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Rodrigo Pires exercício seminário VI

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IBET
Módulo I – TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
Seminário VI – REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA – HIPÓTESE TRIBUTÁRIA
Aluno: Rodrigo Gonçalves Pires.
1.	Que é regra-matriz de incidência tributária? Qual sua funcionalidade operacional no direito positivo?
A regra-matriz de incidência foi criada pelo professor Paulo de Barros Carvalho e tem como objetivo desenvolver uma norma de conduta para disciplinar a relação do Estado com os contribuintes. Ela tem como objetivo fixar uma estrutura lógico-implicacional mínima, onde possa ser aplicada em qualquer norma tributária para que, a partir desta estrutura básica seja possível oferecer conteúdo às variáveis lógicas, construindo-se os enunciados prescritivos.
De acordo com Maria Rita Ferragut
“Regra-matriz de incidência tributária é norma jurídica, definida por nós como sendo a significação organizada numa estrutura lógica hipotético-condicional (juízo implicacional), construída pelo intérprete a partir do direito positivo, seu suporte físico. Tem por função regular condutas intersubjetivas. 
Difere das demais normas existentes no direito positivo apenas em virtude de seu conteúdo, que descreve um fato típico tributário e prescreve a relação obrigacional que se estabelece entre os sujeitos ativo e passivo, tendo por objeto o pagamento de uma prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nessa se possa exprimir, não decorrente de ato ilícito (tributo)”[footnoteRef:1] [1: FERRAGUT, Maria Rita. Responsabilidade tributária e o Código Civil de 2002. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2009.] 
O direito positivo serve como parâmetro na aplicação da regra matriz de incidência, ou seja, é através dele que o interprete tem seu suporte físico e conteúdo para estabelecer os critérios sintático-semânticos.
2.	Que é hipótese de incidência tributária? Qual sua função na composição RMIT? Há necessidade de um critério pessoal compor a hipótese da RMIT? Por quê?
A hipótese de incidência é o texto legal, à descrição contida na lei para o surgimento da obrigação tributária. Ela é a hipótese prevista em lei onde o legislador busca-se antecipar os fatos sociais com a expressão econômica, ou seja, o legislador descreve um acontecimento do mundo físico – social para que, caso ocorra as condições determinadas de espaço e tempo teremos o fato gerador nos moldes positivados do enunciado-enunciado. 
A função da hipótese de incidência na RMIT é disponibilizar critérios positivados de identificação do fato gerador e diretrizes para o seu conhecimento, fazendo com que surja a obrigação tributária. Dessa forma, o fato se adequa a uma norma tributária por meio da hipótese de incidência.
O critério pessoal está no consequente da regra matriz, não havendo necessidade de a compor. Para estabelecer a regra matriz é necessário somente os critérios que estão no antecedente da regra, sendo eles: Critério material, espacial e temporal. Contudo, é essencial que o critério pessoal esteja no momento posterior, sob o risco de não fechar o ciclo no consequente da RMIT.
3.	Que é incidência? Descrever, com suas palavras, a fenomenologia da incidência tributária, diferenciando, se possível, incidência de aplicação do direito.
A incidência refere-se ao fenômeno da adequação da situação fática à norma genérica prévia, ou seja, é a adequação do fato a uma norma jurídica ou norma-tipo. 
De acordo com Paulo de Barros:
Incidência seria sinônimo de "aplicação" da norma jurídica a um caso concreto feita em linguagem competente por uma autoridade, no processo de positivação do direito. Noutras palavras, nega-se aqui a aplicação clássica do conceito de incidência.[footnoteRef:2] [2: COSTA, Adriano Soares da Costa. Teoria da incidência da norma jurídica: Crítica ao realismo-lingüístico de Paulo de Barros Carvalho. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.] 
A incidência tributária seria o momento em que um fato fenomenológico se enquadra no contexto do texto legal positivo tributário, independente da vontade dos sujeitos. Caso esse fato não esteja jurisdicizado, não há linguagem do direito, logo, não há que se falar de incidência tributária.
