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Atualidades do mundo

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SISTEMA DE ENSINO
ATUALIDADES
Atualidades do Mundo
Livro Eletrônico
LUIS FELIPE ZIRIBA
Formado em Geografia pela Universidade de 
Brasília, leciona desde 2001 em cursos e pla-
taformas variadas pelo Distrito Federal, tendo 
começado em pré-vestibulares, seguindo para 
preparatórios para o concurso de admissão à 
carreira diplomática, escolas de ingresso na 
carreira militar (espcex) além de lecionar para 
os mais concorridos concurso do Brasil, tais 
quais Câmara dos Deputados, Senado Federal, 
BC ,PF, PCDF ,entre outros, promovendo nes-
tes últimos, principalmente, aulas na frente de 
Atualidades e de Realidade do DF
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ATUALIDADES
Atualidades do Mundo
Prof. Luís Felipe Ziriba 
1. Atualidades América Latina e EUA .............................................................5
1.1. A América Latina: Conceito Cultural e Geográfico e um Pouco de História.....5
1.2. A Esquerdização na América Latina na Década Passada e o Atual Momento 
Político e suas Diferenças (2019) ..................................................................7
1.3. Atualidades e Questões Mais Críticas na América Latina (e em Especial na 
Pobre América Central) .............................................................................11
1.5. A UNA Sul x Pró-Sul ...........................................................................24
1.6. O MERCOSUL ....................................................................................26
1.7. A Venezuela ......................................................................................36
1.8. Os Estados Unidos Hoje ......................................................................42
2. Atualidades Europa, Oriente Médio, Rússia e China ....................................63
2.1. A Europa, União Europeia e seus Contextos Atuais mais Importantes ........63
2.2. A Guerra na Síria e o Contexto Geopolítico no Oriente .............................71
2.3. Rússia ............................................................................................ 100
3. Temas Globais Atualidades ................................................................... 121
3.1. Tecnologia ....................................................................................... 121
3.2. O Aquecimento Global ...................................................................... 134
3.3. A Questão do Ártico .......................................................................... 155
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Atualidades do Mundo
Prof. Luís Felipe Ziriba 
Introdução
Caro(a) aluno(a), olá.
Eu me chamo Luis Felipe e é com imenso prazer e entrega que conduzirei você 
nesta jornada de conhecimentos acerca dos pontos mais relevantes de Atualidades 
Mundo em preparação para provas de concursos.
Par tal, com vistas a auxiliá-lo(a) em nossa aula, dividi, portanto, este nossa 
interessante aula em 3, ok?
Então vamos a elas:
• Aula 1 – Atualidades: América Latina e EUA.
• Aula 2 – Atualidades: Europa, Oriente Médio, Rússia e China.
• Aula 3 – Atualidades: Temas Globais / Tecnologia e Meio Ambiente.
Destaco, caro(a) aluno(a), ser extremamente necessário que se realize 
a leitura e compreensão integral dos temas abaixo – e seus respectivos 
textos complementares, mesmo que haja nos editais recortes balizando perío-
dos mais específicos, tal como pode e costuma acontecer (como em nosso edital da 
ALEPI que pinça as notícias divulgadas na mídia dos últimos seis meses).
Destaco isso, pois apenas ao promover a compreensão do todo, e somente a 
leitura retórica acerca dos temas desde seu início é que se torna possível compre-
ender-se ao fim os contextos mais recentes. E não há como fugir!
Pode confiar nessa informação – até porque, bastaria a nós, digo, se não fosse 
assim, que assinássemos um jornal de massa e lêssemos o acervo de notícias pro-
duzido ao longo dos últimos 6 meses; ou de um ano ou mais, que fosse.
Contudo, é importante entender, não funciona assim, pois a disciplina Atualida-
des não está restrita simplesmente a uma coleta de notícias com base no recorte 
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ATUALIDADES
Atualidades do Mundo
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estipulado pelos editais e fim… Em Atualidades existem contextos que devem ser 
percebidos enquanto seus espaços geográficos, agentes, ocasiões e antecedentes.
