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CONTEÚDO DO CURSO DE 
6 SIGMA 
PROMOVIDO PELA www.ADMINISTRABRASIL.com.br 
 
 
- O QUE É O 6 SIGMA 
- CONCEITOS BÁSICOS DO 6 SIGMA 
- SIX SIGMA x QUALIDADE TOTAL 
- METODOLOGIA DMAIC 
- PARTICIPANTES DO 6 SIGMA 
- TRABALHANDO COM DADOS E INFORMAÇÕES 
- UTILIZANDO GRÁFICOS 
- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 O QUE É O 6 SIGMA 
 
Sigma é uma letra grega empregada em estatística, e significa 
desvio-padrão, que nada mais é do que a medida da variação que 
um conjunto de dados sofre. 
 
 
O alvo é descobrir o que os clientes querem e fornecer-lhes sempre o mesmo 
produto, bem ou serviço com a “mínima variação”, ou seja, é fornecer o produto, 
bem ou serviço conforme foi combinado com o cliente: prazo estipulado de 
entrega; qualidade combinada; quantidade solicitada e o preço já estabelecido. 
 
A metodologia do 6 Sigma surgiu na década de 80, quando a empresa 
Motorola concorreu e ganhou um prêmio nacional da qualidade nos 
Estados Unidos, o “Malcolm Baldridge”. Foi aí que se ouviu falar a 
primeira vez na metodologia 6 Sigma, que é uma marca registrada da 
Motorola. Mais tarde os criadores desta metodologia abriram uma 
instituição voltada para o treinamento e consultoria para 
implantação da mesma, denominada Six Sigma Academy. 
 
Depois de verificar que esta metodologia é extremamente eficiente e eficaz na 
melhoria da qualidade e da produtividade, várias empresas se interessaram e 
adotaram-na, entre elas, a Allied Signal, General Eletric, Polaroid, Asea Brown 
Boveri e Kodak. 
 
O 6 Sigma, de modo amplo, é uma estratégia de negócios adotada pelas empresas 
para aumento da competitividade através da melhoria da qualidade e da 
produtividade. Para entender mais sobre isto, vamos entender seus conceitos 
básicos. 
 
 C ONCEITOS BÁSICOS DO 6 SIGMA 
 
Na metodologia 6 Sigma determina-se, em cada etapa, qual a melhor estratégia e 
ferramentas que devem ser usadas para aperfeiçoar a qualidade do processo. 
 
Pode ser aplicada a qualquer tipo de processo, ou seja, qualquer área como 
finanças, recursos humanos, vendas, contabilidade pode utilizar a metodologia 
para melhorar os seus processos. 
 
 
Todas as empresas têm tais processos, entretanto, normalmente só levam em 
consideração a área da produção, o que é um grande erro. Todos os processos são 
passíveis de melhorias. 
 
Há dois pontos interessantes na metodologia 6 Sigma. O primeiro deles é que em 
qualquer processo, primeiro são aplicadas as ferramentas básicas e, somente se 
necessário, técnicas mais avançadas serão utilizadas. O outro ponto é que todos os 
funcionários da empresa podem estar aplicando a metodologia para melhorias nos 
processos, diferentemente da metodologia da Qualidade Total, que é aplicada 
somente por especialistas. 
 
 
Lembre-se que anteriormente falamos que sigma é uma letra grega utilizada em 
estatística. Nesta metodologia dos 6 Sigma, todos usam o pensamento estatístico 
independentemente da área em que trabalham. 
 
O pensamento estatístico é uma lógica que parte dos seguintes princípios: 
 
 TODO TRABALHO EXECUTADO É UM PROCESSO - Processo é um conjunto 
de atividades inter-relacionadas. Imagine um profissional da área de compras. Ele 
recebe a solicitação de compra, faz levantamento de empresas que podem fornecer 
o material solicitado, entra em contato com as empresas e faz cotação de preços, 
seleciona a melhor oferta, faz o pedido, confere e recebe a mercadoria, entrega o 
produto ao solicitante. Perceba que há um objetivo (solicitação de compra), mas 
para que este seja concluído, o objetivo passará por algumas etapas, ou seja, alguns 
processos. 
 
 
 TODO PROCESSO PODE SOFRER VARIAÇÕES - As variações ocorridas 
durante o processo podem ser em menor ou em maior quantidade. É justamente 
neste ponto que a atenção e os esforços devem ser concentrados, pois a variação é 
a grande inimiga desta história toda. 
 
