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3
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
GLEIS CELIA RODRIGUES
O BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR
 (
Piumhi-MG
2017
)
	
GLEIS CELIA RODRIGUES
O BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga. 
Orientador: Prof. Okçana Battini e Natália Gomes dos Santos
Tutor eletrônico: Silmara Valério Azevedo
Tutor de sala: Ruth Vanessa Gonçalves Silva
Piumhi-MG
2017
RODRIGUES, Gleis Celia. O BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR. 2017. 23 folhas. Projeto de Ensino Pedagogia– Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Piumhi, 2017.
RESUMO
O trabalho traz por tema: “O bullying no contexto escolar”. A linha de pesquisa contemplada é a docência nas séries iniciais do ensino fundamental. O bullying é um tipo de problema antigo, mas que continua presente em muitos espaços, principalmente no ambiente escolar ainda que de forma oculta ou banalizada. Este fenômeno tem sido alvo dos estudos de vários pesquisadores que se preocupam com a situação que este causa as pessoas. Este tipo de violência se apresenta de forma diferente em cada situação. Fazer uma abordagem sobre este problema é necessário, pois é uma forma de preparar-se teoricamente para amenizar esses problemas na prática, já que sua prevenção entre estudantes constitui-se em uma medida capaz de possibilitar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, para garantir uma convivência social segura. O problema de pesquisa busca identificar: Como a escola pode contribuir para minimizar a problemática do bullying no espaço escolar? O objetivo busca compreender os problemas que o bullying traz no contexto escolar e como este tem afetado os alunos e interferido no seu desenvolvimento e analisar formas de saber identificar esse problema e agir sobre o mesmo. Os conteúdos envolvem as questões de valores, ética, respeito, violência, direitos e deveres e socialização. Serão utilizados recursos humanos e materiais. O desenvolvimento acontecerá por etapas e a avaliação será continua durante todo o momento. A pesquisa é de caráter bibliográfico e se apoia na obra de autores como Chalita, Dante, Fante, neto e dentre outros.
 
Palavras-chave: Bullying 1. Escola 2. Desafios 3. Família 4. Violência 5.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	Erro! Indicador não definido.
2.	Revisão Bibliográfica	Erro! Indicador não definido.
2.1 Conceituando o termo bullying.............................................................................07
2.2 As diversas formas de praticar o bullying.............................................................08
2.3 O bullying na escola: um desafio a ser vencido...................................................09
2.3 As categorias do bullying......................................................................................12
2.4 Bullying: um mau que não escolhe a quem afetar...............................................13
2.5 Algumas informações que ajudam a identificar o bullying....................................14
2.6 Os espectadores do bullying................................................................................15
2.7 O papel do professor diante da problemática do bullying no contexto escolar....16
3.	Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino	Erro! Indicador não definido.
3.1 Tema e linha de pesquisa	Erro! Indicador não definido.
3.2 Justificativa	Erro! Indicador não definido.
3.3 Problematização	Erro! Indicador não definido.
3.4 Objetivos	Erro! Indicador não definido.
3.5 Conteúdos	19
3.6 Processo de desenvolvimento	19
3.7 Tempo para a realização do projeto	Erro! Indicador não definido.
3.8 Recursos humanos e materiais	Erro! Indicador não definido.
3.9 Avaliação	Erro! Indicador não definido.
4.	Considerações finais	Erro! Indicador não definido.
Referências	Erro! Indicador não definido.
1. INTRODUÇÃO
A fim de minimizar vários problemas que tem acontecido no contexto escolar, à temática violência na escola foi uma proposta que começou a ganhar espaço e se expandir nos projetos e ações dos profissionais, na qual a preocupação surge mediante presenciar nesse espaço a grande ocorrência de brigas, xingamentos, apelidos, ofensas e algumas violências até mesmo físicas, onde todas essas são caracterizadas como ações que prejudicam e degrine o próximo, e não colabora para o processo de socialização.
Pensando nessa realidade que muitas escolas têm vivenciado, surge a busca por esta pesquisa que traz por tema: “O bullying no contexto escolar”. A linha de pesquisa contemplada é a docência nas séries iniciais do ensino fundamental.
