Buscar

dip-1 1 (2)

Prévia do material em texto

1º BIMESTRE 
 
 1 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
____________________________________________________________ 
O ESTADO 
 O Estado se configura com a constituição de uma soberania {governo próprio}, de um povo e de 
um território. Ele apenas se declara como sendo um Estado e está feito. Para ele mesmo, ele já tem 
essa qualidade. Entretanto, para que esse Estado autodeclarado seja reconhecido como 
efetivamente um Estado soberano pelos demais é necessário o estabelecimento de relações 
diplomáticas entre eles. Ou seja, a relação diplomática entre os Estados é que determina o 
reconhecimento de suas soberanias autodeclaradas. 
 A diferença entre um Estado soberano para um Estado autônomo é que o Estado Soberano se 
identifica como um país, enquanto os Estados autônomos são “entes federativos”, dentro da 
estrutura do Estado soberano. 
HISTÓRICO 
 O Direito Internacional Público nasce para regular sociedades, enquanto a figura de Estado 
sobreano vem regulamentar as organizações societárias — entretanto, a inexistência de Estado, não 
obstrui a existência do DIP. 
 O Direito Internacional Público passou a se desenvolver a partir de marcos históricos com o escopo 
de acabar com as guerras. 
 A ideia de Estado nasceu no ano de 1648, mas isso não faz com que o Direito Internacional Público 
surgisse nesse momento. Isso se dá porque esse ramo do direito já existia antes, eis que já existiam 
relações entre as nações e reinos. 
 Até o ano de 1945 o sistema vigente era o Sistema de Estados, o qual nasceu com a Paz de 
Vestfália e depois da Segunda Guerra Mundial, foi formada uma Sociedade de Estados. 
O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO ATÉ 1648 
I. Tratado para delimitação de fronteiras na Região da Mesopotamia entre duas cidades 
chamadas Lagash e Uma {3.100 a.C.}; 
II. Império Romano e Império Persa: coexistência em função de diversos tratados, a fim de evitar 
guerras; 
1º BIMESTRE 
 
 2 
III. Tratado de Osnabruck e Munster - Paz de Vestfália em 1648 {final da guerra dos 30 anos}. Onde 
nasce o Direito Internacional Público clássico {DIP reformulado}, onde uma nova ordem 
internacional foi formada {Estados como conhecidos nos dias atuais}; 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO CLÁSSICO Paz de 
Westfalia - 1648 
I. Sistema de Estados: DIP com função de delimitar fronteiras entre Estados, evitar guerras e tratar 
acerca de relacionamentos pontuais {relações mínimas entre Estados}. Isso foi bom porque 
firmou a figura estabelecida de Estados, que não é institucionalizada. 
II. Não há institucionalização: só tem a figura de Estado e não a figura de instituições 
internacionais. É o Estado e pronto. O DIP clássico só serve para regulamentar os Estados. 
III. Consolidação total do Sistema de Estados: as Guerras Napoleônicas ameaçavam muito a 
estrutura da figura do Estado e, o Congresso de Viena de 1815, mais especificadamente, o 
Concerto Europeu trouxe os princípios basilares de Direito Internacional Público {que são 
respeitados até os dias atuais}: 
A. Princípio do equilíbrio europeu {hoje em dia é o equilíbrio nuclear, que é refletido pelos 
membros do P5 no Conselho de Segurança da ONU}; 
B. Princípio da igualdade jurídica entre Estados {soberania externa}. 
IV. A Ordem de Versailles {1919} começa a reestruturar a ordem do Sistema de Estados com a 
flexibilização da figura de Estado com precária institucionalização {começam a aparecer 
precariamente as Organizações Internacionais}, com o surgimento do Direito Humanitário 
{direito de guerra}, da OIT e da Liga das Nações {qualquer 
Estado pode entrar e pode tratar sobre o que quiser - cunho universal}. A partir de 1919, 
precariamente existe o começo da institucionalização da sociedade internacional, COMEÇA A 
EXISTIR A FIGURA DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS - que foram cruciais para o processo 
de sociabilidade internacional, flexibilizando a economia e abrindo ela! 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO CONTEMPORÂNEO 
I. Tratado de Versailles {1945} ao tempo presente: consolidação de organizações internacionais 
como sujeitos de direito internacional público com a instituição da ONU. Surge um novo marco 
no DIP, com o nascimento de um sujeito contemporâneo: as Organizações Internacionais. Para 
que os Estados possam fazer parte das organizações, é necessária a dita flexibilização da 
soberania - Sociedade de Estados {Estados conversam entre si}. 
II. Carta se São Francisco: ONU nasce para paz e segurança e não para tirar a sociedade 
internacional da anarquia. Mas, ela acaba por regulamentar através da Comissão de DIP como 
se darão as formalidades para que sejam elaborados os tratados através de dois outros tratados: 
1º BIMESTRE 
 
 3 
Convenção de Viena de 1969: como o Estado deve fazer tratado {ExE}, tem caráter subsidiário 
para a CV86; Convenção de Viena de 1986: como a Organização Internacional deve fazer tratado 
{OxO, OxE}. 
SUJEITO DE DIP ATORES INTERNACIONAIS 
ESTADO 
ONGs {pressionam o Estado para mudanças} 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL EMPRESAS TRANSNACIONAIS 
PARA A AMÉRICA LATINA → POPULAÇÕES 
TRADICIONAIS 
POPULAÇÕES TRADICIONAIS 
{autodeterminação} 
PARA O SISTEMA EUROPEU → INDIVÍDUOS 
INDIVÍDUOS 
SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E ATORES INTERNACIONAIS 
PERSPECTIVA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
I. Século XX: ampliação da existência e validade {não são mais questionados}. 
II. Século XXI: implementação da eficácia. 
JUS COGENS 
 A concepção contemporânea de jus cogens refere-se a valores atinentes à paz e aos 
direitos humanos - genocídio, tortura, pirataria, guerra e escravidão. 
 A pirâmide de Kelsen é estruturada a partir de uma perspectiva em que, ao se escolher determinada 
norma situada em uma posição do ordenamento jurídico, ela terá seu fundamento de validade ao 
olhar para cima e sua execução ao olhar para baixo. Em outras palavras, as normas mais “acima” na 
pirâmide são as que concedem validade àquelas que se encontram em posições inferiores, 
enquanto estas dão executabilidade às suas superiores. 
 Essa pirâmide não é fundamentada por valoração {podem ter Leis que tratam sobre assuntos com 
mais “valoração” do que normas constitucionais. Um exemplo disso é a Lei Maria da Penha e o artigo 
da CF tratando sobre o Colégio S. Pedro}. 
 Uma Constituição é formada através do poder constituinte originário, via assembléia constitucional 
constituinte pelo poder constituinte derivado reformador. 
 Os poderes constituintes originários eram inicialmente ilimitados mas, hoje em dia, eles encontram 
uma barreira fundada na figura de jus cogens. 
 Jus Cogens são valores indispensáveis à sobrevivência, a fim de que seja colocada na prática A PAZ 
E A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA e é por isso que eles se encontram acima da Constituição. A 
1º BIMESTRE 
 
 4 
pirâmide portanto não é valorativa, mas normativa. E pode ser vislumbrado um patamar em cima 
dessa pirâmide normativa, onde se encontra o jus cogens. 
 
 JUS COGENS 
 
 CF 
 Leis 
 Jurisprudência, ato normativo… 
 Nesse sentido, Jus Cogens pode ser compreendido como as normas fundamentais do Direito 
Internacional que se aplicam a qualquer e todo Estado, independentemente de sua vontade ou 
consentimento. São normas peremptórias que não estão escritas em lugar algum, mas são 
inderrogáveis pela vontade dos Estados, por se tratarem de valores. Ademais, encontram-se acima 
de todas as normas internacionais e internas. E, no que tange às normas internacionais, elas não se 
sobrepõem às normas internas, elas se inserem dentro do ordenamento dos Estados. Não existe a 
possibilidade de um Estado sair da seara do jus cogens. 
 O jus cogens foi uma designação outorgada à norma peremptória, obrigatória, não derrogável, seja 
pela vontade dos Estados, seja por imposição de um só. Ele se sobrepõe sobre qualquer norma ou 
princípio. O conceito é baseado emuma aceitação de valores fundamentais e superiores por toda 
a comunidade internacional e isso é uma influencia do direito natural. 
 A figura do Jus Cogens está normatizada na Convenção de Viena de 1969 em seu artigo 53, o qual 
acaba por estabelecer a hierarquia entre as normas internacionais: 
“Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) 
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de 
Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito 
Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados 
como um todo [ensemble], como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode 
ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.” 
 
