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27/08/2019 1 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES Lusyanny Parente Albuquerque Nutricionista Especialista em Nutrição Materno- Infantil Residência em Saúde da Mulher e da Criança (MEAC/UFC) Mestranda em Ensino de Ciências (UERR) Boa Vista – RR 2019 Editado de: Profa. Me. Daniele Castelo RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS • Valores de referências para a ingestão de nutrientes para a população • Padrões de consumo adequado de acordo com o estágio de vida, e gênero • Macronutrientes e micronutrientes • Fibras • Necessidades especiais • Estudos populacionais • Guias alimentares e diretrizes 27/08/2019 2 NECESSIDADE X RECOMENDAÇÃO • NECESSIDADE: quantidade de energia e nutrientes proveniente dos alimentos que um indivíduo deve ingerir para atender as suas necessidades fisiológicas e prevenir possíveis carências. • RECOMENDAÇÃO: quantidade de energia e nutrientes que devem ser consumidos para satisfazer as necessidades nutricionais de quase todos os indivíduos de uma população sadia. INGESTÃO DIETÉTICA DE REFERÊNCIA (DRI) • DRI – dietary reference intakes • Resultado de grandes avanços e pesquisas • Elaboradas para auxiliar o planejamento de dietas e na avaliação da ingestão alimentar de indivíduos saudáveis, de acordo com o estágio de vida e gênero "Conjunto de 4 valores de referência correspondente a estimativas quantitativas de ingestão de nutrientes, estabelecidos e usados para o planejamento e avaliação de dietas de indivíduos SAUDÁVEIS. 27/08/2019 3 INGESTÃO DIETÉTICA DE REFERÊNCIA (DRI) • Necessidade Média Estimada (EAR) • Ingestão Dietética Recomendada (RDA) • Ingestão Adequada(AI) • Nível Superior Tolerável de Ingestão ( UL) NECESSIDADE MÉDIA ESTIMADA (EAR) - Nível de ingestão do nutriente estimado para atender a 50% dos indivíduos no grupo; - A outra metade do grupo não tem suas necessidades alcançadas; - Objetivo: Avaliação da dieta tanto de indivíduos quanto de grupos populacionais saudáveis e planejar a dieta de grupos de indivíduos saudáveis 27/08/2019 4 INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA (RDA) - Nível de ingestão diário suficiente para atender às necessidades de um nutriente em praticamente todos (97-98%) os indivíduos saudáveis - Cálculo derivado da EAR, assim se a EAR for desconhecida, a RDA não pode ser determinada Deve ser utilizada como meta de ingestão diária do nutriente para indivíduos saudáveis, sendo, portanto, indicada para o planejamento da dieta individual INGESTÃO ADEQUADA (AI) • Nível de ingestão recomendada com base em observações e determinado experimentalmente ou por aproximação da estimativa de ingestão de nutrientes para um grupo (grupos) de indivíduos saudáveis; • Adequado para a maior parte da população • Este valor e definido quando as evidencias cientificas não são suficientes para estabelecer a EAR e, portanto, a RDA Quantidade do nutriente ingerida por grupos saudáveis na IMPOSSIBILIDADE de estimar Necessidade Média Estiada (ERA) e, consequentemente a Ingestão Dietética Recomendada (RDA) 27/08/2019 5 NÍVEL SUPERIOR TOLERÁVEL DE INGESTÃO (UL) • Nível mais alto de ingestão diária de um nutriente que provavelmente, não produz risco de efeito adverso à saúde de quase todos os indivíduos saudáveis • Se o consumo ultrapassar a UL o risco de efeito adverso aumenta • Não é nível de ingestão recomendado • Utilizada para avaliar a suspeita de ingestão excessiva INTERPRETAÇÃO DO QUADRO DE ADEQUAÇÃO • Se a ingestão habitual for < EAR certamente