Bom, sendo assim, visto isto, sigamos juntos em torno da aprovação:
1. Atualidades América Latina e EUA
1.1. A América Latina: Conceito Cultural e Geográfico e um 
Pouco de História
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O conceito (termo) América Latina atende a um viés cultural que se en-
contra relacionado aos países que possuem línguas latinas (no caso português, 
castelhano e francês) como sendo as línguas oficiais.
A região em tela engloba 20 países (em azul no mapa acima): Argentina, Bo-
lívia, BRASIL, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guiana 
Francesa, República Dominicana, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Pa-
raguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Vale destacar que no subcontinente da América 
do Sul não constam dentro desta divisão dois países: o Suriname, e a Guiana.
No caso do subcontinente da América do Norte; Estados Unidos, Canadá e Mé-
xico – apenas este último é considerado como sendo um país latino-americano.
Não é necessário decorar o nome de todos os países da América Latina, mas é 
fundamental que entendamos que o contexto linguístico-cultural atam tais países 
dentro desta importante regionalização.
Considera-se que o termo “América Latina” fora utilizado pela primeira vez no 
ano de 1856 pelo filósofo chileno Francisco Biloba e, no mesmo ano, também pelo 
escritor colombiano José María Torres Caicedo, sendo expressão aproveitada 
pelo imperador francês Napoleão III durante sua invasão francesa no Mé-
xico como forma de incluir a França – e excluir assim os anglo-saxões – 
entre os países com influência na América, citando também a Indochina como 
área de expansão da França na segunda metade do século 19.
Devemos também observar que, em mesma época, foi criado o conceito de 
Europa Latina, este qual englobaria as regiões de predomínio de línguas români-
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cas. Michel Chevalier, político e economistaliberal francês que mencionou o termo 
“América Latina” em 1836, durante uma missão diplomática feita aos Estados Uni-
dos e ao México, o fez com o mesmo objetivo de Napoleão III: ou seja, atrair para 
o seio da França os países em descolonização na América.
1.2. A Esquerdização na América Latina na Década Passada e 
o Atual Momento Político e suas Diferenças (2019)
Um processo político de extrema relevância observado na América Latina dera-
-se pela entrada de uma série de governos de esquerda no poder, ao longo 
da década passada (2000-2010), em inúmeros países. Foi um período de 
apogeu na ascensão de governos de esquerda eleitos democraticamente 
e que tem seu início em 1999, quando o Presidente venezuelano Hugo Chávez 
toma posse pela primeira vez e declara que seu país, a partir de então, seria uma 
“República Bolivariana”. Essa mesma retórica de Chávez também foi utilizada 
pelos presidentes Rafael Correa, do Equador, e Evo Morales, da Bolívia, 
todos inspirados por Cuba (República socialista desde 1959) comandada 
pelos ditadores Fidel Castro e seu irmão Raul Castro.
Cuba, em 2018, passa o bastão da presidência para o engenheiro Miguel Canel, 
após quase 60 anos sob o governo dos irmãos de Fidel e Raul Castro.
É importante salientar que dentro da assepsia da palavra, a associação entre 
bolivarianismo e socialismo é questionável, na medida em que esse “bolivarianis-
mo” instituído por Chávez na Venezuela foi inspirado nos ideais de Simon Bolívar, 
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tais como o combate a injustiças e a defesa do esclarecimento popular e da liberda-
de. Mas a apropriação de seu nome por Chávez e outros mandatários latinos pode 
ser entendida como distorcida, pois Bolivar não era socialista de forma alguma 
(sendo em certos momentos um ditador de direita inclusive). Porém as práticas 
nestes países então adotadas, visando ao assistencialismo, as quais buscam 
dialogar com as necessidades dos extratos mais pobres de suas socieda-
des e vinculadas a Cuba (e sempre crítica aos Estados unidos) se encon-
tra enviesada, sem dúvidas, por um pensamento tipicamente qualificado 
como sendo de esquerda.
O mapa a seguir mostra como estavam divididos os governos na América Latina, 
mais especificamente a América do Sul, em 2009-2010. Note que a imensa maio-
ria dos países (em vermelho) era comandada por governos de esquerda.