 Por conseguinte, o tratado que for feito em desacordo com as normas cogentes de DIP será 
automaticamente nulo e sem efeito. Isso se dá em função de os valores atrelados ao jus cogens 
constituírem um elemento de coesão por emprestar certa ordem moral nas relações internacionais, 
fornecendo uma base para argumentação ética e moral no direito internacional, visto que a sua 
violação bota em risco todo o sistema. 
 O jus cogens {através das metanormas}, inclusive, pode nortear a interpretação dos princípios e 
regras de direito interno {no caso do Ordenamento brasileiro, ambos são escritos, menos o jus 
cogens}. 
1º BIMESTRE 
 
 5 
 A ICJ, quando for analisar os tratados entre dois Estados, vai ter que observar os valores culturais 
das sociedades internas, compatibiliza-los e jogá-los em sua própria constituição, baseando-se no 
jus cogens. As valorações em comum das sociedades é que vão construir o jus cogens. Quando 
muda o valor das sociedades, muda o jus cogens. 
 Essas normas, além de serem imperativas, são dinâmicas. Ou seja, elas evoluem com o tempo, de 
acordo com o entendimento geral dos Estados acerca de determinado assunto — depende do 
entendimento da natureza da ordem jurídica internacional. 
 Segundo Lachs, um elemento importante é o “teste” de ser reconhecido pela comunidade 
internacional como um todo. Essa expressão afirma que a aceitação da imperatividade dessas 
normas cogentes não precisa ser por TODOS os Estados, mas pela grande maioria. 
 Nenhuma hierarquia foi criada entre os tratados e os costumes internacionais mas, existem alguns 
costumes que derivam de um consenso comum entre os Estados onde o jurídico e o ético se 
encontram {acerca da proibição de genocídio, tortura, pirataria, escravidão e guerra} e, em função 
da importância do objeto, foram reconhecidas como possuindo uma força jurídica especial, 
ocupando um lugar proeminente na hierarquia internacional, não podendo ser derrogadas por 
tratado posterior e nem pelo processo posterior de reconhecimento de um novo costume de 
hierarquia inferior. 
 A obrigatoriedade das normas peremptórias vai além da Teoria Voluntarista, visto que não há 
espaço para pensar que um Estado teria direito de “não aceitar” se submeter a elas — há uma 
subsunção automática à norma peremptória. Isso se dá porque essas normas versam sobre direitos 
que não são disponíveis pelo Estado, visto que tratam de algo extremamente importante. 
 Isso leva à concepção do “droit des gens” — jus gentium —, ou seja, no direito internacional para a 
humanidade. Gradualmente, este conceito foi ampliado de modo a englobar o que veio a ser 
conhecido como princípios gerais de direito. 
FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL Normas de Direito 
Internacional Público 
A SOCIEDADE DE ESTADOS - CARACTERÍSTICAS 
I. Universalidade: todos os Estados e Organizações Internacionais podem participar; 
II. Paridade {votos}: não existe isonomia, mas existe uma igualdade jurídica. Em tese, todos têm 
poder jurídico. Na Assembléia Geral da ONU é que se verifica a paridade, mas no Conselho de 
Segurança não. 
III. Sociedade aberta: se caracteriza pelo estabelecimento de relações contínuas. É automático a 
partir do momento em que são feitas relações contínuas… 
1º BIMESTRE 
 
 6 
IV. Descentralizada: o poder não é delimitado por instituições apenas. 
A. “Legislativo”: todos podem fazer normas, 
B. “Executivo”: delineamento político vem a ser por consenso {em função da descolonização 
dos países, porque os países colonizadores iriam perder para os colonizados → passagem de 
poucos Estados para muitos Estados no período pós colonizatório}. 
C. “Judiciário”: o poder judiciário internacional não é hierarquizado, nenhuma corte {órgãos 
internacionais} é mais importante do que a outra. 
CORRENTE VOLUNTARISTA 
 Se baseia em não ser obrigatório. Para esta corrente todas as normas de DIP dependem da 
voluntariedade e da vontade do Estado em cumpri-las. E essa vontade é determinante na força 
vinculativa das normas de DIP. Não é o jus cogens. 
 Os Estados dispõem sobre os tratados que quiserem e, depois que é ratificado um tratado, esse 
Estado ainda tem uma opção de cumprir ou não o que foi acordado. A voluntariedade do Estado 
se verifica tanto ANTES quanto DEPOIS da feitura da norma. A norma só terá força vinculativa se 
o Estado mesmo quiser que ela tenha. Em qualquer âmbito {antes ou depois da entrada em vigor 
do tratado} a vontade do Estado se sobressai sobre a força vinculativa de DIP. 
 
 O Estado, segundo esta corrente, pode abandonar unilateralmente as normas de DIP sem 
responsabilização alguma. Com esta corrente, não se tem segurança jurídica para o 
desenvolvimento da sociedade internacional. I. Críticas: 
A. O Estado não pode simplesmente abandonar unilateralmente as normas de Direito 
Internacional Público. 
B. O Estado não pode simplesmente abandonar a sociedade de Estados de relações contínuas, 
largando todas as relações e tratados com outros Estados. 
C. Não pode modificar unilateralmente as normas de Direito Internacional Público. 
CORRENTE OBJETIVSITA OU POSITIVISTA 
 Desconsidera por total a vontade do Estado e considera as normas de Direito Internacional 
Público acima das normas de Direito Interno. Nesta teoria, todas as normas de DIP são 
consideradas como jus cogens, colocando o DIP acima de TUDO, inclusive acima da vontade dos 
Estados. 
 O caráter obrigatório das normas é tanto que não há necessidade de manifestação da vontade dos 
Estados, seja ANTES da formação da norma, seja DEPOIS. Não são apenas os Estados que assinaram 
1º BIMESTRE 
 
 7 
os tratados são obrigados, mas TODOS OS ESTADOS. A partir do momento em que é feita uma 
norma de DIP, ela é obrigatória PARA TODOS OS ESTADOS, desconsiderando totalmente a vontade 
dos Estados, sendo isso ameaçador à sua soberania. 
I. Críticas: desconsiderar totalmente a voluntariedade e vontade dos Estados: perda de soberania. 
II. Teoria da norma pacta sunt servanda: adaptação da corrente objetivista, para que não fique 
uma coisa absurda. Os pactos têm que ser cumpridos. Não desconsidera a vontade dos Estados 
mas não entende que é a vontade dos estados que transforma o DIP obrigatório, mas o que o 
torna como obrigatório é o pacta sunt servanda. Por causa desta teoria é que os tratados são 
equiparados a um contrato. A obrigatoriedade decorre da ideia de que os pactos têm que ser 
cumpridos. Não se desconsidera a vontade do Estado, mas não a entende como um fundamento 
também, por isso que é uma adaptação da teoria subjetivista. Tem que cumprir depois da 
ratificação independentemente da vontade, sem prejuízo da soberania. 
A. Junta a voluntariedade de antes de o contato entrar em vigência e a obrigatoriedade de 
depois que o tratado é ratificado. 
B. Voluntariedade → ratificação → obrigatoriedade. 
III. Eficácia de DIP: como visto anteriormente, tanto a existência, quanto a validade do DIP já estão 
consolidadas, sendo assim, deve ser dada especial atenção à eficácia, que ainda se encontra em 
terreno incerto.Essa eficácia depende da voluntariedade do Estado em aderir às normas de 
DIP e depende dos Estados cumprirem o que foi obrigatório. A partir do momento em que o 
tratado é ratificado, o Estado deverá adaptar o seu ordenamento jurídico interno para garantir 
a eficácia de DIP {um exemplo disso são as sentenças da CIDH com valor pecuniário - se não tiver 
PPA, LDO e LOA, não tem como o Estado pagar ou então uma convenção da OIT que vira 
Lei}. 
IV. Lotus case {1927}: o DIP rege a relação entre Estados a partir do momento em que o Estado se 
vincula a uma norma de DIP, ele perde sua voluntariedade e passa a ser obrigado a cumpri-la, 
com fundamento no pacta sunt servanda. 
FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE 
 O Estatuto da ICJ, em seu artigo 38, §1º determina as fontes formais de Direito Internacional Público, 
que não obedecem uma hierarquia e atendem ao princípio da paridade das formas, ou seja não tem 
uma fonte mais importante que a outra, mas uma pode revogar a outra. Em DIP não se mudam os 
termos de um tratado, por isso é que a fonte de “doutrina” ainda se encontra lá e por isso é que os 
atos unilaterais dos Estados e a Soft Law não estão no artigo 38. I. Fontes principais: 
1º BIMESTRE 
 
 8 
A. Convenções internacionais {regionais ou gerais} que estabeleçam regras conhecidas 
{aplicáveis} pelos Estados litigantes: os tratados são formais, ou seja, são sempre escritos; 
possuem força vinculativa e trazem direitos e obrigações. 
1. As delimitações são as Convenções de Viena de 1969 e 1986. 
B. Costumes internacionais {prática reiterada geral aceita como sendo de Direito para os 
sujeitos de DIP}: a força do costume se justifica em decorrência de uma necessidade de 
igualdade entre os países que compõem a Sociedade de Estados, que podem ser de de civil 
law e os países de common law. Existem vários tratados que versam sobre costumes, mas 
precisou ser feito em decorrência da dificuldade de os países de civil law entenderem os 
costumes, visto que eles possuem uma cabeça positivada. Os costumes são mais dinâmicos 
e mais atualizados do que os tratados, que devem ser assinados… ratificados… O que firma 
o costume como uma norma é a subjetividade — o Estado sabe que se fizer algo “errado” e 
contrario ao costume, vai sofrer sanção. O Estado não questiona se determinada coisa é 
certa ou não — apenas cumpre, pois não existe positivação. 
1. Teoria dos dois elementos: 
a) Elemento objetivo: prática generalizada durante o tempo. 
b) Elemento subjetivo: os Estados terem certeza que estão no cumprimento de uma 
norma de DIP. A aceitação que é o elemento subjetivo. 
2. Convenção sobre a plataforma continental do Mar do Norte: quando um grande 
tratado não é ratificado, ele pode a virar norma de DIP se os Estados passarem a se 
comportar voluntariamente em conformidade com o projeto de 
um tratado, vinculando até mesmo os Estados que não assinaram/ratificaram esse 
tratado. 
3. Tribunais de exceção: “ad hoc” servem para julgar atos cometidos dentro dos Estados. 
Primeiro tem o fato e depois tem a constituição do tribunal e na norma aplicável. Isso 
gera insegurança jurídica, mas o costume internacional vale mais do que a segurança 
jurídica para o Estado em si {a partir de uma ponderação}. Julgam em função dos 
costumes internacionais — ninguém fazia, dai o Estado foi lá e fez. 
a) 1952 - Tribunal de Nuremberg {julga pelos costumes que vão em desacordo com 
crimes contra a humanidade e genocídio}; 
b) Tóquio; 
c) Ruanda; 
d) Iugoslávia; 
1º BIMESTRE 
 