O interesse em se aprofundar sobre a temática do bullying no contexto escolar, parte da necessidade de entender a forma de como este vem ocorrendo a fim de poder identificar e agir sobre determinada situação presenciada, pois muitos profissionais não estão preparados para tal prática.
O bullying é um tipo de problema antigo, mas que continua presente em muitos espaços, principalmente no ambiente escolar ainda que de forma oculta ou banalizada. Este fenômeno tem sido alvo dos estudos de vários pesquisadores que se preocupam com a situação que este causa as pessoas. Este tipo de violência se apresenta de forma diferente em cada situação.
Fazer uma abordagem sobre este problema é necessário, pois é uma forma de preparar-se teoricamente para amenizar esses problemas na prática, já que sua prevenção entre estudantes constitui-se em uma medida capaz de possibilitar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, para garantir uma convivência social segura.
O problema de pesquisa busca identificar: Como a escola pode contribuir para minimizar a problemática do bullying no espaço escolar?
O objetivo busca compreender os problemas que o bullying traz no contexto escolar e como este tem afetado os alunos e interferido no seu desenvolvimento e analisar formas de saber identificar esse problema e agir sobre o mesmo.
Os conteúdos envolvem as questões de valores, ética, respeito, violência, direitos e deveres e socialização. Serão utilizados recursos humanos e materiais.
O desenvolvimento acontecerá por etapas estando elas assim divididas:
A avaliação será continua durante todo o momento do projeto.
A pesquisa é de caráter bibliográfico e se apoia na obra de autores como Chalita, Dante, Fante, Neto e dentre outros.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 CONCEITUANDO O TERMO BULLYING 
Ainda na introdução do presente projeto, pode-se notar que o bullying é algo bem antigo, e que devida às várias ocorrências dessa ação em vários espaços este passou a ganhar espaço nas pesquisas e estudos de muitos autores que se preocuparam em amenizar este tipo de violência e conscientizar o mundo sobre os riscos que o bullying pode trazer, principalmente para as vitimas.
A fim de buscar entender um pouco mais sobre este fenômeno, veremos contribuições de alguns desses estudiosos que buscaram de forma profunda compreender o que de fato vem a ser o bullying e a forma de como este deve ser tratado no contexto escolar e para além dele. Para tanto será necessário entendermos em primeira instancia o conceito deste fenômeno.
Cléo Fante (2005, p.44), colabora dizendo que “o bullying é um fenômeno mundial tão antigo quanto à própria escola”.
De forma mais literária, o bullying ganha destaque como sendo “um verbo derivado do adjetivo inglês bully, que significa valentão, tirano.” (CHALITA, 2008, p. 81). Nota-se que o próprio significado de origem da palavra já o caracteriza como algo não agradável. Sabemos que uma pessoa que é valentona e tirana são pessoas que gostam de violências, brigas e confusões, e estas atitudes não devem jamais ser aceitas de forma natural.
O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas entre pares causando dor e angústia dentro de relações desiguais de poder (FANTE, 2005). 
De acordo comLélio Braga (2009) não existe uma tradução exata para a palavra. Bullying é um assedio moral; são atos de desprezar, denegrir, violentar, agredir, destruir a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida.
Fante foi uma das grandes estudiosas a tratar este tema, e que traz muitas contribuições sobre o fenômeno. De acordo com Fante (2005, pg. 27): Bullying: palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma outra pessoa e colocá-la sob tensão (...).
Buscando entender um pouco mais sobre este fenômeno, Pereira (2002):
Agressividade/Bullying são comportamento agressivo de intimidação e que apresenta um conjunto de características comuns, entre as quais se identificam varias estratégias de intimidação do outro e que resulta em praticas violentas exercida por um grupo ou individual. Alem dos termos utilizados podem se classificar também como, agredir, vitimar, violentar, maltratar, humilhar, intimidar, assédio sexual ou abusos, e entre crianças fazer mal, chatear, pegar no pé (p.24).
Nota-se através da citação que este fenômeno é caracterizado como um conjunto de várias características, na qual estas são caracterizadas como ações que prejudicam o próximo, estas são práticas violentas que acontece de forma individual ou em grupo e que não escolhe a quem afetar. Muitas vezes essa pratica é vista como se fosse algo natural, e muitas pessoas acabam achando normal, o que dificulta a minimização deste problema.
