Buscar

PNEUMOTORAX - COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GRUPO CAELIS 
 FACULDADE SANTO ANTÔNIO 
 BACHARELADO EM FISIOTERAPIA 
 
 
 CRISTIANE DA COSTA 
JOSELAINE DO VALE 
MICAELI RAMOS 
NÚBIA SENA 
SHIRLEY LAIANE NASCIMENTO 
 
 
 
 
PNEUMOTÓRAX 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas 
2020 
 
 
CRISTIANE DA COSTA 
JOSELAINE DO VALE 
MICAELI RAMOS 
NÚBIA SENA 
SHIRLEY LAIANE NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
PNEUMOTÓRAX 
 
 
 
Relatório apresentado à Instituição de ensino Superior 
Faculdade Santo Antônio aprovado como requisito parcial à 
disciplina de Fisioterapia aplicada Pneumologia, ministrada pela 
Prof. Marilene Goncalves, para obtenção de Bacharelado em 
Fisioterapia. Tal escrito tem o intuito de concentrar informações 
a respeito do Pneumotórax. 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas 
 2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.0 INTRODUÇÃO ................................................................................ 03 
2.0 CONCEITO ..................................................................................... 04 
3.0 ETILOLOGIA .............................................................................. 04-05 
4.0 FISOPATOLOGIA ...................................................................... 05-06 
5.0 DIAGNÓSTICO ............................................................................... 07 
6.0 TRATAMENTO .......................................................................... 08-09 
7.0 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO ............................................ 10 
8.0 CONCLUSÃO .................................................................................. 11 
9.0 REFERÊNCIAS ............................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 A importância do estudo do pneumotórax é justificada por ser uma 
doença frequente e ocasiona consequências ventilatórias e hemodinâmicas variáveis 
que podem, em alguns casos, levar ao óbito. O pneumotórax pode ser classificado em 
quatro modalidades: espontâneo primário, espontâneo secundário, traumático e 
iatrogênico. O pneumotórax espontâneo primário ocorre na ausência de doença 
pulmonar subjacente ou trauma. O pneumotórax espontâneo secundário ocorre 
associado a uma doença pulmonar subjacente e demonstra maior gravidade. Nos 
traumatismos torácicos, tanto abertos quanto fechados, o pneumotórax aparece como 
uma complicação comum, como ruptura do parênquima pulmonar ou rupturas 
traqueobrônquicas e do esôfago. E o pneumotórax iatrogênico onde as causas mais 
comuns, estão os acessos venosos profundos, sendo mais frequente nas punções da 
veia subclávia. Na manifestação clínica do pneumotórax é observado dor torácica 
ventilatório dependente, dispneia e tosse seca. O diagnóstico é realizado pelo exame 
físico, radiografia e tomografia computorizada. O tratamento depende da severidade 
do pneumotórax e da natureza da doença de base (Silva Junior et.Al., 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2.0 CONCEITO 
 O pneumotórax caracteriza-se pela presença de ar no espaço pleural. O 
espaço pleural é dito como virtual, ocupado por uma pequena quantidade de líquido 
adsorvente antiabrasivo, e apresenta uma pressão subatmosférica. O pneumotórax é 
o acúmulo de ar no interior do espaço pleural com algum grau de colapso pulmonar 
(Silva Junior et.Al., 2007). 
 
