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Aula 14 Reabilitação de Tornozelo

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Entorse em inversão 
do tornozelo 
➢ Lesão extremamente comum tanto 
nas AVDs quanto no esporte; 
➢ Movimento de hipersupinação com 
suporte de carga axial pode resultar em 
lesões das estruturas laterais com 
consequências devastadoras para o complexo 
articular. 
➢ Classificação da Lesão: 
1. Entorse + ruptura parcial do L. 
Talofibular anterior; 
2. Entorse + ruptura total do L. 
Talofibular anterior + parcial do L. 
calcâneo fibular; 
3. Entorse + ruptura total do L. 
Talofibular anterior e calcâneo 
fibular + parcial ou total do L. 
Talofibular posterior. 
➢ Fatores de Risco: 
o Limitação da dorsiflexão; 
o Controle postural ruim; 
o Déficit de força na dorsiflexão; 
o Sobrepeso; 
o Prática de esportes que envolvem 
salto; 
o História prévia de lesão. 
➢ Fatores Intrínsecos: 
o Déficit de controle sensório-
motor; 
o Déficits em controle postural e 
equilíbrio; 
o Equilíbrio unipodal: 
• Apoio unipodal de olhos 
fechados por 10s. Observar: 
pernas se tocam, pé toca no 
solo, braços se movem ou se os 
pés se movem no chão. 
o Endurance cardiorrespiratório; 
o ADM total do tornozelo; 
o Tempo de reação dos músculos 
fibulares. 
➢ Apresentação Clínica: 
o Presença de edema e equimose na 
região lateral podendo se estender 
para a borda lateral do pé; 
o Diminuição da ADM em devido a 
dor principalmente para fazer 
flexão plantar e inversão; 
o Comprometimento funcional; 
o Teste de gaveta anterior e estresse 
em varo podem estar positivos em 
lesões mais importantes. 
Fraturas de 
tornozelo 
➢ Regras de Ottawa - pelo menos um 
dos seguintes critérios para fazer o Raio X: 
o Dor à palpação dos maléolos 
medial e lateral; 
o Dor à palpação na base do 5º 
metatarso; 
o Dor à palpação no tubérculo do 
navicular; 
o Incapacidade de caminhar 4 
passos. 
Instabilidade do 
tornozelo 
➢ Fisiopatologia da instabilidade: 
o Instabilidade mecânica: lesões 
degenerativas na articulação, 
lassidão patológica nos ligamentos 
=> não podemos modificar; 
o Instabilidade funcional: déficits de 
força, controle postural, 
propriocepção, sensório-motor/ 
Reabilitação de tornozelo 
 