2.2 AS DIVERSAS FORMAS DE PRATICAR O BULLYING
O bullying é um tipo de violência que é praticado de diversas formas e não escolhe local. Lembrado que no ambiente escolar por ser um ambiente de mais contato com pessoas diferentes todos os dias o tempo todo, essa pratica ocorre com mais sequencia, principalmente entre os adolescentes.
Muitas pessoas enxergam o bullying como formas de apelidar e zoar, não compreendem a extensão e as maneiras de como esta pratica pode ser caracterizada. De acordo com Silva (2009), existem diversas formas da prática do bullying entre elas podemos classificar: 
Forma Verbal: Insultar, ofender, xingar, fazer gozações, colocar apelidos pejorativos, fazer piadas ofensivas e zoar; Forma Física e Material: Bater, chutar, espancar, empurrar, ferir, beliscar, roubar, furtar ou destruir os pertences das vítimas e atirar objetos contra as vítimas; Forma Psicológica e Moral: Irritar, humilhar e ridicularizar, excluir, isolar, ignorar, desprezar ou fazer pouco caso, discriminar, aterrorizar e ameaçar, chantagear e intimidar, tiranizar, dominar, perseguir, difamar, passar bilhetes e desenhos entre os colegas de caráter ofensivo, fazer intrigas, fofocas ou mexericos (mais comum entre as meninas); Forma Sexual: Abusar, violentar, assediar e insinuar; Forma Virtual: usar a internet para caluniar, maltratar entre outras atitudes já descritas contra o próximo (2009, p.22-24).
Nota-se que as práticas são muitas, e que na maioria das vezes as pessoas se encaixam em algumas dessas, por isso, a prática dessa violência deve se tornar mais reconhecida, e ser alvo das pesquisas a fim de conscientizar as pessoas do que elas podem estar sofrendo e seus direitos diante desta situação, pois todo ser humano precisa ser respeitados e valorizados, pois as diferenças existem, mas precisam ser respeitadas e aceitas, seja qual for o ambiente.
2.3 O BULLYING NA ESCOLA: UM DESAFIO A SER VENCIDO
Analisando as pesquisas, nota-se que a busca pelo entendimento do fenômeno bullying de forma profunda, começou devido perceber a incidência deste no contexto escolar. Os jovens e adolescentes tem este costume entre si de apelidar, xingar, zoar com seus colegas, e veem essas ações como se fosse brincadeiras, e alguns até condizem com a situação, porém o bullying esta longe de ser uma brincadeira e de maneira alguma deve ser aceita no ambiente escolar e em outros espaço, pois esse é um tipo de violência que tem feito várias vitimas e acarretado diversos problemas para as mesmas.
No que diz respeito ao Brasil, segundo Fante (2005), o fenômeno bullying é uma realidade inegável nas escolas brasileiras independentemente de turno de estudo, localização da escola, tamanho da escola ou da cidade onde ela se localiza ou se são séries finais ou iniciais ou ainda se a escola é pública ou privada.
Sobre a incidência do bullying na escola, Chalita, (2008) cita que:
Nas escolas, é um fenômeno complexo, muitas vezes banalizado e confundido com agressão e indisciplina. Exige observação atenta e presença constante, pois, normalmente, as vítimas são aterrorizadas em áreas da escola com pouca ou nenhuma supervisão. (pg.81).
Percebe-se que o bullying tem sido uma prática ainda utilizada no contexto escolar, e que na maioria das vezes tem estado oculta e os profissionais não estão de forma preparados para agir diante desta situação, pois muitas vezes não conseguem distinguir estes perfis, tanto da vitima quanto do agressor, e quando percebem precisam estar preparado também para mediar sobre esta situação.
Em outros casos o bullying é até percebido pela equipe da escola, mas muitas vezes não há intervenções e este passa a ser banalizado e considerado quase que natural o que interfere muito para haver mudança diante deste problema.
Quando o bullying torna-se visto de uma forma natural no espaço escolar, este passa a ser considerado um ambiente não seguro no que se refere à interação social, pois muitas pessoas acabam sofrendo diversos traumas. 