3.0 ETIOLOGIA 
Silva Junior et Al. (2007) afirma que por muitos anos acreditou-se ser o 
pneumotórax uma complicação da tuberculose, até que, em 1932, Kjaergaard 
enfatizou a ruptura de bolhas subpleurais como principal etiologia. 
Segundo Gomes (2015), o pneumotórax é classificado em espontâneo 
(primário ou secundário) e não espontâneo (traumático). 
O pneumotórax espontâneo primário ocorre em pacientes sem doença 
pulmonar subjacente ou evidente, enquanto que o secundário surge como 
complicação de doença pulmonar previamente conhecida. Tanto no primeiro 
caso como no segundo caso, não deve existir nenhum fator ou agente causal 
que esteja diretamente relacionado ao aparecimento do pneumotórax. 
(GOMES,2015) 
Segundo Gomes (2015), a incidência de pneumotórax espontâneo primário é 
de cerca de 6 a 10 casos por 100 mil habitantes por ano, a doença incide 
predominantemente em homens, mais altos e mais magros, com idade entre 20 e 40 
anos, quase sempre é unilateral, um pouco mais frequente a direita. 
“Há estudos que mostram uma tendência familiar de caráter autossômico 
dominante. É mais comum nos fumantes devido à inflamação das vias aéreas, sendo 
proporcional ao número de cigarros por dia”. (Gomes,2015) 
A incidência do pneumotórax espontâneo secundário é semelhante à do 
primário, sendo mais frequente em pacientes acima dos 60 anos de idade. O 
pneumotórax traumático surge como consequência de um trauma de tórax 
aberto ou fechado, bem como consequência de procedimentos 
intervencionistas com finalidade terapêutica ou diagnóstica, sendo estes 
casos, frequentemente, rotulados como pneumotórax iatrogênico. 
(GOMES,2015) 
 
 
5 
 
Silva Junior et Al. (2007) traz um quarto tipo de pneumotórax, o iatrogênico, que 
pode ser considerado uma doença da modernidade devido aos diversos 
procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos encontrados hoje. Entre suas 
causas mais comuns, estão os acessos venosos profundos, sendo mais frequente nas 
punções da veia subclávia. 
Na biópsia por punção transparietal com agulha fina, observa-se 
pneumotórax como complicação em 19,9% dos casos. Outras causas 
comuns são a toracocentese, biópsia transbrônquica, ventilação mecânica e 
manobras de ressuscitação cardiorespiratória. (SILVA JUNIOR, et Al., 2007) 
 
4.0 FISIOPATOLOGIA 
“Os pulmões, em condições normais, tendem ao colapso e isto só não acontece 
devido à ação das pressões atmosférica e pleural”. (Gomes,2015) 
Durante quase todo ciclo respiratório a pressão no interior dos brônquios é 
maior que a pressão intrapleural, por conta da elasticidade (retração elástica) 
intrínseca do pulmão, ou seja, a pressão no espaço pleural é negativa em 
relação à pressão atmosférica. O gradiente de pressão resultante mantém a 
pleura visceral aposta contra a pleura parietal na parede torácica, em um 
equilíbrio dinâmico que é rompido quando se estabelece comunicação entre 
o meio externo e a cavidade pleural. (GOMES,2015) 
Segundo o autor, a penetração do ar alterando todo esse equilíbrio pressórico 
torna a pressão na cavidade pleural positiva. A interposição de ar entre as pleuras 
caracteriza o pneumotórax, que pode ter origem a partir de rotura da pleura visceral, 
parietal ou por descontinuidade da pleura mediastinal, na lesão do esôfago ou de vias 
aéreas. 
Quando os níveis tensionais no interior da cavidade pleural se elevam acima 
da pressão atmosférica, se instala um quadro de pneumotórax hipertensivo 
que ocorre por um mecanismo, provavelmente, valvular e unidirecional. Há 
desvio do mediastino para o lado contralateral, pinçamento das veias cavas 
com obstrução do retorno venoso ao coração, diminuição do débito cardíaco, 
dispnéia, hipoxemia e choque circulatório. Uma rara complicação deste 
quadro é a Síndrome de Horner, devido à tração sobre o gânglio simpático, 
produzida pelo desvio do mediastino. (GOMES,2015) 
Segundo Andrade Filho, Campos e Haddad (2006) pneumotórax espontâneo 
primário ocorre em pacientes sem doença pulmonar evidente. O pneumotórax 
espontâneo secundário ocorre como complicação de doença pulmonar conhecida, 
 