deve ser melhorada; • Se a ingestão habitual estiver entre EAR e RDA, há um risco de inadequação e, muito provavelmente, a ingestão do nutriente deve ser melhorada; • Se a ingestão habitual for > RDA é pouco provável que esteja inadequada, ou seja, há uma grande probabilidade de adequação; 27/08/2019 6 INTERPRETAÇÃO DO QUADRO DE ADEQUAÇÃO • Se a ingestão habitual for < AI existe baixa possibilidade de consumo inadequado, mas pode haver inadequação e por isso deve ser melhorada • Se a ingestão habitual for > AI é pouco provável que esteja inadequada, ou seja, há grande probabilidade de adequação INTERPRETAÇÃO DO QUADRO DE ADEQUAÇÃO • Se a ingestão habitual e frequente (dietética ou via suplementos) exceder a UL devemos reajustá-la, pois passa a ser objeto de preocupação em relação aos riscos associados ao consumo excessivo. 27/08/2019 7 QUADRO RESUMO PARA ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DOS MICRONUTRIENTES, SEGUNDO AS DRIS SITUAÇÃO AVALIAÇÃO < EAR (grupo) Possivelmente inadequado < RDA Possivelmente inadequado ≥ RDA Possivelmente adequado ≥ AI Possivelmente adequado < AI Possivelmente inadequado ≥ UL Possivelmente nociva < UL Possivelmente segura Carboidrato Proteína Lipídio MACRONUTRIENTES 27/08/2019 8 CARBOIDRATOS CARBOIDRATO • É a principal fonte de energia alimentar no mundo; • Participação no percentual energético da dieta: 40 a 80%, dependendo do local a da cultura do país; • Composto de C, H e O2; • CHO: combinação dos símbolos químicos; • Classificado de acordo com o número de unidade de açúcar ou sacarídeos. 27/08/2019 9 • Carboidratos • Hidratos de carbono • Glicídios CONSTITUIÇÃO QUÍMICA Diferentes denominações para referir a essa classe de macronutrientes CLASSIFICAÇÃO DE CHO • De acordo com o número de unidade de açúcar ou sacarídeos: • Monossacarídeo: tem uma unidade de açúcar; • Dissacarídeo: tem duas unidades de açúcar; • Polissacarídeo: várias unidades de açúcar. • Os mono e dissacarídeos são estrutura pequenas e simples, de uma ou duas unidades de açúcar – carboidratos simples; • Os polissacarídeos são compostos grandes e complexos com várias unidades de sacarídeos em cadeias longas – carboidratos complexos. 27/08/2019 10 CLASSIFICAÇÃO DE CHO • Monossacarídeos: • Glicose (dextrose) – combustível primário para as célula; • Frutose • Galactose • Os monossacarídeos são tijolos formadores de todos os CHO, não requer digestão posterior; • São rapidamente absorvidos do intestino para corrente sanguínea e carreados ao fígado; • Estocado no fígado na forma de glicogênio. CLASSIFICAÇÃO DE CHO Glicose (dextrose) • Açúcar simples básico do metabolismo • Combustível primário das células • Xarope de milho • Digestão do amido Frutose • Encontrado, principalmente, nas frutas e mel • Açúcar simples mais doce; Galactose • Não é encontrada como monossacarídeo livre • Proveniente da digestão do açúcar do leite, ou lactose 27/08/2019 11 CLASSIFICAÇÃO DE CHO • Dissacarídeos : • Sacarose = glicose + frutose • Lactose = glicose + galactose • Maltose = glicose + glicose • Os dissacarídeos são açúcares duplos Sacarose • Açúcar comum de mesa Lactose • Açúcar do leite • Único açúcar não encontrado nas plantas Maltose • Proveniente da quebra do amido CLASSIFICAÇÃO DE CHO • Oligossacarídeos: • São carboidratos pequenos, que possuem de 3 a 10 unidades de monossacarídeos; • Malto-oligossacarídeos • Outros oligossacarídeos Malto-oligossacarídeos: compostos por unidade de glicose geralmente obtidos da hidrólise do amido Ex: maltodextrina Outros oligossacarídeos: são aqueles cujas unidades elementares variam bastante. Ex: Rafinose, estaquiose e os frutooligossacarídeos. 