A escola não seria mais representada como um lugar, seguro de integração social, de socialização, não é mais, um espaço resguardado; ao contrário, tornou-se cenário de ocorrências violentas. Desse modo, percebe-se que a instituição escolar vem enfrentando profundas mudanças com o aumento das dificuldades cotidianas, que provêm tanto dos problemas de gestão e das suas próprias tensões internas quanto da efetiva desorganização da ordem social, que se expressa mediante fenômenos exteriores à escola, como a exclusão social e institucional, a crise e o conflito de valores e o desemprego. (ABRAMOVAY 2002).
As violências contra o próximo no espaço escolar seja através de palavras ou física, precisam ser constituídas, e para isso é preciso que não se aceite tal situação, é preciso saber mediar ao presenciar ações constrangedoras, e conscientizar os alunos sobre os atos que eles costumam cometer em sua rotina na escola e que são caracterizadas como prática de bullying.
Ao comentar sobre a violência no espaço escolar, Fante (2005), relata que:
O comportamento agressivo ou violento nas escolas é hoje o fenômeno social mais complexo e difícil de compreender, por afetar a sociedade como um todo, atingindo diretamente as crianças de todas as idades, em todas as escolas do país e do mundo. Sabemos ser o fenômeno resultante de inúmeros fatores, tanto externos como internos à escola, caracterizados pelos tipos de interações sociais familiares, sócioeducacionais e pelas expressões comportamentais agressivas manifestadas nas relações interpessoais (2005 p. 75).
	A escola é um local abrangente, onde nesse espaço estão inseridos todos os tipos de culturas, o que torna os envolvidos nesse espaço, pessoas diferentes, que tornam o local rico em diversidades, e estas precisam ser respeitadas. Sejam as diferenças sociais, físicas, financeiras, e dentre outras, o bullying não pode interferir nas relações sociais no ambiente escolar.
Para melhor entendermos como esse fenômeno tem invadido esse espaço, Chalita, (2008) ressalta que:
(...) o fenômeno bullying invade silenciosamente os espaços escolares, furtando de crianças e jovens a possibilidade de sonhar. As experiências de dor, de angústia e de humilhação, vividas solitariamente, deixam cicatrizes e podem trazer graves consequências para os adultos que essas crianças serão. (pg.85).
De acordo com as palavras de Chalita (2008), percebe que o bullying muitas vezes tem entrado nas escolas de maneira silenciosa, e também muitas vezes se tornando oculta, e que muitas vezesnão se compreende que muitos problemas decorrem dessas ações. Percebe-se que muitos alunos tem trago consigo tristezas, dores, dificuldades de aprendizagem, gostam de ficar sozinho, e que muitas vezes esses sintomas são índices de que esses alunos estão sendo agredidos por alguém.
A escola precisa se adequar a esta situação e estar atenta ao que ocorre nesse espaço e também estar preparado para saber mediar diante dessa situação. Fante (2005) afirma:
Quando essas relações se estabelecem de forma adequada, proporcionam, segundo a opinião emitida pelos alunos, o que há de melhor na escola. Entretanto, quando essas relações não são adequadas, como ocorre com crianças discriminadas ou ignoradas, a escola se transforma em fonte de estresse e inadaptação, resultando em conflitos interpessoais e em diversas formas de violência, comprometendo a qualidade do ensino-aprendizagem. (pg. 190).
A escola não pode ignorar essa situação, mas precisa estar preparada para mediar diante deste conflito e encontrar solução para o problema. É preciso que se garanta a qualidade do ensino e aprendizagem das crianças e não deixar que estas venham sofrer com o bullying, pois as crianças precisam encontrar nesse espaço segurança e apoio, pois a escola é um dos espaços onde as crianças passam maior parte de sua vida, após o convívio familiar.
