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AULA 1 - Neurofisiologia

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Profa Juliane Mayara
→É definida como uma perda de sensibilidade, causada por 
uma depressão da excitação nas terminações nervosas ou 
uma inibição do processo de condução nos nervos periféricos 
numa área circunscrita do corpo.
→Uma característica importante da anestesia local é a 
produção da perda de sensibilidade sem indução da perda de 
consciência. Nesta área principal, a anestesia local difere 
totalmente da geral.
NEUROFISIOLOGIA –
O que é anestesia local?
→Apenas métodos ou substâncias que induzem a um estado 
reversível e temporário de anestesia têm aplicação na prática 
clínica.
→Características desejáveis para um anestésico local:
- Não deve ser irritante para o tecido
- Não deve causar alteração permanente da estrutura nervosa
- Sua toxicidade sistêmica deve ser baixa
- Deve ser eficaz
- O tempo de início do efeito deve ser o mais breve possível
- A duração da ação deve ser longa o suficiente para o 
procedimento desejado.
NEUROFISIOLOGIA –
O que é anestesia local?
DOR
Fonte: http://sobreendo.blogspot.com.br/2008/08/avaliao-da-dor.htmlFonte: http://www.bllogados.com.br/2010/08/lista-das-10-piores-dores-do-mundo.html
O QUE É DOR?
→ A dor, o sofrimento físico associado ao ferimento ou à 
doença, é um processo neurofisiológico complexo. 
→ Intensidade: impulsos vindos de um estímulo nocivo e 
levados pelos neurônios aferentes dos nociceptores podem 
ser alteradas antes de chegar ou até dentro do SNC.
→ Os nociceptores são receptores da dor e são ativados por 
estímulos dolorosos, os sinais aferentes são carreados por dois 
tipos de fibras sensitivas. 
NEUROFISIOLOGIA - DOR
NEUROFISIOLOGIA - DOR
→A dor aguda e localizada é transmitida rapidamente por 
fibras A – delta (pequenas e mielinizadas).
→A dor lenta, difusa e espalhada é levada por fibras C
(menores e amielinizadas) (SILVERTHORN, 2003) 
→Ativação dos nociceptores: os estímulos mecânicos e 
térmicos são mediados por neurotransmissores ou 
mediadores químicos, como potássio, histaminas, 
prostaglandinas, serotonina, substância P (SILVERTHORN, 2003).
→Segundo Martin (1998), o tálamo é um ponto central para a 
transmissão da informação sensitiva ao córtex cerebral. 
→O córtex sensitivo somático primário é a principal região do 
córtex cerebral para a qual o núcleo ventral posterior projeta-
se, está localizado no giro pós-central do lobo parietal. 
(MARTIN, 1998).
NEUROFISIOLOGIA - DOR
Neurônio
TECIDO NERVOSO
Potencial de repouso
Potencial de repouso: O axônio possui proteínas de 
transporte (canais, bombas) e sítios receptores 
ocorrendo uma diferença de potencial entre a superfície 
externa e interna, mantida pela Bomba Na+/K+ (-70mV)
Potencial de repouso
Bomba Na+/K+ ATPase eletrogênica
Potencial de ação 
ou Despolarização
Potencial de ação: inversão (despolarização) do potencial de
repouso, ocasionado pela mudança temporária de
permeabilidade aos íons Na/K. (+40mV)
Potencial de ação
Potencial de ação
➢O impulso nervoso, ou potencial de ação, é um
movimento coordenado de íons de sódio e potássio
através da membrana celular do nervo.
• Inicialmente a célula se encontra em “repouso”. O
seu interior é um pouco carregado negativamente
(o potencial de repouso da membrana é de - 60 a -
80 mV).
• Uma perturbação (mecânica, elétrica, ou às vezes
química) faz com que alguns canais de sódio de
uma pequena parte da membrana se abram.
• Os íons de sódio entram na célula através dos
canais de sódio abertos. A carga positiva que eles
transmitem faz com que o interior da célula fique
um pouco menos negativo (despolarizam a
célula).
• Quando a despolarização chega a um determinado
valor limite, muito mais canais de sódio naquela
área se abrem. Mais íons de sódio entram e ativam
um potencial de ação. A entrada de íons de sódio
inverte o potencial de membrana naquela área,
deixando o interior positivo e o exterior negativo (o
potencial elétrico chega a +40 mV no interior).
• Quando o potencial elétrico chega a +40 mV no
interior, os canais de sódio fecham e não deixam
mais íons de sódio entrar (inativação de sódio).
• O potencial positivo em desenvolvimento da
membrana faz com que os canais de potássio se
abram.