6 
 
como enfisema bolhoso, asma, ou rolha de secreção em paciente com doença 
pulmonar obstrutiva crônica. 
No pneumotórax espontâneo primário, são encontradas bolhas ou lesões 
subpleurais, particularmente nos ápices, em 76% a 100% dos pacientes 
submetidos a cirurgia torácica vídeo-assistida, e virtualmente em todos os 
pacientes submetidos a toracotomia. (ANDRADE FILHO, CAMPOS e 
HADDAD, 2006) 
Segundo Lyra (2015), a patogeniado pneumotórax espontâneo primário pode 
ser mais bem compreendida pelo entendimento das lesões enfisematosas do pulmão. 
O autor apresenta descrições da lesão anatômica denominada bleb, distinguindo-a 
anatomicamente do enfisema bolhoso (bolhas enfisematosas subpleurais) 
denominado de bulla; a classificação do enfisema bolhoso, que origina as bolhas 
enfisematosas subpleurais (bullae) é dada em três tipos: tipo I, pequena quantidade 
de tecido pulmonar hiperinsuflado com base estreita (pediculada) e sem parênquima 
pulmonar no interior; tipo II, hiperinsuflação relativamente menor com base larga 
(séssil), usualmente com pulmão evanescente no interior; e tipo III, hiperinsuflação de 
uma grande porção do pulmão estendendo-se até o hilo pulmonar, sem borda definida 
e com parênquima evanescente em toda bolha. 
“A distensão da bolha de enfisema promove um extremo adelgaçamento na 
sua estrutura. [...] a distensão da bolha enfisematosa ocorra devido à menor tensão 
superficial de sua parede”. (Lyra, 2015). O autor destaca que existem evidências da 
etiologia congênita, entretanto, a patogênese das bolhas enfisematosas subpleurais 
permanece discutível. 
As principais consequências fisiológicas dependem da magnitude do 
pneumotórax, da condição do pulmão subjacente e do nível tensional, que 
ocasionam restrição à ventilação pulmonar. Ocorre uma redução dos volumes 
pulmonares, da capacidade vital e de difusão, da complacência pulmonar e 
da pressão alveolar de oxigênio (PaO2). (GOMES, 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
5.0 DIAGNOSTICO 
Mesmo o grande avanço tecnológico obtido nas últimas décadas com outros 
métodos de imagem, como Tomografia Computadorizada, Ressonância Nuclear 
Magnética e Ultrassonografia, não foi capaz de diminuir a importância da radiografia 
simples de tórax no atendimento emergencial. Sua ampla disponibilidade, baixo custo 
e rapidez, podendo ser realizada “no leito” em paciente com instabilidade clínica, 
fazem da radiografia simples de tórax um dos primeiros exames complementares a 
serem solicitados na maioria dos casos atendidos no Serviço de Emergência. Além 
disso, o paciente tem uma exposição à radiação menor, sem contar seu baixo custo 
(BRENTANO et.Al., 2008). 
Sua característica radiográfica é uma linha pleural visceral sem as marcas 
distais do pulmão, ou seja, não se visualiza a trama vascular em sua periferia. Um 
grande pneumotórax é radiograficamente definido como mais de 2cm entre a pleura 
visceral do pulmão e a parede torácica; e isto é uma indicação de drenagem do 
pneumotórax. (BRENTANO et.Al., 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Radiografia de tórax PA demonstra 
pneumotórax. A seta indica a 
posição da pleura visceral 
(BRENTANO et.Al., 2008). 
 http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882682/interpret
ando-a-radiografia-de-torax-na-emergencia.pdf 
 
8 
 
 
6.0 TRATAMENTO 
O tratamento do pneumotórax é muito variado e depende de vários fatores. 
Podem ser tomadas condutas deste tratamento mais conservadores, como a 
observação domiciliar, até a toracotomia com ressecção pulmonar e pleurectomia. A 
conduta no pneumotórax varia de acordo com três aspectos: etiologia, magnitude e 
condições clinicas do paciente. As modalidades de tratamentos são (FILHO, et. Al., 
2006). 
Pneumotórax espontâneo primário. 
 Com condição clinica estável e magnitude pequeno < 3cm. Nestas 
circunstancias, a conduta é conservadora, com uso de analgésicos e repouso relativo. 
o paciente deve ser mantido no setor de emergência e, após quatro a seis horas, 
reavaliado clinica e radiologicamente. Se estável pode ser liberado para reavaliação 
no dia seguinte. Confirmada a estabilidade após 24 horas iniciais o paciente pode ser 
acompanhado ambulatorialmente até a resolução completa do pneumotórax, 
confirmada por radiografia de tórax (FILHO, et. Al., 2006). 
 Na condição clinica com paciente estável e magnitude de pneumotórax grande 
> 3cm o paciente deve ser hospitalizado por 24 horas e deve ser realizado algum 
procedimento invasivo que assegure a reexpansão do parênquima pulmonar 
colapsado. Dentre os procedimentos indicados de uma simples aspiração do 
pneumotórax como forma de tratamento inicial ou drenagem torácica, com objetivo de 
manter a saída de ar secundaria a uma eventual fistula aérea, evitando punçoes 
aspirativas seriados (FILHO, et. Al., 2006). 
Na condição clinica com paciente instável e magnitude < 3 cm ou > 3 cm deve 
ser tratado na mesma maneira que pneumotórax grande magnitude o procedimento 
deve ser feita com urgência para descompressão imediata do pneumotórax e reversão 
da instabilidade clinica ou na impossibilidade de uma drenagem torácica imediata por 
falta de material ou profissional capacitado, pode ser feito uma punção simples com 
cateter fino para descompressão até a realização da drenagem definitiva (FILHO, et. 
Al., 2006). 
 
