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Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária, Conservação da Biodiversidade e Pantanal –GECA/UFMT Profa. Dra. Onélia Carmem Rossetto (Coord.) QUESTÕES TEÓRICAS SOBRE A FORMAÇÃO DO CAMPESINATO Questão Agrária “o movimento do conjunto de problemas relativos ao desenvolvimento da agropecuária e das lutas de resistência dos trabalhadores, que são inerentes ao processo desigual e contraditório das relações capitalistas de produção.” (FERNANDES,2001,p.23). Conceito de Camponês José de Souza Martins afirma que o termo camponês, bem como seu correspondente latifundiário, foi uma transposição patrocinada por grupos de esquerda, sobretudo o Partido Comunista do Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, inspirado na realidade russa. Introduz o conceito político de classe à realidade agrária do país, homogeneizando sujeitos sociais e estabelecendo uma compreensão de conflito e antagonismo, a partir da inspiração teórica marxista, na tentativa de emprestar “atualidade” à realidade do campo no Brasil. Lógica de acumulação camponesa e lógica de acumulação capitalista ... são camponeses aqueles produtores familiares marcados por uma inserção parcial em mercados .... Diferentemente de boa parte da literatura a respeito, a ênfase da definição está no tipo de relação com o mercado. (ABRAMOVAY,1992:24) O objetivo da produção capitalista é a acumulação, ao passo que o objetivo da economia camponesa é a sobrevivência; (SHANIN, T. s/d: 4) Fórmula da produção camponesa M-D-M Fórmula da produção capitalista D- M- D' O objetivo da produção camponesa é o consumo e a aquisição de mercadorias. Portanto, em momentos de crise, ou trabalha-se mais ou priva-se mais, o que seria impensável em um sistema em que o objetivo não é a produção de mercadorias, mas de lucro. Paradigmas Teóricos Paradigma da Questão Agrária -PQA Autores principais: Marx, Kautsky Lênin, Chayanov; Shanin O PQA analisa o campo a partir da teoria marxista e o eixo central de discussão é a renda da terra, o processo de diferenciação e de recriação do campesinato, o conflito e as conseqüências negativas ao campesinato decorrentes do desenvolvimento do capitalismo no campo. Para o PQA, o desenvolvimento da agricultura camponesa depende da solução desses problemas, o que requer ir contra as leis gerais do capitalismo Paradigma do Capitalismo Agrário –PCA Autores principais: Lamarche (1993); Abramovay (1992)........ propõe uma ruptura com o paradigma marxista e afirma que a importância da agricultura familiar nos países desenvolvidos é resultado da metamorfose do camponês em agricultor familiar. O problema da agricultura de base familiar seria resolvido a partir do desenvolvimento do capitalismo até um grau ótimo, tal como nos países desenvolvidos O principal ponto de discussão entre os dois paradigmas é o posicionamento em relação ao capitalismo. O PQA busca analisar os conflitos e as desigualdades geradas pelo capitalismo no campo, enfatizando a luta contra o capital como forma de sobrevivência e desenvolvimento do campesinato. Para este paradigma os problemas no campo são estruturais e inerentes ao capitalismo. A única forma de resolvê-los é com a superação do próprio sistema capitalista. Inversamente, o PCA busca entender as melhores formas dos agricultores familiares se integrarem ao sistema capitalista, sendo inútil a luta contra ele. Os problemas do campo são conjunturais, solucionáveis pelo próprio desenvolvimento do capitalismo. Este “desenvolvimento” prevê a intervenção massiva do Estado na agricultura para anular os efeitos negativos do capitalismo no setor e contribuir para o desenvolvimento capitalista em outros setores.