27/08/2019 12 CLASSIFICAÇÃO DE CHO • Polissacarídeos: • CHO complexos compostos de várias unidades de açúcar simples; • Amido – grãos, legumes e vegetais – quebra lenta (fornecimento de energia por um período mais prolongado) • Glicogênio – encontrado no tecido muscular animal e no fígado – fornece energia para ação muscular – amido animal • Fibra dietética – o ser humano não apresenta enzima necessárias para digerir as fibras dietéticas • Solúvel – gomas (aveia, legumes e goma guar) e pectinas (maçã, morango, cenoura e fruta cítrica) • Insolúvel – celulose (trigo farelo e vegetais), hemicelulose (farelos e grãos integrais) e lignina (frutas e sementes) • Cereais: Arroz, trigo e milho • Tubérculos: Principalmentea batata • Raízes: Principalmente a mandioca FONTES ALIMENTARES Utilizados e preparados de diversas formas 27/08/2019 13 CEREAIS E PREPARAÇÕES MAIS CONSUMIDAS NA DIETA DOS BRASILEIROS Cereal Variedade Principais preparações mais consumidas Trigo Farinha de trigo Semolina Farinha integral Trigo laminado Pães, bolos, biscoitos, massas, pizza Pães, massas Pães, massas, bolos Quibe, salada Arroz Polido, integral e parboilizado Cozido com temperos, com vegetais Milho Milho fresco e em conserva Farinha de milho, fubá,sêmola Amido de milho Glicose Milho para pipoca, canjica, cereal Pré-cozido e óleo vegetal Pamonha, curau, sorvete, farofa, torta Cuzcuz, polenta, bolo, broa, pães Mingau, cremes, biscoitos Caldas, molhos, doces Usos variados Aveia Flocos, flocos finos, farinha Mingau, sopas, com frutas, bebidas Centeio Farinha Pães Cevada Malte Cerveja, mingau, uísque TUBÉRCULOS E RAÍZES MAIS CONSUMIDAS NA DIETA DOS BRASILEIROS Variedade Principais preparações consumidas Batata Batata Fécula de batata Frita, cozida, coxinha, purê Bolos, biscoitos, espessante Mandioca Mandioca Farinha de mandioca Polvilho Frita, cozida, coxinha, purê Com feijão, pirão, farofa Pão de queijo, tapioca, biscoitos 27/08/2019 14 Recomendações • Papel fundamental dos carboidratos (açúcares e amido) fornecer energia para as células do organismo (cérebro- único órgão dependente exclusivamente de carboidrato) 1 g carboidrato = 4 kcal CHO RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA CHO - DRI GRUPO IDADE anos CARBOIDRATO EAR(g) AI/RDA (g) RDA % Criança/Adulto 100 130 45-65 9 a >70 Gestante 135 175 45-65Menos de 18 a 50 Lactente 160 210 45-65 Menos de 18 a 50 27/08/2019 15 PROTEÍNAS PROTEÍNAS • Compostas por aminoácidos em ligações peptídicas; • Componentes essenciais a vida - estão envolvidas nas mais diversas funções fisiológicas; • Animais e seres humanos necessitam obter proteínas e aminoácidos a partir da dieta. 27/08/2019 16 CONSTITUIÇÃO QUÍMICA Composta por aminoácidos 20 aminoácidos em diversas combinações Funções estruturais, reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos CLASSIFICAÇÃO (de acordo com suas propriedades nutricionais) - ESSENCIAIS e não essenciais Aqueles que não podem ser sintetizados pelo organismo ou que são sintetizados em quantidades insuficientes e devem ser obtidos pela dieta. 