2.3 AS CATEGORIAS DO BULLYING
Martins (2005), baseando-se nos vários autores sobre o tema, insere os comportamentos de bullying em três categorias:
· Direto e físico: inclui bater ou ameaçar fazê-lo; dar pontapés, roubar ou estragar objetos que pertençam aos colegas, extorquir dinheiro ou ameaçar fazê-lo, forçar comportamentos sexuais ou ameaçar fazê-lo, obrigar ou ameaçar os colegas a realizar tarefas servis contra a sua vontade;
· Direto e verbal: engloba insultar, pôr alcunhas desagradáveis, fazer gozações, fazer comentários racistas, salientar qualquer característica ou deficiência de um colega de forma negativa;
· Indireto: se refere a situações como excluir alguém sistematicamente do grupo de pares, ameaçar com frequência a perda da amizade ou a exclusão do grupo como forma de obter algo do outro ou como retaliação de uma suposta ofensa prévia, espalhar boatos sobre os atributos e/ou condutas de alguém com vista a destruir a sua reputação, em suma manipular a vida social dos pares.
· Bullying virtual ou Ciberbullying: que ocorre por meio de ferramentas tecnológicas como celulares, filmadoras, internet, etc.
Ao buscar entender maior domínio sobre esta situação, Silva (2010), ressalta que estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. Esta visão pode ser explicada da seguinte forma: 
Por utilizarem mais a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e através de isolamento entre as colegas, podendo, com isso, passar despercebidas, lembrando também que a linguagem não verbal é bastante utilizada através de olhares intimidatórios, desqualificantes e aterrorizadores, como identificou Fante (2005) em suas pesquisas. 
2.4 BULLYING: UM MAU QUE NÃO ESCOLHE A QUEM AFETAR
O bullying é um tipo de violência que está presente em todos os lugares e em todas as partes do mundo, este ato não escolhe patamar financeiro, características físicas e sociais, mas suas consequências afetam a todos os envolvidos em vários níveis, sendo assim, ninguém esta livre de sofrer esse tipo de violência, por isso todo cuidado é necessário.
Insistindo na busca pelas consequências ocasionadas pelo bullying, pode-se perceber nas palavras de Melo (2010) que todos, de certa forma, acabam sofrendo, quando diz:
Algumas experiências são menos traumatizantes, outras deixam estigmas para o resto da vida, sobretudo nas vítimas. Nos agressores as conseqüências podem vitimizá-las no futuro, de acordo com o rumo que sua vida tomar. Alguns agressores adotam a violência como estilo de vida, chegando à marginalização. Muitos espectadores não superam os temores de envolvimento, a angustia de não poder ajudar e se tornam pessoas inseguras e de baixa autoestima. (MELO, 2010, p. 42).
De acordo com Chalita (2008, p. 81), “o fenômeno bullying não escolhe classe social ou econômica, escola pública ou privada, ensino fundamental ou médio, área rural ou urbana. Está presente em grupos de crianças e de jovens, em escola de países e culturas diferentes”.
Ao refletir sobre a maneira de como o bullying tem afetado a varias pessoas em diferentes espaços, Fante (2005, pg. 78) diz que “As consequências do bullying afetam todos os envolvidos e em todos os níveis”. E confirmado com as palavras de Melo (2010, pg. 42), quando este diz que “O comportamento bullying não poupa nenhum dos envolvidos”. 
2.5 ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE AJUDAM A IDENTIFICAR O BULLYING
Alguns estudiosos sobre o tema trazem algumas características que tornam capazes de identificar tanto quem é acometido pelo bullying quanto para quem comete e observa essas ações violentas.
No contexto escolar, é preciso que os professores e toda equipe estejam atentas a estas características, pois como a escola tem sido um local que mais se presencia esse tipo de violência, é preciso que informações como estas façam parte das formações de professores e também da atualização de seus estudos, pois precisam estar preparados para atuarem ao presenciar essas características.
Para que um aluno possa ser identificado como vítima, o professor Dan Olweus apud Fante (2005) orienta aos professores que observem os seguintes comportamentos:
· A criança se isola durante o recreio ou procura estar próxima a um adulto;
· Apresenta dificuldade em falar diante da turma demonstrando ansiedade;
· É o ultimo a ser escolhido para jogos em equipe; 
· Apresenta comumente aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito;
· Apresenta desleixo gradual com as tarefas escolares;
· Apresentam contusões, feridas, cortes, arranhões, roupa rasgada;
· Falta às aulas com certa frequência;
· Perde constantemente os seus pertences.