4.	Que é evento? E fato? E fato jurídico? Qual a relação entre fato jurídico e teoria das provas?
De acordo com Paulo de Barros: “ evento consiste nos acontecimentos no mundo fenomênico”, sendo assim está fora do âmbito jurídico, prescindindo a linguagem das provas. Já o fato, seria o relato desse evento, ou seja, toda a construção metafórica do fenômeno. Por fim, o fato jurídico é o relato do evento em linguagem jurídica, conforme o direito positivo. Para o evento se tornar um fato jurídico demanda certa relevância social.
A relação entre fato jurídico e teoria das provas está relacionada ao juízo de valor, bem como, a veracidade do fato. Para um fato social se transformar em linguagem jurídica são necessárias as provas de que o fato realmente ocorreu. Na esfera jurídica, é imprescindível a comprovação de determinado fato através das provas documentais, testemunhais ou pericias.
5.	Por que a expressão “fato gerador” é equívoca? Analisar os arts. 4º; 16, 105, 113, §1º, 114 e 144 do CTN e o AREsp 215273 (vide anexo I), explicando o sentido em que o termo “fato gerador” foi empregado em cada uma de suas aparições.
De acordo com Miguel Tadeu Bertanha:
A expressão fato gerador é equivocada por fazer referência a três realidades distintas, desta forma, deveria haver mais de uma expressão para explicar mais de uma realidade, sendo desta forma equivocada.[footnoteRef:3] [3: https://migueltbertanha.jusbrasil.com.br/artigos/745488674/regra-matriz-de-incidencia-hipotese-tributaria] 
Isto significa que a legislação trata o fato gerador como mais de uma realidade, deixando para o interprete identificar cada uma delas. Dessa forma, o fato gerador pode ser considerado dependendo do contexto de cada artigo como sendo: (i) hipótese de incidência tributária, (ii) evento e (iii) fato jurídico tributário.
No Artigo 4º, a palavra fato gerador mais se encaixa à interpretação de hipótese de incidência.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
No Artigo 16º a palavra fato gerador mais se encaixa à expressão fato jurídico tributário, pois o legislador apenas informa determinado fato.
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
No Artigo 105º, a palavra fato gerador mais se adequa ao sentido de evento no sentido de transcrever tão somente um fenômeno.
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos termos do artigo 116.
No parágrafo 1º do Artigo 113, a palavra fato gerador mais se adequa à expressão evento, seguindo o mesmo entendimento acima descrito. 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
No Artigo 114º, a palavra fato gerador mais se adequa à expressão hipótese de incidência.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
No caput do artigo 144 e § 1º e 2 º a palavra fato gerador mais se adequa à expressão evento.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas,ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
O AgRg no ARESP n. 215.273/SP cita o fato gerador do ITBI e sua fundamentação legal (art. 35, I, do CTN). Entendo que nesse contexto o texto traz o fato gerador do tributo, ou seja, a lei vincula a consequência do fato jurídico.
AgRg no ARESP n. 215.273/SP
DJ 15/10/2012
TRIBUTÁRIO. ITBI. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. REGISTRO DE TRANSMISSÃO DO BEM IMÓVEL.
1. Rechaço a alegada violação do art. 458 do CPC, pois o Tribunal a quo foi claro ao dispor que o fato gerador do ITBI é o registro imobiliário da transmissão da propriedade do bem imóvel. A partir daí, portanto, é que incide o tributo em comento.
2. O fato gerador do imposto de transmissão (art. 35, I, do CTN) é a transferência da propriedade imobiliária, que somente se opera mediante registro do negócio jurídico no ofício competente.
6.	Diferençar: a data do fato jurídico tributário da data no fato jurídico tributário (vide anexo II) e, os conceitos de erro de fato e erro de direito.
A data no fato jurídico tributário está relacionada ao tempo eventual real ocorrido a esse tempo, estando ligado ao conteúdo onde se aplica a obrigação tributária a norma vigente.
Contudo, a data do fato jurídico tributário tem relação ao episódio de fato, refere-se à aplicação do direito material. A distinção se faz importante no que tange ao tempo do fato jurídico para reportar exata aplicação da norma vigente no instante de ocorrência do fato.