(GIRARDI, 2008,P.93) O Pensamento de Karl Marx (1818-1883). A Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra por volta de 1750, e logo alcançou a França, a Bélgica e posteriormente a Itália, a Alemanha, a Rússia, o Japão e os Estados Unidos. Por essa época, as atividades comerciais comandavam o ritmo da produção. Com a colaboração do intelectual, também alemão, Friedrich Engels, Marx publicou o Manifesto Comunista (1848). Nele, Marx critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário e termina com o apelo pela união dos operários no mundo todo. Em 1867, ele publica sua obra mais importante, O Capital, onde sintetiza suas críticas à economia capitalista. O Pensamento de Karl Marx (1818-1883). Ao analisar a situação da estrutura de classes na Alemanha, Marx (1988: 108) “(...) trabalhadores braçais do campo, cuja condição, em muitas das grandes fazendas, era exatamente a mesma de seus congêneres na Inglaterra, e que sempre viviam e morriam na miséria, mal nutridos e eram escravos de seus patrões. (....) Contudo, ao mesmo tempo, é evidente e igualmente comprovado pela história de todos os países modernos que a população agrícola, devido à sua dispersão numa área muito ampla e pela dificuldade de elaborar um acordo entre uma boa parte dela, jamais pode tentar executar com êxito um movimento por conta própria; ela necessita do impulso inicial da gente mais unida, mais esclarecida e mais impressionável das cidades.” Os pequenos camponeses constituem uma imensa massa, cujos membros vivem em condições semelhantes, mas sem estabelecerem relações multiformes entre si. Seu modo de produção os isola uns dos outros, em vez de criar entre eles um intercâmbio mútuo. (...) Cada família camponesa é quase autossuficiente; ela própria produz inteiramente a maior parte do que consome, adquirindo assim os meios de subsistência mais através de trocas com a natureza do que do intercâmbio com a sociedade. Uma pequena propriedade, um camponês e sua família; ao lado deles outra pequena propriedade, outro camponês e outra família. Algumas dezenas delas constituem uma aldeia, e algumas dezenas de aldeias constituem um departamento. (...) São, consequentemente, incapazes de fazer valer seu interesse de classe em seu próprio nome, quer através de um parlamento, quer através de uma convenção. Não podem representar-se, têm que ser representados. Seu representante tem, ao mesmo tempo, que aparecer como um senhor, como autoridade sobre eles, como um poder governamental ilimitado que os protege das demais classes e que do alto lhes manda o sol ou a chuva. (Marx, 1978: 114-115, grifo nosso O 18 de Brumário de Luís Bonaparte, ao analisar a situação política em que se encontra a França de meados do século XIX) Mais-valia absoluta & Mais –valia relativa O primeiro, a apropriação formal, refere-se ao momento em que o trabalhador ainda controla o processo de trabalho, quando o aumento da exploração só é possível pelo aumento das jornadas de trabalho, ou seja, pela via da produção de mais-valia absoluta. Corresponde, de certo modo, à etapa manufatureira do capitalismo na indústria, onde as relações de produção já são relações capitalistas de produção, baseadas, pois, no trabalho assalariado. O segundo, a apropriação real, refere-se ao momento em que o controle desses processos presentes na subsunção formal é transferido dos trabalhadores para as máquinas, para o capital. A exploração nesse caso se dá pela produção da mais-valia relativa. Corresponde, ao mesmo tempo de trabalho com maior produção de mercadoria. Alexander Chayanov Obra “A Organização da Unidade Econômica Camponesa”, publicada em 1925. Coloca como elemento fundamental, a caracterização do campesinato a partir do núcleo familiar e do balanço trabalho-consumo existente na unidade doméstica. não parte do princípio da subordinação dos camponeses pela renda da terra e de sua inserção na dinâmica capitalista. A circulação da produção camponesa, onde reside sua subordinação ao capital e a conseqüente expropriação do camponês, é considerada “marginal”. Alexander Chayanov Chayanov (1974) analisa as relações entre a terra, o capital e a família, a circulação do capital na unidade econômica campesina da Rússia (1890- 1905). A família ganha seu sustento com o trabalho na terra, ainda que seus trabalhadores possamdesenvolver-se em outros setores que não o agrário como o artesanato e comercial. Cada família conforme sua idade, constitui em suas diferentes fases um aparato de trabalho completamente distinto de acordo com sua força de trabalho, a intensidade da demanda de suas necessidades, a relação consumo-trabalho e