Buscar

AULA 02 MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Composição dos Alimentos
Aula 2: Os Macronutrientes e os Micronutrientes em alimentos
Apresentação
Os macronutrientes são as proteínas, carboidratos e lipídeos que participam da composição dos alimentos in natura,
processados e ultraprocessados, cujas funções são diversas, tanto no aspecto físico-químico e sensorial dos alimentos,
bem como na saúde humana. Mais requeridos na alimentação, eles que fornecem a energia necessária para o bom
funcionamento do organismo, por meio das calorias liberadas durante a sua metabolização.
 
Já os micronutrientes compreendem os nutrientes requeridos em pequenas concentrações. Eles exercem funções
importantes no organismo, participando ativamente do metabolismo. Nesse grupo de micronutrientes encontram-se as
vitaminas (hidrossolúveis e lipossolúveis) e os minerais. Eles são essenciais para a manutenção da saúde em todos os
estágios �siológicos, o organismo precisa dos micronutrientes para se desenvolver adequadamente, realizar as suas
funções �siológicas, preservar a saúde e prevenir doenças.
 
Nessa aula, além de um panorama geral sobre os Macro e micronutrientes, serão abordadas as de�nições, classi�cações
e funções deles.
Objetivos
Calcular as calorias dos alimentos;
Discutir sobre a importância �siológica dos macro e micronutrientes em alimentos;
Identi�car as principais fontes dos nutrientes.
 Fonte: Shutterstock
Macronutrientes
As proteínas, os carboidratos e os lipídeos, que participam da composição dos alimentos in natura, processados e
ultraprocessados, são classi�cados como macronutrientes. Eles fornecem a energia necessária para o bom
funcionamento do organismo, por meio das calorias liberadas durante a sua metabolização.
Cada macronutriente possui um valor calórico correspondente. Na metabolização de carboidratos e proteínas há uma
liberação de 4Kcal/g, enquanto, para os lipídeos, esse valor sobe para 9Kcal/g. A partir desses valores, é possível estimar o
conteúdo calórico dos alimentos consumidos.
Uma ferramenta essencial para o cálculo do valor nutricional e calórico é a tabela de composição dos alimentos. Nela
encontram-se as informações acerca de cada nutriente, presente nos diferentes tipos de alimentos.
Então, vamos entender esse cálculo?
As tabelas de composição dos alimentos nos fornecem os valores referente a 100g deles. Com isso, para saber o valor
calórico de um alimento, primeiro é preciso conhecer a sua composição em nutrientes, ou seja, qual a quantidade de cada
macronutriente; e para quanto desse alimento pretende-se calcular as calorias, pois, as vezes, a quantidade do alimento
ultrapassa o valor centesimal (100g).
Veja o exemplo a seguir:
 Exemplo
 Clique no botão acima.
Considerando que em 100g de banana prata temos 26g de carboidratos, 1,3g de proteínas e 0,1g de lipídeos, de
acordo com dados da TACO, o cálculo das colorias para 80g de banana (1 unidade média) é:
100g de banana ----- 26g de carboidratos 
80g ----- X 
X = (80 x 26) / 100 = 20,8g de carboidratos
100g de banana ----- 1,3g de proteína 
80g ----- X 
X = (80 x 1,3) / 100 = 1,04g de proteínas
100g de banana ----- 0,1g de lipídeos 
80g ----- X 
X = (80 x 0,1) / 100 = 0,08g de lipídeos
Sabendo que os valores calóricos correspondentes para cada nutriente são de: 4Kcal/g para carboidratos e
proteínas, e 9Kcal/g para lipídeos, cada nutriente contribui para o valor calórico total do alimento da seguinte
forma:
1g de carboidrato ----- 4Kcal 
1g de proteína --------- 4kcal 
1g de lipídeos ----------- 9Kcal
20,8g de carboidrato x 4Kcal/g = 83,2 Kcal 
1,04g de proteína x 4Kcal/g = 4,16 Kcal 
0,08g de lipídeos x 9Kcal/g = 0,72 Kcal
Assim, analisando a composição do alimento e a quantidade em que os nutrientes aparecem, somam-se os
valores energéticos de cada um dos nutrientes, para obter o valor calórico total do alimento.
Valor calórico total de 80g de banana = 83,2 + 4,16 + 0,72 = 88,08 Kcal
 Fonte: Shutterstock
Proteínas
"As proteínas desempenham um papel central nos
sistemas biológicos, contribuindo para inúmeras funções,