 
 PARA MELHORAR PROCESSOS É PRECISO DIMINUIR AS VARIAÇÕES - A 
variação é um fato da natureza, ou seja, sempre está presente. Mas quanto 
menos elas ocorrem durante um processo, melhor este processo será. Dessa 
forma você passará a conhecer a real necessidade do seu cliente, seja ele interno 
ou externo. 
 
Imaginando o mesmo processo de compras descrito, se o funcionário não deixar 
que aconteçam variações durante o processo, ele só correrá o risco de haver 
variações nos processos do seu fornecedor. Deve-se procurar sempre buscar que a 
variação seja mínima para não afetar o desempenho. 
 
 
O diagrama FEPSC (são as iniciais das palavras: Fornecedor, Entrada, Processo, 
Saída e Clientes) mostra o resultado final de um processo com variações que é a 
insatisfação do cliente. É justamente no final do processo e no cliente que deve se 
iniciar uma análise do processo. 
 
Clientes têm necessidades e expectativas que devem ser atendidas para que eles se 
sintam satisfeitos, garantindo assim o sucesso da empresa. 
 
 
E é isto que o 6 Sigma oferece. 
 
O 6 Sigma é uma estratégia disciplinada e altamente quantitativa, caracterizada 
por uma abordagem sistemática (envolvendo processos), que tem como objetivo 
reduzir custos e também aumentar/melhorar a eficiência da organização, por meio 
da otimização de produtos e processos, com o consequente incremento da 
satisfação dos clientes. 
 
 
 
 
 
 
“O NÚMERO DE SIGMAS É UMA MEDIDA DA 
PERFORMANCE DO PROCESSO” 
 
Quanto maior o número de Sigmas, menor a variabilidade do 
processo. Processos com muita variabilidade têm alta 
probabilidade de se obter produtos fora da especificação do 
cliente, logo, quanto maior o número do sigma, menor deverá ser 
as variações indesejadas. 
 
Logo, podemos constatar que, o 6 Sigma não tem nada de inovador. Ele é o 
resultado da busca de uma forma de evitar os erros do passado, criando uma 
metodologia prática que gere bons resultados. 
 
Outras empresas que adotaram esta metodologia a aperfeiçoaram, como por 
exemplo, a General Electric, que hoje incorporou o 6 Sigma como parte da cultura 
da empresa. 
 
Os conceitos básicos adotados no 6 sigma, são: 
 
 DEFEITO É QUALQUER COISA QUE BLOQUEIE OU INIBA UM PROCESSO DE 
ATINGIR MAIOR PRODUTIVIDADE - No 6 Sigma este conceito é mais amplo, 
concebendo um defeito como um problema de produtividade. Explicando melhor: 
pode haver um processo que não produza defeitos, mas que pudesse ser feito com 
uma produtividade maior, então teríamos uma oportunidade de melhoria. Logo, 
para o 6 Sigmas este processo tem um defeito. 
 
 CTQS SÃO OS ASPECTOS MAIS IMPORTANTES PARA O CLIENTE, EM UM 
PRODUTO - Clientes têm necessidades e exigências ao adquirirem produtos ou 
serviços, porém algumas são mais importantes ou mais vitais do que outras. Estas 
necessidades e exigências mais importantes são o que chamamos de CTQs (Critical 
to Quality), ou seja, Características Críticas da Qualidade. 
 
 
 O CONCEITO DE CLIENTE NO 6 SIGMA É MAIS AMPLO; EXISTEM OS CLIENTES 
INTERNOS E OS CLIENTES EXTERNOS - Consideramos clientes internos aqueles 
de outras áreas da sua empresa, e clientes externos aqueles que compram o 
produto ou serviço da sua empresa, o consumidor final. 
 
Não importa se o cliente é interno ou externo, é importante que o processo tenha a 
menor variação possível, pois pode ser que o seu cliente interno precise do 
trabalho vindo de outro colega para completar o processo do produto ou serviço 
que será entregue ao consumidor final. 
 
 
 PRODUTOS TAMBÉM SÃO VISTOS NO SENTIDO MAIS AMPLO - A metodologia 6 
Sigma pode ser usada tanto em processos de produtospalpáveis (bens) ou 
serviços. 
 