a possibilidade de ampliar os princípios da cooperação complexa. Alexander Chayanov Chayanov reconhece que o campesinato está fora do modo de produção capitalista, ele afirma que o campesinato é um modo de produção, pois suas características são: a força do trabalho familiar - unidade econômica camponesa -, pequena propriedade como local das atividades, a própria família produz seu meio de produção, às vezes, devido a diversos fatores, membros da família se vêem obrigados a empregarem sua força de trabalho em atividades rurais não-agrícolas. Chayanov vê nas cooperativas coletivas as únicas alternativas para introduzir a exploração camponesa no ambiente da industrialização agrícola em grande escala. Assim, para continuar no modo de produção camponesa o meio é através da unidade econômica camponesa familiar e caso ingresse no capitalismo, indústria-agricultura, os camponeses devem se aliar e unir-se em cooperativas. Vladímir Ilitch Lenin Obra que marca o estudo do processo de penetração do capitalismo na agricultura: “O Desenvolvimento do Capitalismo na Rússia”, publicada em 1899. Onde é analisada a formação do mercado para o capitalismo A desintegração do campesinato é um processo determinado pelas relações de produção em direção ao capitalismo; Análise das conseqüências mais importantes da inserção desse sistema na agricultura. Vladímir Ilitch Lenin O estudo de Lênin mostra que a inserção do capitalismo na agricultura provocou um antagonismo nas classes sociais rurais. Havendo uma oposição de classes, de um lado a burguesia rural e de outro, operários agrícolas. Assim,“os agricultores se metamorfoseiam cada vez mais depressa em produtores submetidos às leis gerais da produção mercantil” Lênin (1985, p. 202). A tese leninista se baseia na desintegração do campesinato, que cria um mercado interno para o capitalismo ocasionando a diferenciação social no campo. “O campesinato antigo não se “diferencia” apenas: ele deixa de existir, se destrói, é inteiramente substituído por novos tipos de população rural, uma sociedade dominada pela economia mercantil e pela produção capitalista (LÊNIN, 1985, p.114).” KARL KAUTSKY (1854 - 1938) Idéias centrais de Kautsky A grande propriedade agrícola é superior tecnicamente em relação à pequena propriedade devido à penetração do capitalismo no campo. Conseqüência, a “industrialização da agricultura”. Nesse sentido, a grande propriedade é a melhor “unidade” para desenvolver as atividades capitalistas, logo, a pequena propriedade tende a diminuir ou desaparecer. Quanto mais esse processo avança, mais se dissolve a indústria doméstica (...) e mais aumenta a necessidade de dinheiro para o camponês, ou seja, a obrigação cada vez maior do camponês ter capital para realizar suas atividades. KARL KAUTSKY (1854 - 1938) Integração indústria-agricultura - o camponês acaba sendo envolvido pelo sistema capitalista, e deixa de ser camponês tornando-se um agricultor voltado para a produção do mercado e ficando dependente de atributos que antes não o tinha e deixa de ser o ator principal da produção, pois a tecnificação o suprime em grande parte. Após essas mudanças, o camponês para Kautsky: (...) deixa portanto de ser o senhor da sua exploração agrícola: esta torna-se um anexo da exploração industrial pelas necessidades da qual se deve regular. O camponês torna-se um operário parcial da fábrica (...) ele cai ainda sob a dependência técnica da exploração industrial (...) lhe fornece forragens e adubos. Paralelamente a esta dependência técnica produz-se ainda uma dependência puramente econômica do camponês em relação a cooperativa (KAUTSKY, 1972, p.128-129). KARL KAUTSKY O pequeno camponês proprietário ou arrendatário cultivando o seu pedaço de terra é ainda proprietário de seus meios de trabalho, representa, assim um vestígio de um modo de produção próprio de épocas passadas. Apesar de estar livre dos tributos e da corvéia feudal é dono da terra que cultiva. Porém, entende Kautsky que o seu fim está próximo, pois a essência do desenvolvimento do capitalismo no campo consiste na produção de duas classes sociais antagônicas: proletariado e burguesia. KARL KAUTSKY [...] depois que