 
9 
 
Pneumotórax espontâneo primário recidivado 
Uma vez diagnosticado um pneumotórax espontâneo recidivado, não basta a 
realização de procedimentos que confiram a expansão pulmonar. É necessário a 
realização de alguns procedimentos que propicie o controle das recidivas. O 
tratamento de escolha nestes casos é a videotoracoscopia. Na identificação de uma 
região suspeita para a gênese do vazamento de ar, como bolhas subpleurais, é feita 
a ressecção deste segmento pulmonar por meio de grampeadores lineares cortantes. 
A pleurodese por aspersão de talco pode ser realizada, mas é controversa em virtude 
dos possíveis efeitos colaterais sistêmicos relatados com uso do talco por via 
intrapleural. A toracotomia é uma opção cirúrgica, pode ser convencional ou axilar a 
qual permite a manipulação pulmonar e também procedimento de pleurodese (FILHO, 
et. Al., 2006). 
Toracoscopia no primeiro episódio de pneumotórax espontâneo primário 
A toracoscopia nestes casos pode não ser suficiente e uma toracotomia muitas 
vezes é realizada para um descolamento (decorticação) suficiente para a total 
expansão pulmonar (FILHO, et. Al., 2006). 
Pneumotórax espontâneo secundário 
Nos casos em que a patologia primaria está controlada, o tratamento do 
pneumotórax segue as mesma regras do pneumotórax primário, com algumas 
ressalvas: a internação é obrigatória pois o índice de mortalidade maior nas recidivas 
implica em se considerar procedimento de prevenção de recorrência (pleurodese), 
mesmo no primeiro episódio. A drenagem torácica com dreno tubular é sempre o 
tratamento inicial de escolha, exceto em pacientes estáveis com pneumotórax muito 
pequeno (laminares, ou < 1 cm) (FILHO, et. Al., 2006). 
Pneumotórax adquirido 
 O tratamento depende do tamanho do pneumotórax, condições clinicas do 
paciente, doenças associadas e presença ou não de ventilação positiva. Nos 
pacientes submetidos a pressão positiva, a drenagem é sempre obrigatória, sem o 
uso de ventilação mecânica com pressão positiva, a necessidade de drenagem segue 
as mesmas regras do pneumotórax espontâneo primário (FILHO, et. Al., 2006). 
 
