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A VISÃO DA QUALIDADE , DOS SISTEMAS E DOS MELHORAMENTOS MESMO QUANDO ACABAR TODO O PROJETO DO PRODUTO E DO PROCESSO, AINDA RESTA A ATIVIDADE CONTÍNUA DO MELHORAMENTO. TODA OPERAÇÃO É PASSÍVEL DE FALHAS, E CONSIDERANDO A NECESSIDADE DA COMPETITIVIDADE E DA PRODUTIVIDADE, NÃO HÁ COMO AS ORGANIZAÇÕES SOBRVIVEREM SEM QUE QUALQUER FALHA SEJA ELIMINADA. A FILOSOFIA KAIZEN (NENHUM DIA PODE PASSAR NA ORGANIZAÇÃO SEM QUE ALGO TENHA SIDO MELHORADO) PASSA A SER A META. MELHORAR A PRODUÇÃO, PREVENIR FALHAS E CHEGAR AO GERENCIAMENTO DA QUALIDADE TOTAL SÃO AS METAS A ATINGIR. A palavra Kaizen tem origem japonesa e significa “melhoria contínua”, o que pode ser levado para o ambiente de trabalho, família e vida pessoal. Na indústria, tem o mesmo significado e se refere ao aprimoramento diário e constante, com o objetivode aumentar a produtividade. MELHORAMENTO DA PRODUÇÃO ✓Ao se imaginar uma atividade de melhoramento, precisa-se fazer uma pergunta inicial: melhorar quanto? ✓Na realidade o que irá determinar a ação de melhoria serão a urgência, a direção e as prioridades, determinadas parcialmente em razão do atual desempenho organizacional, julgado como bom, ruim ou indiferente; ✓Todas as organizações precisam, assim, de medidas de desempenho, que são os pré-requisitos para os melhoramentos. Medidas de desempenho é o processo de quantificar uma ação, na qual medida significa o processo de quantificação e o desempenho da produção, a derivação de ações tomadas por sua administração; Desempenho é o grau em que a produção preenche os 5 objetivos de desempenho em qualquer momento, de modo a satisfazer a seus consumidores. OS 5 OBJETIVOS DA QUALIDADE Lead time é o nome dado ao tempo total do processo de compra. Ele vai desde a solicitação feita pelo cliente (seja de um produto ou serviço) e só é finalizado após sua entrega/prestação. JULGAMENTO DO DESEMPENHO ✓Medido o desempenho por meio de medidas típicas, chega a hora do julgamento para saber se o desempenho é BOM, RUIM OU INDIFERENTE. 4 tipos de padrões são normalmente utilizados: " 1.PADRÕES HISTÓRICOS: compara o desempenho atual com desempenhos anteriores, são efetivos quando a operação está melhorando ou piorando com o tempo; 2.METAS: são estabelecidas arbitrariamente para definir um nível de desempenho visto como adequado ou razoável. Definindo, por exemplo, que o aceitável é a execução de uma atividade em 4 horas, se ela acontece em 4 horas, será considerada satisfatória; 3.PADRÕES DE DESEMPENHO DA CONCORRÊNCIA: é a concorrência direta do desempenho de um processo produtivo com o dos concorrentes. Apresenta como vantagem uma comparação para avaliar o comportamento dos concorrentes no mercado; 4.PADRÕES DE DESEMPENHO ABSOLUTO: quando são definidos limites teóricos, como “zero defeito” ou “zero estoque”, que na prática quase não são atingíveis, mas permitem uma “calibração” do sistema existente. BENCHMARKING é uma abordagem utilizada para comparar as próprias operações com a de outras empresas, significa ganhar vantagem competitiva. MELHORAMENTOS ✓As prioridades de melhoramentos são influenciadas pela maneira como a produção decide qual objetivo de desempenho requer atenção particular; ✓Necessidades e preferências dos consumidores, que definem a importância dentro da operação; ✓Desempenho e atividades dos concorrentes que auxiliam na determinação do nível de desempenho a ser atingido; ✓Importância e desempenho devem ser vistos juntos, para julgar a priorização de objetivos; ✓A matriz importância/desempenho posiciona cada fator competitivo de acordo com seu “placar” ou sua classificação nos critérios; ABORDAGENS DE MELHORAMENTOS ✓Determinada a prioridade de melhoramento, passa-se ao ponto de considerar a abordagem ou estratégia que se deseja utilizar para executar o processo de melhoramento. 