27/08/2019 17 Essencial Não essencial Fenilalanina Glicina Triptofano Alanina Valina Prolina Leucina Tirosina Isoleucina Serina Metionina Cisteína Treonina Ácido Aspártico Lisina Ácido Glutâmico Histina Asparagina Glutamina Arginina CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS - CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS Aqueles que podem ser considerados essenciais para o organismo em determinado estado fisiológico de desenvolvimento ou em função de uma determinada condição clínica CLASSIFICAÇÃO (de acordo com suas propriedades nutricionais) 27/08/2019 18 Essencial Condicionalmente essencial Não essencial Fenilalanina Glicina Alanina Triptofano Prolina Ácido Aspártico Valina Tirosina Ácido Glutâmico Leucina Serina Asparagina Isoleucina Cisteína Metionina Taurina Treonina Arginina Lisina Histidina* Glutamina Fonte: Rogero, Tirapegui CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS PROTEÍNAS • Macromoléculas formadas entre os aminoácidos e desempenham diversas funções; • Podem ser classificadas sob diferentes critérios: função, estrutura e composição. 27/08/2019 19 1. FUNÇÃO: Considerando as funções específicas adquiridas pelas diversas combinações aminoacídicas presentes na composição da proteína, como - Hormônios (insulina) - Enzimas (tripsina) - Proteínas contráteis (actina e miosina) - Proteínas de reserva (ferritina) PROTEÍNAS 2. COMPOSIÇÃO: Assim classificados a partir do produto de sua hidrólise, podendo ser: - Simples, quando resultam somente em aminoácidos. Ex: Albuminas (lactalbumina do leite, ovalbumina da clara do ovo), globulinas (glicinina da soja e faseolina do feijão), glutelinas (glúten do trigo), prolaninas (zeína do milho, gliadina do trigo), albuminóides (colágeno, queratina, gelatina). PROTEÍNAS 27/08/2019 20 2. COMPOSIÇÃO: Assim classificados a partir do produto de sua hidrólise, podendo ser: - Compostas, quando também liberam outros componentes orgânicos ou inorgânicos, designados por grupos prostéticos. Ex: lipoproteínas e glicoproteínas PROTEÍNAS BIODISPONIBILIDADE Classificação de maior interesse seria a que considera a qualidade nutricional da proteína. Definida pela sua concentração fisiologicamente disponível de aminoácidos essenciais sua capacidade em fornecer nitrogênio e aminoácidos essenciais nas quantidades adequadas às necessidades de cada organismo específico 27/08/2019 21 FONTES DAS PROTEÍNAS FONTES DE PROTEÍNA ANIMAL • Ovos • Queijos • Carnes em geral (de boi, porco, aves, peixes, crustáceos, vísceras) • Leite e coalhada FONTES DE PROTEÍNA VEGETAL • Leguminosas como soja, feijão, ervilha, lentilha, grão de bico CARÊNCIA • Crescimento retardado • Defeitos de postura – ficando o indivíduo com os ombros caídos, cabeça pendida para a frente e os braços caídos ao longo do corpo • Cansaço fácil • Palidez e desânimo • Difícil cicatrização • Falta de resistência contra doenças 27/08/2019 22 RECOMENDAÇÕES DE PTN • Existe uma quantidade basal, abaixo da qual se estima ser impossível conservar boa saúde e ter um desenvolvimento normal, e uma quantidade adicional como margem de segurança. • Necessidades são determinadas pelos processos de síntese de proteínas e manutenção do conteúdo de proteína na célula e nos órgãos taxas de renovação e do metabolismo dos aminoácidos As recomendações diárias de proteínas devem contemplar a análise de dois aspectos: QUANTITATIVO QUALITATIVO RECOMENDAÇÕES DE PTN 27/08/2019 23 RECOMENDAÇÕES DE PTN GRUPO IDADE anos PROTEÍNA EAR(g/kg/dia ) AI/RDA (g/dia) RDA % Criança 0,76 34 10 a 30 09 a 13 14 a 18 0,71 M 0,73 H 52 H 46 M 10 a 30 19 a > 70 0,66 46 10 a 35 Gestante 0,88 ou + 21 g de PTN adicional 71 10 a 35Menos de 18 a 50 Lactente 1,05 ou + 21 g de PTN adicional 71 10 a 35Menos de 18 a 50 • RDA (1989) 0,80 a 1,0 g/kg/dia para adultos e idosos de ambos os sexos • DRI 0,8g/kg/dia RECOMENDAÇÕES DE PTN 27/08/2019 24 Qualidade da proteína da dieta - Qualidade proteína consumida é muito importante