 9 
e) Os fatos cometidos pelos Estados parte do Estatuto de Roma após 1998 serão 
julgados pela International Criminal Court. 
C. Princípios reconhecidos pelas “nações civilizadas”: são aqueles que estão na base de 
qualquer sociedade que tenha ordenamento jurídico. Só será aplicada em caso de lacuna. 
 
II. Fontes auxiliares {em caso de lacuna}: 
A. Equidade: justiça e ética - juiz julga de acordo com o bom senso, porque os juízes da ICJ 
possuem tanto entendimento de DIP que não gera insegurança jurídica. No ordenamento 
brasileiro, o juiz pode julgar por equidade no caso de ausência total de normas aplicáveis 
ao caso concreto. Não existe uma norma prévia - nem como tratado e nem como costume. 
1. Requisitos: 
a) Lacuna no direito; 
b) A aquiescência das partes: concordância por escrito. 
B. Analogia: baseado em algo prévio que não se encaixa 100% no caso concreto, mas 80%. 
Quando uma norma não se adequa integralmente aos exatos contornos do caso. Existe 
uma norma prévia. 
C. Jurisprudência internacional: tanto os tribunais internacionais quanto os tribunais 
nacionais, os órgãos de resolução de controvérsia e tribunais arbitrais internacionais 
influenciam no direito internacional, fazendo jurisprudência internacional. Quem faz 
jurisprudência precisa ter poder jurisdicional. Os tribunais {nacionais e internacionais} 
possuem personalidade jurídica, mas os órgãos de resolução de controvérsia não, visto que 
eles fazem parte de uma organização internacional específica {desconcentração}. 
D. Doutrina internacional: nos dias atuais não é mais utilizado. III. Fontes que não constam no 
art. 38 do Estatuto: 
A. Atos unilaterais dos Estados: manifestação de um Estado, sem depender de mais ninguém. 
Pode ser um reconhecimento de Estado. É importante para mudar a postura mundial em 
relação a determinado assunto. 
1. Soft Power: poder brando de influenciar os outros Estados — como um poder dominó. 
B. *Soft law*: DECLARAÇÕES - direito maleável, flexível. Serve para convencer e preparar os 
Estados de que eles devem se vincular de maneira obrigatória de fazer uma obrigação 
internacional. Depois de uma declaração, os Estados estarão preparados para digerir a ideia 
contida nela e então poderão preparar um Tratado ou então para que vire um Costume, 
com força vinculante “hard law”. Um exemplo disso é a Declaração dos Direitos Humanos 
de 1948 e o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos + Econômicos Sociais e Culturais 
em 1966 após a conscientização. Mas, não há necessidade de ter um Tratado internacional 
1º BIMESTRE 
 
 10 
diretamente, podem os Estados {por ato unilateral} pegar a declaração e jogar como norma 
no ordenamento jurídico interno. 
DIREITO DOS TRATADOS 
Modo de feitura e formalização 
Convenções de Viena de 1969 e de 1986 
 Constituição Federal/88 
A CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS - 1969 
 A sua negociação envolveu cerca de 110 países. No entanto, ao final da conferencia, apenas 32 
países a assinaram {dentre eles, o Brasil}. Em função disso, este tratado só entrou em vigor no dia 
27 de janeiro de 1980, trinta dias após o trigésimo quinto instrumento de ratificação. 
 Essa convenção representa o repositório mais completo e orgânico de normas consagradas na 
matéria de elaboração de tratados e serve como ponto de referencia mesmo para os Estados que 
não a ratificaram {não fazem parte do tratado}. 
 Não se trata de declaração geral de direito internacional. As questões não reguladas por sua 
provisões continuarão sendo regidas pelas regras do direito internacional costumeiro. 
 Em virtude de seu status, a maioria de seus dispositivos ou codificam o existente direito costumeiro, 
ou dão origem a regras pertencentes ao direito geral. Nesse sentido, cumpre fazer alusão aos três 
princípios que embasam esta convenção: 
1. Restrição à TOTAL liberdade, pois devem respeitar um núcleo de valores {não poderá 
ser feito um tratado versando sobre qualquer coisa}; 
2. Democratização das obrigações jurídicas internacionais, pois não pode mais ser 
utilizada a coerção para fazer um Estado firmar um tratado; 
3. Valores internacionais ao invés de exigências nacionais. 
 Os tratados multilaterais envolvem sociedades diferentes e é por isso que precisa de um Tratado 
específico que tenha o escopo de regulamentação. O quenão é norma de DIP {não obedece a regra 
dos Tratados}, não pode ser considerado um Tratado, mas um Acordo de Cavalheiros. 
 Tratado é o conceito genérico que determina o “hard law”. Declaração não é tratado, porque é soft 
law. Ainda, uma denominação específica será dada ao Tratado conforme a matéria sobre a qual ele 
versa: 
1º BIMESTRE 
 
 11 
• Ajuste, arranjo, memorando: acordo entre duas partes {bilaterais}; 
• Acordo: matéria comercial {sobressai sobre os elencados acima quando é bilateral}; 
• Carta ou Constituição: criação de Organização Internacional; 
• Pacto ou Convenção: Direitos Humanos {a maioria}; 
• Concordata: matéria religiosa {Santa Sé}; 
• Protocolo: documento autônomo como todos os outros, mas serve para complementar outro 
tratado. Por mais que ele seja um apenso a um outro tratado, ele é independente {um Estado 
pode entrar somente no Protocolo e não no Tratado do qual ele é apenso}. Não tem como fazer 
protocolo de um protocolo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS I. Quanto 
ao numero de partes: 
A. Bilateral: dois sujeitos de Direito Internacional Público; 
B. Multilateral: mais de três sujeitos. 
II. Quanto ao procedimento usado para a sua conclusão: 
A. Sentido estrito: duas situações de direito necessárias, a assinatura e a ratificação. 
B. Simplificado: apenas a assinatura, mediante a troca de notas {normalmente, são bilaterais}. 
III. Quanto à execução no tempo: o tratado não desaparece, o que desaparece é a sua execução. 
A. Transitório: não é a mesma coisa que Tratado por tempo determinado. Ele permanece no 
tempo. Fez uma vez, pronto e acabou. Execução estabelecida uma única vez e continua 
sendo aplicado ao longo do tempo {declaração pelo tratado}. Pode ser tratado de paz, 
tratado de fronteira {execução feita uma única vez, mas as consequências permanecem no 
tempo}. 
B. Permanente: a execução permanece no tempo. Tem que ficar sendo reafirmada. A execução 
é continuada. Pode ser o contrato do Taiti. Qualquer Tratado executivo de Organização 
Internacional {prevê o funcionamento de seus órgãos}, a execução das Organizações são 
permanentes {não faz só uma vez e acabou}. 
IV. Quanto à estrutura de execução {em relação aos tratados multilaterais}: 
1º BIMESTRE 
 
 12 
A. Mutalizáveis: a saída e o não cumprimento não influencia a permanência dos outros 
Estados. Não coloca e risco a execução dos tratados. 
B. Não mutalizáveis: a saída e o não cumprimento coloca em risco o objeto do tratado e 
execução do Tratado. Ou todo mundo executa e faz parte ou não dá — se um descumpre, 
os outros não precisam executar. Acaba com o objetivo do tratado. 
1. Tratado da Antártica: todos os Estados podem explorar cientificamente e têm o dever de 
proteção. Se um dos Estados descumprir com o Tratado, os outros poderão descumprir também. V. 
Quanto a natureza jurídica: 
A. Tratado-lei: faz normas gerais de Direito. Os Estados se reúnem, decidem e realizam o 
Tratado. Não negocia interesses do Estado, apenas reconhecem valores indispensáveis para 
a sobrevivência internacional. 
B. Tratado-contrato: aspecto de negociação e interesse específico dos Estados. Abertura de 
mão de certo posicionamento, com uma negociação para poder obter lucro e certos 
interesses. Perdas e ganhos para os Estados. 
VI. Quanto à possibilidade de adesão: 
A. Abertos: permitida a adesão; 
1. Tratados Regionais podem ter uma limitação geográfica, o que não descaracteriza o 
caráter de abertura. B. Fechados: proíbem a adesão. 
ESTRUTURA DO TRATADO 
I. Preâmbulo: não é norma, não é vinculativo. Quando se torna lei interna, não precisa incluir o 
preâmbulo. 
A. Serve para dar direcionamento de interpretação do Tratado; 
B. Numero de partes e as partes 
C. Motivos e razões do Tratado 
II. Dispositivo: exatamente igual uma lei. 
A. Cláusulas, normas 
B. Sempre as cláusulas finais serão iguais: 
1. Se o tratado é aberto ou fechado 
2. Prazo determinado ou indeterminado 
1º BIMESTRE 
 