Todas as empresas (pequeno, médio e grande porte), de todos os ramos 
(Indústrias, Mineradoras, Bancos, Serviços, etc.) pode implementar a metodologia 
do 6 Sigma, desde que se tenha a cultura de qualidade. 
 
O 6 Sigma é frequentemente confundido com a metodologia da Qualidade Total, 
porque são aparentemente similares. Entretanto, a diferença entre eles está nos 
resultados superiores obtidos. 
 
Vamos entender um pouco mais sobre esta diferença: 
 
 
 S IX SIGMA x QUALIDADE TOTAL 
 
Hoje, qualidade é uma questão indispensável, uma necessidade para as empresas 
que querem se estabelecer no mercado globalizado. As empresas devem ter essa 
consciência e, cada vez mais, buscar melhorias para oferecer melhores produtos 
e/ou serviços aos clientes. 
 
Tempos atrás, pensava-se em obter melhorias somente em manufaturas. 
 
Atualmente, esta melhoria atinge processos mais amplos, nos mais diversos 
setores, e esta, é a principal característica que diferencia a metodologia do 6 Sigma 
com a metodologia da Qualidade Total. 
 
Veja na tabela abaixo a diferença nos resultados entre um processo convencional 
de qualidade e o processo 6 Sigma: 
 
PROCESSO CONVENCIONAL PROCESSO 6 SIGMA 
20.000 itens perdidos por hora pelo correio 7 itens perdidos por hora pelo correio 
5.000 cirurgias incorretas por semana 2 cirurgias incorretas por semana 
2 aterrissagens incorretas por dia em um 
grande aeroporto 
1 aterrissagem incorreta a cada 5 anos em um 
grande aeroporto 
200.000 receitas médicas incorretas por ano 68 receitas médicas incorretas por ano 
7 horas de falta de energia elétrica por mês 1 hora de falta de energia elétrica a cada 34 anos 
 
Nota: Este levantamento foi feito pela Six Sigma Academy, nos EUA. 
 
 
 
 
 
Você já sabe que a metodologia 6 Sigma foi criada na década de 80 por um grupo 
de especialistas a pedido do presidente da Motorola. 
 
A empresa estava enfrentando sérios problemas de qualidade em seus produtos e 
o presidente pediu que fosse desenvolvida uma solução definitiva para solucioná-
los. 
 
Este grupo não criou nada de novo e diferente como vimos também. Basearam-se 
apenas nas metodologias da qualidade anteriores, como Qualidade Total, Garantia 
da qualidade, Gerenciamento de processos, etc., e verificaram o que era de fato 
eficaz e juntaram tudo em uma metodologia coerente e muito lógica. 
 
Segundo Greg Watson, ex-presidente da Sociedade Americana da Qualidade, com 
esta metodologia a empresa consegue atingir novos níveis de qualidade e 
produtividade nunca vistos anteriormente. 
 
 
 
 
 
Alguns erros ocorridos no passado que foram identificados são: 
 
 
 
 
× Enfatizar somente a qualidade, sem levar em consideração a estratégia da 
empresa, ou seja, sem saber como ela busca se colocar perante o mercado 
é simplesmente perda de tempo. 
 
× Formação de especialistas da qualidade sem visão de sistemas ou 
habilidade na análise para tomada de decisão. Este fato pode levar a 
empresa a economizar por um lado, mas aumentar seus custos em outro. 
Por isso, o especialista da qualidade tem que analisar dados e a partir 
destes entender o que está ocorrendo nos processos e atuar de acordo 
com a necessidade. Por exemplo, a área de compras pode comprar 
matéria-prima mais barata sem considerar a qualidade, assim a empresa 
estará reduzindo seus custos, mas este fato poderá levar ao aumento do 
custo global. 
 
× Falta de mensuração de resultados em termos de ganhos monetários. 
 
 
× Falta de criação de uma infraestrutura que libere recursos para melhoria 
de processo. Melhorias requerem recursos para serem executadas, que 
podem ser desde o tempo das pessoas envolvidas até investimentos em 
máquinas, instalações, etc., mas estes investimentos nunca eram previstos. 
 
× Enfatizar requisitos mínimos de aceitação de produtos ao invés de 
melhoria contínua. Muitas empresas, depois que obtiveram a certificação, 
não viram a necessidade de continuar melhorando, pois para elas já 
haviam atingido um nível de qualidade satisfatório. 
 