alimentos deficientes em um ou mais aminoácidos essenciais podem prejudicar o processo da síntese protéica não satisfazer às necessidades do ser humano (prejudicando a promoção do crescimento e desenvolvimento de crianças e a manutenção da saúde no adulto). RECOMENDAÇÕES DE PTN Para determinar o valor biológico da proteína utilizam-se métodos biológicos que vão se basear na resposta do organismo à ingestão de um proteína, ou seja, a quantidade de nitrogênio da proteína ingerida que é retida no organismo. RECOMENDAÇÕES DE PTN Qualidade da proteína da dieta 27/08/2019 25 • Proteínas de alto valor biológico são aquelas nas quais praticamente todo o nitrogênio é retido. • Proteínas de origem animal (carnes, ovos, leite, queijo e iogurte). • Proteínas de baixo valor biológico não há o aproveitamento completo do nitrogênio em função da ausência ou reduzida quantidade de alguns aminoácidos essenciais em sua composição -Proteínas de origem vegetal RECOMENDAÇÕES DE PTN Qualidade da proteína da dieta - Teste biológico de utilização no nitrogênio Mede-se a quantidade de proteína realmente utilizada pelo organismo Determinação de Utilização de Proteína Líquida (Net Protein Utilization – NPU) RECOMENDAÇÕES DE PTN Qualidade da proteína da dieta 27/08/2019 26 - Como estimar o NPU do alimento ? Multiplicar a quantidade de proteína de cada alimento pelos seguintes fatores de utilização proteica (FUP), de acordo com a origem dos alimentos:ORIGEM DO ALIMENTO FUP* Proteína de origem animal 0,7 Proteína de leguminosas 0,6 Proteína de cereais e hortifruti 0,5 *FUP: Fator de Utilização Proteica RECOMENDAÇÕES DE PTN Qualidade da proteína da dieta Exemplo: 100g de arroz = 7g de proteína Proteína líquida (NPU) = 7 x 0,5 NPU = 3,5 gramas (proteína utilizável) - Como estimar o NPU do alimento ? RECOMENDAÇÕES DE PTN Qualidade da proteína da dieta 27/08/2019 27 - Uma vez calculada a proteína líquida de cada alimento (NPU), efetua-se a soma, que será multiplicada por 4, a fim de se obter o NDpCal Indica a quantidade de caloria fornecida pela proteína líquida (NPU) do cardápio NDpCal = NPU x 4 ANÁLISE QUALITATIVA DO CARDÁPIO - O cálculo é baseado na quantidade de calorias (kcal) que a proteína fornece ao organismo . • COMO ESTIMAR O NDPCAL DO CARDÁPIO ? Alimento Quantidade (g) Kcal Proteína (g) Pão 50 150 4,0 Presunto 20 65 2,4 Leite 25 124,2 6,3 Total ----- 339,2 ---- NPU (g) 4,0 x 0,5 = 2,0 2,4 x 0,7 = 1,68 6,3 x 0,7 = 4,41 8,09 NDpCal = NPU x 4 NDpCal = 8,09 x 4 NDpCal = 32,36 kcal 27/08/2019 28 Indica o percentual fornecido pela proteína líquida em relação ao energético total (VET) do cardápio DETERMINAÇÃO DO NDPCAL % NDpCal% = (NDpCal x 100) / VET NDPCal% (Net Dietary Protein Calorie Percent) • Como estimar o NDpCal% do cardápio ? NDpCal = 32,36 kcal NDpCal% = (NDpCal x 100) / VET NDpCal %= (32,36 x 100)/339,2 NDpCal % = 9,54%l Alimento Quantidade (g) Kcal Proteína (g) Pão 50 150 4,0 Presunto 20 65 2,4 Leite 25 124,2 6,3 Total ----- 339,2 ---- NPU (g) 4,0 x 0,5 = 2,0 2,4 x 0,7 = 1,68 6,3 x 0,7 = 4,41 8,09 27/08/2019 29 LIPÍDIOS LIPÍDIOS • Grego lipos= gordura • Caloricamente mais densos que os carboidratos e proteínas (9 kcal/g). • Caracterizam pelas seguintes propriedades: 1) Relativamente insolúvel em água; 2)Relativamente solúvel em solventes orgânicos como: Éter, clorofórmio, benzeno e alguns alcoóis. 