2 abordagens ou estratégias mostram filosofias distintas e, algumas vezes opostas: MELHORAMENTO REVOLUCIONÁRIO ✓O que assume que um melhoramento só pode ser realizado por uma mudança grande e dramática na forma como a produção trabalha; ✓O impacto desse melhoramento é relativamente abrupto, representando um degrau de mudança na prática; ✓Exigem, em geral, grandes investimentos de capital, muitas vezes o melhoramento interrompe ou perturba os trabalhos na operação atual, além de exigir mudanças nos produtos/serviços ou na tecnologia do processo, ex: • A introdução de uma máquina nova, mais eficiente na fábrica; • Total reprojeto de um sistema computadorizado de reservas em um hotel; • Introdução de um programa novo e revolucionário de graduação em uma universidade. MELHORAMENTO CONTÍNUO ✓Adota a abordagem de melhoramento de desempenho por meio de mais e menores, passos incrementais, ao invés de uma grande mudança; ✓ Por outro lado, não promove os pequenos melhoramentos: eles são vistos como uma vantagem por serem implantados e seguidos sem grandes paradas na produção, sem grandes investimentos, e enquanto outros pequenos melhoramentos acontecem. Recebem o nome de Kaizen, que significa exatamente melhoramento contínuo, e envolve a todos – administradores e trabalhadores – igualmente; ✓Não importa a taxa de melhoramento conseguida, o que importa é que a cada mês algo tenha sido melhorado; ✓O círculo PDCA (Plan – Do – Action – Check) é a ferramenta mais importante no auxílio do Kaizen –melhoramento contínuo AO MELHORAR O DESEMPENHO PARA ATINGIR DETERMINADO OBJETIVO, PODE-SE SACRIFICAR DE ALGUM MODO OUTRO DESEMPENHO, DEVE- SE CONSIDERAR A “TROCA” DE UM DESEMPENHO POR OUTRO, DENOMINADO “PARADIGMA DE COMPROMISSO OU DE TROCA”. NUMA SITUAÇÃO EXTREMA, PODE-SE IMAGINAR QUE A MELHORA DE DETERMINADO DESEMPENHO SÓ PODE SER OBTIDA PELA DIMINUIÇÃO DE OUTRO, OU SEJA, “NADA VEM DE GRAÇA” TRADE-OFF É UMA EXPRESSÃO QUE DEFINE UMA SITUAÇÃO EM QUE HÁ CONFLITO DE ESCOLHA. ELE SE CARACTERIZA EM UMA AÇÃO ECONÔMICA QUE VISA À RESOLUÇÃO DE PROBLEMA, MAS ACARRETA OUTRO, OBRIGANDO UMA ESCOLHA. OCORRE QUNDO SE ABRE MÃO DE ALGUM BEM OU SERVIÇO PARA SE OBTER OUTRO BEM OU SERVIÇO. TÉCNICAS DE MELHORAMENTOS ✓Algumas técnicas são particularmente úteis para melhorar operações, tais como o controle estatístico do processo ou a análise do efeito e modo de falha; ✓Todavia, como previsto inclusive nas normas ISO 9001, existem algumas ferramentas, denominadas estatísticas, que ajudam muito na identificação de itens que merecemmelhoramentos na produção: ANÁLISE ENTRADA-SAÍDA: é um pré-requisito para entender qualquer oportunidade de melhoramento. Deve-se: ▪Identificar as entradas e saídas dos processos; ▪Identificar as fontes de entrada e as destinações das saídas; ▪Esclarecer que necessidades o processo têm para seus fornecedores. FLUXOGRAMAS ✓Fornece uma visão detalhada das partes do processo no qual algum fluxo acontece, registrando estágios na passagem da informação, dos produtos do trabalho ou dos consumidores, ou qualquer operação; ✓O registro de cada estágio do processo faz virem à tona fluxos mal organizados, assim como torna claras as oportunidades de melhoramentos esclarecendo a mecânica interna ou a forma de trabalhar de uma operação. DIAGRAMAS DE RELACIONAMENTO ✓Método rápido e simples de identificar a existência de conexão entre 2 conjuntos de dados; ✓Permitem quantificar quão forte é o relacionamento entre os conjuntos de dados apresentados, mas só ajudam na identificação da existência do relacionamento, não de uma relação causa-efeito. DIAGRAMAS DE CAUSA-EFEITO: é um método bastante efetivo de ajuda à pesquisa das raízes de problemas, por meio das perguntas: o que, onde, como e por que, com suas devidas respostas. Também conhecido como diagrama de “espinha de peixe”. DIAGRAMAS DE PARETO: o propósito do diagrama é distinguir entre questões “pouco vitais” e as “muito triviais”, sendo uma técnica direta de classificação dos itens de informação nos tipos de problemas ou causas de problemas por ordem de importância. ANÁLISE POR QUE – POR QUÊ: começando com uma pergunta simples – por que o problema ocorreu? E buscando respostaspara ela, e sucessivamente repetindo a mesma pergunta para cada uma das respostas conseguidas, até que uma causa pareça ser a resposta procuradas para a questão. PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE FALHAS POR QUE AS COISAS FALHAM? ✓Nenhuma operação produtiva é indiferente a falhas, mas para algumas é imperativo que não aconteçam: aviões em voo ou fornecimento de eletricidade para hospitais, por exemplo; ✓A confiabilidade não é somente desejável, mas muitas vezes crucial e pode se transformar em uma grande vantagem competitiva (por exemplo, o aumento do consumo dos produtos japoneses – carros e eletrônicos – em função de sua reputação de