× Trabalhos em muitos projetos ao mesmo tempo. Assim, tudo se tornava 
urgente e no final nada funcionava. 
 
× Nenhum proprietário para o problema. Nenhuma pessoa era designada 
como responsável para resolver os problemas — dessa forma, o problema 
ficava na empresa aguardando uma solução. 
 
× Hábito no gerenciamento de uma organização funcional. Toda empresa 
tradicional está dividida em áreas. Enquanto o problema ocorre dentro de 
uma área, o gerente é capaz de lidar com ele e resolvê-lo, mas como os 
problemas mais graves ocorrem entre áreas e os gerentes têm um limitado 
poder de ação, os mesmo ficam aguardando solução. 
 
× Falta de treinamento ou pessoas com experiência. A pessoa designada 
para atacar e resolver um problema deve estar treinada e capacitada. 
 
× Ausência de sistemas financeiros ou de informação integrados. Sem 
integração das informações a obtenção das mesmas será mais difícil e 
lenta. 
 
 
 
Logo, podemos perceber bons motivos para as empresas adotarem a 
metodologia do 6 Sigma, como: 
 
 
 
 
 MELHORAR O NEGÓCIO. Quem adota esta metodologia acaba resolvendo 
os problemas e sem eles o gerenciamento é mais fácil, permitindo que as 
pessoas se dediquem a coisas mais importantes em vez de resolver 
problemas emergenciais, os conhecidos como “incêndios”. 
 
 
 AUMENTAR A EFICÁCIA DOS INVESTIMENTOS. Com esta metodologia há 
a diminuição das falhas, defeitos, garantias, etc. Com isso os custos também 
são reduzidos, fazendo com que sobre mais dinheiro, sem falar no ganho de 
produtividade. 
 
 MELHORAR O RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES. Justamente por 
resolver os problemas antes que eles tomem proporções maiores, por 
conseguir melhores e mais ágeis tomadas de decisões e por tudo mais que 
esta metodologia traz, os clientes têm as necessidades mais bem atendidas, 
e isso consequentemente aumenta as vendas. 
 
 
 M ETODOLOGIA DMAIC 
 
As etapas da metodologia do 6 Sigma é chamada DMAIC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta sigla vem das iniciais americanas de Definição (Define), Medição (Measure), 
Análise (Analyze), Melhoria (Improve) e Controle (Control). 
 
FASE 0 – Definição: Nesta fase é estabelecido o que deve ser feito, ou seja, o 
projeto e as pessoas que participarão dele devem ser escolhidos nesta etapa. 
 
FASE 1 – Medição: Nesta fase deve ser avaliado como os clientes estão sendo 
atendidos no processo escolhido. 
 
FASE 2 – Análise: É determinado o que é importante para o processo escolhido. 
 
FASE 3 - Melhoria: Nesta fase é estabelecido como melhorar o processo; é feita a 
implantação das melhorias e também a avaliação. 
 
FASE 4 – Controle: Nesta fase a empresa deve buscar manter as melhorias 
atingidas para evitar que o processo se deteriore no futuro. 
Define
Measure
AnalyzeImprove
Control
 
ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA 
 
Agora que conhecemos as etapas do DMAIC, vamos ver a fundo a visão da 
consultoria nas etapas de implantação desta metodologia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPA A – ESTRATÉGIA 
 Definição de processos-chave; 
 Reunião com alta administração; 
 Definição da estratégia de implementação; 
 Estabelecimento de um Plano Diretor; 
 Definição de processos-chave; 
 Seleção do processo piloto; 
 Divulgação da cultura Seis Sigma na empresa; 
 Cálculo dos investimentos necessários e resultados esperados. 
 
 
ETAPA B – MELHORIA DOS PROCESSOS TÉCNICOS Projeto de 6 Sigma já em processo-piloto, fase de testes; 
 Consultoria atuando de forma mais ativa; 
 Acompanhamento do projeto. 
 