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Atualmente, este cenário acima com governos de esquerda à frente de 
uma imensa maioria dos países sul-americanos mudou, e bastante. Então 
vamos analisar como houve tal câmbio no comando para, assim, chegar-
mos ao atual momento político-ideológico em 2019:
• Brasil: Michel Temer (direita) sucede Dilma Rousseff (esquerda) em 2016, 
sendo seguido pela eleição de Jair Bolsonaro (direita mais radical) em fins 
de 2018.
• Argentina: Maurício Macri (presidente de direita) se torna mandatário em 
2016, com mandato até fins de 2019, substituindo Cristina Kirchner (política 
declaradamente de esquerda).
Assim, aproveitando o ensejo, é importante analisarmos alguns contextos a 
seguir recentes e atendentes ao cenário da Argentina em 2019 considera-
dos os mais importantes em nosso país vizinho:
Inicialmente, vale destacar que o Presidente Mauricio Macri assume (2016) sem 
grande apoio popular e buscando realizar reformas estruturais, tais quais a pre-
videnciária, com cortes em salários e combate ao déficit orçamentário. Como re-
sultado, após 3 anos completos de governo, Macri vivencia em seu último ano de 
mandato (2019) um cenário de enorme insatisfação popular – e os números não 
nos deixariam mentir. Em 2019, o nosso vizinho mais importante vive mais 
um ano de aguda crise econômica.
• Em 2018 a economia regrediu (queda no PIB) em torno de -2%. A mesma 
previsão, ou seja, regressão do PIB também na casa dos -2% é esperada 
para 2019.
• A inflação de 2018 foi uma das 5 mais altas no Mundo, atingindo o índice de 
48% a.a. Para 2019 a expectativa gira em torno de 40% de inflação.
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• Em 2018 o peso argentino sofreu a incrível desvalorização de 115% em rela-
ção ao dólar.
• Outros indicadores econômicos/sociais vão muito mal na Argentina. O de-
semprego atinge taxa de mais de 10%, sendo que a pobreza já se instalou 
em 32% da população total do país.
• Com vistas a respirar um pouco mais aliviada em meio à crise, em 2018, 
a Argentina solicitou ao FMI a maior ajuda já paga pelo Fundo, recebendo 
57 bilhões.
Em fins de out./2019 devemos ter muita atenção às eleições presidenciais argenti-
nas, em que o grupo de Cristina Kirchner (ex-presidente de esquerda) pode voltar 
ao poder, após 4 anos, capitaneado pelo candidato de centro-esquerda (o favorito 
nas pesquisas) Alberto Fernandéz.
• Paraguai: Fernando Lugo, o único presidente de esquerda do Paraguai 
em todos tempos, foi impeachmado em 2012. O atual mandatário local se 
chama Mario Benitez e tomou posse em 2018 pertencendo aos quadros da 
direita – radical paraguaia, sendo o seu pai ajudante de primeira or-
dem do ditador Alfredo Strossner.
• Peru: Pedro Pablo Kuczynski toma posse em 2018 (presidente de direi-
ta), sucedendo Olantu Humalla (presidente de esquerda), sendo, contu-
do, preso por corrupção fins de 2018 ao longo do mandato. Seu antecessor 
de esquerda, Ollanto Umalla, também está preso.
 – Em 17 de Abril de 2019 uma tragédia se sucede no país, quando o ex-
-presidente Alan Garcia (centro-direita e 2 mandatos entre 2005-2011), 
acusado de corrupção, prestes a também ser preso, se suicida com um 
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tiro na cabeça ao perceber a chegada da polícia em sua residência para 
cumprimento de mandato de prisão. Todos estes presidentes peruanos são 
acusados de corrupção envolvendo, entre outras empresas, principalmente 
a construtora brasileira Odebrescht.
• Chile: Sebastian Pinera (presidente de direita) toma posse em mar./2018 
para assumir o lugar de Michelle Bachelet (presidente de esquerda). Vale 
destacar que há 15 anos o Chile vem alternando por vias democráticas go-
vernos de esquerda e de direita com estes dois personagens citados sempre 
ao centro.
