O MOVIMENTO EM SOCIOLOGIA DURANTE O SÉCULOS

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SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO DURANTE O SÉCULOS
Gislaine Campos Barros Dias Lopes
Engenharia Civil – ECI 10NA
 
Trabalho apresentado ao Curso Superior de Engenharia Civil, da Faculdade Capixaba da Serra – Multivix, a ser utilizado como obtenção de nota na disciplina de Sociologia e Relações Étnico Culturais e Direitos Humanos. 
Orientado pela professora: Tatiana de Santana Vieira. 
 
Serra
2020
INTRODUÇÃO
A Sociologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e se automiza em um contexto social, voltando o tempo todo para o problema do homem em sua sociedade e realidade social. Sempre existirão teorias que possam confrontar com a sua realidade.
A sociologia compreende todas as causas politicas ,sociais e econômicas da sociedade na atualidade. Estamos totalmente conectados e ligados a problemas sociais do mundo, vivenciamos a desigualdade social e racial. A globalização, as politicas são realidades que acentuam a exclusão em suas diferentes formas e manifestações.
Este é o momento de se buscar no meio de tensões , contradições e conflitos, caminhos e afirmações de uma cultura dos Direitos Humanos, afirmando os direitos fundamentais de cada individuo e grupo sociocultural.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
A Sociologia é uma forma de saber cientifico originada no século XIX. 
Século XIX- pensadores sociais positivistas dedicam a sua vida a estudar os problemas sociais gerados pela nova situação industrial. Neste século a Sociologia fica distinta de outras ciências. A partir do século XIX, portanto, a vida social passou a ser um “problema” para as pessoas. Percebeu-se que era preciso entender o que se passava com a sociedade para explicar como as pessoas viviam e, principalmente, como se posicionar diante do que estava acontecendo.
A primeira corrente teórica sistematizada de pensamento sociológico foi o positivismo, uma corrente teórica inspirada no ideal de progresso contínuo da humanidade. O pensamento positivista postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e que a humanidade tende a progredir constantemente. Seu primeiro representante foi Auguste Comte filosofo francês, tinha a crença no poder exclusivo e absoluto da razão humana em conhecer a realidade e traduzi-la sob forma de leis naturais. Seu conhecimento pretendia substituir as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum por meio das quais, até então, o homem explicava a realidade. Essa tentativa de derivar as ciências sociais das ciências físicas é patente nas obras dos primeiros estudiosos da realidade social. O próprio Comte deu inicialmente o nome de “física social” às suas análises da sociedade, antes de criar o termo Sociologia. A própria sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coesas que funcionavam, harmonicamente, segundo um modelo físico ou mecânico. Por isso o positivismo também foi chamado de organicismo. Defendia o ponto de vista de somente serem válidas as análises das sociedades quando feitas com verdadeiro espírito científico. O positivismo exaltava a coesão social e a harmonia dos indivíduos em sociedade. Foram teorias que abriram as portas para uma nova concepção da realidade social com suas especificidades e regras.
Para o filósofo francês Émile Durkheim, na vida em sociedade o homem defronta com regras de conduta que não foram diretamente criadas por ele, mas que existem e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. Seguindo essas ideias, Durkheim afirma que os fatos sociais, ou seja, o objeto de estudo da Sociologia, são justamente essas regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade. Na sua obra “As Regras do Método Sociológico” (1895) afirma que os factos sociais devem ser tratados como coisas, o que significa que o sociólogo deve conservar uma certa distância relativamente ao seu objeto de estudo, a fim de afastar sistematicamente todos os preconceitos e as falsas evidências que ameaçam, em cada instante, introduzir-se na sua análise.
O desenvolvimento da teoria sociológica em França levou ao desenvolvimento 
fora das fronteiras
Karl Marx – (1818-1883) Alemão  militante revolucionário, filósofo, economista, mas igualmente sociólogo, ao tornar-se o teórico de um socialismo que anuncia como científico, interessa-se pelo processo de desenvolvimento capitalista e tenta revelar as suas contradições internas, insistindo particularmente nas oposições de classe, segundo ele, inelutáveis no seio da sociedade capitalista e que prefiguram o advento de uma sociedade sem classes. O objetivo maior de Marx era estudar a sociedade de seu tempo, a sociedade capitalista. Marx considerava que há um permanente conflito entre essas duas classes, conflito que não é possível resolver dentro de sociedade capitalista. Para ele, a ciência tem um papel político necessariamente crítico em relação à sociedade capitalista.