27/08/2019 30 FUNÇÃO • Fornecer maior quantidade de calorias / grama • Transportar as vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K) • Melhorar a palatabilidade dos alimentos • Diminuir o volume da alimentação • Aumentar tempo de digestão (retarda o esvaziamento gástrico) • Fornecer ácidos graxos (AG) essenciais CLASSIFICAÇÃO 1. Simples: • Ácidos graxos • Gorduras neutras (mono, di e triglicerídeos) • Ceras (ésteres do esterol e ésteres não esteroidais). 2. Compostos: • Fosfolipídios • Glicolipídios • Lipoproteínas 3. Lipídeos variados • Esterois (cholesterol, vitamin d e sais biliares) • Vitaminas A,E e K 27/08/2019 31 ÁCIDOS GRAXOS R- CO2H • Principais blocos construtores de triglicerídeos; • Classificados de acordo com o comprimento da cadeia: ácido graxos de cadeia curta (2 a 4 moléculas de C), média (6 a 10 C) e longa (+ 12 C) e o número de ligações duplas; • As cadeias contém átomo de carbono com um grupo metila (-CH3) em uma ponta e um grupo carboxila ácido (- COOH) na outra ponta. ÁCIDOS GRAXOS QUANTO AO GRAU DE SATURAÇÃO • SATURADO: Sem duplas ligações na mólecula (qualquer comprimento de cadeia) • MONOINSATURADO: Uma dupla ligação (apenas ácidos graxos com 14 ou mais ligações) • POLIINSATURADO: Mais de uma dupla ligação (apenas ácidos graxos com mais de 18 átomos de carbono) 27/08/2019 32 ÁCIDOS GRAXOS • Quanto a configurações geométricas Cis: dois átomos de H do mesmo lado Trans: átomos de H do lado oposto As = ligações fazem com que os 2 átomos de H ligados aos C envolvidos na ligação estejam de um mesmo lado ou lado opostos. Hidrogenação FONTES DE GORDURAS TRANS - As gorduras trans estão presentes em pequenas quantidades em alimentos de origem animal (no leite e gordura de animais como a vaca). - Quantidades maiores - alimentos industrializados (processados), como biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos. - Os alimentos que mais provavelmente contêm gordura trans são frituras, molhos de salada, margarinas, entre outros alimentos processados. http://pt.wikipedia.org/wiki/Biscoito http://pt.wikipedia.org/wiki/Bolo http://pt.wikipedia.org/wiki/Salgadinho http://pt.wikipedia.org/wiki/Fritura http://pt.wikipedia.org/wiki/Margarina 27/08/2019 33 1. ÁCIDO GRAXO SATURADO • Cada carbono está ligada a um H • Possuem número variável de átomos de carbono (par) - 4 a 18 átomos • Encontrados principalmente em gorduras animais. Importante: Quanto maior a proporção de ácidos graxos saturados – mais sólido o lipídeo será em temperatura ambiente FONTE DE ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS • Butírico: Gordura do leite • Capróico: Gordura do leite, óleo de coco e babaçu • Caprílico: Gordura do leite, óleo de coco, babaçu e óleo de semente de uva • Lauríco: Gordura do leite • Mirístico: Gordura do leite e óleo de coco • Palmítico: Óleo de soja, algodão, oliva, amendoim, manteiga de cacau • Esteárico: Gordura animal, manteiga de cacau • Araquídico: Óleo de amendoim • Lignocérico: Óleos de amendoim e girassol 27/08/2019 34 2. ÁCIDO GRAXO INSATURADO 1. MONOINSATURADOS: • Predominante nos alimentos é o ácido oleico (18:1). • Encontrado principalmente nos óleos de oliva e de canola. • EX.: azeitona, amendoim, canola, amêndoas e abacate 2. POLIINSATURADOS (PUFAS – POLIUNSATURED FATTY ACIDS) • São ácidos graxos essenciais e não são sintetizados pelo organismo. • A ausência da ingestão destes ácidos graxos podem acarretar sintomas clínicos adversos. • EX.: girasol, milho, algodão e soja Quando um ácido graxo não estiver completamente preenchido em todas as moléculas de hidrogênio – menos pesado e menos denso 3. ÁCIDO GRAXO ESSENCIAIS • Devem ser fornecidos através da alimentação; • Ômega 3 (α – linolênico) – EPD (eicosapentanoico) e DHA (docosa- hexanoico) • Ômega 6 (linoleico) – ARA( araquidônico) e DPA (docopentanoico) • Proporção ideal de ω-6/ω-3 foi estimada como sendo 2:1 a 3:1 – recomenda-se uma alimentação com mais ácidos graxos ω-3 proveniente de vegetais e fontes marinhas. 