devido, essencialmente, a sua composição química."
DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010.
Entre os papéis desempenhados pelas proteínas podemos citar:
1
Enzimas (que atuam em nossa digestão e metabolismo).
2
Componentes estruturais dos tecidos (colágeno, elastina,
queratina etc.).
3
Moléculas contráteis (miosina, actina e tubulina).
4
Moléculas transportadoras (hemoglobina, albumina,
transferrina).
5
Moléculas sinalizadoras do sistema imune (anticorpos).
6
Hormônios (insulina, hormônio do crescimento) e outros.
Conforme apresentado na primeira aula, as proteínas estão presentes nos alimentos classi�cados como construtores,
justamente por terem a função de componentes estruturais do organismo.
Química das proteínas
A proteína é um polímero altamente complexo composto por unidades monoméricas chamadas aminoácidos, que se
unem por meio de ligações amida substituídas. Ela é formada 20 aminoácidos diferentes.
Dentro do organismo, se apenas um aminoácido estiver incorreto na sequência, é provável que se altere a atividade
biológica da proteína.
 Recomendações e fontes alimentares
 Clique no botão acima.
As proteínas de origem animal são as consideradas completas, sendo referência em termos de composição de
aminoácidos.
As fontes alimentares são (COZOLLINO, 2007):
O leite e seus derivados;
As carnes, incluindo os peixes, as aves e os ovos.
Esses alimentos têm proteína de alto valor biológico, ou seja, contém todos os aminoácidos essenciais para o
organismo humano.
"Alimentos de origem vegetal também são fontes de
Independente das limitações nutricionais de cereais e leguminosas, esses alimentos, quando fazem parte de uma
dieta equilibrada, que contempla um cardápio variado, podem se complementar em termos de aminoácidos
essenciais. Por exemplo, a mistura do arroz com o feijão, típica do hábito alimentar do brasileiro. Ela possui
complementariedade de proteínas vegetais, formando uma proteína com todos os aminoácidos essenciais e,
portanto, equivalente à proteína de origem animal.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2007), a recomendação do consumo de proteínas é de
0,8g por quilo de peso corpóreo, isso para a manutenção da saúde em indivíduos normais. Para praticantes de
atividade física, esses valores podem aumentar para até 1,4g por quilo, ao dia.
Considerando o gasto energético e o valor energético total (VET) para cada indivíduo, recomenda-se a ingestão de
10% a 15% do VET em proteínas. No entanto, sabe-se que a média de consumo do brasileiro é bem superior ao
recomendado.
proteínas, em especial os cereais e as leguminosas. Nesse
grupo, as proteínas são consideradas parcialmente
completas. As leguminosas são as mais adequadas,
contendo de 10% a 30% de proteínas, com eventuais
aminoácidos limitantes, como a metionina e cisteína. Os
cereais têm um teor menor de proteína, com valores
variando de 6% a 15%, tendo a lisina como aminoácido
limitante."
(COZZOLINO, 2007)
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Fonte: Shutterstock
Carboidratos
Os carboidratos compreendem o grupo de moléculas mais abundante na natureza. A principal função deles é fornecer
energia para o metabolismo de vegetais e animais. Diferentes moléculas desempenham essa e outras funções que serão
apresentadas neste capítulo.
Química dos carboidratos
Carboidratos são moléculas complexas de grupos funcionais dos aldeídos ou das cetonas. O termo sacarídeo é derivado
do grego sakcharon que signi�ca açúcar. Os carboidratos são também chamados de hidratos de carbono, com a fórmula
geral (CH2O)n apresentada pela maioria dessas moléculas.
De acordo com o número de ligações glicosídicas, eles são divididos em três classes principais:
Monossacarídeos.
Dissacarídeos.
Polissacarídeos.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Saiba mais
Um dos açúcares mais utilizados na alimentação é a sacarose, que é um dissacarídeo formado por glicose e frutose. Eles
são encontradosem frutas e vegetais, principalmente, na cana-de-açúcar, beterraba e no mel. A glicose pode ser obtida
pela hidrólise do amido, sendo menos doce e menos solúvel em água.