 13 
3. Prevê o início da vigência {vigência é diferente de ratificação} 
a) Internacional: partes; 
b) Nacional: vacatio nacional {45+45} 
III. Anexos: detalhamento, explicação, especificação. Para que possa ser cumprido o tratado, é 
necessário que ele tenha força vinculativa. 
Article 2. USE OF TERMS 
1. For the purposes of the present Convention: 
(a) “Treaty” means an international agreement concluded between States in written form 
{consolidação de Civil Law} and governed by international law, whether embodied in a single 
instrument or in two or more related instruments and whatever its particular designation; 
(b) "Ratification", "acceptance", "approval" and "accession" mean in each case the international 
act so named whereby a State establishes on the international plane its consent to be bound by a 
treaty; 
(c) "Full powers" means a document emanating from the competent authority of a State 
designating a person or persons to represent the State for negotiating, adopting or authenticating 
the text of a treaty, for expressing the consent of the State to be bound by a treaty, or for 
accomplishing any other act with respect to a treaty; 
(d) "Reservation" means a unilateral statement, however phrased or named, made by a State, 
when signing, ratifying, accepting, approving or acceding to a treaty, whereby it purports to 
exclude or to modify the legal effect of certain provisions of the treaty in their application to that 
State; 
(e) "Negotiating State" means a State which took part in the drawing up and adoption of the 
text of the treaty; 
(f) "Contracting State" means a State which has consented to be bound by the treaty, whether 
or not the treaty has entered into force; 
(g) "Party" means a State which has consented to be bound by the treaty and for which the 
treaty is in force; 
(f) "Third State" means a State not a party to the treaty; 
1º BIMESTRE 
 
 14 
NEGOCIAÇÃO 
 É uma tratativa de interesses comuns entre as partes. Ou seja, as partes se reunem para debater e 
achar uma solução para o que elas querem. A negociação é uma questão de fato, não de direito. 
 Chefe de Governo e Chefe de Estado, Ministro das Relações Exteriores e Chefes de missão 
diplomática são as pessoas que podem negociar pelo Brasil. A competência do Presidente do Brasil 
é originária e primária, e pode existir uma delegação {implícita, então o presidente não pode tomar 
para si/ avocar} para desempenho funcional ao Ministro do MRE e Diplomatas. Ademais, qualquer 
pessoa que detenha a carta de plenos poderes e vire plenipotenciário pode negociar um tratado — 
o presidente faz uma solicitação para a secretaria do Itamaraty {chamada repartição de atos 
internacionais}, solicitando que essa secretaria redija uma cartinha. Feita a carta, ela é enviada para 
o presidente assinar. A carta então deve ser referendada pelo MRE. O primeiro ministro e o 
embaixador não são plenipotenciários {não precisam da carta de plenos poderes}, os poderes deles 
vêm do dever institucional. 
 A Embaixada é extensão territorial brasileira {cuida dos interesses dos Estados} e o Consulado cuida 
dos interesses dos indivíduos da nacionalidade respectiva. 
 As negociações são pouco reguladas pela Convenção de Viena, visto que regulamentações nesta 
etapa poderiam acabar restringindo e prejudicando o escopo principal dos tratados. 
 
 Entretanto, essa convenção prevê, em seu artigo 2, parágrafo primeiro, o conceito de “full powers” 
como: 
“a document emanating from the competent authority of a State 
designating a person or persons to represent the State for 
negotiating, adopting or authenticating the text of a treaty, for 
expressing the consent of the State to be bound by a treaty, or for 
accomplishing any other act with respect to a treaty" 
 Nesse sentido, cumpre fazer alusão ao artigo 7 em seu parágrafo segundo, o qual prevê quem teria 
a presunção de ter esse “full power”:“Heads of State, Heads of Government and Ministers for Foreign 
Affairs, heads of diplomatic missions, representatives accredited 
to international conferences or organizations" 
 Essas pessoas elencadas não precisam de um documento específico concedendolhes ou 
outorgando-lhes tais poderes, eis que a própria CV já concede tal possibilidade, ao afirmar que eles 
possuem os poderes de maneira presumida, porque “it would indeed be quite absurd to see, for 
instance, the Minister of Foreign Affairs of a State writing to himself or to herself a letter of full 
powers”. 
1º BIMESTRE 
 
 15 
ASSINATURA 
 O final das negociações é marcado pela assinatura do Tratado. Uma vez assinado, o texto torna-se 
“autêntico” e “definitivo” — o draft passa a ser o Tratado. O nome conferido aos Tratados possuem 
referencia à data em que foram assinados como, por exemplo, a Convenção de Viena sobre a lei dos 
Tratados de 23 de maio de 1969. 
 É uma expressão de consentimento precário e provisório. É uma pré aceitação, mas sem força 
vinculativa — o Estado pode mudar de ideia a qualquer tempo. I. Efeitos na fase internacional: 
A. Por a termo a fase negocial {instaurando a fase de direito} 
B. Termos definidos no tratados {o tratado não pode mais ser modificado para mais, porque 
acabou com a fase de negociação!}. Não pode aumentar unilateralmente, mas pode 
apresentar reserva a algumas cláusulas. O protocolo só vem para modificar o tratado depois 
de ratificado. 
C. Reservas a alguma(s) cláusula(s) 
II. Efeitos na fase interna: 
A. Todas as pessoas que podem negociar, podem assinar. Menos os plenipotenciários, que só 
poderão assinar se estiver expresso na Carta de plenos poderes. 
 A assinatura dos Tratados emana alguns efeitos, dentre eles a autenticação do Tratado e a expressa 
intenção do Estado em ser vinculado ao Tratado, que não deriva automaticamente da assinatura, 
como prevê o artigo 12: 
Article 12. CONSENT TO BE BOUND BY A TREATY EXPRESSED BY SIGNATURE 
1. The consent of a State to be bound by a treaty is expressed by the signature of its representative 
when: 
(a) The treaty provides that signature shall have that effect; 
(b) It is otherwise established that the negotiating States were agreed that signature 
should have that effect; or 
(c) The intention of the State to give that effect to the signature appears from the full 
powers of its representative or was expressed during the negotiation. 
 Em outras palavras, a assinatura só tornará o Tratado obrigatório às partes, se assim for a intenção 
delas. Se as partes não possuem a intenção de serem vinculadas no momento da assinatura, isso 
1º BIMESTRE 
 
 16 
não ocorrerá. Nesse caso, haverá necessidade de um outro ato para que o Tratado seja vinculativo: 
a ratificação. 
RATIFICAÇÃO Acceptance, 
approval, accession 
 States may want the treaty to immediately enter into force upon its signature and therefore 
consider that the signature is the act by which consent to be bound by the treaty is given. 
 Or States may prefer to give to themselves a moment of thought and evaluation, and eventually 
also a moment of democratic approval at the national level, so as to choose for a ratification 
process. 
 When consent to be bound is not expressed by the signature of the treaty, the final clauses of the 
treaty usually provide for the requirement of ratification and the procedure by which the treaty 
will take effect. 
 A ratificação é uma confirmação da assinatura. É uma dupla assinatura. De um consentimento 
precário e provisório, passa a ser um consentimento definitivo e vinculativo. A partir do momento 
em que o Estado ratifica ele está obrigado a cumprir o tratado {nasce a responsabilidade 
internacional do Estado}. 
 A ratificação traz a validade do tratado, ou seja, ele está vigente {responsabilidade internacional 
para o Estado}. Esse tratado é valido, mas ainda não é eficaz {efeito do fato social - ainda não pode 
ser cobrado}. Eficácia é diferente de vigência, a qual não tem um prazo definido - depende da 
vontade das partes nas cláusulas finais. Em suma, a partir da ratificação do tratado, ele já pode 
ensejar em responsabilidade internacional, mas ele não pode ser cobrado ainda por não ter eficaz, 
caso as partes ainda não tenham decidido, apesar de ser vigente. 
I. Efeitos no direito internacional: 
A. Formação perfeita do Tratado - é com a ratificação que surge a responsabilidade 
internacional do Estado 
B. Nascimento da responsabilidade internacional do Estado 
C. Dupla assinatura “confirmação da assinatura” 
D. Consentimento definitivo e vinculado 
II. Efeitos no direito interno: 
A. Ato de governo — decisão unilateral do Presidente da República {é ele quem decide 
exclusivamente pela ratificação}. Mesmo que o Congresso autorize a ratificação do Tratado, 
o Presidente tem plena discricionariedade de ratificar ou não! O Presidente é quem decide 
pela ratificação. Mas, é importante ressaltar que a fase do Congresso é necessária {que 
autoriza a ratificação é o Congresso, quem efetivamente ratifica ou não é o Presidente}. Só 
1º BIMESTRE 
 