27/08/2019 35 3. ÁCIDO GRAXO ESSENCIAIS FUNÇÕES • Crescimento • Manuntenção da pele e crescimento capilar • Regulacão do metabolismo do colesterol • Reprodução Deficiência Crescimento Dermatite escamosa (lesões na pele) Infertilidade (insuficiência reprodutora) Resposta inflamatória Anormalidades renais Visão prejudicada, redução do aprendizado ALIMENTOS FONTES DE LIPÍDIOS • Leite de derivados • Carnes • Óleos • Ovos • Margarina • Manteiga • Banha • Gordura vegetal • Oleaginosas 27/08/2019 36 RECOMENDAÇÕES RECOMENDAÇÕES • DRI (2002): 20 a 35% do VET • SBC (2006): 25 a 35% do VET • Colesterol: < 300 mg/dia (WHO, 2003) • < 10% VET: ácidos graxos saturados; • 6 a 10% VET: ácidos graxos graxos polinsaturados • Completar com ácidos graxos monoinsaturados • Atenção: (relação ótima w6:w3 = 5:1) - Ácido linoleico (18:2 n-6) 2,4% - 3 a 5% VET - Ácido linolênico (18:2 n-3) 0,5 a 1,0% VET 27/08/2019 37 FIBRAS FIBRA ALIMENTAR - FA • Grupos de alimentos: • Frutas • Verduras • Legumes • Leguminosas • Tubérculos • Cereais integrais • É constituída de polissacarídeos não-amido e lignina que são resistentes à hidrólise das enzimas digestivas humanas. 27/08/2019 38 DEFINIÇÃO American Association Cereal Chemistry (2001) Associação Americana de Química Cereal “Fibra da dieta é a parte comestível das plantas ou dos carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado humano, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. Inclui, poli e oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas às plantas. A FA promove efeitos fisiológicos benéficos, incluindo laxação, e/ou atenuação do colesterol do sangue e da glicose”. FIBRAS • Dietética • Componentes vegetais intactos que não são digeridos pelas enzimas gastrointestinais • Funcional • Carboidratos não digeridos que foram extraídos ou produzidos a partir de vegetais 27/08/2019 39 CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS ALIMENTARES • INSOLÚVEIS:• São encontradas nos legumes, folhosos, farelos e cereais integrais • Tem, entre outras funções secundárias, a de formação do bolo fecal, redução da pressão intraluminal no cólon, aceleração do trânsito intestinal e podem interferir na absorção de micronutrientes. • SOLÚVEIS: • São encontradas em leguminosas, aveias e polpa de frutas. • Ao entrarem em contato com a água reagem adquirindo uma consistência viscosa. • Dentre suas funções, cabe destacar a sensação de saciedade e o controle da velocidade de absorção de nutrientes. CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS ALIMENTARES 27/08/2019 40 - HEMICELULOSE - BETAGLICANOS - São componentes estruturais de alguns cereais e gramíneas e tendem a formar soluções viscosas ou géis. - Encontrados na aveia e cevada e seus derivados. O farelo de aveia contém a maior concentração. - Ação hipocolesterolêmica. 27/08/2019 41 RECOMENDAÇÃO DE FIBRA • Média de 25g/dia – Porção frutas e vegetais/dia >400g Estágio da vida g/dia 1 a 3 anos 19 4 a 8 anos 25 Homens 9-13 anos 31 14 a 50 anos 38 >51 anos 30 Mulheres 9 a 18 anos 26 19 a 50 anos > 51 anos 25 21 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS ⚫ Macronutrientes: 27/08/2019 42 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 27/08/2019 43 OBRIGADA! E-mail: lusyannyalbuquerque@hotamil.com
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