Além do milho, a cevada é outro cereal do qual se obtém açúcares, como a maltose, que é produzida pela germinação
natural da cevada. Ela é um dissacarídeo formado por duas moléculas de glicose.
"Outro dissacarídeo é a lactose, principal carboidrato
encontrado no leite e nos seus derivados. A lactose,
formada por glicose e uma molécula de galactose, é menos
solúvel que os outros açúcares, sendo menos doce que a
glicose."
PHILIPPI, 2014.
"Dentre os oligossacarídeos, um grupo que merece
destaque é o dos derivados da sacarose, que contêm
galactose em sua composição: a ra�nose e a estaquiose,
presentes em sementes de leguminosas. Esses
carboidratos não são hidrolisados, nem absorvidos pelo
nosso organismo e, dessa forma, podem ser utilizados
como substrato para as bactérias colônicas. Os micro-
organismos conseguem fermentar os oligossacarídeos,
produzindo grandes quantidades de hidrogênio e gás
carbônico (CO2), o que contribui para o aparecimento de
desconforto gastrointestinal como a �atulência."
COULATE, 2004.
Os polissacarídeos compreendem os alimentos de origem vegetal. Nas plantas, essas moléculas exercem duas funções
importantes: estrutural e de reserva energética. Mas cabe ressaltar que os carboidratos de alto peso molecular também
exercem funções importantes em tecidos animais, como o glicogênio, que reserva energia nas células do tecido hepático
e muscular; e como a estrutura de esqueleto dos artrópodes e crustáceos. A quitina é o principal carboidrato de estrutura
de tecidos animais.
O amido é a molécula de polissacarídeo que tem como função a reserva energética em tecidos vegetais. Essa molécula é
formada por dois polímeros de glicose: amilose, essencialmente linear, e a amilopectina, de estrutura rami�cada. O amido,
presente em grânulos nas células vegetais, é insolúvel em água fria.
Quando a temperatura aumenta, ele tende a formar um gel e por isso é importante na formação de determinadas
preparações, como o mingau e o arroz. Ele é usado, frequentemente, como um agente espessante em molhos e recheios
de tortas. Na pani�cação, ou em produtos assados, o amido tem um importante papel na formação das massas.
 Recomendações e fontes alimentares
 Clique no botão acima.
A recomendação nutricional (RDA) de carboidratos, estabelecida pelo Institute of Medicine (IOM, 2005), é a de
130g/dia para adultos e crianças, com base na quantidade mínima de glicose utilizada pelo cérebro.
A ingestão de carboidratos, no entanto, excede esse valor, para atender as necessidades de energia do organismo,
quando são consumidas quantidades aceitáveis de lipídeos e de proteínas. Sendo assim, o consumo médio de
carboidratos é de 200 a 330g/dia, para homens, e, de 180 a 230g/dia, para mulheres.
São fontes de carboidratos:
Cereais e leguminosas, ricos em amido.
Bebidas açucaradas.
Doces.
Bolos.
Produtos de confeitaria e pani�cação.
Frutas e mel, ricos em açúcares simples.
Os demais produtos são fonte de carboidratos mais simples, como a sacarose, xarope de glicose e/ou frutose;
amplamente distribuída em bebidas açucaradas como refrigerantes, sucos e chás industrializados. A sacarose,
conhecida como o açúcar simples, de mesa, é basicamente derivada da cana-de-açúcar e da beterraba.
Geralmente ela é utilizada nos produtos de confeitaria e pani�cação, como caldas, doces em pasta, compotas,
geleias, pães, bolos e tortas.
A lactose, principal carboidrato do leite e seus derivados, apresenta-se nestes produtos gerando texturas
diferenciadas, como no caso do leite condensado e do doce de leite. Uma vez que ela possui amplo poder de
cristalização, dependendo do seu aquecimento, ela pode levar a formação de texturas “arenosas”.
 Fonte: Shutterstock
Fibras: características, fontes alimentares e efeitos sobre a
saúde
Fibras dietéticas, ou alimentares, são carboidratos não digeríveis presentes nos alimentos de origem vegetal.
Didaticamente, as �bras são classi�cadas como: �bras solúveis, ou facilmente fermentáveis no cólon, como a pectina; e
insolúveis, como a celulose, que aumenta o volume do bolo fecal, mas com limitada fermentação no cólon.
