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Entorse em inversão do tornozelo ➢ Lesão extremamente comum tanto nas AVDs quanto no esporte; ➢ Movimento de hipersupinação com suporte de carga axial pode resultar em lesões das estruturas laterais com consequências devastadoras para o complexo articular. ➢ Classificação da Lesão: 1. Entorse + ruptura parcial do L. Talofibular anterior; 2. Entorse + ruptura total do L. Talofibular anterior + parcial do L. calcâneo fibular; 3. Entorse + ruptura total do L. Talofibular anterior e calcâneo fibular + parcial ou total do L. Talofibular posterior. ➢ Fatores de Risco: o Limitação da dorsiflexão; o Controle postural ruim; o Déficit de força na dorsiflexão; o Sobrepeso; o Prática de esportes que envolvem salto; o História prévia de lesão. ➢ Fatores Intrínsecos: o Déficit de controle sensório- motor; o Déficits em controle postural e equilíbrio; o Equilíbrio unipodal: • Apoio unipodal de olhos fechados por 10s. Observar: pernas se tocam, pé toca no solo, braços se movem ou se os pés se movem no chão. o Endurance cardiorrespiratório; o ADM total do tornozelo; o Tempo de reação dos músculos fibulares. ➢ Apresentação Clínica: o Presença de edema e equimose na região lateral podendo se estender para a borda lateral do pé; o Diminuição da ADM em devido a dor principalmente para fazer flexão plantar e inversão; o Comprometimento funcional; o Teste de gaveta anterior e estresse em varo podem estar positivos em lesões mais importantes. Fraturas de tornozelo ➢ Regras de Ottawa - pelo menos um dos seguintes critérios para fazer o Raio X: o Dor à palpação dos maléolos medial e lateral; o Dor à palpação na base do 5º metatarso; o Dor à palpação no tubérculo do navicular; o Incapacidade de caminhar 4 passos. Instabilidade do tornozelo ➢ Fisiopatologia da instabilidade: o Instabilidade mecânica: lesões degenerativas na articulação, lassidão patológica nos ligamentos => não podemos modificar; o Instabilidade funcional: déficits de força, controle postural, propriocepção, sensório-motor/ Reabilitação de tornozelo controle neuromuscular + alterações artrocinemáticas (mecânicas) => podemos tratar. Reabilitação de tornozelo ➢ Reabilitação acelerada promoveu melhores resultados de função à curto prazo, sem resultar em efeitos adversos. ➢ Terapia manual/ mobilizações articulares => reduzem a dor e ganham dorsiflexão: o Pode ser usada em pacientes com entorse aguda do tornozelo. o Mobilização ântero-posterior do tálus: indicada para ganho de dorsiflexão do tornozelo. o Mobilização oscilatória e manipulação: mobilizar no sentido póstero-superior em graus 3 e 4 => ganho de dorsiflexão. ➢ Recursos eletrotermofototerapêuticos não funcionam. ➢ Fortalecimento muscular: o Ênfase em resistência na fase inicial e progredir com ênfase em força e potência: flexão plantar, eversão, dorsiflexão e inversão. o Progressão na reabilitação de MI - ganho de ADM e fortalecimento muscular progressivo com suporte de peso: avanço na parede, agachamento com bola, panturrilha em superfície inclinada a 10º, afundo. ➢ Quadril e a Lesão do tornozelo: a estabilidade do quadril e a força dos músculos é importante para um melhor posicionamento do pé na fase de torque do calcanhar e para a mecânica adequada da marcha. o Alterações nos abdutores e adutores do quadril na fase de balanço => posição do pé no torque do calcanhar no solo => maior susceptibilidade à lesão por inversão. o Exercícios: agachamento unipodal, abdução, agachamento terra unipodal, concha, afundo, abdução + agachamento com FE. ➢ Treinamento Sensório-Motor: superfície estável – instável, apoio bipodal – unipodal, olhos abertos – fechados, sem perturbação – com perturbação. ➢ Considerações finais: o Retorno à função quando as assimetrias bilaterais tiverem sido sanadas e o paciente apresentar aptidão em termos de força e Endurance muscular e controle sensório-motor; o Abordagem abrangente de avaliação e tratamento do MI com o intuito de se evitar a ocorrência de recidivas. Fraturas maleolares ➢ Principais consequências da fratura: dor, rigidez, fraqueza muscular, derrame, limitações em atividades de marcha e dificuldades para retorno à AVD, esportiva e/ou ocupacional; ➢ Mecanismo de lesão: hipersupinação => força em inversão do calcâneo => fratura por avulsão da fíbula e por compressão da tíbia; ➢ Classificação das fraturas – Danis- Weber: A. Abaixo da pinça maleolar; B. Na pinça maleolar; C. Acima da pinça maleolar ➢ Principais recomendações para fraturas trans-sidesmal ou infra-sindesmal: o Compressão no MI para prevenir derrame; o Exercícios ativos e precoces a partir do 1º DPO; o Descarga de peso precoce e progressiva conforme o tolerado. ➢ FASE 1 (AGUDA) – 6 a 8 semanas: o Objetivos: minimizar sinais inflamatórios, normalizar a ADM, restaurar padrões adequados de marcha, melhorar mobilidade de tecidos moles e articulações, manter condicionamento cardiorrespiratório, estabelecer orientações quanto às condutas terapêuticas; o Exercícios isométricos: flexão plantar, dorsiflexão, inversão, eversão; o Fortalecimento dos extensores e abdutores de quadril: concha, abdução em DL, flexão de joelho em DV, ponte, cachorro fazendo xixi. ➢ FASE 2 (SUB-AGUDA) – 9 a 12 semanas: o Objetivos: normalizar ADM e marcha, minimizar as restrições de extensibilidade de tecidos moles, ganho de força e endurance progressivos para músculos intrínsecos do pé, promover restauração da função proprioceptiva; o Fortalecimento muscular (ganho de força e endurance): eversão, flexão plantar, movimentos com a toalha no chão, afundo, flexão plantar em rampa com 10º de inclinação, treino sensório-motor; o Mobilizações e manipulações articulares: distração talocrural e subtalar, mobilização ântero- posterior do tálus; o Mobilizações neurais: deslizamento do nervo isquiático, tensionamento do nervo tibial. ➢ FASE 3 (AVANÇADA): 13 a 18 semanas: o Objetivos: manter ADM nos padrões de normalidade e padrões de marcha adequados, ganho de força e endurance para mm do MI, ganho de equilíbrio bi e unipodal, aumentar a coordenação em atividades de maior complexidade; o Exercícios: flexão plantar unipodal, treino sensório motor unipodal, abdução com FE. ➢ FASE 4 (RETORNO À FUNÇÃO) – 19ª semana: o Objetivos: progressão no treino de força e endurance para MMII, ênfase na restauração da função sensório-motora, retorno à AVD e atividade esportiva sem restrição; o Exercícios: pliométricos. Tendinopatia de Aquiles ➢ Fatores de risco modificáveis: redução de força de flexores plantares, uso de antibióticos, consumo de álcool; ➢ Fatores extrínsecos: calçados, terreno e carga de treino; ➢ Fatores intrínsecos: IMC elevado, alterações de força/recrutamento muscular, diminuição de ADM no tornozelo, hiperpronação subtalar. ➢ Flexão plantar + inversão = usa muito o tibial anterior; ➢ Flexão plantar + eversão = usa muito os fibulares; ➢ Flexão plantar + flexão dos artelhos = usa muito o flexor longo dos dedos. ➢ Dorsiflexão restrita pode limitar a contribuição dos flexores plantares para dissipar a força: o Menor flexão de joelho e quadril + maior força de reação do solo = aumento do risco de lesão. ➢ Saltos laterais unipodais são critérios de alta; ➢ Carga progressiva para