O erro de fato tem ligação direta com as provas, que após reanalisadas apontam para uma nova situação jurídica, diferente da qual apontada na norma individual e concreta. Já no erro de direito é relativo há um desajuste entre a construção da norma individual e concreta e o que prescreve ou deveria prescrever se não fosse o erro a norma geral e abstrata (RMIT).
7.	Identifique nos acórdãos abaixo qual foi o critério da regra matriz de incidência tributária objeto da ação judicial:
	
a) Recurso Extraordinário. Tributário. 2. Não incide Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre embarcações (Art. 155, III, CF/88 e Art. 23, III e § 13, CF/67 conforme EC 01/69 e EC 27/85). Precedentes. 3. Recurso extraordinário conhecido e provido. (STF - RE: 379572 RJ, Relator: GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 11/04/2007) - Critério Material
b) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, considerando-se o total de créditos decorrentes de aquisições e o total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços: análise contábil ou escritural do ICMS. 2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da República, cumprindo-se o princípio da não cumulatividade a cada operação. 3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e da COFINS. 3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não cumulatividade em determinado momento da dinâmica das operações. 4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS. (STF – RE 574706 / PR, Relatora: Min. Carmem Lucia) - Critério Material
	
c) “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O arrendamento mercantil compreende três modalidades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado leaseback. No primeiro caso há locação, nos outros dois, serviço. A lei complementar não define o que é serviço, apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da Constituição. Não o inventa, simplesmente descobre o que é serviço para os efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituição. No arrendamento mercantil (leasing financeiro), contrato autônomo que não é misto, o núcleo é o financiamento, não uma prestação de dar. E financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existência de uma compra nas hipóteses do leasing financeiro e do leaseback. Recurso extraordinário a que se nega provimento.”(RE 592905, Relator Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/12/2009 - Critério Material
d) PI – IMPORTAÇÃO – PESSOA NATURAL – AUTOMÓVEL – AUSÊNCIA DE ATIVIDADE EMPRESARIAL DE VENDA – AFASTAMENTO PELO JUÍZO – INCIDÊNCIA DO TRIBUTO RECONHECIDA NA ORIGEM – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia acerca da incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI na importação de veículo automotor, quando o importador for pessoa natural e o fizer para uso próprio, considerados ainda os limites da lei complementar na definição do sujeito passivo. (STF - RE 723651 RG / PR, Relator: Min. Marco Aurélio) - Critério Pessoal
e) TRIBUTÁRIO. FORNECIMENTO DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR (SOFTWARE).CONTRATO DE CESSÃO DE USO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PERSONALIZADOS.ISS. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE QUALQUER UM DOS VÍCIOSELENCADOS NO ART. 535 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE EFEITOSINFRINGENTES. 1. O entendimento de que a jurisprudência desta Corte de Justiça firmou-se no sentido de que os programas de computador desenvolvidos para clientes, de forma personalizada, geram incidência de tributo do ISS não conflita com o conteúdo da Súmula Vinculante 31 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “é inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis.”2. A embargante, inconformada, busca, com a oposição destes embargos declaratórios, ver reexaminada e decidida a controvérsia de acordo com sua tese.3. A inteligência do art. 535 do CPC é no sentido de que a contradição, omissão ou obscuridade, porventura existentes, só ocorre entre os termos do próprio acórdão, ou seja, entre a ementa eo voto, entre o voto e o relatório etc, o que não ocorreu no presente caso. Embargos de declaração rejeitados. (STJ - EDcl no AgRg no AREsp: 32547 PR 2011/0101397-7, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS. - Critério Material
8.	O “princípio da universalidade da renda”, prescrito para as pessoas jurídi-cas no art. 25 da Lei nº 9.249/1995 é prescrição que atua sobre qual (is) critério(s) da regra-matriz de incidência tributária? Descreva, ainda, como o comando desse dispositivo se relaciona com o domínio espacial de vigência.
O artigo 25 da lei 9.249/95 incluiu o princípio da universalidade da renda no sistema tributário nacional, cumprindo assim as determinações do princípio da isonomia entre os contribuintes que possuem renda unicamente no Brasil e aqueles que também auferem renda no exterior. Nele apontava que os lucros apurados no exterior ao final do ano-calendário deveriam ser tributados no momento do levantamento do balanço abrangendo também as companhias coligadas, controladas, sucursais e filiais estabelecidas no exterior. Atuando, portanto, sobre os critérios temporal estabelecendo o último dia de cada exercício fiscal brasileiro e o pessoal abrangendo também os lucros de empresascoligadas, controladas, sucursais e filiais estabelecidas no exterior.