"Parte da fermentação dos componentes da �bra alimentar
ocorre no intestino grosso. Ela produz impacto sobre a
velocidade do trânsito intestinal, sobre o pH do cólon, e
sobre a produção de subprodutos com importante função
�siológica."
BERNAUD; RODRIGUES, 2013.
As �bras solúveis são assim chamadas por absorver água, formando géis viscosos. Não são digeridas no intestino
delgado e são facilmente fermentadas pela micro�ora do intestino grosso. São solúveis as pectinas, as gomas, a inulina e
algumas hemiceluloses.
"Entretanto, as �bras insolúveis não são solúveis em água,
não formam géis e sua fermentação é limitada. São
insolúveis a lignina, a celulose e algumas hemiceluloses. A
maioria dos alimentos que contêm �bras é constituída de
um terço de �bras solúveis e dois terços de insolúveis."
BERNAUD; RODRIGUES, 2013.
O consumo de �bras está diretamente associado a redução de doenças
crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, diabetes
melittus e câncer de cólon.
Segundo Bernaud e Rodrigues (2013), uma ingestão de �bras de pelo menos 30g/dia, bem como a variedade de
alimentos, que são fontes de �bras (frutas, verduras, grãos integrais e farelos), são essenciais para que os benefícios
apontados sejam atingidos.
 Fonte: Shutterstock
Lipídeos
Os lipídeos são altamente energéticos e estão presentes em alimentos como os óleos vegetais, as gorduras animais e as
oleaginosas (nozes, castanhas, etc.), e algumas frutas, como abacate e o açaí. Eles compreendem um amplo grupo de
compostos químicos, que são solúveis em solventes orgânicos.
A classi�cação dos lipídeos se dá através do seu estado físico conforme a temperatura do ambiente: óleos, quando em
estado líquido, e gorduras, quando em estado sólido. Eles também podem ser classi�cados como polares e apolares.
Os lipídeos desempenham um papel importante na qualidade dos alimentos, contribuindo para a textura, para o sabor,
para o valor nutricional e para a densidade calórica de preparações. Logo, é de suma importância conhecer as suas
propriedades químicas e físicas, para evitar uma possível perda de nutrientes.
Química dos lipídeos
Os lipídeos são basicamente formados pelos ácidos graxos, moléculas de cadeia alifática (linear) e de um grupo ácido
carboxílico. A maioria dos ácidos graxos encontrados na natureza apresenta entre 14 e 24 carbonos em sua estrutura. É
possível encontrar ácidos graxos de cadeia curta no leite, ou produzidos por microrganismos da microbiota intestinal do
homem. Os ácidos graxos costumam ser classi�cados como saturados (formados por ligações simples) e insaturados
(formados por ligações duplas).
Mais de 99% dos ácidos graxos encontrados em plantas e animais são esteri�cados com o glicerol, formando
monoacilglicerol, diacilglicerol e triacilglicerol. Desses, o triacilglicerol é a forma estrutural mais comum em alimentos.
Cabe ressaltar que as propriedades físicas de gorduras e óleos comestíveis dependem de sua estrutura molecular, suas
interações e da organização das moléculas do triacilglicerol que eles contêm.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Recomendações e fontes alimentares
 Clique no botão acima.
Há uma faixa estimada de distribuição aceitável para esse macronutriente, que varia entre 15% e 30% do valor
energético total (IOM, 2005). A recomendação da FAO/OMS é que a ingestão diária de ácidos graxos saturados
não ultrapasse 10% do VET, e que façamos a ingestão entre 6% e 11% do VET de ácidos graxos polinsaturados
(w-3 e w-6) (SANTOS et al., 2013).
Os ácidos graxos saturados estão presentes na composição de alimentos de origem animal, na gordura do coco e
na do dendê. Já os ácidos graxos insaturados, você encontra em óleos vegetais, de linhaça, bemcomo em peixes
de águas frias e profundas, que se alimentam do �toplâncton e conseguem produzir ácidos graxos essenciais,
como o EPA (ácido escosapentanoico) e o DHA (ácido docosahexanoico).
 Fonte: Shutterstock
Vitaminas
As vitaminas compreendem um grupo diverso de moléculas orgânicas com diferentes funções no organismo humano.
São elas (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010):