alta confiabilidade); ✓Porém, por mais que se previna, as falhas acontecem, e em tais situações devem existir políticas que ajudem a recuperação pós-falha; ✓Aceitar que falhas podem ocorrer não significa, portanto, ignorá-las, ou não minimizá-las; ✓Além disso, nem todas as falhas são igualmente sérias, as organizações precisam, assim, discriminar diferentes falhas, dando o máximo de atenção para aquelas consideradas críticas, para isso é necessário entender por que as coisas falham e como medir o seu impacto. FALHAS NA PRODUÇÃO FALHAS NA PRODUÇÃO ✓Falhas que tem por origem a operação produtiva: por ter um projeto global malfeito ou porque as instalações (máquinas, equipamentos, edifícios) ou pessoas falharam. Isto pode ocorrer porque alguma característica da demanda não foi observada ou foi mal calculada, ou as circunstâncias da produção não são as esperadas; ✓Falhas nas instalações: porque todas as instalações têm probabilidade de quebrar podendo ser uma avaria parcial, permitindo a continuidade da operação, mesmo que de forma precária, ou pode ser uma falha – uma interrupção total e repentina da produção; ✓Falhas de pessoal: podem ser erros ou violações, erros são enganos de julgamento, descobertos somente a posteriori, quando se percebe que alguém deveria ter feito algo diferente, violações são atos considerados claramente contrários ao procedimento operacional definido; ✓Falhas de fornecedores: se caracterizam por atrasos na entrega, problemas na qualidade, gerando falhas dentro da produção; ✓Falhas de clientes: que nascem do mau uso dos produtos ou serviços entregues, essas falhas podem ser evitadas com treinamento oferecidos pelos fabricantes aos fornecedores; MANUTENÇÃO Manutenção é um termo utilizado para abordar a forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de suas instalações físicas. Todo sistema produtivo deve se preocupar com suas instalações de forma sistêmica, pois: •A segurança melhora, diminuindo a imprevisibilidade; •A confiabilidade aumenta, reduzindo o tempo perdido com consertos das instalações; •A qualidade é maior, com equipamentos com desempenho dentro dos padrões; •Os custos de operação são mais baixos, devido à manutenção regular; •O tempo de vida é mais longo, pois cuidados regulares, limpeza e lubrificação podem prolongar a ida efetiva das instalações; •O valor final é mais alto, pois instalações bem mantidas são geralmente mais fáceis de vender no mercado de segunda mão AS 3 ABORDAGENS BÁSICAS DA MANUTENÇÃO • A manutenção preditiva é muito semelhante à preventiva e justamente por isso esses dois tipos são muito confundidos. • A grande diferença entre eles é que a manutenção preditiva é baseada numa inspeção sistemática e na observância quanto à modificação dos parâmetros ou condições de desempenho. • Isso significa que a manutenção preditiva leva em consideração as condições reais quanto ao funcionamento de máquinas e equipamentos, não sendo realizada necessariamente com base em cronogramas ou índices de funcionamento. • A partir do momento que a prevenção preditiva identifica problemas de desempenho que já estão ocorrendo ou poderão ocorrer em um futuro próximo, é feita a chamada prevenção corretiva planejada. QUALIDADE TOTAL QUALIDADE TOTAL É A MELHORIA DE TODOS OS ASPECTOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO E, COMO TAL, A MELORIA DEVE SER ADMINISTRADA. TODOS OS ADMINISTRADORES DESEJA A ALTA QUALIDADE E AO MESMO TEMPO BUSCA AUMENTAR A EFICÁCIA OPERACIONAL. TQM – ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE TOTAL A administração da qualidade total (TQM) pode ser entendida como uma extensão lógica de como a prática da qualidade tem progredido. Portanto, TQM pode ser entendida também como uma filosofia de como abordar a administração da qualidade, sendo um modo de agir e pensar a produção, que preocupa-se em particular com os seguintes temas: •Atendimento das necessidades e expectativas dos consumidores; •Inclusão de todas as partes da organização; •Inclusão de todas as pessoas da organização; •Exame de todos os custos relacionados com a qualidade; •Fazer as “coisas certas” da primeira vez, começando pelo projeto; •Desenvolvimento de sistemas e procedimentos que apoiem qualidade e melhoria; •Desenvolvimento de um processo de melhoria contínua.
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