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Articulação do quadril ➢ Articulação sinovial esferoide; ➢ Alta mobilidade e alta estabilidade; ➢ Função primária: suportar o peso da cabeça, membros superiores e tronco, tanto em posturas estáticas quanto em tarefas dinâmicas; ➢ Estabilização estática: ligamento iliofemoral tensiona-se durante a extensão do quadril; ➢ Labrum do acetábulo: aumento da profundidade do acetábulo e sua concavidade => potencializa o contato entre as estruturas articulares; o Função proprioceptiva e nociceptiva, manutenção da pressão negativa articular e manutenção da lubrificação articular. Anatomia do fêmur proximal Ângulo de Inclinação do Fêmur: ângulo entre um eixo que atravessa a cabeça e o colo femoral e o eixo longitudinal da diáfise do fêmur. Normal: 125º - 135º. Anormalidades nas angulações do fêmur: altera a estabilidade articular, a biomecânica muscular e de suporte da carga => alterações compensatórias. ➢ Coxa vara: aumenta o braço de alavanca do quadril, precisando de menos força do glúteo. o Coxa vara => joelho valgo; o Coxa valga => joelho varo. Ângulo de Torção Femoral: ângulo visualizado no plano transverso, entre um eixo que atravessa a cabeça e o colo do fêmur e um eixo que cruza os côndilos femorais. Anterversão femoral: marcha em RM do fêmur => redução do comprimento do membro e alterações patelofemorais. Retroversão femoral: marcha em RL do fêmur => hipersupinação subtalar. Glúteo médio ➢ Abdução, extensão e RL => Fibras posteriores. ➢ Flexão e RM => Fibras anteriores. ➢ Glúteo Médio enfraquecido pode contribuir para alterações no ciclo da marcha e para o desenvolvimento de diversas lesões do membro inferior. Tensor da fáscia lata ➢ Abdução, flexão e RM. ➢ Hiperatividade em situações de insuficiência dos demais abdutores do quadril => encurtamento do trato iliotibial com inúmeras repercussões na cadeia cinética. Glúteo máximo ➢ Extensão e RL => Fibras inferiores. ➢ Abdução => Fibras superiores. ➢ Estabilização sacroilíaca, extensão do quadril no ato de levantar e controle da marcha. ➢ Mais potente RL do quadril. ➢ Fortalecimento e/ou reeducação do glúteo máximo devem ser considerados em Reabilitação de quadril diversas condições envolvendo o MI e a coluna lombar. Desequilíbrios musculares ➢ Abdução associada à flexão e rotação medial do quadril => excesso de atividades do TFL; ➢ Predominante elevação da pelve => excesso de atividade do quadrado lombar. Fraturas de colo femoral ➢ Diagnóstico: história, quadro clínico e radiografia simples em AP, perfil e AP com RM 10º; ➢ Quadro Clínico: o Dor no quadril que pode irradiar para a coxa medial e joelho; o Dor à movimentação ativa do quadril e a passivos extremos; o Deformidades ausentes ou em discreta RL do membro; o Marcha claudicante (Garden 1); o Pequena equimose e ausência de encurtamento do membro. ➢ Classificação de Garden: 1. Fratura incompleta, trabéculas do colo inferior ainda intactas. Parafuso canulado; 2. Fratura completa sem desvio. Placa DHS; 3. Fratura completa com desvio parcial. Placa DHS; 4. Fratura apresenta desvio total do segmento distal. Prótese total ou parcial. ➢ Parafuso Canulado: não suporta descarga de peso (somente após 4 semanas). Sem restrição de movimento; ➢ Placa DHS: fixa o quadril em 135º, permite descarga de peso parcial e movimentos sem restrição; ➢ Prótese total: acetábulo e fêmur; ➢ Prótese parcial: Acetábulo ou fêmur. ADM incompleta. Fraturas transtrocanterianas ➢ Caracterização e apresentação clínica: fraturas extra-capsulares entre os troncânteres geram trauma de menor energia. Geralmente queda sobre o trocânter maior; ➢ Diagnóstico: história, quadro clínico e radiografia em AP com discreta tração em RM; ➢ Quadro Clínico: o Dor no quadril que pode irradiar para a coxa medial e joelho; o Dor à movimentação ativa do quadril e a passivos extremos; o Deformidades marcantes em RL do membro; o Incapacidade funcional; o Grande equimose e possível encurtamento do membro. ➢ Classificação de Tronzo: 1. Fraturas incompletas; 2. Fratura completa sem desvio ou desvio mínimo; 3. Fratura completa com calcar desviado para o interior do canal medular; 4. Fratura completa com calcar desviado para fora da diáfise femoral; 5. Fratura com obliquidade inversa da linha de fratura. fisioterapia ➢ Objetivos: o Prevenir complicações dérmicas cardiorrespiratórias e osteomioarticulares; o Promover alta hospitalar precoce, minimizando efeitos deletérios do imobilismo; o Minimização dos sinais flogísticos; o Reestabelecer ADM do quadril e evitar aderências e contraturas; o Promover independência para a marcha e AVD. ➢ Reabilitação Pós-Operatório: o Fase inicial: exercícios