E assim, caro(a) aluno(a), para efeitos de provas de Atualidades, podemos afir-
mar que hoje em dia a América do Sul não vivencia mais uma onda esquer-
dizante, sendo tal movimento uma realidade da década passada.
Permanecem no contexto político sul-americanocom governos de esquerda apenas 
o Uruguai (com esquerda considerada mais moderada), Bolívia (Evo Morales como 
presidente tentando em fins de 2019 sua 4a reeleição) e a Venezuela (com Nicolás 
Maduro, dando sequência ao chavismo mesmo que a duríssimas penas).
1.3. Atualidades e Questões Mais Críticas na América Latina (e 
em Especial na Pobre América Central)
• A Questão da Miséria
• As Economias Frágeis
• O Aquecimento Global
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• Novas Tecnologias e Perdas de Postos de Trabalho
• A Nova Diáspora Migratória
1.3.1 A Questão da Miséria e das Fragilidades Econômicas
Segundo a CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) – braço 
da ONU, que promove estudos econômicos e sociais para a região – estima-se 
que, em 2018, 29% dos latino-americanos viviam na pobreza e 10% na 
pobreza extrema, uma porcentagem quase idêntica à de anos anteriores. São 
184 milhões de pessoas, dos quais 62 milhões vivem na indigência, no limite da 
subsistência, situado em dois dólares por dia. Estes indicadores de queda na po-
breza ao longo das duas últimas décadas, foram bastante positivos, ou seja, 
houve de fato uma forte retirada de pessoas da pobreza na América Latina, mas 
atualmente considera-se que em grande parte do continente os governos 
perderam a força em manter o ritmo de retirada de população da pobreza 
e da miséria.
Elucidando melhor tal questão destaco matéria do portal do Jornal O Globo de 
15/01/2019.
Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/taxa-de-pobreza-atinge-184-milhoes-de-pessoas-na-
-americá-latina-revela-cepal-23374086
Taxa de pobreza atinge 184 milhões de pessoas na América Latina, re-
vela Cepal
Relatório mostra ainda que 62 milhões de latino-americanos vivem em 
condições de extrema pobreza
SANTIAGO – A pobreza extrema afetou mais de 10% da população da América 
Latina (AL) em 2017, estimou na terça-feira um relatório da Comissão Econômica 
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para a América Latina e o Caribe (Cepal). São os piores dados desde 2008, e resul-
tam do fraco desempenho das economias regionais.
A taxa de pobreza extrema passou de 9,9% em 2016 para 10,2% da população 
em 2017, o equivalente a 62 milhões de latino-americanos, enquanto a taxa de 
pobreza – medida pela renda – permaneceu estável em 30%, ou 2% da população, 
equivalente a 184 milhões de pessoas.
“A proporção de pessoas vivendo em extrema pobreza continuou a crescer, se-
guindo a tendência observada desde 2015”, afirmou a Comissão Econômica para 
a América Latina e o Caribe (Cepal) ao apresentar seu relatório anual “Panorama 
Social da América Latina” na capital chilena.
Embora a região tenha alcançado avanços importantes entre a década passada 
e a metade da década atual, houve contratempos desde 2015, especialmente em 
termos de extrema pobreza – disse Alicia Bárcenas, secretária-executiva da Cepal, 
em entrevista coletiva.
De acordo com as projeções da entidade, em 2018 a pobreza cairá para 29,6% 
da população, o que equivale a 182 milhões de pessoas (dois milhões a menos que 
em 2017), enquanto a taxa de pobreza extrema permanecerá em 10,2%.
O Uruguai é o país com o menor percentual de pobreza, com 2,7% de sua po-
pulação vivendo nessa condição – enquanto o governo do próprio país aumenta 
esse número para 7,9%, como resultado de pensões e transferências recebidas por 
famílias de baixa renda. O mesmo ocorre em países como Costa Rica (15,1%) e do 
Panamá (16,7%).