 17 
vai se falar de discricionariedade do Presidente depois que é “aprovado” o tratado na fase 
parlamentar brasileira. 
1. O rito de aprovação de projeto de tratado obedece as mesmas regras que o projeto de lei 
presidencial. Mas não pode aumentar os termos do tratado. Emitem um decreto 
legislativo para autorizar a possibilidade do Presidente ratificar ou não. 
TRATADO NO DIREITO INTERNO BRASILEIRO 
I. Negociação: Presidente, Ministro das Relações Exteriores, Chefe de missões diplomáticas e 
plenipotenciário. 
II. Assinatura: Presidente, representante da União, como competência “originaria”, Ministro das 
Relações Exteriores, Chefe de missões diplomáticas e plenipotenciário. Essa assinatura não 
vincula. 
III. Controle dos Atos do Ministro, do Embaixador e do Plenipotenciário: esses três últimos, 
precisam fazer uma carta de exposição de motivos, avisando ao Presidente porque é que eles 
assinaram o tratado, junto com o tratado assinado. 
IV. Câmara: Presidente, se tiver intenção de ratificar, manda através de Mensagem do Presidente. 
O tramite é que nem fosse um projeto de lei de iniciativa do Presidente. O Congresso autoriza a 
ratificação por parte do Presidente. 
1. Comissão Temática 
2. Comissão de Constituição e Justiça e R. 
3. Aprova não vinculativa para a ratificação do Presidente, mas vinculativa para 
passar para a próxima fase V. Senado: 
1. Comissão Temática 
2. Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania 
3. Aprovação não vinculativa para a ratificação do Presidente, mas vinculativa para passar 
para a próxima fase 
VI. Formalização via decreto legislativo 
VII.Ratificação: Presidente. Produção não valida de efeitos ainda. 
VIII.Decreto Presidencial {internalização do Tratado ratificado}: apaga a nomenclatura “tratado” e 
coloca a nomenclatura “Decreto Presidencial”. Ato indelegável e não existe prazo para que o 
Presidente faça. Garante que o tratado seja internalizado, que ele seja válido. 
1º BIMESTRE 
 
 18 
 Todo tratado que não seja de direitos humanos entra como lei. Caso verse sobre Previdenciário, 
Tributário e Eleitoral, vai ser Lei Complementar. Caso seja sobre outros, vai ser Lei Ordinária. Agora, 
caso seja sobre direitos humanos depois de 2004 {em função da EC 45/04 — Pacto de São José da 
Costa Rica}, vai entrar como EC. Se for tratado sobre direitos humanos antes do ano de 2004, vai 
entrar como lei supralegal {fazem controle de convencionalidade no STJ}. 
ADESÃO A UM TRATADO Somente para 
tratados abertos 
 Entrada um sujeito de DIP a um tratado depois de sua produção válida {depois da ratificação}. Uma 
vez ratificado o Tratado, não pode mais ser ratificado por outro Estado, ele tem que fazer a adesão. 
A ratificação é o marco de feitura valida para o tratado {ratifica uma vez}. Adesãoé feita quando o 
Tratado já foi ratificado, quando já está com produção valida. 
DEPÓSITO Dar publicidade para 
a ratificação 
 Um Estado onde ocorreram as negociações ou uma Organização Internacional fica responsável 
{depositário} para receber as ratificações {instrumentos de ratificação}. 
RESERVAS 
Art. 2 (d) "Reservation" means a unilateral statement, however phrased or named, made by a State, 
when signing, ratifying, accepting, approving or acceding to a treaty, whereby it purports to exclude 
or to modify the legal effect of certain provisions of the treaty in their application to that State; 
 Nas cláusulas finais de um tratado é que fica a permissão ou proibição das reservas. Existem 
tratados que versam sobre consolidação de jus cogens {direitos humanos} e, portanto, não 
permitem nunca as reservas. 
 Os objetivos são: dar normatividade da sociedade internacional para garantir um mínimo de 
regulação. 
 O momento é na assinatura e na ratificação. No caso brasileiro, o Congresso pode fazer reservas e 
ainda pode o Presidente fazer mais reservas. 
Article 19. FORMULATION OF RESERVATIONS
 
A State may, when signing, ratifying, accepting, approving or acceding to a treaty, formulate a 
reservation unless: 
(a) The reservation is prohibited by the treaty; 
(b) The treaty provides that only specified reservations, which do not include the reservation in 
question, may be made; or
 
(c)In cases not falling under sub-paragraphs (a) and (b), the reservation is incompatible with the 
object and purpose of the treaty. 
1º BIMESTRE 
 
 19 
VIGÊNCIA INTERNACIONAL 
 Começa de acordo com o que é previsto nas cláusulas finais {voluntariedade das partes}. Caso não 
haja previsão expressa nessas cláusulas finais, vai entrar em vigência quando todos os países que 
negociarem e assinarem ratificarem. Se um ou mais dos Estados não ratificar, o Estado depositário 
vai pressionar que esse Estado tome uma posição {ratificando ou então afirmando que não tem mais 
interesse}. 
 
 Se houver previsão, normalmente tem uma vacatio internacional temporal, de geralmente 30 dias 
— no caso brasileiro, precisa de um tempo para que os país possa internalizar {com seu 
procedimento}. Mas pode ser circunstancial, falando que a vigência depende de um numero 
específico de Estados depositando ratificação. 
 Em relação à aplicação das leis durante a vacatio, o direito brasileiro proíbe a aplicação provisória 
de leis. O direito internacional não proíbe a aplicação provisória. Entre a ratificação {tratado válido} 
e a entrada em vigência, o tratado já pode ser cobrado. Portanto, pode ter aplicação provisória. O 
primeiro requisito para a aplicação provisória, é previsão nas cláusulas provisórias. O Brasil, como a 
aplicação provisória é condenada por sua lei interna, fez uma reserva à Convenção de Viena de 69 
{ao artigo 25}, portanto, não se dará a aplicação provisória de todos os tratados no Brasil. 
EXTINÇÃO DOS TRATADOS 
 A regra geral, é que o Tratado dure para sempre, mas ele pode ser extinto por três maneiras: 
I. Vontade de todas as partes {acordo das partes em acabar com o contrato}: desde que o 
Tratado envolva mais de dois Estados - multilateral. Todas as partes precisam se reunir e ter 
vontade de extinguir o tratado. 
II. Ato unilateral de uma das partes em sair do Tratado: bilateral. 
III. Alteração das circunstâncias fáticas que ensejaram a ratificação do tratado. O mundo era um 
quando o tratado foi feito, mas agora não se comporta mais o objetivo do tratado com a 
realidade fática. 
DENÚNCIA 
 Não depende de acordo e nem da vontade das outras partes. É um ato unilateral do Estado, vontade 
unilateral. Via de regra, a denuncia não tem intuito de extinguir um tratado {no caso de tratado 
unilateral e tratado não mutalizável}. A denuncia é a intenção de sair. A denuncia pode tanto ser 
total quanto parcial, desde que o tratado seja aberto e permita reservas, porque seria o mesmo caso 
de sair do tratado {denunciando integralmente} e depois entrar com reserva. 
 
1º BIMESTRE 
 
 20 
 No Brasil, quem pode denunciar é o Presidente, visto que ele é o único que pode ratificar o Tratado 
— ou seja, esse ato é exclusivo, unilateral e discricionário. Ao contrario da ratificação, não precisa 
de autorização prévia do Congresso. 
I. Formalização: 
A. Instrumento de denuncia; 
B. Prazo - 12 meses normalmente - para reorganizar o tratado; 
C. Indenização {alguns tratados prevêem um pagamento a título de indenização}. 
* COMPATIBILIZAÇÃO DO DIREITO INTERNO E DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO * 
 A compatibilização serve para evitar conflitos entre o Direito Interno e o Direito Internacional 
Publico. 
 A compatibilidade entre eles é resolvida na Constituição, ou lei que faça as vezes de cada Estado — 
para saber se é a teoria monista ou dualista que vai ser aplicada no caso concreto, deve se olhar 
para as leis internas. 
 No caso brasileiro, a Constituição restou silente em relação às teorias. Por isso é que o STF quem 
explica, por meio de concreção, qual a teoria utilizada no Brasil. Utilizamos a teoria do dualismo 
moderado OU o monismo moderado. 
I. Dualismo moderado — Direito dos Tratados — internalização em dois momentos. 
A. Temos uma fase de ratificação no Direito Internacional Público - com a ratificação o tratado 
passa a ser válido; 
B. Mas temos duas fases no Direito Interno - porque tem que ter o decreto presidencial além 
da ratificação. 
II. Monismo moderado: é uma coisa só, um mundo só com um momento só. 
A. Quando uma norma de DIP conflita com a norma de Direito Interno {um tratado 
internacional não pode conflitar com as normas de DI, apenas pode conflitar quando esse 
tratado vira decreto presidencial - ou seja, só pode ter conflito quando a norma de DIP é 
internalizada}. Sustenta a inexistência de duas ordens jurídicas, interna e externa. Contudo, 
equipara o tratado à lei ordinária para fins hierárquicos, trabalham com prevalência da 
norma interna. Tudo é criado a partir da norma interna é o que vai gerar efeitos no âmbito 
internacional. Desse modo, o fator ordem interna ou externa deixa de ser relevante para 
apreciar um elemento de natureza interna em superveniência à internacional, se posterior, 
se mais nova. O mesmo critério se aplicaria no sentido inverso. É o caso de sentença 
internacional. 
1º BIMESTRE 
 