 
 
Estratégia 
 
Melhoria de 
Processos 
Técnicos 
 
Difusão 
da 
Qualidade 
ETAPAS 
 
A etapa da difusão da qualidade é subdividida em 3 sessões, a saber: 
 
 
ETAPA C – DIFUSÃO DA QUALIDADE [1] 
 Difusão para outras áreas da empresa; 
 Espelho no processo piloto; 
 Treinamento dos conceitos de 6 Sigma para todos os 
funcionários; 
 Consultoria trabalha como facilitador; 
 Acompanhamento dos projetos; 
 Auditoria dos projetos encerrados e em andamento junto 
com os principais responsáveis de cada setor. 
 
 
 
 
ETAPA D – DIFUSÃO DA QUALIDADE [2] 
 Difusão em áreas administrativas e serviços; 
 Conceitos de 6 Sigma difundidos na empresa 
toda. 
 
 
 
 
ETAPA E – DIFUSÃO DA QUALIDADE [3] 
 Treinamento dos fornecedores diretos e serviços 
associados em conceitos básicos de 6 Sigma; 
 Integração de fornecedores nas equipes de 
projeto. 
 
 
 P ARTICIPANTES DO 6 SIGMA 
 
A estrutura criada na implantação do 6 Sigma caminha paralelamente com a 
estrutura formal da empresa. Em virtude do porte, nem todas as empresas 
possuem a estrutura completa, ou seja, com todas as funções necessárias. 
 
 
As funções existentes no 6 Sigma são: 
 
 EXECUTIVO LÍDER - O principal responsável pela implantação do 6 Sigma é 
o Executivo Líder. É a pessoa responsável por conduzir e gerenciar as 
iniciativas do projeto. Entre suas funções: tomar decisões de qual 
metodologia ou estratégia adotar e a seleção das pessoas-chaves que 
facilitarão a implantação. 
 
 CAMPEÃO - Os Campeões têm a liderança administrativa dos projetos que 
devem melhorar a qualidade e a produtividade. Além disso, dão suporte aos 
outros integrantes da equipe. Selecionam, revisam e alimentam o grupo 
com soluções nos problemas-chave do projeto. Propiciam desenvolvimento 
às equipes multifuncionais da melhor forma possível nos projetos. Os 
campeões dão as diretrizes gerenciais para as equipes. 
 
 MASTER BLACK BELTS - Os Master Black Belts ajudam os campeões a 
escolherem novos projetos de melhoria, assim como auxiliam no 
treinamento. Sua liderança é mais técnica do que gerencial, como a dos 
campeões. Dedicam tempo integral ao projeto de 6 Sigma e para isso 
recebem treinamento técnico intensivo para a solução de problemas 
complexos. Além de receberem o treinamento, são responsáveis por treinar 
e instruir os Black Belts e os Green Belts. 
 
 BLACK BELTS - Os Black Belts lideram equipes, aplicam em projetos 
específicos as ferramentas e os conhecimentos de técnicas estatísticas e de 
solução de problemas, que são obtidos por meio de treinamento. Eles 
também dedicam tempo integral aos projetos e podem treinar Green Belts. 
Reportam-se ao Master Black Belt ou, na ausência deste na estrutura, aos 
campeões. 
 
Um bom profissional Black Belt deve sempre buscar novos conhecimentos e ter 
facilidade no aprendizado, pois o 6 Sigma envolve ferramentas quantitativas que 
exigem aptidão para utilização. Além disso, todos os projetos têm prazo e 
orçamento apertados, que se não forem cumpridos poderão levá-lo ao fracasso. 
 
Ter iniciativa, entusiasmo, facilidade de relacionamento com as pessoas, boa 
comunicação, ser motivado para alcançar resultados, ter coragem de efetuar as 
mudanças necessárias, exercer influência, habilidade no trabalho em equipe e ter 
excelentes conhecimentos na área em que trabalha são características que 
completam o perfil de um profissional Black Belt. 
 
 GREEN BELTS - Os Green Belts dedicam de 15% a 20% do seu tempo ao 
projeto, pois faz parte de suas tarefas diárias executar o 6 Sigma. Auxiliam 
os Black Belts na coleta de dados e lideram projetos menos complexos. O 
treinamento do Green Belt é mais simples que o recebido pelo Black Belt. 
 