1
Coenzimas ou precursores.
2
Componentes do sistema de defesa antioxidante.
3
Fatores envolvidos na regulação genética e outras
funções especí�cas.
Esse micronutriente é constituinte minoritário em alimentos.
"Em termos de estrutura, as vitaminas não têm um padrão
e as suas funções biológicas não contribuem para a sua
de�nição ou classi�cação. De modo geral, sabemos que
essas substâncias estão presentes, em pequenas
concentrações, em materiais biológicos, sendo essenciais
para o funcionamento de processos bioquímicos e
�siológicos humanos."
COULATE, 2004.
No entanto, didaticamente, esse grupo de micronutriente é dividido em
vitaminas hidrossolúveis e vitaminas lipossolúveis. Essa classi�cação
está diretamente relacionada à capacidade desses compostos de serem
solubilizados em ambientes aquosos ou lipídicos.
Vitaminas hidrossolúveis
Segundo Champe, Harvey e Ferrier (2009), existem nove vitaminas classi�cadas como hidrossolúveis: ácido fólico,
cobalamina, ácido ascórbico, piridoxina, tiamina, niacina, ribo�avina, biotina e ácido pantotênico.
Elas se reagrupam em vitaminas do complexo B (ácido fólico, ácido pantotênico, cobalamina, piridoxina, tiamina, niacina,
ribo�avina e biotina) e da vitamina C.
As vitaminas do complexo B estão diretamente relacionadas ao metabolismo dos macronutrientes, por participarem
ativamente das reações que ocorrem nas diferentes vias metabólicas de carboidrato, proteína e lipídeos.
Já a vitamina C, em sua forma ativa de ácido ascórbico ou ascorbato, é o principal agente redutor em diversas reações
químicas que ocorrem no nosso organismo.
 Recomendações e fontes alimentares
 Clique no botão acima.
Para Mahan e Escott-Stump (2010), as vitaminas hidrossolúveis tendem a ser absorvidas pela difusão simples,
quando ingeridas em grandes quantidades, e por processos mediados por carreador (acelerador de transporte),
quando ingeridas em pequenas concentrações.
Elas são distribuídas nas fases aquosas das células e são cofatores, ou cossubstratos, essenciais das enzimas
envolvidas em vários aspectos do metabolismo. A maioria delas não são armazenadas em quantidades
apreciáveis, fazendo do seu consumo regular uma necessidade.
Tabela 1. Vitaminas hidrossolúveis e as suas fontes alimentares.
Vitaminas hidrossolúveis Fontes alimentares
TIAMINA (B1) Cereal, pão, carnes, arroz, levedura, milho, nozes.
RIBOFLAVINA (B2) Grãos, leite, carnes, ovo, queijo, ervilhas.
NIACINA (B3) Carnes, leite, ovo, peixe, legumes, batatas.
PIRIDOXINA (B6) Carnes, arroz integral, peixe, manteiga, soja.
ÁCIDO FÓLICO (B9) Levedo, fígado, hortaliças, grãos de cereais integrais.
ÁCIDO PANTOTÊNICO Carnes, legumes, grãos de cereais integrais.
BIOTINA Fígado, gema de ovo, levedo de cerveja, cogumelos.
COBALAMINA (B12) Fígado, carnes, ovo, leite e derivados.
VITAMINA C Frutas cítricas, vegetais frescos.
Cabe ressaltar que a vitamina B12 só é obtida a partir de alimentos de origem animal. Sendo assim, indivíduos
com alimentação restrita, sem o consumo desse tipo de alimento, precisam recorrer a suplementação.
Vitaminas lipossolúveis
As vitaminas lipossolúveis compreendem o grupo de moléculas orgânicas que têm solubilidade em meio lipídico. São as
vitaminas A, D, E K. Todas elas apresentam características químicas semelhantes aos ácidos graxos, componentes
estruturais das moléculas lipídicas estudadas no capítulo anterior.
Esse grupo de vitaminas tende a ser absorvido passivamente pelo organismo e são transportados com os lipídeos
dietéticos, por meio de lipoproteínas. Elas normalmente são encontradas nas porções lipídicas da célula como
membranas e gotículas de lipídeos.
"Por serem relativamente apolares, essas vitaminas
dependem de solubilização micelar para a sua absorção, a
partir do ambiente aquoso do lúmen intestinal. A absorção,
portanto, depende de todos os componentes lipídicos
envolvidos na formação da micela, bem como do estímulo
das funções pancreáticas e biliares, promovidas pela
ingestão do alimento."
MOURÃO et al., 2005.
 Recomendações e fontes alimentares
 Clique no botão acima.