 21 
1. Sentença internacional — sem homologação: entra no direito interno como norma de 
DIP. A sentença estrangeira precisa de um juízo de delibação. As sentenças que vem do 
MERCOSUL tem o juízo de delibação feita por carta rogatória, podendo fazer 
cumprimento de sentença. 
Sentença estrangeira Sentença internacional 
Poder Judiciário “Nacional” Cortes Internacionais 
Vem do Estado Vem da O.I. 
Norma estrangeira Norma de DIP 
Homologação no STJ 
ou seja, entra com autorização 
prévia 
Sem homologação 
ou seja, entra automaticamente com o 
norma de sentença internacional 
Justiça Comum (art. 46 CPC) o juiz 
que seria competente 
para a causa no Brasil uma vez que foi 
internalizada. 
Justiça Federal (art. 109, X da CF) pois 
geralmente são temas de violação 
aos direitos humanos 
Monismo 
 Um mundo só, tanto para direito interno quanto para direito internacional. Da ratificação do 
Tratado, entra no ordenamento jurídico interno, com produção de efeitos nacional e possibilidade 
de efeitos internacionais. Assim, entra com o nome de Tratado mesmo. 
I. Monismo Nacionalista {Hegel}: em caso de conflito, deve prevalecer o DI. O Brasil, no âmbito da 
soberania interna, tem o poder centralizado, porém dividido entre poderes típicos o Estado (PE, PL e PJ), 
porém, não é facultado aos indivíduos a adesão à Lei ou não. De forma distinta, o DIP é uma sociedade 
internacional descentralizada, em que há a possibilidade do Estado optar ou não pela adesão, é soberano 
para decidir o que quer, e é aqui queo problema consiste, pois é um poder descentralizado. 
II. Monismo Internacionalista {Kelsen}: em caso de conflito, deverá prevalecer o DIP. 
III. Monismo Moderado: têm-se 2 fases para aplicação do Tratado, porém, a possibilidade de conflito entre 
DIP e DI, de qualquer outra coisa que não Tratado {ficou no Dualismo}. A. DIP x CF/88: Constituição: 
controle de constitucionalidade. 
B. DIP x leis infraconstitucionais: controle de convencionalidade. 
a) Atos unilaterais de Organizações Internacionais: o Brasil entrou na OIT e, a partir desse 
momento, há a Carta Constitutiva dizendo que ele terá de cumprir suas convenções {são 
determinações com caráter vinculativo}. 
(1) Convenção 169 da OIT: é um Ato Unilateral. O conteúdo é o Regime Internacional de 
Terras Indígenas. Com base nesta, pode a exploração de terras indígenas, desde que o 
1º BIMESTRE 
 
 22 
índio tenha a fiscalização, a participação e a utilização desses recursos. Se os pré-
requisitos estiverem previstos, inclusive empresas privadas. 
(a) Se vier uma PEC dizendo que não pode a fiscalização e participação por parte dos 
índios, o que vai prevalecer é esta previsão em detrimento da convenção. O mesmo 
não ocorre se o que vier for uma Lei infraconstitucional, nesta última hipótese, o que 
prevalece é a Convenção. 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
Livres associações com personalidade jurídica com Ordenamento Jurídico, que são estáveis entre 
Estados para atingir objetivos em comum e possui órgãos 
 O Estado é o sujeito primário de direito internacional e nasceu com a paz de Vestfália em 1648. A 
O.I., por sua vez, só aparece a partir do momento em que há uma ampliação do sujeito de DIP, assim, 
é consolidada como sujeito secundário ou derivado de DIP no ano de 1945, quando os valores de 
cooperação e solidariedade unem os Estados a fim de que sejam alcançados objetivos comuns, 
normatizando regras universais,. 
 Sabe-se que o Estado é criado a partir do mundo dos fatos {povo, território soberania e governo}. 
Já as organizações internacionais nascem de forma jurídica via Tratado ou Carta Constitutiva, que 
é multilateral, ou seja, não poderão ser formadas apenas por dois Estados que possuem objetivo(s) 
em comum. 
 Os Estados não perdem soberania nas Organizações Internacionais, mas a compartilham. Existe 
uma Teoria que é o Esfarelamento da Soberania Interna, pois ela vira como se fosse pequenas 
parcelas que podem ser compartilhadas em âmbito internacional. A única O.I. no mundo em que há 
uma supremacia nacional, assim, não se perde soberania é a União Européia, quem lá adentrar, 
busca os interesses do Banco Europeu, de forma que, por mais que possua outra nacionalidade, 
aqueles interesses são os que importam. Os ideias bolivarianos são os ideais europeus, tratado na 
União Europeia, são ideais de integração. 
 Quando os Estados {mais de dois} se juntam para poder fazer política pública. Essa junção não 
atenta contra a soberania desses Estados, acontece, na verdade, um compartilhamento da 
soberania {a soberania fica esfarelada — esfarelamento da soberania interna}. 
 Quando o Brasil envia seus nacionais para participar de uma organização internacional, esses 
nacionais vão representando o seu pais {como se fosse o Brasil}. Entretanto, em relação ao Banco 
Europeu, os nacionais dos países viram cidadãos europeus, perseguindo objetivos da União 
Européia, ou seja, não representam apenas os interesses de seus países, mas da União Européia 
como um todo. A União Européia é a única organização internacional que possui um caráter de 
supranacionalidade. 
1º BIMESTRE 
 
 23 
ORGANIZAÇÕES DE PRIMEIRA GERAÇÃO 
Sem personalidade jurídica {sem ser sujeitos de DIP} 
Paz, segurança, comercio, fronteiras 
 O primeiro aparecimento de Organização Internacional do mundo foi o Ato de Concessão de 
Navegação sobre o Reno em 1804 {com viés comercial}. No ano de 1815/16 ocorreu o Concerto 
Europeu, que objetivava a paz e o equilíbrio europeu para que fosse firmada a figura do Estado 
{igualdade de força entre os países}. Esse equilíbrio ainda permanece nos dias de hoje, através do 
Conselho de Segurança pela ONU {e é medido através do Poder Nuclear para bomba atômica}. 
ORGANIZAÇÕES DE SEGUNDA GERAÇÃO Com 
personalidade jurídica 
 No ano de 1919, o Tratado de Versailles pôs fim à Primeira Guerra Mundial. E, ainda nascem a Liga 
das Nações e a OIT {ambas com cunho universal}. 
ORGANIZAÇÕES DE TERCEIRA GERAÇÃO 
 Consolidação da ONU no ano de 1945, com isso, a estrutura do mundo transformou e todas as 
Organizações ganham personalidade jurídica. 
TEORIA DO ÓRGÃO 
 Órgãos derivam da desconcentração e possuem competências mas não possuem responsabilidade 
internacional e muito menos personalidade jurídica. Como o Conselho de Segurança é um órgão da 
ONU, ele representa consequentemente o Brasil. 
TRATADO CONSTITUTIVO 
CARTA 
I. Criação da Organização Internacional 
II. Estabelece os objetivos da Organização Internacional 
III. É o Ordenamento Jurídico {direitos e deveres} 
IV. Dá os poderes para a Organização Internacional — delimita o que pode fazer {porque pode 
incorrer em ilícito e abuso, então pode ser responsabilizada} 
CARACTERÍSTICAS 
I. *Institucionalização*: é como se fossem os três poderes — criar poderes dentro da OI. Pega 
como base os poderes do Estado e passa para a OI. 
A. Jurisdicionalização das relações internacionais {Judiciário}: 
1º BIMESTRE 
 