Max Weber – (1864-1920), Sociólogo alemão, particularidades da civilização ocidental, em racionalização ou, segundo a sua fórmula, de “desencantamento do mundo”, assim como ao abandono dos impulsos mágicos no conjunto dos domínios da vida social: da ciência à arte, a religião, o poder político e a economia. Para o sociólogo a análise deve concentrar-se nos atores e em suas ações. Para ele é qualquer ação que o indivíduo pratica orientando-se pela ação de outros. Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais.
RELAÇÕES ÉTNICAS E RELAÇÕES CULTURAIS
A cultura significa todo o complexo que inclui não só o conhecimento, mas as crenças, arte, leis, costumes e todos os hábitos que são adquiridos pelo ser humano por fazer parte de uma sociedade da qual é membro. Entende-se que a cultura, mais do que herança genética determina o comportamento do homem e seus padrões culturais. A total participação do ser humano em sua cultura tende-se a ser limitada, pois nem todo indivíduo tem capacidade em participar de todos os elementos de suas culturas e alguns fatores identificam isso como a idade por exemplo:
Etnocentrismo - O etnocentrismo se designa uma forma de enxergar outra cultura, hábitos, religião, idioma e suas formas de vida em geral com base em etnias própria, assim desconsiderando outras culturas ou considerando a sua superior a todas as outras. Uma tendência que o indivíduo tem de menosprezar a cultura alheia. Se analisarmos a grosso modo o etnocentrismo tem uma avaliação baseado no juízo de valor daquilo que é diferente, por exemplo na cultura alimentar, vestimentas, religião, cor, raça.
Relativismo Cultural - defende os aspectos de uma cultura que devem ser observados respeitando a identidade daquela cultura especifica e não partindo de uma noção da sua própria cultura, o mesmo apela pela tolerância as diferenças, sejam elas raciais, étnicas, religiosas ou sexuais, criticando a tendência de julgar como inferior tudo que vem a ser diferente dos seus próprios costumes.
RELAÇÕES ÉTNICAS E RELAÇÕES CULTURAIS
Etnia x Raça - ambos dentro de um contexto possuem conceitos distintos apesar de serem confundidas entre si. A definição de raça se refere as diferenças biológicas existentes na etnia e é um conceito socialmente construído que compreende fatores morfológicos como a cor da pele, a constituição física e estatura. A etnia por sua vez como um grupo que se define pela mesma origem, afinidades linguísticas e culturais, nacionalidade, religião e as tradições.
Multiculturalismo - Um sistema de crenças e comportamento que reconhece, respeita e valoriza as diferenças socioculturais de um determinado grupo, neste ponto mesmo em se falando em diferenças é estimulando a igualdade de valores, costumes, dando poder as todas essas pessoas em sua organização ou sociedade.
Interculturalidade - refere-se à diversidade cultural que se manifesta na sociedade e trata-se da aceitação e o respeito pelas diferenças, no qual para que a convivência entre as pessoas seja harmoniosa é necessário promover valores como a integração,respeito e tolerância assim enfatizando a normalização das diferenças sociais. A interculturalidade não pode ser vista apenas como uma teoria, mas antes com um movimento e projeto político. Seu significado está relacionado a um projeto de transformação para superar a discriminação das culturas minoritárias. Contra a discriminação e a situação de inferioridade ás quais foram submetidas, esses grupos minoritários devem ter seu valor criativo publicamente reconhecido. Por isso, essas culturas 
 precisam ser amparadas e protegidas pela lei para consolidar suas 
 singularidades, assim como serem reconhecidas por sua capacidade de 
 produzir conhecimento. Neste termo, o direito passa a ser uma ferramenta
 fundamental para criar as condições de uma sociedade multicultural.
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS
Direitos humanos é o conjunto de garantias e valores universais que tem como objetivo garantir a dignidade, que pode ser definida com um conjunto mínimo de condições de uma vida digna. São direitos humanos básicos: direito à vida, à liberdade de expressão de opinião e de religião, direito à saúde, à educação e ao trabalho.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) os direitos humanos são garantias de proteção das pessoas contra ações ou falta de ações dos governos que possam colocar em risco a dignidade humana
PRESSUPOSTO HISTÓRICO
O primeiro registro histórico de direitos humanos é de aproximadamente 500 anos antes de Cristo, quando Ciro, rei da Pérsia, declarou a liberdade de escravos e alguns outros direitos de igualdade humana. Esses direitos foram gravados em uma peça chamada Cilindro de Ciro. Também são acontecimentos importantes na proteção dos direitos humanos a criação da Declaração de Direitos de Virgínia, nos Estados Unidos (1776) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) na França.