A identificação do agressor também deve seguir o procedimento de observação de seus comportamentos habituais atentando para:
· A criança faz “brincadeiras” ou gozações, rindo de modo desdenhoso e hostil;
· Coloca apelidos ou chama pelo nome ou sobrenome de forma malsoante os colegas; insulta, menospreza, ridiculariza, difama;
· Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga. Incomoda, intimida, empurra, picha, bate, dá socos, pontapés, dá beliscões, puxa os cabelos, envolve-se em discussões e desentendimentos;
· Pega dos colegas materiais escolares, dinheiro, lanches e outros pertences sem o consentimento deles.
2.6 OS ESPECTADORES DO BULLYING
Vale ressaltar que o fenômeno Bullying não é apenas formado por vítimas e agressores. Muitas vezes as pessoas presenciam esse tipo de violência. No entanto, os espectadores se apresentam de várias formas, alguns apenas observam e se omitem, outros incentivam a agressão de forma a defender um dos lados, concordando assim com a situação presenciada.
Desta forma, esses são considerados como espectadores do fenômeno bullying, sejam como auxiliares, incentivadores, observadores ou defensores, já que estes se fazem envolvidos na situação. A grande maioria dos envolvidos no fenômeno é composta pelos espectadores, também chamados de testemunhas.
Para melhor entendermos essa classificação, vejamos a contribuição de Neto (2004):
(...) a forma como reagem ao bullying permite classificá-los como auxiliares (participam da agressão), incentivadores (incentivam e estimulam o autor), observadores (só observam ou se afastam) ou defensores (protegem o alvo ou chamam um adulto para interromper). (p.52).
Já para Gabriel Chalita (2008), é o aluno que não sofre, nem pratica o bullying, mas presencia. Não interfere, não participa, e segundo Chalita, também não acolhe a dor do outro, pois não defende e nem denuncia. Estudos comprovam que quando há intromissão de outras pessoas, quando existe defesa, as intimidações são reduzidas.
2.7 O PAPEL DO PROFESSOR DIANTEDA PROBLEMÁTICA DO BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR
O professor conhece muito bem os seus alunos, e são capazes de perceber algumas mudanças que os afetam, e ao perceberem essas mudanças os professores precisam estar preparados para agir de forma correta e significante diante da situação.
Fante (2005), ao pensar na problemática do bullying no espaço escolar, começou a se questionar sobre algumas questões que envolvem os professores nesse contexto, questionando-se:
Será que as atitudes de alguns profissionais de educação ante um conflito poderão ser adotadas, como exemplos, pelos alunos? Será que a atitude autoritária ou agressiva do próprio profissional não está contribuindo para que os alunos exerçam tal autoridade ou agressividade sobre seus companheiros de escola? Será que os profissionais educadores possuem habilidades para relacionar-se com seus alunos? Como anda o relacionamento desses profissionais com os alunos? (pg. 98)
Diante dos questionamentos acima, percebe-se a preocupação em relação a alguns comportamentos que são característicos de muitos profissionais, o que dificulta essa aproximação com o aluno, e o impede de enxergar os danos que o bullying pode estar ocasionando a seus alunos.
Desta forma, Fante (2005) questiona sobre o papel que nos cabe desempenhar como educadores:
Acreditar que nada podemos fazer e cruzar os braços, comodamente, esperando soluções dos órgãos superiores?
Permanecer cada vez mais inseguros e fingir que essa é uma questão que não nos cabe resolver? 
Acreditar que não podemos mudar o mundo, enquanto o alto grau de insegurança para a nossa família, para os nossos alunos e para a sociedade em geral se mostra cada vez mais assustador?
Ou, ao contrário, buscar coragem para enfrentar os problemas e participar ativamente de programas que possam transformar o cenário violento das escolas num cenário de paz?
Se conseguirmos resultados em nossa comunidade escolar, já não será um grande feito?
Será que não podemos nos tornar um pólo irradiador de ações, atitudes e valores capazes de aumentar o âmbito da prevalência do amor sobre o ódio, da compreensão, da fraternidade e da tolerância sobre todo e qualquer tipo de violência?
Será que a educação não é o caminho que podemos utilizar para transformar uma sociedade agressiva e violenta em uma sociedade mais justa, mais solidária e mais feliz? (pg. 97- 98).