 24 
1. Órgãos de solução de controvérsia: julgam o descumprimento do tratado constitutivo. 
Aplicar a Carta. Esses órgãos têm cárter vinculativo do Estado {não tem como entrar na 
OI e não entrar no OSC} e a decisão/ resolução é obrigatória, vinculativa. Cabe apelação. 
A OIT, OMS, OMC são criadas para regulamentar coisas específicas, mas não são criadas 
para julgar os Estados {julgam em coisas específicas através do OSC} e isso diferenciam 
os OSC das Cortes Internacionais, que são criadas especificamente para julgar os Estados 
e proferem sentença {entrada é facultada}. 
B. Dimensão coletiva de certos aspectos {Legislativo}: compartilhamento para harmonizar a 
política, a questão legislativa. Os Estados decidem em conjunto o que vai ser o tema 
regulamentado e inclusive as regulamentações. O direito interno deve ser de acordo com o 
direito internacional decidido nas OI. 
C. Secretariado Administrativo {Executivo}: único órgão com caráter de permanência e é o 
mais importante, pois gerencia tudo da OI e fica na sede da OI. 
Traça as diretrizes políticas. Sempre vai ser na sede da Organização. 
II. Permanência: 
A. Caráter de perdurar ao longo do tempo {não é por prazo limitado}. Uma Carta de OI é ad 
eternum, por isso é que pode ser prevista uma indenização quando um Estado denuncia ou 
sai da OI; 
B. Toda e qualquer OI tem um Secretariado PERMANENTE {podem sumir todos os órgãos da 
OI, menos o Secretariado, que garante o caráter de permanência da OI}. 
III. Multilateralidade: 
A. Composição multilateral: três ou mais Estados — não existe OI apenas com um Estado ou 
apenas com dois. Toda e qualquer OI vai ser multilateral. Mas, essa multilateralidade pode 
ser limitada no ponto de vista geográfico, político ou econômico {permitida apenas a 
entrada de alguns países}, e essa limitação não retira a qualidade de multilateralismo. 
B. Composição quanto ao objetivo: nem todas as OI serão multilaterais quanto ao objetivo. 
Quando a OI tem mais de um objetivo, ela será multilateral, mas quando ela tem apenas um 
objetivo, ela não será multilateral. Quando o Estado entra no tratado, ele tem que entrar 
com todos os seus objetivos. 
1945 - CONSOLIDAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS - DESENVOLVIMENTO POLÍTICO DO CONCEITO DE 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL 
I. Primeiro bloco: Organizações Universais por intermédio dos Países Ocidentais {capitalistas}, 
com Austrália, NZ e Japão. A votação, como era entre apenas os países importantes 
1º BIMESTRE25 
politicamente, era por meio de maioria absoluta, a fim de garantir uma “igualdade” entre esses 
países. 
II. Segundo bloco: não acreditam nas Organizações Universais e desenvolvem Organizações 
Regionais intra blocos → países da URSS. Com o desmantelamento da URSS, os países que a 
compunham começaram a fazer parte das Organizações Universais. 
III. Terceiro bloco: países em desenvolvimento e países em menor desenvolvimento começam a 
entrar nas organizações universais que antes eram compostos apenas pela “nata”. E isso fez 
com que o peso dos países “menores” fosse maior do que dos países mais poderosos — 
horizontalizando a votação. Então, os países mais poderosos mudaram a votação de maioria 
para consenso {manter o poderio dos países do Norte}. Os países do Norte passaram a 
representar os países do Sul. 
MEMBROS DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
I. Observadores: é como se fosse um “amicus curiae” — não necessariamente são os sujeitos de 
DIP {são os que nem ratificaram e nem aderiram à Carta da Organização}. 
A. Atores de DIP {indivíduos, ONGs} e Sujeitos de DIP {quando não ratificam ou assinam 
tratados}. 
II. Efetivos: ter ratificado ou aderido a Carta da Organização. Sujeitos de DIP. 
ADMISSÃO DE NOVOS MEMBROS 
 Se dá por meio de adesão, desde que o Tratado da OI seja aberto {admita a entrada de novos 
membros} e, por vezes, desde que tenha a aprovação de todos antigos membros. 
 O problema são os atos unilaterais anteriores à adesão de um determinado Estado. Ocorre quando 
um Estado entra em uma OI em data posterior a determinadas Resoluções unilaterais dessa OI, o 
que acabaria por quebrar com a teoria do pacta sunt servanda em relação à obrigatoriedade. O DIP 
não regulamenta se a aplicação seria retroativa ou não, porque não teria como fazer que um 
contrato retroaja {quebra o PSS}. 
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL 
 Em uma Carta de OI estão contidas: 
1. A criação da OI, 
2. Os seus membros, 
3. Os objetivos, 
1º BIMESTRE 
 
 26 
4. Os direitos e deveres {o que enseja na responsabilidade internacional dos Estados}, 
5. Os poderes da Organização Internacional frente aos objetivos {o que enseja na responsabilidade 
internacional da OI — advém do exercício irregular de suas competências — abuso de poder}. 
 Os Estados serão julgados nos Órgãos de Solução de Controvérsia, enquanto as Organizações 
Internacionais serão julgadas por outra Organização Internacional, sendo na maioria dos casos a CIJ. 
 A Comissão de Direito Internacional da ONU de 1947 organizou e possibilitou a existência da 
responsabilidade internacional das Organizações Internacionais, nesse sentido, elas podem ser 
responsabilizadas internacionalmente em função de sentenças. O 1º relatório confirma que 
Organizações Internacionais possuem responsabilidade internacional; o 2º relatório afirma que a 
Organização Internacional responde pelo exercício irregular de de seus órgãos ou funcionários no 
exercícios de suas competências {que não possuem personalidade jurídica internacional} os 
relatórios 4º e 5º afirmam o que é jus cogens e ainda que as OI têm o dever de cumprimento de jus 
cogens e ainda que a quebra desses valores enseja em responsabilidade internacional {duas OI 
foram condenadas na CIJ por descumprimento de jus cogens: OTAN e OPEP}. 
O.I. INTERNACIONAL O.I. SUPRANACIONAL 
TODAS AS O.I. UNIÃO EUROPÉIA 
SOBERANIA: COMPARTILHAMENTO SOBERANIA: PERDA DE SOBERANIA 
ESTADO PERMANECE NOVO ARRANJO SOCIETÁRIO 
ORGÃOS INTER GOVERNAMENTAIS - OS 
ESTADOS BUSCAM SEUS PRÓPRIOS INTERESSES ÓRGÃOS SUPRANACIONAIS 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS 
 As Organizações Internacionais passaram a ganhar personalidade jurídica de modo definitivo a 
partir da criação da ONU, pois ela é o pilar estrutural do mundo, visto que ela mantém o sistema de 
paz e segurança internacional. Ela é, portanto, essencial. 
 Ela é o exercício da democracia mundial, eis que a maioria dos Estados do mundo ratificou ou aderiu 
o Tratado constitutivo da ONU e existe um órgão nela que todos eles possuem direito de voto 
{Assembléia Geral}. 
 A ratificação da Carta de São Francisco começou no dia 26.06.1945 e seu funcionamento no dia 
24.10.45 {vigência}. 
 Ela é uma organização multilateral {mais de 3 Estados e vários objetivos}, universal {qualquer 
Estado}, caráter intergovernamental {não é supranacional como a UE}. 
 Os objetivos no ano de 2018 são vários, pois a ONU trata sobre todos os temas relevantes para a 
sociedade de Estados. Mas, quando ela foi criada em 1945, os seus objetivos eram paz e segurança 
1º BIMESTRE 
 
 27 
internacional — além disso, ela foi criada para ser um foro de cooperação e para desenvolver as 
relações pacíficas entre os Estados. 
 Tendo em vista que ela não foi criada para tratar de Direitos Humanos, esse assunto não está em 
sua Carta Constitutiva. Mas, o ECOSOC fez a Resolução nº5 no ano de 1946, fazendo com que a ONU 
criasse a Comissão de Direitos Humanos e, consequentemente, fazendo com que nascesse o 
Sistema Universal de Proteção aos Direitos Humanos. No ano de 2006, houve substituição dessa 
Comissão pelo Conselho de Direitos Humanos, que hoje em dia possui um papel crucial nessa 
proteção. 
 Quando a ONU foi criada, nasceram com ela seis órgãos, quais sejam: Assembléia Geral, Conselho 
de Segurança, ECOSOC, Corte Internacional de Justiça, Secretariado e Conselho de Tutela. 
ASSEMBLÉIA GERAL 
I. Composição: todos os Estados da ONU {maior exemplo de democracia da ONU, pois cada voto 
tem peso igual} e cada um pode mandar 5 representantes. 
II. Sessões: 
A. Ordinárias: {1 x ao ano} abertas sempre pelo Brasil e sempre vai o Presidente. 
B. Extraordinárias: {sem numero definido} pode se dar por pedido do Secretário Geral {tendo 
sido provocado pelo Conselho de Segurança} ou quando a maioria dos Estados da ONU 
entende que precisa dessa reunião. 
III.Decisões: 
A. Temas mais relevantes: 2/3; 
B. Temas menos relevantes: maioria. 
IV. Atribuições: 
A. Eleição do Secretário Geral 
B. Fazer normativa para escolha do Secretariado {quem escolhe o secretariado é o SG, mas ele 
deve fazê-lo se pautando em normas predefinidas pela AG} 
C. Escolha dos Juízes da Corte Internacional de Justiça em conjunto com o Conselho de 
Segurança {os P5 possuem dois direitos de voto} 
D. Eleição dos 10 membros rotativos do Conselho de Segurança 
1º BIMESTRE 
 
 28 
E. Eleição dos membros do ECOSOC 
F. Perda do direito de voto, suspensão e expulsão da ONU 
*CONSELHO DE SEGURANÇA 
 Ele é composto por 15 membros, que, segundo o art. 24 da Carta da ONU, representam todos os 
Estados-Membros com suas decisões. O CS ainda tem a lógica da Liga das Nações, por isso que os 
membros permanentes são os ganhadores de guerra. Antigamente {de 1944 a 1963} o CS era 
composto por 11 Estados {5 permanentes e 6 rotativos}. 
 Ele é o foro adequado para resolver controvérsias entre Estados conflitantes como uma mediação, 
ele procura não fazer diretamente uma guerra. Ainda, é ele quem determina as ameaças à 
Segurança e à Paz internacional após deliberações — isso ocorreu com o Afeganistão, visto que o 
CS analisou e determinou que esse Estado seria uma ameaça à Segurança e à Paz internacional. 
 Ele determina e propõe “RECOMENDAÇÕES” para tratar sobre temas de paz e de segurança, que 
são decisões vinculativas, pois representam todos os Estados. Se o Estado não cumprir as 
recomendações dirigidas a ele, ou vai sofrer guerra ou então vai sofrer sanções. 
 A ultima ratio é a guerra. O Conselho de Segurança é quem determina a intercepção militar em 
nome da ONU, que não tem exercito. Sendo assim, ela vai pegar o exercito preferencialmente dos 
exércitos do Conselho de Segurança. Para passar contingente de exercito, existe um prazo 
determinado para que acabe a guerra o mais rápido possível {aconteceu isso com a retirada do 
contingente americano do Afeganistão}.I. Composição: 15 membros. 
A. 5 permanentes - estão ali por questão de poderio nuclear: EUA, Russia, China, França e 
Reino Unido. 
B. 10 rotativos: é definido por eleição na Assembléia Geral e para que um país seja eleito, ele 
fará postulações. Existe um critério geográfico ainda {existem vagas por cada continente}. 
II. Objetivo do Conselho de Segurança: deliberar sobre paz e segurança. 
III. Decisões: 
A. Processuais: são adotadas por 9 membros de 15. Não importando a decisão ou o 
comparecimento dos P5. 
B. Não processuais: o quórum de votação são de 9 membros com o voto necessário dos P5. Se 
eles não votarem pelo “sim”, não tem aprovação. C. Problemas: 
1º BIMESTRE 
 