• Os íons de potássio deixam a célula através dos
canais de potássio abertos. O movimento de íons
de potássio positivos para o exterior da membrana
faz com que o interior fique mais negativo e volte
ao potencial de repouso da membrana
(repolarização da célula).
• Quando o potencial de membrana volta para o
valor de repouso, os canais de potássio se fecham
e os íons de potássio não conseguem mais deixar
a célula.
• O potencial de membrana ultrapassa um pouco o
potencial de repouso, o que é ajustado pela bomba
de sódio e potássio, que restabelece o equilíbrio
normal de íons na membrana e faz com que o
potencial de membrana volte para o seu nível de
repouso.
• Essas mudanças são transmitidas para a próxima
área da membrana, e em seguida para a outra e
assim por diante, percorrendo toda a extensão do
axônio e propagando o impulso nervoso por toda
célula nervosa.
	
27
• Quando o PA atinge o terminal sináptico, canais de 
Ca2+ voltagem dependentes se abrem para influxo de 
Ca2+
• 1. PA despolariza o terminal axônico
• 2. Despolarização abre canais de Ca2+ voltagem 
dependentes
• 3. A entrada de cálcio inicia exocitose das vesículas 
sinápticas
• 4. O neurotransmissor é liberado na fenda sináptica se 
liga ao receptor na membrana da célula pós-sináptica.
• 5. Início de uma resposta na célula pós-sináptica
28
Dopamina
Receptor 
dopaminérgico
Bomba de 
Recaptaçâo
Dopamina
O que a cocaína faz?
Impede a recaptaçâo da dopamina e
prolonga a sua ação pós-sináptica
FIM...
NEUROFISIOLOGIA – CONTROLE DA DOR
→As ações nos anestésicos locais são simples: eles impedem a 
geração e a condução de um impulso nervoso
→Assim, os anestésicos locais estabelecem um bloqueio de 
caminho químico entre a fonte do impulso e o cérebro.
→O impulso abortado é impedido de chegar ao cérebro e não é 
interpretado como dor pelo paciente.
Horace Wells 
(1840) descobriu e 
aplicou vapores de 
gases, meio pelo 
qual as cirurgias
poderiam ser 
realizadas sem dor. 
Hipócrates (450 a.C.) 
empregava vapores de 
ervas, obtendo narcose
Esculápio (1200 
a.C.) usava uma 
mistura de 
substâncias que 
continha ópio. 
Carl Koller (1884) 
usou cocaína como 
anestésico local. 
Anestesia local: perda da sensibilidade em uma área 
circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação das 
terminações nervosas ou pela inibição do processo de 
condução dos nervos periféricos
Mecanismo de Ação dos Anestésicos Locais
NEUROFISIOLOGIA – CONTROLE DA DOR
→Teoria do receptor específico: Os anestésicos locais atuam 
por ligação com receptores específicos no canal de sódio
→Uma vez que o anestésico tenha ganhado acesso aos 
receptores, diminui ou é eliminada a permeabilidade aos íons 
sódio, e a condução nervosa é interrompida.
NEUROFISIOLOGIA – CONTROLE DA DOR
→ RESUMO – MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS 
LOCAIS:
1. Ligação da molécula de anestésico local ao sítio receptor 
de Na, o que então produz...
2. Bloqueio do canal de Na, e uma...
3. Diminuição da condutância de Na, que leva a...
4. Depressão da taxa de despolarização elétrica, e uma...
5. Falha em obter o nível de potencial de limiar, juntamente 
com uma...
6. Falta de desenvolvimento dos potenciais de ação 
propagados, o que é chamado...
7. BLOQUEIO DE CONDUÇÃO.
8. O bloqueio nervoso produzido por anestésicos locais é chamado 
“BLOQUEIO NERVOSO NÃO-DESPOLARIZANTE”.
NEUROFISIOLOGIA – CONTROLE DA DOR
→A estrutura típica dos anestésicos locais é mostrada nas 
figuras:
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
→Os anestésicos locais são classificados em:
AMINOÉSTERES X AMINOAMIDAS
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
→Os ligados a ésteres ( ex. PROCAÍNA, 
PROPOXICAÍNA, TETRACAÍNA, COCAÍNA, 
BENZOCAÍNA) são prontamente hidrolisadosem 
solução aquosa.
→Os ligados a amidas (ex. LIDOCAÍNA, 
ETIDOCAÍNA, MEPIVACAÍNA, BUPIVACAÍNA, 
PRILOCAÍNA E ARTICAÍNA) são relativamente 
resistentes à hidrólise.
***Os ligados a amida é excretada inalterada na urina do que uma 
droga ligada a éster.
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
→O PH de uma solução de anestésico local e o PH do 
tecido em que é infiltrado influencia grandemente 
sua ação no bloqueio nervoso.