Ele é seguido pelo Chile, com 10,7% (contra 8,6% da medição oficial). Esta 
redução foi associada ao aumento da renda do trabalho em domicílios com me-
nos recursos
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O Brasil, que sai de uma recessão, atingiu uma taxa de pobreza de 19,9%, se-
gundo as estimativas da Cepal, que não fornecem dados sobre a Venezuela
************************************************************
Associa-se a este fato também que, nos últimos 3 a 4 anos, mais ou menos, as 
economias por aqui perderam seus ritmos de crescimento, com grandes pa-
íses como a Argentina vivendo sempre em rota de crise, ou potências locais como 
o Brasil e a Venezuela experimentando quedas consideráveis em seus PIBs. Para se 
ter uma ideia, estima-se que apenas em 2017 (em cenário que se seguiu pior ainda 
em 2018), o PIB – Produto Interno Bruto – venezuelano tenha regredido em 15%, 
com uma inflação de mais de 2.000% ao ano.
No caso brasileiro, somando as perdas das Crises de 2015 e 2016, experimen-
tamos uma perda de quase 8% no PIB, isto em apenas 2 anos, nesta que pode 
ser considerada como a nossa pior Crise em termos numéricos (perdas no PIB) em 
todos os tempos (e sobre tal assunto veremos de forma esmiuçada à frente, em 
nossas aulas de Atualidades do Brasil).
No fundo, a América Latina sempre foi a região com as economias mais volá-
teis do mundo, isto hoje é um fato consumado. Há períodos de expansão e pros-
peridade que são subitamente substituídos por outros de estancamento, miséria e 
piora em índices socais.
Esses ciclos de ápice e queda costumam ser determinados pelos preços inter-
nacionais das matérias primas que a região exporta, e pela disponibilidade 
de empréstimos e investimentos que vêm de fora. Quando os preços do pe-
tróleo, cobre, café, soja etc. sobem no mercado mundial, a América Latina prospe-
ra. Quando caem, empobrece. Esta é atônica de nossa dependência em commodi-
ties*, sendo que tais produtos encontram-se em franca queda em seus preços ao 
longo dos últimos anos.
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O mesmo ocorre com bancos e empresas estrangeiras que, quando in-
vestem e abrem crédito, fazem as economias latino-americanas melhora-
rem. Já quando os empréstimos e investimentos estrangeiros cessam (e 
isso acontece com frequência ao mesmo tempo em que os preços das ex-
portações baixam), vem uma derrocada: desvalorização, inflação, desem-
prego, suspensão de programas sociais e quebras de bancos e empresas.
Naturalmente, os governos latino-americanos também são responsáveis por 
não fazer com que suas economias sejam menos vulneráveis às oscilações interna-
cionais. Mas é justo reconhecer que não é fácil neutralizar o impacto de um enorme 
choque econômico externo.
Commodities: produtos primários minerais e agrícolas, tais como soja, milho, pe-
tróleo e ferro (sem qualquer nível de manufatura) de uso global e que são taxados 
em bolsas de valores específicas, tais como a de Seul,Amsterdã e Chicago.
1.3.2 A Mudança Climática
É fato que, muito provavelmente por ser uma intempere global, nenhuma re-
gião escapará dos efeitos do aquecimento global, mas segundo a Organização das 
Nações Unidas, a América Latina é uma das áreas mais vulneráveis às mudanças 
do clima as quais continuarão aumentando em frequência, força, fatalidades e cus-
tos. As razões dessa alta vulnerabilidade do território vão da geografia às condições 
socioeconômicas e a demografia. A América Latina é a região mais urbanizada 
do planeta: 80% de seus habitantes vivem em cidades, onde a pobreza é 
uma realidade gritante que se traduz em casas muito precárias e estruturas urba-
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nas as quais qualquer tipo de intempere forma o caos. A corrupção também au-
menta a fragilidade da região diante da mudança climática – sendo frequente, por 
exemplo, que funcionários incumbidos de fiscalizar as estruturas locais autorizem 
construções inadequadas e façam vista grossa às violações de leis urbanísticas em 
troca de propinas.