Muitos são os questionamentos ao se referir ao papel do professor como mediador nas relações com os alunos, ao tratar sobre as violências que ocorrem nesse espaço. 
Sendo assim, o professor trabalhar a problemática do bullying no contexto escolar a fim de conscientizar os alunos, é uma tarefa essencial e que colabora para amenizar este problema a fim de quer não se expanda, pois muito se fala nos problemas acarretados pelo bullying, mas pouco se tem feito para acabar com essas agressividades, principalmente no contexto escolar.
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
O projeto traz por tema: “O bullying no contexto escolar”. A linha de pesquisa contemplada é a docência nas séries iniciais do ensino fundamental.
O interesse em se aprofundar sobre a temática do bullying no contexto escolar, parte da necessidade de entender a forma de como este vem ocorrendo a fim de poder identificar e agir sobre determinada situação presenciada, pois muitos profissionais não estão preparados para tal prática.
A fim de minimizar vários problemas que tem acontecido no contexto escolar, à temática violência na escola foi uma proposta que começou a ganhar espaço e se expandir nos projetos e ações dos profissionais, na qual a preocupação surge mediante presenciar nesse espaço a grande ocorrência de brigas, xingamentos, apelidos, ofensas e algumas violências até mesmo físicas, onde todas essas são caracterizadas como ações que prejudicam e degrine o próximo, e não colabora para o processo de socialização.
3.2 Justificativa
O bullying é um tipo de problema antigo, mas que continua presente em muitos espaços, principalmente no ambiente escolar ainda que de forma oculta ou banalizada. Este fenômeno tem sido alvo dos estudos de vários pesquisadores que se preocupam com a situação que este causa as pessoas. Este tipo de violência se apresenta de forma diferente em cada situação.
Fazer uma abordagem sobre este problema é necessário, pois é uma forma de preparar-se teoricamente para amenizar esses problemas na prática, já que sua prevenção entre estudantes constitui-se em uma medida capaz de possibilitar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, para garantir uma convivência social segura.
3.3 Problematização
O problema de pesquisa busca identificar: Como a escola pode contribuir para minimizar a problemática do bullying no espaço escolar?
3.4 Objetivos
Geral: Compreender os problemas que o bullying traz no contexto escolar e como este tem afetado os alunos e interferido no seu desenvolvimento.
Específicos
· Identificar a prática do bullying no contexto escolar;
· Promover a conscientização diante das violências que ocorrem na escola;
· Analisar as formas de como o bullying tem sido praticado;
· Promover a socialização;
· Refletir sobre os problemas que o bullying pode causar ao próximo.
3.5	Conteúdos
Os conteúdos envolvem as questões de valores, ética, respeito, violência, direitos e deveres e socialização. 
3.6	Processo de desenvolvimento
1ª ETAPA – Apresentação do projeto para a escola
1º momento: Sensibilização  (professores e alunos)                  
2º momento:    Reflexão (uso dos recursos pedagógicos propostos)
3º momento: Esclarecimento sobre o papel do professor mediador na escola, em especificidade a problemática do bullying.
2ª ETAPA - Desenvolvimento das ações planejadas
1º momento: desenvolver as ações que foram pensadas e planejadas e inserir no cotidiano dos alunos, seja por meio de vídeos reflexivos, conversas dialógicas em grupos ou individual.
2º momento: Propor normas de convivência na escola e trabalhar essas ideias com os alunos, de forma que promova mudanças e incentive o bom relacionamento com o colega. Ou seja, serão trabalhadas atividades que promova a socialização.
3º momento: promover atividades que visam conscientizar as crianças sobre a problemática do bullying e a necessidade de mudança. Podem ser atividades impressas e também atividade práticas.
4º momento: Confeccionar um mural sobre normas de convivência e respeito mútuo, enfatizando a problemática do bullying.
3ª ETAPA: Desenvolvimento de oficinas e atividades recreativas que envolva o respeito à diversidade
1º momento: o professor juntamente com a equipe pedagógica pode promover momentos recreativos com inserção de brincadeiras, oficinas, dinâmicas, gincanas, as quais favorecem essas aproximações mais próximas com os alunos e ajuda o professor a melhor visualizar os problemas existentes.