 
10 
 
7.0 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO 
As condutas fisioterapêuticas que são utilizadas ao longo do tratamento de um 
PTX são a AFE (aumento do fluxo expiratório), manobra de compressão e 
descompressão, estímulo da tosse e manobras de mobilização e alongamento 
muscular, tendo como objetivo promover higiene brônquica, manter ventilação 
pulmonar e estimular as atividades motoras. A fisioterapia respiratória, através da 
utilização da AFE associado a descompressão e direcionamento de fluxo, busca a 
reexpansão pulmonar e higiene brônquica, potencializando a fisiologia pulmonar 
normal, através de variações de fluxos aéreos, para desobstrução brônquica e 
homogeneização da ventilação pulmonar. 
Sarmento (2005) diz que a fisioterapia em casos de pneumotórax que abranjam 
menos de 20% da área pulmonar, não existe indicação absoluta de drenagem 
torácica, e o paciente deve ficar em repouso relativo. Portando, nessasituação o 
fisioterapeuta deve adotar uma conduta totalmente expectante, ficando sempre atento 
a uma possível piora do quadro respiratório para só aí atuar de forma abrangente. 
Entretanto, nos casos em que ocorra abrangência de mais de 20% da área pulmonar 
total, indica-se a drenagem torácica. 
 Diante da sintomatologia destes pacientes, o fisioterapeuta tem total liberdade 
para realizar técnicas reexpansivas, até mesmo com pressão positiva intermitente. As 
técnicas desobstrutivas baseadas em compressão torácica só devem ser realizadas 
nas situações em que não haja fraturas de arcos costais, como nos casos de 
pneumotórax hipertensivo causados por pressão positivas em excesso, trauma 
penetrante e passagem de cateter venoso central. Porém, se as fraturas forem 
unilaterais, o outro lado do tórax deve ser explorado normalmente sem restrições a 
manobras compressivas. Em razão da insuficiência respiratória destes pacientes, 
pode levá-lo a ventilação mecânica ou ser causa da intubação endotraqueal 
(SARMENTO, 2005 apud EVANGELISTA, 2018). 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
8.0 CONCLUSÃO 
O pneumotórax foi a primeira doença reconhecida no espaço pleural e, durante 
muito tempo, foi o grande obstáculo para o desenvolvimento da cirurgia torácica O 
manejo do pneumotórax no trauma torácico fechado inicia com a verificação dos sinais 
vitais do paciente para determinar se há instabilidade hemodinâmica ou outros fatores 
potencialmente letais. Nessa etapa é recomendável realizar uma radiografia de 
tórax.A grande maioria dos quadros de pneumotórax se resolve com a drenagem 
pleural fechada. A meta do tratamento é retirar o ar do espaço pleural e permitir que 
o pulmão volte a inflar. A videotoracoscopia, por ser procedimento minimamente 
invasivo, assume papel de destaque, sendo a opção de tratamento cirúrgico em 
evidência. 
.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
9.0 REFERÊNCIAS 
BRENTANO, Vicente Bohrer et al. INTERPRETANDO A RADIOGRAFIA DE TÓRAX NA 
EMERGÊNCIA: pneumotorax. Contribuição da Interpretação da Radiografia Simples de 
Tórax na Sala de Emergência.: radiografia pneumotórax, Sao Paulo, v. 2, n. 58, p. 64-76, 16 
mar. 2008. 
EVANGELISTA, Arley Rodrigues; et al. Intervenções Fisioterapeuticas no tratamento e 
estabilização de pacientes com Pneumotórax. Encontro de Extensão, Docencia,e iniciação 
cientifica, V.5, n.1 (2018). 
FILHO, Laerto O.A.; CAMPOS, José R.M.; HADDAD, Rui. Pneumotórax. supl 4. cap. 8. São Paulo: j 
Bras Pnemol. 2006; 212-216 p. 
GOMES, Cláudio Amaro. Pneumotórax. Sociedade Brasileira de Cirurgia. 2015. Disponível em: << 
https://www.sbct.org.br/wp-content/uploads/2015/04/pneumotorax.pdf>> 
Acesso em: 10/06/2020 
SILVA JÚNIOR, Jorge Luiz da. Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas. 
Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n2, de 2007. 
Disponível em: << http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/480.pdf>> 
Acesso em: 10-11/06/2020 
LYRA, Roberto de Menezes. A etiologia do pneumotórax espontâneo primário. Jornal Brasileiro 
de Pneumologia. 42(3). 2016. p. 222-226. 
Disponível em: << https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v42n3/pt_1806-3713-jbpneu-42-03-00222.pdf>>. 
Acesso em: 10/06/2020 
ANDRADE FILHO, Laert Oliveira; CAMPOS, José Ribas Milanez de; HADDAD, Rui. Pneumotórax. 
Jornal Brasileiro de Pneumologia. n.32(4). 2006. p. 212-216 
Disponível em: << https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v32s4/31840.pdf>> 
Acesso em: 10/06/2020

Continue navegando