respiratórios, miolinfocinéticos, isométrico para quadríceps e abdutores; o Fase ambulatorial: aspectos de prevenção de quedas em idosos, exercícios de resistência (40% de 1RM – 10 a 15 repetições) e força (60% de 1RM – 6 a 8 repetições). Avaliação de idosos ➢ Dinamômetro Manual; ➢ Teste de 1RM; ➢ Avaliação do equilíbrio (Berg); ➢ Avaliação da capacidade funcional: TUG, sentar e levantar. Fratura da diáfise do fêmur ➢ Mecanismo de Lesão: acidentes com veículos automotores, atropelamentos, queda de alturas, acidentes industriais; ➢ Limitações funcionais: o Redução na força dos abdutores do quadril; o Limitação funcional do quadríceps; o Dor anterior no joelho; o Alterações no ciclo da marcha. ➢ A fraqueza dos músculos quadríceps e glúteo médio é secundária ao trauma inicial e ao procedimento cirúrgico, respectivamente. ➢ Tratamento pré-operatórios: tração para manutenção do alinhamento dos segmentos e para prevenção de consolidação viciosa; ➢ Reabilitação: fortalecimento de quadríceps e abdutores de quadril, ênfase no treino de marcha e avaliação e intervenção em fatores de risco para DPF. Osteoartrite de mmii Síndrome dolorosa causada por degeneração articular, produzindo significativa dor, rigidez articular e perda de função. ➢ Fatores de risco: idade, genética, alinhamento, obesidade, lesão prévia, frouxidão, sexo e etnia, força muscular; ➢ Classificação de Kellgren e Lawrence: ➢ Caracterização: perda progressiva de cartilagem hialina da articulação, esclerose do osso subcondral e a formação de esporões ósseos nas margens do fêmur e/ou acetábulo; ➢ Apresentação Clínica: o Dor na coxa/virilha de início insidioso, que se agrava com a descarga de peso; o Rigidez articular significativa após inatividade, mesmo que breve; o Alívio da dor com repouso; o Dor referida para região inguinal ou porção lateral da coxa; o Limitação da ADM em especial no final das RM e RL; o Testes de Patricck e/ou Scour ++; o Dor no quadril (anterior, lateral e medial) com descarga de peso; o Perda de ADM; o Rigidez articular matinal; o Perda de função. ➢ Avaliação da função: WOMAC. Osteonecrose da cabeça femoral Distúrbio de necrose óssea da cabeça femoral => Depleção severa de fluxo sanguíneo local causada por eventos traumáticos ou não-traumáticos. ➢ Características e manifestações clínicas: o Dor profunda na virilha; o Redução da ADM e marcha antálgica; o Uso prolongado de álcool e AIE; sistêmicos => comuns no histórico; o Radiografias => auxílio no diagnóstico, mas a RMN é o exame mais recomendado; o Sem tratamento, a cabeça femoral entra em colapso em 3-4 anos do diagnóstico. ➢ Tratamento conservador: remoção dos fatores de risco e condições exacerbantes + uso de drogas experimentais; o Remoção da descarga de peso para permitir que o tecido necrótico cicatrize (6 – 24 sem). ➢ Tratamento cirúrgico: descompressão da cabeça do fêmur e associada a exertia,Resurfacing (parcial ou total) e artroplastia (total ou parcial). Artroplastia total de quadril Procedimento cirúrgico de substituição articular para erradicação da dor persistente e aumento da ADM do quadril, assim como, melhora do estado funcional do paciente. REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA: Disfunções pós ATQ à longo prazo inclui: força muscular reduzida, estabilidade postural alterada e limitações de ADM. ➢ Fraqueza dos músculos abdutores, extensores e flexores do quadril: quanto menor a força extensora do quadril = menor a capacidade funcional de idosos. Quanto menor a força abdutora e extensora do quadril = maior a probabilidade de quedas em idosos; ➢ Fraqueza de quadríceps após ATQ; ➢ Alteração da estabilidade médio- lateral e ântero-posterior: déficit proprioceptivo do quadril em decorrência de cirurgia associado a fraqueza dos músculos periarticulares do quadril e joelho. ➢ FORTALECER GLÚTEO MÉDIO E MÁXIMO! CONDUTAS: ➢ Isométricos para quadríceps e glúteo médio; ➢ Exercícios ativos livres para ADM; ➢ Treino de transferências; ➢ Treino de marcha com ou sem auxílio; ➢ Treino de subida e descida de degraus: o Subida: MI sadio avança primeiro; o Descida: MI lesionado avança primeiro. ➢ Orientações para AVDs; ➢ Descarga de peso total progressiva a partir do 1º PO; ➢ Treino sensório motor. RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIA: ➢ Orientações para AVD para minimizar a probabilidade de luxação do quadril e desgaste excessivo da prótese; ➢ Restabelecer a ADM do quadril (seguir recomendações específicas para cada procedimento cirúrgico); ➢ Estimular descarga de peso precoce com ou sem dispositivos externos; ➢ Fortalecimento dos músculos do quadril (manguito posterior, glúteos médio e máximo) e da coxa (quadríceps