controle neuromuscular + 
alterações artrocinemáticas 
(mecânicas) => podemos tratar. 
Reabilitação de 
tornozelo 
➢ Reabilitação acelerada promoveu 
melhores resultados de função à curto 
prazo, sem resultar em efeitos adversos. 
➢ Terapia manual/ mobilizações 
articulares => reduzem a dor e ganham 
dorsiflexão: 
o Pode ser usada em pacientes com 
entorse aguda do tornozelo. 
o Mobilização ântero-posterior do 
tálus: indicada para ganho de 
dorsiflexão do tornozelo. 
o Mobilização oscilatória e 
manipulação: mobilizar no sentido 
póstero-superior em graus 3 e 4 
=> ganho de dorsiflexão. 
➢ Recursos eletrotermofototerapêuticos 
não funcionam. 
➢ Fortalecimento muscular: 
o Ênfase em resistência na fase 
inicial e progredir com ênfase em 
força e potência: flexão plantar, 
eversão, dorsiflexão e inversão. 
o Progressão na reabilitação de MI - 
ganho de ADM e fortalecimento 
muscular progressivo com suporte 
de peso: avanço na parede, 
agachamento com bola, 
panturrilha em superfície 
inclinada a 10º, afundo. 
➢ Quadril e a Lesão do tornozelo: a 
estabilidade do quadril e a força dos 
músculos é importante para um melhor 
posicionamento do pé na fase de torque do 
calcanhar e para a mecânica adequada da 
marcha. 
o Alterações nos abdutores e 
adutores do quadril na fase de 
balanço => posição do pé no torque 
do calcanhar no solo => maior 
susceptibilidade à lesão por 
inversão. 
o Exercícios: agachamento unipodal, 
abdução, agachamento terra 
unipodal, concha, afundo, abdução 
+ agachamento com FE. 
➢ Treinamento Sensório-Motor: 
superfície estável – instável, apoio bipodal – 
unipodal, olhos abertos – fechados, sem 
perturbação – com perturbação. 
➢ Considerações finais: 
o Retorno à função quando as 
assimetrias bilaterais tiverem sido 
sanadas e o paciente apresentar 
aptidão em termos de força e 
Endurance muscular e controle 
sensório-motor; 
o Abordagem abrangente de 
avaliação e tratamento do MI com 
o intuito de se evitar a ocorrência 
de recidivas. 
Fraturas maleolares 
➢ Principais consequências da fratura: 
dor, rigidez, fraqueza muscular, derrame, 
limitações em atividades de marcha e 
dificuldades para retorno à AVD, esportiva 
e/ou ocupacional; 
➢ Mecanismo de lesão: hipersupinação 
=> força em inversão do calcâneo => fratura 
por avulsão da fíbula e por compressão da 
tíbia; 
➢ Classificação das fraturas – Danis-
Weber: 
A. Abaixo da pinça maleolar; 
B. Na pinça maleolar; 
C. Acima da pinça maleolar 
➢ Principais recomendações para 
fraturas trans-sidesmal ou infra-sindesmal: 
o Compressão no MI para prevenir 
derrame; 
o Exercícios ativos e precoces a 
partir do 1º DPO; 
o Descarga de peso precoce e 
progressiva conforme o tolerado. 
➢ FASE 1 (AGUDA) – 6 a 8 semanas: 
o Objetivos: minimizar sinais 
inflamatórios, normalizar a ADM, 
restaurar padrões adequados de 
marcha, melhorar mobilidade de 
tecidos moles e articulações, 
manter condicionamento 
cardiorrespiratório, estabelecer 
orientações quanto às condutas 
terapêuticas; 
o Exercícios isométricos: flexão 
plantar, dorsiflexão, inversão, 
eversão; 
o Fortalecimento dos extensores e 
abdutores de quadril: concha, 
abdução em DL, flexão de joelho 
em DV, ponte, cachorro fazendo 
xixi. 
➢ FASE 2 (SUB-AGUDA) – 9 a 12 
semanas: 
o Objetivos: normalizar ADM e 
marcha, minimizar as restrições 
de extensibilidade de tecidos 
moles, ganho de força e endurance 
progressivos para músculos 
intrínsecos do pé, promover 
restauração da função 
proprioceptiva; 
o Fortalecimento muscular (ganho 
de força e endurance): eversão, 
flexão plantar, movimentos com a 
toalha no chão, afundo, flexão 
plantar em rampa com 10º de 
inclinação, treino sensório-motor; 
o Mobilizações e manipulações 
articulares: distração talocrural e 
subtalar, mobilização ântero-
posterior do tálus; 
o Mobilizações neurais: deslizamento 
do nervo isquiático, 
tensionamento do nervo tibial. 
➢ FASE 3 (AVANÇADA): 13 a 18 
semanas: 
o Objetivos: manter ADM nos 
padrões de normalidade e padrões 
de marcha adequados, ganho de 
força e endurance para mm do 
MI, ganho de equilíbrio bi e 
unipodal, aumentar a 
coordenação em atividades de 
maior complexidade; 
o Exercícios: flexão plantar 
unipodal, treino sensório motor 
unipodal, abdução com FE. 
➢ FASE 4 (RETORNO À FUNÇÃO) – 
19ª semana: 
o Objetivos: progressão no treino de 
força e endurance para MMII, 
ênfase na restauração da função 
sensório-motora, retorno à AVD e 
atividade esportiva sem restrição; 
o Exercícios: pliométricos. 
 
Tendinopatia de 
Aquiles 
➢ Fatores de risco modificáveis: redução 
de força de flexores plantares, uso de 
antibióticos, consumo de álcool; 
➢ Fatores extrínsecos: calçados, terreno 
e carga de treino; 
➢ Fatores intrínsecos: IMC elevado, 
alterações de força/recrutamento muscular, 
diminuição de ADM no tornozelo, 
hiperpronação subtalar. 
 