as cooperativas socialistas tenham demonstrado a sua vitalidade, que hajam desaparecido os riscos ainda hoje inerentes a qualquer empresa econômica, o camponês poderá perder o medo de proletarizar-se pelo abandono de seus bens, reconhecendo que a propriedade individual dos meios de produção só representa um obstáculo a nos varar o caminho de uma forma superior de exploração, obstáculo de que se desembaraçará com prazer (KAUTSKY, 1986, p. 149). Teodor Shanin Principal obra: A definição de camponês: conceituações e. desconceituações - o velho e o novo em uma discussão marxista". São. Paulo: Estudos Cebrap (26), ...Camponês [...] em qualquer lugar do continente, estado ou região, os assim designados diferem em conteúdo de maneira tão rica quanto o próprio mundo; Os camponeses se recriam continuamente e sobreviverão por muito tempo[... ]Mesmo inseridos na lógica capitalista. O campesinato é um modo de vida Hugues Lamarche Principais obras: A agricultura Familiar (Vol. I ; Vol. II). Lamarche (1993) parte da hipótese de que é possível encontrar um tipo ideal único de campesinato universal. Esta hipótese inspirou seu estudo comparativo internacional realizado em cinco países sobre a capacidade de adaptação da agricultura familiar a contextos econômicos, sociais e políticos distintos. Trata-se da apresentação dos resultados de uma pesquisa, realizada no final da década de 1980, na França, no Canadá, na Polônia, na Tunísia e no Brasil Hugues Lamarche O tipo ideal de sociedade camponesa possui cinco características: a) autonomia relativa diante da sociedade; b) sistema econômico autônomo; c) um determinado grupo doméstico; d) os inúmeros inter-relacionamentos; e) algumas personalidades fazem a ponte entre o local e o geral. Ricardo Abramovay O mercado é o elemento de mediação e compreensão das relações sociais interessando apenas a produção de mercadoria, elegendo, portanto, critério predominantemente econômico “no qual a natureza dos mercados é um dos atributos microeconômicos mais reveladores da vida social” (ABRAMOVAY, 1992, p. 104). o camponês possui cultura e economia incompleta, parcial, impossibilitando sua participação em mercados completos desenvolvidos pela economia capitalista. O camponês é a melhor definição de resto feudal, um resquício, classe que representa a barbárie, um estorvo, uma vez que “as sociedades camponesas são incompatíveis com o ambiente econômico onde imperam relações claramente mercantis” (ABRAMOVAY, 1992, p. 130). Camponês O final do camponês é sua extinção, pois o agricultor familiar é um novo personagem diferente do camponês tradicional, que teria assumido sua condição de produtor moderno totalmente integrado ao mercado racionalizando ao máximo sua produção Conceito de “Agricultura Familiar” Estatuto da Terra – Lei 4.504 de 30 de Novembro de 1064 Art. 4º - “Propriedade Familiar” o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração e eventualmente trabalho com ajuda de terceiros. Gráfico 1- Estrutura fundiária Brasileira em estabelecimentos e área, 1995/96. Fonte:IBGE - Censo Agropecuário 1995/1996. RS-SCP, 2002. Estatuto da Terra e Categorias de Imóveis Rurais Empresa Rural: são os imóveis explorados de forma econômica e racional, com um mínimo de 50% de suaárea utilizada e que não exceda a 600 vezes o módulo rural. Minifúndio: é todo imóvel com área agricultável inferior ao módulo rural fixado, possuindo quase sempre menos de 50 hectares de extensão, embora sua média seja de 20 hectares. Eles correspondem atualmente à cerca de 72% do total dos imóveis rurais do país, embora ocupem apenas cerca de 12% de área total desses imóveis. Latifúndio : Por exploração: é o imóvel que não excede os limites da empresa rural, é mantido inexplorado em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio; Por dimensão: é o imóvel rural com uma área superior a 600 vezes o módulo rural e não explorado em sua potencialidade. Conceito de Módulo Rural e sua aplicação O que é Módulo Rural? Unidade de medida de imóvel rural, que permite dimensioná-lo não somente pela área como também pela forma e condições das atividades econômicas. Outro fator considerado para a definição do módulo