A criação da Organização das Nações Unidas em 1945 também faz parte da história da evolução dos direitos humanos. É um fato importante porque um dos objetivos da ONU é trabalhar para garantir a dignidade de todos os povos e para diminuir as desigualdades mundiais. Logo em seguida, no ano de 1948, a ONU aprovou a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos e em 1966 foram criados mais dois documentos: o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Em 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Declaração 
 Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Esse documento é um dos mais
 importantes na base dos direitos humanos e contém os princípios básicos 
 relacionados à garantia desses direitos.
A DUDH é importante no mundo todo porque é considerada o documento 
 que marca o início da conscientização e da preocupação mundial com a 
 proteção dos direitos humanos. A Assembleia Geral da ONU considera a Declaração como um modelo ideal para 
 todos os povos para atingir o respeito a esses direitos e liberdades humanas.
A DUDH afirma que todos os seres humanos nascem livres e que são iguais em dignidade e em direitos. Além disso, a adoção da Declaração pela ONU também tem o objetivo de evitar guerras entre países, promover a paz mundial e fortalecer a proteção aos direitos humanitários.
 DIREITO HUMANO, CIDADANIA E DEMOCRACIA
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais que estão previstos na Constituição. Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e de suas obrigações para poder lutar e cobrar para que eles sejam colocados em prática e garantidos pelo Estado.
Para exercer a cidadania plenamente os membros de uma sociedade devem usufruir dos direitos humanos e dos direitos fundamentais, tanto no âmbito individual quanto no coletivo. Por sua vez, ter plena cidadania e igualdade entre os cidadãos faz parte do conceito de democracia, que prevê a participação de todos na sociedade em condições de igualdade.
Assim, a igualdade, a preservação dos direitos humanos, a dignidade e a cidadania são fundamentais para garantir a democracia em qualquer nação.
CONCLUSÃO
Em todo o contexto de sociologia como ciência que estuda a sociedade e todos os fenômenos que acontecem nela, seja através da cultura, religião e economia percebemos os elementos fundamentais que a mesma tem na família, os papeis do individuo na sociedade, a sua estrutura social, as classes sociais e os diversos grupos sociais. A sociologia em si explica os diversos casos que diferenciam o comportamento humano, seja como indivíduo ou como grupo. Aos olhos da sociologia a cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, adquirido a partir do convívio social, aqui entram as relações étnicos e culturais e suas particularidades. A antropologia sendo ciência da humanidade e da cultura investiga e estuda o ser humano de maneira abrangente, tem reconstruído o conceito de cultura já fragmentada e se utiliza de conceitos conciso, no qual a mesma são comportamentos socialmente transmitidos, e a mudança cultural se dá pela adaptação dos métodos de seleção cultural. 
A total participação do ser humano em sua cultura tende-se a ser limitada, pois nem todo indivíduo tem capacidade em participar de todos os elementos de suas culturas. 
Entende-se que tudo parte do princípio de que é necessário respeitar as diferenças e entendermos que sermos iguais é meramente um ponto de vista legal e que sobre a ótica humana e social o que nos interessa e sermos realmente diferentes. 
Em uma sociedade onde a diversidades de culturas e diferenças sociais busca-se os direitos de ir e vir neste sentido apoiamos - nos nos direitos humanos adquiridos, que são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.
“ Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” 
 Organização das Nações Unidas
REFERÊNCIAS
SELL, Carlos Eduardo; Sociologia Clássica: Durkheim, Weber, Marx. ed. Digital- Petrópolis - RJ: Vozes, 2017. https://www.amazon.com.br/Sociologia-cl%C3%A1ssica-Marx-Durkheim-Weber-ebook/dp/B076H3W2ZZ Acesso em: 29 jun. 2020.
https://cafecomsociologia.com/sociologia-classica/ Acesso em: 29 jun. 2020.
BODART, Cristiano das Neves. Blog Café com Sociologia. 2013. Disponível em:. Acesso em: 29 jun. 2020.
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https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ Acesso em: 30 jun. 2020.