9. A Lei nº 13.296/2008 do Estado de São Paulo prevê, em seu art. 4º, que o IPVA deverá incidir “no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo neste Estado”.[footnoteRef:4] Construa a regra-matriz de incidência tributária do IPVA e, considerando os comandos dos arts. 109 e 110 do CTN, examine a licitude da legislação paulista. [4: . Artigo 4º - O imposto será devido no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo neste Estado.
§ 1º - Para os efeitos desta lei, considerar-se-á domicílio:
1 - se o proprietário for pessoa natural:
a) a sua residência habitual;
b) se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade onde o veículo esteja sendo utilizado;
2 - se o proprietário for pessoa jurídica de direito privado:
a) o estabelecimento situado no território deste Estado, quanto aos veículos automotores que a ele estejam vinculados na data da ocorrência do fato gerador;
b) o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário na data da ocorrência do fato gerador, na hipótese de contrato de locação avulsa;
c) o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data da ocorrência do fato gerador, na hipótese de locação de veículo para integrar sua frota;
3 - qualquer de suas repartições no território deste Estado, se o proprietário ou locatário for pessoa jurídica de direito público.
§ 2º - No caso de pessoa natural com múltiplas residências, presume-se como domicílio tributário para fins de pagamento do IPVA:
1 - o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão;
2 - caso possua residência e exerça profissão em mais de um local, o endereço constante da Declaração de Imposto de Renda.
§ 3º - Na impossibilidade de se precisar o domicílio tributário da pessoa natural nos termos dos §§ 1º e 2º deste artigo, a autoridade administrativa poderá fixá-lo tomando por base o endereço que vier a ser apurado em órgãos públicos, nos cadastros de domicílio eleitoral e nos cadastros de empresa seguradora e concessionária de serviço público, dentre outros.
§ 4º - No caso de pessoas jurídicas de direito privado, não sendo possível determinar a vinculação do veículo na data da ocorrência do fato gerador, nos termos do item 2 do § 1º deste artigo, presume-se como domicílio o local do estabelecimento onde haja indícios de utilização do veículo com predominância sobre os demais estabelecimentos da mesma pessoa jurídica.
§ 5º - Presume-se domiciliado no Estado de São Paulo o proprietário cujo veículo estiver registrado no órgão competente deste Estado.
§ 6º - Em se tratando de veículo de propriedade de empresa de arrendamento mercantil (leasing), o imposto será devido no local do domicílio ou residência do arrendatário, nos termos deste artigo.
§ 7º - Para os efeitos da alínea “b” do item 2 do § 1º deste artigo, equipara-se a estabelecimento da empresa locadora neste Estado, o lugar de situação dos veículos mantidos ou colocados à disposição para locação.] 
É passível de critica a norma no que diz respeito ao critério espacial da regra matriz. O artigo 4º em sem caput da lei 13.296/2008 ao informar que o IPVA será devido ao local de domicílio ou residência do proprietário no Estado de São Paulo. Neste caso, entendo que o legislador ao dissertar sobre o texto desprezou a possibilidade de haver mais de um domicílio por parte dos proprietários de veículos situados neste Estado e em outras unidades da Federação ou no Distrito Federal.
O código civil e Código tributário Nacional permitem de forma inequívoca a pluralidade de domicílios, independentemente da Unidade Federada em que se encontrem.
Assim como o caput do artigo 4º, temos outra incoerência na lei no disposto no “b”, do item 1, do parágrafo 1º, do artigo 4º na hipótese de incerteza quanto ao domicílio, o considera o centro habitual de atividade do proprietário onde o veículo estiver sendo utilizado. Nesse caso o CTN e código civil consideram como domicílio o lugar da atividade da pessoa física. 
Importante destacar que lei tributária não tem capacidade de alterar definição, conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias, conforme artigos 109 e 110 do CTN:
  Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
  Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

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