rural é a localização geográfica do imóvel Qual é a aplicação do Módulo Rural? • Definir o enquadramento sindical rural; Limitar a aquisição de imóvel rural por estrangeiro; Determinar a Fração Mínima de Parcelamento - FMP; • Definir os beneficiários do Banco da Terra. Qual legislação dispõe sobre as ZTMs? A Instrução Especial Incra nº 50, de 26/agosto/97. Esta Instrução Especial foi aprovada pela Portaria nº 36, de mesma data. Conceito de Módulo Fiscal e sua aplicação O que é Módulo Fiscal? Unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município, considerando os seguintes fatores: Tipo de exploração predominante no município; Renda obtida com a exploração predominante; Outras explorações existentes no município que, embora não predominantes,sejam significativas em função da renda ou da área utilizada; Conceito de propriedade familiar. Qual é a aplicação do módulo fiscal? • Para classificação do imóvel rural quanto ao tamanho, na forma da Lei nº 8.629/93: pequena propriedade (imóvel rural de área compreendida entre um e quatro módulos fiscais) e média propriedade (imóvel rural de área superior a quatro e até 15 módulos fiscais); Para definir os beneficiários do Pronaf (pequenos agricultores de economia familiar, proprietários, meeiros, posseiros, parceiros ou arrendatários de até quatro módulos fiscais). Conceito de Módulo Rural Como é calculado o módulo rural? 1. Definir as áreas do imóvel rural ocupadas com lavoura permanente, lavoura temporária,hortigranjeiros, pecuária, florestas e áreas inexploradas ou exploração indefinida. 2. Saber qual a Zona Típica de Módulo - ZTM à qual o município onde se situa o imóvel rural pertence. 3. Dividir cada área apurada no primeiro passo pelo fator respectivo da ocupação de ZTM. 4. Somar os quocientes (resultados) das divisões. O que são Zonas Típicas de Módulo - ZTMs? São regiões fixadas pelo Incra, que possuem características ecológicas e econômicas semelhantes,homogêneas. Para a definição dessas zonas, são consideradas as microrregiões geográficas do IBGE. Módulo Fiscal por Estados do Brasil Estado Módulo Fiscal Máximo (Ha) Módulo Fiscal Mínimo(Ha) Mais Frequente(Ha) Acre 100 70 100 Amazonas 100 80 100 Mato Grosso 100 30 80 Mato Grosso do Sul 110 15 45 Rio Grande do Sul 40 5 20 Santa Catarina 24 7 20 Paraná 30 5 18 Legislação/módulo fiscal Qual legislação dispõe sobre o módulo Fiscal? Instruções Especiais Incra 19/80, 20/80, 23/82, 27/83, 29/84, 33/86, 37/87, 32/90 e 51/97; Portarias MIRAD nº 665/88, 33/89 e MA 167/89; Portarias Interministeriais MF/MA nº 308/91 e MF nº 404/93. Lei Nº 11.326, de 25 de Julho de 2006 – Diretrizes para a formulação da política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais Art. 3º ... Considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividade no meio rural, atendendo simultaneamente os seguintes quesitos: I – Não detenha, a qualquer título, área maior que quatro módulos fiscais; II – utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III – Tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV – Dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família ; Referências Bibliográficas ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Hucitec,1992. CHAYANOV, Alexander. La organización de la unidad económica campesina. Buenos Aires: Ediciones Nueva Vision, 1974. KAUTSKY, Karl. A questão agrária. Trad. Otto E. W. Maas. Rio de Janeiro: Laemmert, 1986. LAMARCHE, Hugues. (coord.) A agricultura familiar: uma realidade multiforme. Trad. Jehovanira C. de Souza. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. LAMARCHE, Hugues. (coord.) A agricultura familiar: do mito à realidade. Trad. Jehovanira C. de Souza. Campinas: Editora da Unicamp, 1998. LENIN, Vladimir Ilich. Capitalismo e agricultura nos Estados Unidos da América. Novos dados sobre as leis de desenvolvimento do capitalismo na agricultura. Trad. Maria Betariz Miranda Lima. São Paulo: Debates, 1980. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo [...]. A cabeça pensa de onde os pés pisam. Para compreender é necessário conhecer o lugar social de quem olha.” (BOFF, 1997, p.9)
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