o tríceps sural. FASE 1 - INICIAL ➢ Exercícios sem carga adicional; ➢ Não fazer exercícios de alta velocidade; ➢ Usar carga e intensidade altas; ➢ Não pode fazer alongamentos, pois gera estresse compressivo do tendão Aquileu contra o calcâneo; ➢ Exercícios isométricos (5 x 45”, 70% CVM, descanso de 1’ – 2’); ➢ Fortalecer a cadeia cinética como umtodo (quadríceps e glúteos méd e máx). FASE 2: ➢ Evolui quando os exercícios isotônicos têm EVA < 3; ➢ Fortalecimento isotônico progressivo para tendão: o Elevação da ponta do pé na barra de agachamento; o Elevação da ponta do pé sentado; o Flexão plantar no leg press; o Treino lento e com carga progressiva por cada semana; o 3s para subir e 3s para descer; o 4 séries, 3x por semana, 3 min de descanso por série; o Carga para 15RM, 12RM, 10RM, 8RM, 6RM (1ª – 12ª sem). ➢ 36h de descanso entre séries de alta intensidade, para que a síntese de colágeno do tendão seja maior que a degradação; ➢ Mobilização da tíbia e fíbula para ganho de dorsiflexão do tornozelo => não usar o cinto. FASE 3: ➢ Carga com velocidade; ➢ Pliométricos modificados: exercícios que geram alongamento da unidade miotendínea, porém sem o componente concêntrico logo em seguida. FASE 4: ➢ Pliométricos e retorno à função; ➢ Monitorar a dor (máx 5/10); ➢ Teste de elevação na ponta do pé: feito no dia seguinte ao treino, se for > 5, quer dizer que exagerou no treino. Fasciopatia plantar Principal doença relacionada com as dores sentidas na planta do pé, sendo oriunda de lesão da fáscia plantar. Estende-se desde o tubérculo medial do calcâneo até as falanges proximais, sendo uma continuidade do tendão calcâneo. Apresentação Clínica: ➢ Indivíduos entre 40 – 60 anos, mais mulheres que homens; ➢ Dor nos primeiros passos da manhã; ➢ Dor após postura sentada ou com chinelo piora os sintomas; ➢ Em casos mais severos => dor à noite após dias com postura em pé prolongada; ➢ Dor em pontada e rigidez. Questionários: ➢ FFI e FAAM. ➢ Esporão Calcâneo: pode ser causado pela Fasciopatia plantar, mas geralmente não é responsável pelo dor dos pacientes. ➢ Fatores de risco extrínsecos: calçado inapropriado, overtraining; ➢ Fatores de risco modificáveis: IMC > 30, trabalhar muito tempo em pé (ambos podem provocar sobrecarga na fáscia plantar), redução na ADM de dorsiflexão geralmente + hiperpronação compensatória => desabamento do arco longitudinal medial do pé; ➢ Fatores de risco intrínsecos: o Pé plano dinâmico: fraqueza dos músculos responsáveis pela manutenção do arco plantar longitudinal medial e encurtamento do tríceps sural; o Pé cavo rígido: fáscia plantar rígida (encurtada) => microlesões mesmo com pouco estresse imposto em pronação subtalar. Inabilidade em absorver energia oriunda da fase de contato do calcâneo com o solo; o Alterações da cadeia cinética que favoreçam a hiperpronação subtalar: frouxidão ligamentar, insuficiência do tibial posterior, torção tibial, anteversão femoral. Síndrome do túnel do tarso: ➢ Compressão do nervo tibial em seu trajeto ao passar no túnel do tarso formado pelo retináculo flexor, porção medial do tálus e calcâneo. ➢ Aspectos gerais do tratamento: repouso relativo (reduzir as atividades que sobrecarreguem a FP por pelo menos 6 sem), recursos ETF, atuação direta sobre os fatores causais, utilização de calçados adequados principalmente em atletas corredores; ➢ Tratamento: alongamento da fáscia plantar (10x de 10”, 3x/dia), terapia manual + exercícios, treino de alta carga com dedos estendidos (3” conc, 2” isom, 3” exc => carga 15RM – 12 – 10 – 8 – 6RM), bandagem.
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