagou igual, mais futuramente será cobrado com correção monetária o juros.
E quanto aos direitos reais de garantia, a hipoteca, o penhor e anticrese, tem a unidade de responsabilidade das partes, que serão obrigados pela dívida, com o direito de regresso, pois o imóvel como um todo é dado em garantia.
Art. 1.318. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o contratante; mas terá este ação regressiva contra os demais.
Pode acontecer que um dos condôminos contraia uma divida, se aproveitando da confiança e da comunhão que foi adquirida com o condôminos.
Ele ficara obrigado perante terceiros, com direito de ação regressiva contra os demais, que seja garantido para receber o valor da divida.
Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou.
Se tem fruto ou dano ele vai ter que dar conta disto.
Os frutos que foram produzidos. É de todos os condôminos, dividido em partes iguais para todos.
O mesmo é aplicado para dano, que foi praticado por uma das partes, por exemplo se 1 pessoa causa perda de valor em dinheiro em 1.000 reais, e tem 10 condôminos em partes iguais, este deverá indenizar 900,00 reais, pois 100,00 reais é dele.
Outro exemplo -- Se 10 pessoas são donas de um imóvel e é ocupado por um dos condôminos, ele deverá pagar aluguel aos demais. Pode ser que seja uma casa, seja um terreno, uma loja, um apartamento. Se a propriedade está alugada, o valor deve ser dividido em partes iguais. 
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
Cada condômino a qualquer tempo poderá exigir, a divisão do bem, pois pode haver que um condômino queira sair da relação condominial, e ele tem esse direito.
§ 1 o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
A indivisão só pode ser estabelecida no máximo de 5 anos, podendo ser prorrogada. 
§ 2 o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
Se acaso a indivisão é estabelecida pelo doador ou testador, seu prazo será de apenas cinco anos, improrrogável, portanto. 
§ 3 o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
Cabe ao jurista determinar a repartição da coisa.
Questões que hoje afetam não somente os condomínios em edifícios, mas também multi-propriedade, como a utilização real de imóvel com tempo repartido, loteamentos fechados, clubes recreativos, instituições hoteleiras e muitas outras coisas. 
Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, no que couber, as regras de partilha de herança ( arts. 2.013 a 2.022 ).
Os artigos 2.013 a 2.022 falam sobre partilha e herança
A divisão de condomínio aplicam as regras da partilha e da herança, o resultado é para dividir o patrimônio.
A divisão é pode ser feita por escritura pública 
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
O artigo fala que quem tem direito de preferência, é quem tiver o quinhão maior ou benfeitorias de maior valor na coisa. 
Estabelece que a coisa pode ser transferida a uma pessoa apenas que indenizará os demais.
Se não houver acordo, haverá a venda da coisa comum.
A venda pode ser feita, desde que de acordo com todos os comunheiros.

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