A mudança climática trará muito provavelmente os choques externos 
mais transformadores que a América Latina já viveu. Mudarão onde e de que 
vivem os latino-americanos, o que produzem e o que gastam. E quais serão os con-
flitos domésticos e internacionais que precisarão enfrentar.
1.3.3 A Revolução Digital e o Emprego
Tais pressupostos do mundo moderno: Inteligência artificial, big data, robótica, 
blockchain, computação quântica e redes neurais são os campos em que as revolu-
ções tecnológicas mudam o mundo hoje em dia de forma impactante.
As possibilidades que essas novas tecnologias abrem são maravilhosas. Mas os 
problemas que apresentam também são enormes. Importante efeito indesejável da 
revolução digital é a possibilidade de destruir muitos postos de trabalho existentes, 
sem antes criar outros novos. Assim, na América Latina o impacto da automa-
ção sobre o mercado de trabalho deverá ser ainda mais forte. De acordo 
com a ONU, nas próximas décadas dois em cada três empregos formais na 
América Latina serão automatizados. O choque externo produzido pela revolu-
ção digital pode ser tão determinante como o da mudança climática.
1.3.4 A diáspora na América Central
A associação do contexto de letargia econômica, desemprego, pobreza, entre 
outros fatores supracitados, resultou em uma fuga contínua (que vem desde 
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a década de 1980 e se estende por 2019 de forma mais ainda radical) de 
população da América Central – países tais quais Guatemala, Honduras, El Sal-
vador, entre outros, rumo aos Estados Unidos. Acrescenta-se a isso, o cenário de 
extrema violência, tanto no campo como nas cidades no subcontinente central.
Uma eclosão de gangues urbanas e milícias rurais nestas duas últimas 
décadas colocou os países da América Central no topo do ranking global 
de violência: El Salvador e Honduras se revezam na liderança desta carni-
ficina em 2019, com média de número de homicídios por grupo de 100.000 
habitantes 3 vezes acima da média do Brasil.
Matéria extraída do New York Times, publicada na versão on-line do Jornal Ga-
zeta do Povo, em 22/10/2018, demonstra a real dimensão deste cenário de fuga na 
América Central. Leia-a seguir:
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/america-central-ignora-campanha-contra-mi-
gracao-feita-pelos-estados-unidos-2ekdtlioj20c06qds1mnjk78y/
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América Central ignora campanha contra migração feita pelos Estados Unidos
Pobreza extrema, falta de oportunidades e violência de gangues levam morado-
res de El Salvador, Honduras e Nicarágua a tentar fazer a travessia rumo aos EUA
Seis meses atrás, o marido de Liset Juárez arrumou algumas roupas em uma 
pequena sacola, abraçou seus três filhos, despediu-se e partiu em uma viagem de 
mais de 1.900 quilômetros até os Estados Unidos. Foi sua sexta tentativa de tentar 
cruzar a fronteira ilegalmente para encontrar trabalho.
O casal pegou emprestado com um amigo o equivalente a quase US$13 mil para 
pagar um traficante de pessoas pela viagem. Juárez disse que seu marido estava 
ciente dos perigos – contrabandistas inescrupulosos, travessias perigosas pelo de-
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serto e a possibilidade de ser sequestrado por cartéis de drogas mexicanos –, mas 
sentiu que tinha poucas alternativas na Guatemala, onde havia feito várias dívidas 
depois que seus negócios fracassaram.
“O que podemos fazer?”, perguntou Juárez no final de setembro, falando por 
meio de um tradutor. “Temos que alimentar nossos filhos.” Ela se recusou a dar o 
nome do marido, por medo de que ele fosse preso nos Estados Unidos por agentes 
de imigração e alfândega
O marido de Juárez está entre os milhares de guatemaltecos que vêm ignorando 
uma campanha com mensagens em outdoors e propagandas de rádio e TV feita 
pelos Estados Unidos e por governos da Guatemala que alertam contra a perigosa 
jornada para os EUA.
Milhares de pessoas, incluindo famílias inteiras, vindas das terras altas do oeste 
da Guatemala – uma área remota, rural e empobrecida, com uma população indí-
gena de língua maia – fizeram a jornada rumo ao norte, em busca de trabalho e 
uma vida melhor.