 
RESUMO DAS FUNÇÕES NO 6 SIGMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Condutores de projetos dentro 
dos setores. 
 Ajuda os Black Belts. 
 Participam do 
desenvolvimento do 
projeto. 
 Treina Champion, Black Belt e 
Green Belt e acompanham o 
conceito para a implementação 
do 6 sigma 
 Lidera Green Belts e equipes de 
projeto. 
Consultoria
Comitê Diretivo
Membros da 
Equipe do Projeto
Green Belts
Black Belts
Champion
Gerente do 
Programa
 Responsável pelo gerenciar do projeto. 
 Possui habilidade e prática para resolver 
problemas. 
 Lidera Green Belts e equipes de projeto. 
 Patrocinar os projetos. 
 Acompanhar o projeto. 
 Administra o 
desenvolvimento 
do programa. 
 Conduzir, disseminar e patrocinar o 
programa do 6 Sigma. 
 Avaliar os projetos. 
 
 T RABALHANDO COM DADOS E INFORMAÇÕES 
 
Informação nunca é demais. Quanto mais dados melhor para se tomar decisões, 
traçar metas, definir estratégias ou qualquer outra ação que envolva uma 
organização, seja pública ou privada. É nesta hora que as pesquisas se tornam 
fundamentais. Entretanto, não há como obter dados precisos sem o conhecimento 
de como funciona todos os processos da organização. 
 
Dados são números, medidas, valores. Já uma informação é basicamente a 
interpretação e compreendimento de um conjunto de dados. 
 
A informação é um conjunto de dados que sejam relevantes a um certo assunto. 
Consequentemente os dados são fragmentos das informações, mas não são 
suficientes. Não basta ter dados, o importante é que os dados sejam suficientes 
para que possam gerar informações relevantes. É isso que as empresas buscam e o 
6 Sigma oferece. 
 
As empresas têm percebido que investir para transformar dados em informações 
que possam auxiliar na tomada decisões é importante. Os dados, geralmente, são 
remetidos em forma de gráficos para melhor visualização. É importante conhecer 
os principais tipos de gráficos e compreender os dados inseridos nos mesmos. 
 
 
 U TILIZANDO GRÁFICOS 
 
Os gráficos são utilizados para apresentarem séries de dados numéricos num 
formato gráfico para facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e a 
relação entre diferentes séries de dados. 
 
Em outras palavras, o gráfico é uma tentativa de expressar visualmente dados ou 
valores numéricos, de maneiras diferentes, assim, facilitando a compreensão dos 
mesmos. 
 
 
 
Existem vários tipos de gráficos e os mais utilizados são os de colunas, de barra, de 
pizza, etc. Os principais elementos são: números, título, fonte, nota e chamada. 
 
Não existe o melhor tipo de gráfico, mas sim aquele que se ajustam à situação (o 
tipo de informação) que o administrador deseja obter. Alguns gráficos são 
melhores para comparação de dados, outros para exibir tendências ao longo de 
determinado período, etc. 
 
 
 
GRÁFICO DE COLUNAS 
 
Os gráficos de colunas são muito usados para comparar quantidades. 
 
Seja na horizontal ou na vertical, quanto maior o comprimento de uma barra da 
coluna, maior o valor que representa. Quanto menor o comprimento de uma barra 
da coluna, menos valor ela tem. A não ser que esteja representando números 
negativos, esta regra é aplicável. 
 
 
Exemplo: Em um concurso público foram contabilizados os números de pessoas 
inscritas segundo os níveis de escolaridade: fundamental completo, médio 
completo, superior completo e pós-graduação completa. Segue abaixo a Tabela 
com os valores observados. 
 
Nível de escolaridade Inscritos 
Fundamental completo 451 
Médio completo 627 
Superiorcompleto 292 
Pós-graduação completa 95 
 
 
Neste exemplo, temos uma ordem natural entre os atributos (nível de 
escolaridade) e consequentemente, temos um exemplo de dados qualitativos 
ordinais, o que nos possibilita a criação de um gráfico de colunas com esses dados. 
 
 
 
 
Existem diversos programas que fazem a leitura dos dados expostos, 
transformando-os em forma de gráfico, entre eles, a planilha eletrônica do Excel. 
 
Ao transformar os dados em forma de gráfico, teremos o seguinte modelo: 
 
Repare que no exemplo da tabela haviam 451 inscritos no nível fundamental do 
Concurso Público. No gráfico acima, a barra do nível fundamental (primeira 
categoria do eixo vertical) está entre os valores 400 e 500 do eixo horizontal, o que 
condiz com a realidade da tabela, e, visualmente, podemos observar que está 
exatamente no meio de ambos os valores, o que nos leva ao compreendimento do 
número médio 450, número mais próximo do número de inscritos do exemplo. 
 