e isquiotibiais). ATIVIDADES A SE EVITAR NO PO IMEDIATO: ➢ Cirurgia póstero-lateral: Movimentos de flexão além de 90º, adução além da linha média e RM do quadril; ➢ Cirurgia ântero-lateral: movimento de adução, extensão e RL do quadril. Quedas Evento não intencional no qual o indivíduo muda inesperadamente de posição, permanecendo em nível inferior, sob mobiliário ou mesmo no chão. Classificação: ➢ Acidental: evento único por fatores extrínsecos; ➢ Recorrente: ocorrência de ≥ 2 quedas em 1 ano por fatores intrínsecos. Consequências da queda: medo de cair => diminuição da mobilidade => inatividade/isolamento social => fraqueza muscular e déficit de equilíbrio => quedas. Prevenção de quedas em idosos: ➢ Treino de força; ➢ Treino de equilíbrio; ➢ Treino de marcha; ➢ Correção de perigos no ambiente; ➢ Correção de calçados. Síndrome do piriforme Realiza movimento de abdução, RL e RM do quadril. ➢ Quadril em posição neutra: RE; ➢ Quadril fletido > 50º: RI. A síndrome do piriforme é uma síndrome de pinçamento caracterizada pelo aprisionamento do nervo isquiático pelo músculo piriforme, secundária à hipertrofia, inflamação e/ou irritação do mesmo. ➢ Apresentação Clínica: o Dor na região glútea posterior que pode irradiar para o quadril, coluna lombar, região posterior da coxa e perna; o Parestesia (formigamento) em trajeto isquiático; o Paresia (déficit de força) da musculatura inervada pelo nervo isquiático; o Reflexos tendinosos profundos reduzidos (L5 e S1); o Atrofia de glúteos e o Sinal de Trendelemburg são frequentemente observados e podem relacionar-se com compressão dos nervos glúteos superior e inferior. ➢ Como as alterações nos pés podem contribuir? Um pé pronado pode provocar SP pois gera RI do talux, tíbia e consequentemente do fêmur que precisa de uma RI maior que a da tíbia para conseguir realizar a extensão de joelho completa. Porém, quando se está em posição neutra o piriforme atua na RE, dessa forma vai haver um alongamento compressivo do piriforme podendo provocar a síndrome do piriforme. ➢ Diagnóstico diferencial: síndrome do trocânter maior, disfunção sacroilíaca, radiculopatia, herniação discal lombar, síndrome da faceta lombar, meralgia parestésica, doenças pélvicas; ➢ Testes Especiais: o Teste de FAIR: flexão + adução + RI do quadril; o Teste de Freiberg: RI do quadril provoca dor glútea e/ou reprodução dos sintomas; o Teste de Bety: paciente em DL com joelho fletido, faz RI e RE do quadril. ➢ Aspectos do tratamento fisioterapêutico: o Recursos analgésicos e AI; o Liberação miofascial do piriforme: movimentos horizontais e transversais às fibras musculares; o Alongamento do piriforme (não fazer na fase aguda); o Uso de órteses plantares; o Orientações para correção de hábitos; o Mobilizações neurais (n isquiático): flexão de quadril + extensão de joelho + dorsiflexão; o Estabilização lombopélvica: ênfase no fortalecimento do glúteo máximo; o Fortalecimento dos abdutores e RL do quadril. Tendinopatia glútea ➢ Apresentação Clínica: dor crônica na porção lateral de quadril e/ou nádegas que se exacerba ao deitar-se sobre o lado acometido, postura sentada prolongada com a perna cruzada, corrida e subida ou descida de escadas. ➢ Outras manifestações comuns incluem: testes de Ober e Trendelemburg +, dor no TUC de abdução, dor à ADM extremas rotações, adução ou abdução. ➢ Fisiopatologia: inflamações e/ou lesões degenerativas dos glúteos médio e mínimo por tensão excessiva ou compressão imposta pelo trato iliotibial podem desencadear a TG. Estresse compressivo. ➢ Fraqueza bilateral dos músculos do quadril. ➢ Fatores de risco e fatores associados: o Adução do quadril; o Queda pélvica; o Deslocamento pélvico lateral; o Inclinação contralateral ou ipsilateral do tronco; o Momento adutor. ➢ Testes Especiais: o Teste de Retorno da RE; o Teste de apoio unipodal. ➢ Reabilitação: o Alteração de hábitos nocivos; o Treino com cargas progressivas (GM); o Correção de padrões de movimento; o Progressão: isométrico => isotônico => pliométricos, saltos com apoio unipodal => esporte específico (fisioterapia esportiva). o Fase inicial: contrações isométricas de baixa intensidade e longa duração (25% CVM), não indica alongamento pois gera compressão, fortalecimento de quadríceps e abdutores o Fase intermediária: trabalha com fortalecimento em progressão gradual mais de glúteos do que TFL; o Fase de armazenamento de energia: pliométricos modificados => absorção de energia, sem a fase concêntrica, fase curta e de transição; o Fase esporte específico: pliométricos e gestos funcionais, são mais rápidos e focados para os gestos esportivos.
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