➢ Flexão plantar + inversão = usa muito 
o tibial anterior; 
➢ Flexão plantar + eversão = usa muito 
os fibulares; 
➢ Flexão plantar + flexão dos artelhos = 
usa muito o flexor longo dos dedos. 
➢ Dorsiflexão restrita pode limitar a 
contribuição dos flexores plantares para 
dissipar a força: 
o Menor flexão de joelho e quadril + 
maior força de reação do solo = 
aumento do risco de lesão. 
➢ Saltos laterais unipodais são critérios 
de alta; 
➢ Carga progressiva para o tríceps 
sural. 
FASE 1 - INICIAL 
➢ Exercícios sem carga adicional; 
➢ Não fazer exercícios de alta 
velocidade; 
➢ Usar carga e intensidade altas; 
➢ Não pode fazer alongamentos, pois 
gera estresse compressivo do tendão Aquileu 
contra o calcâneo; 
➢ Exercícios isométricos (5 x 45”, 70% 
CVM, descanso de 1’ – 2’); 
➢ Fortalecer a cadeia cinética como umtodo (quadríceps e glúteos méd e máx). 
FASE 2: 
➢ Evolui quando os exercícios isotônicos 
têm EVA < 3; 
➢ Fortalecimento isotônico progressivo 
para tendão: 
o Elevação da ponta do pé na barra 
de agachamento; 
o Elevação da ponta do pé sentado; 
o Flexão plantar no leg press; 
o Treino lento e com carga 
progressiva por cada semana; 
o 3s para subir e 3s para descer; 
o 4 séries, 3x por semana, 3 min de 
descanso por série; 
o Carga para 15RM, 12RM, 10RM, 
8RM, 6RM (1ª – 12ª sem). 
➢ 36h de descanso entre séries de alta 
intensidade, para que a síntese de colágeno 
do tendão seja maior que a degradação; 
➢ Mobilização da tíbia e fíbula para 
ganho de dorsiflexão do tornozelo => não 
usar o cinto. 
FASE 3: 
➢ Carga com velocidade; 
➢ Pliométricos modificados: exercícios 
que geram alongamento da unidade 
miotendínea, porém sem o componente 
concêntrico logo em seguida. 
FASE 4: 
➢ Pliométricos e retorno à função; 
➢ Monitorar a dor (máx 5/10); 
➢ Teste de elevação na ponta do pé: 
feito no dia seguinte ao treino, se for > 5, 
quer dizer que exagerou no treino. 
 
 
 
Fasciopatia plantar 
 Principal doença relacionada com as 
dores sentidas na planta do pé, sendo 
oriunda de lesão da fáscia plantar. 
 Estende-se desde o tubérculo medial 
do calcâneo até as falanges proximais, sendo 
uma continuidade do tendão calcâneo. 
 Apresentação Clínica: 
➢ Indivíduos entre 40 – 60 anos, mais 
mulheres que homens; 
➢ Dor nos primeiros passos da manhã; 
➢ Dor após postura sentada ou com 
chinelo piora os sintomas; 
➢ Em casos mais severos => dor à noite 
após dias com postura em pé prolongada; 
➢ Dor em pontada e rigidez. 
Questionários: 
➢ FFI e FAAM. 
 
➢ Esporão Calcâneo: pode ser causado 
pela Fasciopatia plantar, mas geralmente 
não é responsável pelo dor dos pacientes. 
➢ Fatores de risco extrínsecos: calçado 
inapropriado, overtraining; 
➢ Fatores de risco modificáveis: IMC > 
30, trabalhar muito tempo em pé (ambos 
podem provocar sobrecarga na fáscia 
plantar), redução na ADM de dorsiflexão 
geralmente + hiperpronação compensatória 
=> desabamento do arco longitudinal medial 
do pé; 
➢ Fatores de risco intrínsecos: 
o Pé plano dinâmico: fraqueza dos 
músculos responsáveis pela 
manutenção do arco plantar 
longitudinal medial e 
encurtamento do tríceps sural; 
o Pé cavo rígido: fáscia plantar 
rígida (encurtada) => microlesões 
mesmo com pouco estresse 
imposto em pronação subtalar. 
Inabilidade em absorver energia 
oriunda da fase de contato do 
calcâneo com o solo; 
o Alterações da cadeia cinética que 
favoreçam a hiperpronação 
subtalar: frouxidão ligamentar, 
insuficiência do tibial posterior, 
torção tibial, anteversão femoral. 
Síndrome do túnel do tarso: 
➢ Compressão do nervo tibial em seu 
trajeto ao passar no túnel do tarso formado 
pelo retináculo flexor, porção medial do 
tálus e calcâneo. 
➢ Aspectos gerais do tratamento: 
repouso relativo (reduzir as atividades que 
sobrecarreguem a FP por pelo menos 6 
sem), recursos ETF, atuação direta sobre os 
fatores causais, utilização de calçados 
adequados principalmente em atletas 
corredores; 
➢ Tratamento: alongamento da fáscia 
plantar (10x de 10”, 3x/dia), terapia 
manual + exercícios, treino de alta carga 
com dedos estendidos (3” conc, 2” isom, 3” 
exc => carga 15RM – 12 – 10 – 8 – 6RM), 
bandagem.

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