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Aula 10 - Dietoterapia das doenças do sistema gastrointestinal
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Renata Santos Guarnieri
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➢ ÚLCERAS Doenças do esôfago Desordem na deglutição decorrente de anormalidades que afetam o mecanismo neuromuscular de controle do movimento do palato, faringe e esfíncter esofágico superior. Comum o corrência de engasgos de forma silenciosa (diagnosticada com avaliação do fonoaudiólogo). ➢ Objetivos da dietoterapia ✓ Prevenir a aspiração e sufocação ✓ Facilitar uma alimentação e deglutição segura e independente ✓ Melhorar e/ou manter o estado nutricional e a hidratação Disfagia orofaríngea ➢ Conduta dietoterápica ✓ Modificação na textura, se necessário ✓ Indicação de terapia nutricional A utilização de modificadores de consistência, além de favorecer a deglutição, aumenta o aporte calórico e diminui o risco de aspiração ➢ Adaptação da dieta visa ✓ Atingir as necessidades calórico-protéicas ✓ Minimizar os sintomas e dor e/ou desconforto Disfagia orofaríngea A textura é modificada de acordo com o grau de disfagia Grau 1 Grau 2 Grau 3 Normal Grau de purê: Purê Preparações homogêneas Pudins Grau de alteração mecânica: Semi-sólidos Frutas macias Vegetais cozidos Grau de maciez: Sólidos macios, Carnes Frutas macias Vegetais cozidos Qualquer alimento de textura sólida Doença esofágica + Desnutrição Perda ponderal >10% do peso habitual Período: < 6 meses Associação de outras vias de administração de nutrientes e calorias (sondas nasoentéricas ou ostomias) Disfagia orofaríngea Distúrbio de motilidade do esfíncter esofagiano inferior (EEI) que não consegue relaxar, acarretando obstrução funcional do esôfago e DISFAGIA. A acalasia caracteriza- se por um esofâgo grosseiramente contorcido e dilatado (megaesôfago) Destruição do plexo de Auerbach (cadeia de neurônios interconectados que coordenam principalmente as contrações no trato gastrintestinal) Diminuição da inervação colinérgica Não relaxamento do EEI Acalásia Acalásia • Obstrução da passagem do material alimentar para o estômago • Disfagia de condução para sólidos e líquidos • Sintomas: disfagia, regurgitação, pirose, dor, aspiração, perda de peso (leve), pneumonia • Lesão pré-maligna → 1 a 10% dos pacientes em 15 a 25 anos 1. Infecção de Chagas Primária (idiopática) Secundária Destrói o plexo mioentérico Trypanossom a cruzi Disfunção da musculatura lisa do órgão Acalásia ➢ Tratamento endoscópico Interrupção da camada circular da musculatura lisa dentro da área do esfíncter esofagiano inferior. • Dilatação pneumática ou hidrostática - Índice de perfuração variável • Toxina botulínica – alto custo, aplicações semestrais ➢ Tratamento clínico (não duradouro) Nitrato (relaxantes da musculatura lisa), bloqueadores canais cálcio ➢ Cirurgia ▪ Esofagomiotomia ▪ Esofagectomia. Acalásia •Desnutrição não é tão grave • Eventualmente é necessário passar SNG • Preparo pré-operatório às vezes exige dieta zero no dia anterior • Início precoce da dieta • Evolução nutricional pós-operatória normal Conduta Nutricional geralmente pacientes não necessitam de terapia nutricional no pré-operatório Acalásia Calorias Hipercalóricas Proteína Hiperproteicas Consistência Adequada ao grau de disfagia Considerar NE Acalásia Esofagite de refluxo Intubação Irradiação Irritantes: álcool, térmicos, ácidos, fármacos Candidíase Herpes Citomegalovírus Esofagites ESOFAGITE DE REFLUXO ➢ Ocorre em indivíduos saudáveis ➢ 7 – 8% da população apresentam azia diária Fatores causais ➢ Hérnia hiatal ➢ Hormônios relacionados à gravidez ➢ Anticoncepcionais orais (progesterona) ➢ Obesidade ➢ Úlcera péptica (H. Pylori) ➢ Antiinflamatórios não esteróides Esofagites Esofagite de refluxo Possibilidades – Alimentação dilatação excessiva (aumento conteúdo gástrico), relaxamento do esfíncter cárdia (gastro-esofágico) ou aumento do tônus do piloro (gastro-duodenal). Gravidade • Composição, frequência, volume do refluxo • Resistência da mucosa • Taxa de esvaziamento do esôfago • Tempo do esvaziamento gástrico Quadro clínico ➢ Pirose ➢ Disfagia ➢ Regurgitações ➢ Dor na região epigástrica e subesternal ➢ Espasmos esofagianos ➢ Pigarro ESOFAGITE DE REFLUXO Esofagites DOENÇA PROLONGADA Erosão, ulceração, hemorragia, perfuração, estenose e disfagia Esôfago de Barret Células que recobrem a parte distal do esôfago Se tornam anormais e pré-malignas Adenocarcinoma de esôfago ESOFAGITE DE REFLUXO Esofagites Esôfago de Barrett Reepitelização da mucosa escamosa descamada (erosada), trocada por epitélio colunar com células caliciformes Esofagites 1) MODIFICAÇÃO COMPORTAMENTAL 2) CUIDADOS NUTRICIONAIS (tratamento não farmacológico) 3) MANEJO CLÍNICO / CIRÚRGICO Esofagites Modificação comportamental NDIC, 2006 • Deitar após as refeições • Refeições ricas em gorduras • Fazer as refeições até 3 horas antes de dormir • Usar roupas apertadas • Atividades vigorosas após as refeições • Café, tabagismo e bebidas alcoólicas • Alimentos ácidos e condimentados, quando houver inflamação ➢ Evitar Esofagites • Perda de peso • Permanecer em pé • Consumo de dieta nutricionalmente completa, saudável e com quantidade adequada de fibras ➢ Estimular Modificação comportamental Tratamento Esofagites CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL Consistência da dieta Líquida a pastosa (adequada ao paciente) Fracionamento Aumentado (6-8 refeições/dia) Volume Diminuído e concentrado Temperatura Normal a morna, evitando extremos VET Suficiente para manter o peso ideal (se necessário, promover perda de peso) Lipídios Hipolipídica (<20% da calorias totais) Proteínas Hiperproteica (↑ gastrina → ↑ pressão do EEI) Carboidratos Normoglicídica (cuidado com alimentos que fermentam → desconforto) Vitaminas e minerais DRIs Excluir alimentos que Diminuem a pressão do EEI: álcool e carminativos (hortelã e menta), refeições grandes e de alto teor de gordura Irritantes de mucosa: frutas cítricas, refrigerantes, condimentos (pimenta) – Mais raros: batatas fritas e bolachas crocantes Estimulam secreção ácida: café, bebidas alcóolicas, chocolates, refeições volumosas, alimentos com alto teor de purinas (carnes) Esofagites: tratamento nutricional ❑ Fatores ambientais Exercício físico PARECE ter efeito protetor na DRGE Estresse e fadiga Desencadeiam DRGE Trabalhar em posição inclinada Risco para DRGE Tratamento Esofagites Uso de bloqueadores de receptor de histamina-2 Inibidores da bomba de prótons Antiácidos Reduzem secreção ácida Aumentam o pH Agentes prócinéticos Aumentam velocidade de esvaziamento gástrico e Aumentam a pressão do EEI Esofagites Câncer de Esôfago • Causa obstrução • Limita ingestão oral • ↑ risco para desnutrição • Requer cirurgia ou quimio/radioterapia • Adequar Terapia nutricional apropriada a conduta terapêutica aplicada Cuidado NUTRICIONAL no pós-operatório de Cirurgias Esofágicas • Requer repouso da anastomose por 5 a 12 dias • Nutrição nos primeiros 5 dias: – Nutrição Parenteral • Se necessário repouso da anastomose > 10 dias: – JEJUNOSTOMIA (ATO CIRÚRGICO) – Até garantir ingestão oral 60% – Transição entre Enteral e Oral Após liberação da dieta ORAL: • Consistência Líquida • Aporte nutricional adequado às necessidades do paciente • Fracionamento aumentado • Evoluir consistência conforme tolerância do paciente