A melhor fonte de vitamina A para o lactente é o leite materno. Outras fontes principais de provitamina A são as
folhas de cor verde-escura (como o caruru), os frutos amarelo-alaranjados (como a manga e o mamão), as raízes
de cor alaranjada (como a cenoura) e os óleos vegetais (óleo de dendê, pequi e pupunha).
"Os óleos de fígado de peixe são fontes concentradas de
vitamina A pré-formada. Os derivados do leite, como
queijo e manteiga, além dos ovos, são considerados fontes
moderadas dessa vitamina. Sabe-se que, no entanto, que a
melhor fonte de vitamina A, na natureza, é o fígado de
alguns peixes, como o linguado, o bacalhau e o arenque."
(BRASIL, 2007)
"O padrão de distribuição do calciferol (vitamina D) nos
alimentos é bastante similar ao do retinol (vitamina A). São
fontes importantes de vitamina D o óleo de fígado de
peixes, tecido muscular de salmão, arenque e cavala. Ainda
encontramos vitamina D em leite e derivados gordurosos,
bem como na gema dos ovos, mas não em tecido vegetal.
Já a vitamina E, representada pelos tocoferóis, está
basicamente concentrada em tecidos vegetais,
apresentando-se nos óleos vegetais."
(COULATE, 2004)
"A �loquinona (vitamina K1) é um composto de origem
vegetal, que ocorre em quantidades elevadas nas folhas de
vegetais como espinafre, couve, couve-�or, tomate e
alguns óleos vegetais. Já as menaquinonas (vitamina K2)
são produtos da síntese bacteriana, principalmente da
microbiota intestinal."
(DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010)
 Fonte: Shutterstock
Minerais
Para Mahan e Escott-Stump (2010), os minerais representam de 4% a 5% do peso corporal dos humanos.
Aproximadamente 50% desse peso são de cálcio, os outros 25% são de fósforo, sendo, basicamente, componentes
estruturais de ossos e dentes.
Os 25% restantes correspondem ao magnésio, ao sódio, ao potássio, ao cloro, ao enxofre, ao ferro, ao zinco, ao iodo, ao
selênio, ao manganês, ao �úor, ao molibdênio, ao cobre, ao cromo, ao cobalto e ao boro.
Tradicionalmente os minerais são divididos em macrominerais, quando requeridos em maiores quantidades (>
100mg/dia), e em microminerais, ou elementos-traço, quando a necessidade é menor que 15mg/dia. Eles são nutrientes
essenciais para a saúde humana, pois estão envolvidos em diversos mecanismos metabólicos, assim como as vitaminas.
"No organismo, os minerais estão combinados de um
modo mais complexo e alguns podem ser mais bem
absorvidos na forma quelada (ligados as moléculas
orgânicas), quando apropriadamente ligados a um
aminoácido, em uma ligação covalente. O que não é
absorvido é excretado pelas fezes."
MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2010; ADITIVOS & INGREDIENTES, 2008.
 Recomendações e fontes alimentares
 Clique no botão acima.
Os alimentos naturais, de origem animal e vegetal, são as principais fontes de minerais para o organismo. Neles, o
mineral se apresenta na forma de um complexo orgânico natural, que já pode ser utilizado pelo organismo.
Como os minerais não são sintetizados por organismos vivos, é necessário consumir alimentos que sejam fonte
deles, como legumes, frutas, verduras e leguminosas.
"Entretanto, os alimentos nem sempre são su�cientes em
qualidade, e quantidade, para satisfazer a necessidade do
organismo. Nesse caso, é preciso recorrer aos suplementos
minerais."
(ADITIVOS & INGREDIENTES, 2008)
Atividades
1. Qual a quantidade de calorias presente em 60g de arroz, sabendo que, em 100g de arroz, segunda a TACO, temos 77,5g
de carboidratos, 7,3g de proteínas e 1,9g de lipídeos?
a) 186,0 Kcal.
b) 213,78 Kcal.
c) 310,0 Kcal.
d) 346,8 Kcal.
e)468,2 Kcal.
2. Quais as diferenças em relação as recomendações de micronutrientes e macronutrientes para a nossa alimentação?
3. Aprendemos que os micronutrientes são aqueles que, apesar de essenciais, são necessários em menores quantidades
para organismo. Das alternativas abaixo, qual representa um micronutriente?
a) Carboidratos.
b) Proteínas.
c) Açúcares.
d) Lipídeo.
e) Ferro.
Notas
Referências
BENASSI, V. T.; WATANABE, E.; LOBO, A. R. Produtos de pani�cação com conteúdo calórico reduzido. B. Ceppa, Curitiba, v. 19,
n. 2, p. 225-242, 2001.
 