→A acidificação do tecido diminui a eficácia do 
anestésico local (isso acontece em tecidos 
inflamados)
Ph normal: 7,4
Ph área inflamada: 5 a 6
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
O bloqueio adequado do nervo é mais difícil em 
tecidos inflamados ou infectados devido ao 
número relativamente pequeno de moléculas 
capazes de atravessar a bainha nervosa (RN) e ao 
aumento de absorção das moléculas restantes de 
anestésico nos vasos dilatados nesta região.
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
→O PH das soluções sem adrenalina é de cerca de 
5,5.
→O PH das soluções com adrenalina é de cerca 3,3.
→Clinicamente, com PH mais baixo, tem mais 
probabilidade de causar sensação de queimação na 
infiltração, bem como início de anestesia mais lento.
MOLÉCULAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
→ A capacidade de um anestésico local de se difundir 
através dos tecidos em torno de um nervo é de 
GRANDE significância, porque em situações 
clínicas, o anestésico local não pode ser aplicado 
diretamente à membrana nervosa.
AÇÕES SOBRE AS MEMBRANAS NERVOSAS
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DO PH 
E DA ATIVIDADE DO ANESTÉSICO LOCAL
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DO PH 
E DA ATIVIDADE DO ANESTÉSICO LOCAL
→A maioria das soluções de anestésicos locais 
preparadas comercialmente sem um vasoconstritor 
tem um PH entre 5 e 7. Quando injetados nos 
tecidos, a ampla capacidade de tamponamento dos 
líquidos teciduais rapidamente faz o PH retornar, no 
ponto de injeção, a um 7,5 normal
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DO PH 
E DA ATIVIDADE DO ANESTÉSICO LOCAL
→As soluções anestésicas locais contendo 
vasopressor (ex. adrenalina) são acidificadas para 
retardar a oxidação do vasoconstritor, assim 
prolongando o período de eficácia da droga.
BARREIRAS È DIFUSÃO DA SOLUÇÃO
→Fibras nervosas individuais (axônios) são cobertas 
pelo endoneuro
→O perineuro então reúne estas fibras nervosas em 
feixes chamados fascículos. Cada fascículo contém 
entre 500 a 1000 fibras nervosas individuais.
→Quanto mais espesso o perineuro, mais lenta a taxa 
de difusão do anestésico local através dele. 
BARREIRAS È DIFUSÃO DA SOLUÇÃO
→A camada mais interna do perineuro é o perilema, 
que representa a principal barreira à difusão num 
nervo.
→Os fascículos são contidos numa rede frouxa de 
tecido conjuntivo chamado epineuro.
→Os anestésicos locais são prontamente capazes de 
se difundir através do epineuro
INDUÇÃO DE ANESTESIA LOCAL
INDUÇÃO DE ANESTESIA LOCAL
INDUÇÃO DE ANESTESIA LOCAL
→Depois da administração de um anestésico local nas 
partes moles perto de um nervo, as moléculas do 
anestésico local atravessam a distância de um ponto 
a outro, de acordo com seu gradiente de 
concentração (DIFUSÃO).
→Ocorre penetração de uma barreira anatômica 
quando uma droga atravessa um tecido que tende a 
restringir o movimento molecular livre.
→O perineuro é a maior barreira à penetração de 
anestésicos locais
INDUÇÃO DE ANESTESIA LOCAL
→DIFUSÃO: quanto maior a concentração inicial do 
anestésico local, mais rápida é a difusão de suas 
moléculas e mais rápido o início de ação.
→A medida que o anestésico local se difunde ao 
nervo, torna-se cada vez mais diluído por líquidos 
teciduais, sendo parte dele absorvida por capilares.
INDUÇÃO DE ANESTESIA LOCAL
→PROCESSO DE BLOQUEIO: Depois da deposição 
do anestésico local o mais próximo possível do 
nervo, a solução se difunde em todas as direções
→Uma parte do anestésico local infiltrado se difunde 
em direção ao nervo e nele penetra.
DURAÇÃO DA ANESTESIA
→Anestésicos locais com ação mais longa 
(bupivacaína) ligam-se mais firmemente à membrana 
nervosa (aumento de ligação protéica). São 
liberadas dos sítios receptores nos canais de sódio 
mais lentamente.
→Drogas de ação curta (lidocaína) têm menor ligação.
→A duração aumenta nas áreas da vascularidade 
diminuída, e o acréscimo de um vasopressor 
reduz a perfusão tecidual para uma área local, 
aumentando a duração do bloqueio.
ESTUDAR!!!
→Farmacodinâmica e Farmacocinética 
dos anestésicos locais

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