2º momento: o professor deve aproveitar nesse momento para fazer intervenções, analisando os espaços, e como serão possíveis algumas intervenções a curto, médio e longo prazo.
4ª ETAPA: Culminância do projeto
Esta etapa consiste em um momento para reunir toda equipe escolar, alunos e comunidade e seus familiares. Será realizada uma palestra sobre a problemática do bullying. Neste dia serão feita várias intervenções sobre os perigos que o bullying traz para os alunos, e como a família pode ajudar a escola nesse processo. Será proposta a utilização de vídeos reflexivos.
3.7	Tempo para a realização do projeto
	Ações/atividades 
	Meses
	
	Agosto
	Setembro
	outubro
	Novembro
	Escolha do Tema
	x
	
	
	
	Delimitação do Tema
	x
	
	
	
	Pesquisa Bibliográfica
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	Elaboração do Projeto
	
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	Apresentação do Projeto
	
	
	
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3.8	Recursos humanos e materiais
Humanos: professores, alunos, familiares e toda equipe escolar.
Materiais: atividades impressas, jogos e brincadeiras, espaço físico externo e interno adequado para que as gincanas aconteçam. TV, Datashow, slides, mensagens reflexivas, cartolina,tesoura, cola, lápis de cor, folha A4, mural, cola quente e dentre outros.
3.9 Avaliação
A avaliação será continua durante todo o momento do projeto e acontecerá através de observações feitas pelo professor a fim de identificar as mudanças que ocorreram na prática das crianças através do projeto.
4. Considerações finais
A pesquisa abordada neste projeto contribuiu de forma gratificante para a formação docente. Abordar a problemática do lúdico foi uma pesquisa essencial a ser desenvolvida, pois este é um tipo de projeto que precisa estar presente em várias escolas, já que este tipo de violência tem sido a realidade que muitas delas vivenciam, no entanto, muitas vezes os profissionais que nela atuam não estão preparados para desenvolver ações que minimizem essa situação e até mesmo para lhe dar diante de uma ação de bullying presenciada.
Desta forma, falar do bullying no contexto escolar das séries iniciais do ensino fundamental foi uma oportunidade de reconhecer um pouco mais sobre a forma de como esta vem acontecendo e as mediadas necessárias apara saber agir diante dessa situação. O projeto trouxe teorias que ajudam os professores a se identificarem com as ações que precisam ser desenvolvidas e como identificar as causas de bullying de forma a não deixar que esta se expanda no universo escolar.
Diante destas contribuições que foram apresentadas para a prática pedagógica, não restam dúvidas da importância desta pesquisa, como fonte de apoio para o trabalho docente, a fim de ser um guia nesse processo, pois todo profissional precisa estar atualizado sobre os problemas que podem enfrentar na rotina de seu trabalho, e a proposta aqui desenvolvida traz essa oportunidade de conhecimento.
Enfim, espera-se que pesquisas que envolvem a temática do bullying, continuem fazendo parte dos estudos de professores e acadêmicos, a fim de estarem preparados a agir diante dessas ocorrências de forma a não trazer constrangimentos, mas lidar de forma aprazível com a situação. 
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças. Violências nas escolas. Brasília: UNESCO, 2002 
BRAGA, Lélio. Bullying: o que você precisa saber. RJ, Impetus, 2009.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia da Amizade. Bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. 1ª edição. Editora Gente, 2008, 280p.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Editora Verus, 2005, 224 p.
MARTINS, Maria José D. Agressão e vitimização entre adolescentes, em contexto escolar: um estudo empírico. Revista Análise Psicológica. Out. 2005, v.23, nº.4, p.401-425. ISSN 0870-8231.
MELO, Josevaldo Araújo de. Bullying na escola: como identificá-lo, como preveni-lo, como combatê-lo. Recife: EDUPE, 2010. 128p.
NETO, A.L. Diga não ao bullying. 5 ed. Rio de Janeiro, ABRAPIA, 2004.
PEREIRA, Beatriz Oliveira, Para uma escola sem violência – estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Lisboa: Dinalivro. 2002.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Cartilha: Bullying - justiça nas escolas. 1ª ed.
Conselho Nacional de Justiça. Brasília, 2010.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas - Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 23-24-37.

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