BERNAUD, F. S. R.; RODRIGUES, T. C. Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arq. Bras.
Endocrinol. Metab., v. 57, n. 6, 2013.
 
BUTTRISS, J. L.; STOKES, C. S. Dietary �bre and health: an overview. NutrBulletin.; v. 33, n. 1, p.186-200, 2008.
CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica ilustrada. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
 
COULATE, T. P. Alimentos: a química de seus componentes. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
 
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 2. ed. Barueri: Manole, 2007.
 
DAMODARAN, S; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O; R. Química de alimentos de Fennema. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
 
ELIA, M.; CUMMINGS, J. H. Physiological aspects of energy metabolism and gastrointestinal effects of carbohydrates. Eur J
Clin Nutr.; v. 61, suppl 1, p.40-74, 2007.
 
INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat,
Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington. The National Academies Press, 2005.
 
JUNIOR, W. E. F.; FRANCISCO, W. Proteínas: hidrólise, precipitação e um tema para o ensino de química. Cadernos de Química
Nova na Escola, n. 24, 2006.
 
PHILIPPI, S. T. Nutrição e Técnica Dietética. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.
 
SANTOS R. D., GAGLIARDI A. C. M., XAVIER H. T., MAGNONI C. D., CASSANI R., LOTTENBERG A. M. et al. Sociedade Brasileira de
Cardiologia. I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. ArqBrasCardiol., v. 100, supl.3, p.1-40, 2013.
SCOTT, K. P.; DUNCAN, S. H.; FLINT, H. J. Dietary �bre and the gut microbiota. NutritionBulletin.; v.33, n. 1, p. 201-11, 2008.
 
TUNGLAND, B. C.; MEYER, D. Non digestible oligo – and polysaccharides (Dietary�ber): their physiology and role in human
health and food. Comprehensive Reviews in food Science and food safety, v. 3, 2002.
 
WHO. World Health Organization, Food and Agriculture Organization of the United Nations, United Nations University. Protein
and amino acid requirements in human nutrition. Report of a joint FAO/WHO/UNU expert consultation (WHO Technical Report
Series 935), 2007.
Próxima aula
Como os carboidratos interferem nas características físicas, físico-químicas e químicas dos alimentos?
Importância dos carboidratos em alimentos e para a saúde humana;
Aplicabilidade dos carboidratos na indústria de alimentos.
Explore mais
Caso você queira aprofundar o conhecimento sobre a função da caloria no organismo, assista ao vídeo O que é uma caloria? —
Emma Bryce.
Elaborada por pesquisadores da Unicamp, a TACO (Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos) traz a composição
nutricional da grande maioria dos alimentos consumidos pela população brasileira. Não deixe de conferir.
Leia o texto Fibra alimentar: práticas alimentares e conhecimentos em diferentes regiões do globo.
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);

Outros materiais