 29 
1. Direito de veto: apenas aplicável nos temas não processuais. O direito de veto faz com 
que sejam parados os exercícios na ONU sobre determinados assuntos de jus cogens e, 
em função disso, houve avocação por parte de um outro órgão: Assembléia Geral para 
dar um caráter democrático para a decisão. Isso aconteceu quando os EUA vetou a ajuda 
humanitária {capacetes azuis} tanto no Haiti, quanto na Síria. 
IV. Reuniões: são periódicas — quem determina quando o CS vai fazer reunião ou é o Antonio 
Guterres {SG} ou então os próprios Estados que compõem o CS. 
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA 
I. Formação: 15 magistrados {9 anos com reeleições} 
II. Base legal: 
A. Órgão - Carta de São Francisco: serve para os membros da ONU. Em relação ao pacotão da 
ONU, quando um Estado adere a essa Carta, ele tem que aderir ao Estatuto da CIJ também. 
B. Organização Internacional 
1. Estatuto Constitutivo: serve para quem não faz parte da ONU 
2. Regimento interno: Regras da Corte 
III. Quem é julgado: Sujeitos de DIP 
IV. Como é julgado: art. 38 do Estatuto 
V. O que é julgado: tratados com previsão de foro na CIJ 
VI. Funções: 
A. Contenciosa: julgar lides entre os sujeitos de DIP {Estados e O.I.} 
B. Consultiva: funciona como se fosse um STF, pois interpreta as leis de DIP {cai em numero 
maior de competência} — existem muito mais sujeitos que podem pedir consulta do que 
pedir um julgamento → ou seja, não apenas os sujeitos de DIP podem pedir consulta, mas 
os órgãos da ONU também. 
SECRETARIADO I.
 Composição: 
A. Secretário Geral {eleito pela AG}; 
1º BIMESTRE 
 
 30 
B. Pessoal do Secretário {escolhidos pelo SG conforme regras da AG}. 
II. Funções do Secretário Geral: 
A. Chamar atenção do Conselho de Segurança em casos de ameaça à segurança e à paz {para 
que seja feita uma reunião a fim de tratar sobre o assunto} 
B. Faz um relatório anual de todos os trabalhos da ONU {de todos os órgãos} e apresenta para 
a comunidade internacional 
CONSLEHO ECONOMICO E SOCIAL - ECOSOC 
 Hoje em dia se mostra como o órgão mais importante, com mais expressão da ONU, visto que 
tomou o lugar de eminência do Conselho de Segurança {o qual deixou de ter importância em função 
do direito de veto em relação aos valores de jus cogens}. 
 Ele é composto de 54 Estados que lá ficam com 3 anos e, a cada ano, 1/3 {18} dos membros é eleito. 
Existe alternância anual de 1/3, portanto. Atenta-se que pode existir reeleição. 
 Realiza estudos e apresenta relatórios com recomendações aos Estados e órgãos da ONU — foi por 
conta de uma resolução do ECOSOC que foi criada a Comissão de Direitos Humanos. Ele analisa toda 
a conjuntura de todos os problemas da comunidade internacional. 
 
 As recomendações não são vinculativas sendo, portanto, uma soft law. Ele propõe parcerias com 
órgãos da ONU, a fim de obter informações para que possa se inteirar dos problemas, ainda, ele 
forma parcerias com Ministérios nacionais. Como ele é um órgão da ONU, ele não pode firmar 
tratados — por isso é que ele vai firmar acordos de parceria com qualquer pessoa que possa lhe 
passar informações em âmbito nacional {dentro dos Estados membros}. 
 As agendas 21 e 30 estão implementadas na cidade de Porto Alegre, tendo sido colocada a situação 
de democracia comunitária {associações de moradores é que implementam política públicas}, a 
cidade de Curitiba, por sua vez, trespassou duas de suas políticas públicas {reciclagem e transporte 
público} para o ECOSOC. Sendo assim, é possível perceber que este órgão da ONU é o que tem a 
atuação mais efetiva na sociedade. 
CONSELHO DE TUTELA 
 Esse órgão se encontra suspenso desde o ano de 2006, eis que ele tratava acerca da descolonização. 
Nesse sentido, a ONU havia instituído um órgão próprio para que a descolonização pudesse receber 
uma tutela própria através do direito humano de “autodeterminação dos povos” {direito de ser 
regido por seu próprio direito - fazer seu próprio Estado}. 
 A ONU queria que esses povos realmente fossem autodeterminados, mas garantindo a democracia 
desses povos porque seria o melhor tipo de regime que consolida os Direitos Humanos. 
1º BIMESTRE 
 
 31 
O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 
I. Direitos Humanos: internacional {tratados, costumes} - 1a, 2a, 3a, 4a, 5a gerações; 
II. Direitos Fundamentais: nacional {Constituição Federal}: 
A. Cláusulas pétreas expressas - art. 60, §4º; 
B. Cláusulas decorrentes das expressas {não estão escritas em plano nacional, mas decorrem 
dos direitos humanos das diversas gerações}; 
C. Cláusulas implícitas {é o que consolida o Sistema de Governo Estado democrático de direito, 
que é o melhor tipo de estado para consolidação dos Direitos Humanos}. 
III. Gerações de DH 
• 1a Geração: liberdade - Civis {art. 5º} 
- Políticos {art. 14} • 2a Geração: igualdade 
- Econômicos {art. 171 e ss.} 
- Sociais {art. 6º} 
- Culturais {art. 6º} 
• 3a Geração: fraternidade 
- Meio ambiente {art. 225} 
- Autodeterminação {art. 4º} 
- Desenvolvimento {art. 4º} 
Processo de internacionalização do Sistema de Governo do Estado Democrático de Direito 
 Necessidade de instrumentos de proteção e de consolidação dos Direitos Humanos. A quem cabe 
inicialmente a proteção dos Direitos Humanos é do próprio Estado, visto que a ideia desse ramo do 
direito nasceu com a Revolução Francesa {tinha, portanto, a característica de direitos fundamentais}. 
 
 Em primeiro plano, em situação de Sistema de Estados, os direitos humanos que nasceram com a 
Revolução Francesa tinham que ser protegidos e efetivados em âmbito nacional apenas. 
 Com as duas grandes guerras do início do século XX, o Estado sozinho mostrou-se inapto para a 
proteção e efetivação dos Direitos Humanos. É por isso que veio a internacionalização dos Direitos 
Humanos, a fim de que todos os Estados agissem em conjunto para o mesmo objetivo. 
1º BIMESTRE 
 
 32 
 Em um primeiro momento, essa internacionalização se deu após a Primeira GM e continuou após a 
Segunda GM. 
	O ESTADO
	HISTÓRICO
	O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO ATÉ 1648
	DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO CONTEMPORÂNEO
	PERSPECTIVA DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	JUS COGENS
	A SOCIEDADE DE ESTADOS - CARACTERÍSTICAS
	CORRENTE VOLUNTARISTA
	CORRENTE OBJETIVSITA OU POSITIVISTA
	FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE
	DIREITO DOS TRATADOS
	ESTRUTURA DO TRATADO
	NEGOCIAÇÃO
	ASSINATURA
	TRATADO NO DIREITO INTERNO BRASILEIRO
	RESERVAS
	VIGÊNCIA INTERNACIONAL
	EXTINÇÃO DOS TRATADOS
	DENÚNCIA
	* COMPATIBILIZAÇÃO DO DIREITO INTERNO E DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO *
	Monismo
	ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
	ORGANIZAÇÕES DE PRIMEIRA GERAÇÃO
	ORGANIZAÇÕES DE TERCEIRA GERAÇÃO
	TEORIA DO ÓRGÃO
	TRATADO CONSTITUTIVO
	CARACTERÍSTICAS
	1945 - CONSOLIDAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS - DESENVOLVIMENTO POLÍTICO DO CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL
	MEMBROS DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
	ADMISSÃO DE NOVOS MEMBROS
	ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
	ASSEMBLÉIA GERAL
	*CONSELHO DE SEGURANÇA
	CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
	CONSLEHO ECONOMICO E SOCIAL - ECOSOC
	CONSELHO DE TUTELA
	O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

Continue navegando