O gráfico de colunas não é complicado. No eixo horizontal (eixo das abcissas), 
marcam-se os valores ou as categorias, quando possível em ordem crescente. No 
eixo vertical (eixo das ordenadas), localizam-se as frequências relativas à cada 
categoria ou valor. 
 
450 
 
GRÁFICO DE PIZZA 
 
O gráfico de pizza, também conhecido como gráfico de setores ou gráfico circular, é 
um diagrama circular onde os valores de cada categoria estatística representada 
são proporcionais às respectivas frequências. Este gráfico pode vir acompanhado 
de suas respectivas percentagens. É utilizado para dados qualitativos nominais. 
 
Para construir um gráfico tipo pizza é necessário determinar o ângulo dos setores 
circulares correspondentes à contribuição percentual de cada valor no total. 
 
Exemplo: Uma empresa da área automobilística acompanha o número de defeitos 
encontrados nos equipamentos enviados para a calibração. Na tabela a seguir 
apresentamos os dados referentes a um mês de acompanhamento dos defeitos 
encontrados nos equipamentos das diversas áreas. 
 
CENTRO DE CUSTO NÚMERO DE DEFEITOS 
Pré-usinagem 9 
Tratamento térmico 12 
Fundição 10 
Usinagem 45 
Tratamento superficial 13 
Total 89 
 
 
 
 
 
 
 
Como temos um total de 89 defeitos, o setor circular de 360º será equivalente a 89 
itens, que correspondem a um total de 100% de itens. 
 
Calculando as proporções, encontramos os ângulos correspondentes aos número 
de defeitos de cada centro de custo. Com isso, construimos o seguinte gráfico de 
pizza: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se ter uma visão melhor da real perspectiva do problema, o gráfico de pizza 
nos mostram, neste exemplo, em que área ocorre a maior concentração defeitos. 
 
No centro de custo de usinagem, por exemplo, é onde se concentra o maior número 
de defeitos, sendo assim, com este tipo de informação pode-se aplicar uma 
metodologia de melhoria da qualidade nos processos referentes a esta área. 
 
Por fim, existem diversos tipos de gráficos, entretanto, esses são os mais utilizados, 
normalmente, pela fácil interpretação e exposição de dados. 
 
10%
13%
11%
51%
15%
NÚMERO DE DEFEITOS
Pré-Usinagem
Tratamento Térmico
Fundição
Usinagem
Tratamento
Superficial
 
 C ONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nos últimos anos muitas empresas têm investido grande parte de seus recursos na 
implementação do 6 Sigma em seus negócios, tendo como objetivo a melhoria de 
seus processos, produtos e serviços. Como consequência estas empresas 
alcançaram excelentes retornos financeiros que geralmente estão por volta de três 
até onze vezes o valor investido para a implantação e manutenção do programa, ou 
seja, um retorno sobre o investimento, além de terem conquistado uma melhoria 
de sua imagem perante seus clientes devido a melhor qualidade de seus produtos e 
serviços. 
 
A qualidade passou por diferentes mudanças ao longo do tempo, sendo até hoje 
fator chave de sucesso para as empresas. Com o acirramento da competição, como 
consequência da economia globalizada, a questão da adequada abordagem no trato 
da qualidade passou a ser uma questão de sobrevivência no mundo empresarial. 
 
O resultado ou consequência da boa qualidade de um produto ou processo pode 
ser analisado com o aumento no lucro, fidelidade dos clientes, redução de 
desperdícios e erros de processo, entre outros. O programa de melhoria 6 sigma 
age diretamente neste contexto, ajudando muitas empresas a reduzirem 
dramaticamente seus custos por falhas de processo, elevando significativamente a 
satisfação dos clientes e aumentando dessa forma seu lucro operacional. 
 
 
 
 
PARABÉNS! 
VOCÊ CONCLUIU O CURSO DE 
6 SIGMA 
 
 
AGORA VOCÊ JÁ PODE SOLICITAR 
SEU CERTIFICADO. 
 
 
	ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA
	RESUMO DAS FUNÇÕES NO 6 SIGMA
	GRÁFICO DE COLUNAS
	GRÁFICO DE PIZZA