No ano passado, 42.757 guatemaltecos acabaram presos ou parados na fron-
teira dos Estados Unidos com o México, segundo dados do serviço de Alfândega e 
Proteção de Fronteiras. Eles foram responsáveis por quase metade de todos os mi-
grantes que tentaram entrar nos Estados Unidos com seus parentes. E os números 
estão aumentando. Dois anos atrás, pouco menos de um terço das famílias paradas 
na fronteira eram guatemaltecas.
Entrevistas com dezenas de pessoas em Concepción Chiquirichapa, uma cidade 
de quase dez mil habitantes, com um mercado público vibrante, revelaram que 
quase todo mundo tem algum membro da família – ou conhece alguém com paren-
tes – nos Estados Unidos.
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A razão para a diáspora é simples, segundo os moradores: a extrema pobreza.
Pobreza crônica
Cerca de 76% da população das terras altas do oeste da Guatemala está empo-
brecida e 67% das crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica, 
de acordo com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional 
(USAid).
Mais de um milhão de guatemaltecos nas áreas rurais da região não possuem 
eletricidade. Muitostêm pouco ou nenhum lucro com o café, o milho, o feijão e ou-
tros produtos agrícolas que cultivam, por causa do constante declínio dos preços. 
Somente a produção de café caiu 6% desde o ano passado, segundo o Departamen-
to de Agricultura, e os pequenos agricultores não conseguem cobrir seus custos.
Além disso, os moradores citam o tráfico de drogas, a corrupção generalizada 
no governo local e a extorsão que sofrem de gangues como motivos para sua de-
cisão de deixar cidades e vilas nas terras altas do oeste. “Temos que criar melho-
res oportunidades para as pessoas, para que possam ficar em casa”, afirma Víctor 
Manuel Asturias Cordón, que dirige o Programa Nacional de Competitividade (Pro-
nacom), uma agência do governo guatemalteco que promove o desenvolvimento 
econômico.
América Central ignora campanha contra migração feita pelos Estados Unidos. 
Pobreza extrema, falta de oportunidades e violência de gangues levam moradores 
de El Salvador, Honduras, Guatemala e Nicarágua a tentar fazer a travessia rumo 
aos EUA.
Seis meses atrás, o marido de Liset Juárez arrumou algumas roupas em uma 
pequena sacola, abraçou seus três filhos, despediu-se e partiu em uma viagem de 
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mais de 1.900 quilômetros até os Estados Unidos. Foi sua sexta tentativa de tentar 
cruzar a fronteira ilegalmente para encontrar trabalho.
O casal pegou emprestado com um amigo o equivalente a quase US$13 mil para 
pagar um traficante de pessoas pela viagem. Juárez disse que seu marido estava 
ciente dos perigos – contrabandistas inescrupulosos, travessias perigosas pelo de-
serto e a possibilidade de ser sequestrado por cartéis de drogas mexicanos –, mas 
sentiu que tinha poucas alternativas na Guatemala, onde havia feito várias dívidas 
depois que seus negócios fracassaram.
“O que podemos fazer?”, perguntou Juárez no final de setembro, falando por 
meio de um tradutor. “Temos que alimentar nossos filhos.” Ela se recusou a dar o 
nome do marido, por medo de que ele fosse preso nos Estados Unidos por agentes 
de imigração e alfândega.
O marido de Juárez está entre os milhares de guatemaltecos que vêm ignorando 
uma campanha com mensagens em outdoors e propagandas de rádio e TV feita 
pelos Estados Unidos e por governos da Guatemala que alertam contra a perigosa 
jornada para os EUA.
Milhares de pessoas, incluindo famílias inteiras, vindas das terras altas do oeste 
da Guatemala – uma área remota, rural e empobrecida, com uma população indí-
gena de língua maia – fizeram a jornada rumo ao norte, em busca de trabalho e 
uma vida melhor.
No ano passado, 42.757 guatemaltecos acabaram presos ou parados na fron-
teira dos Estados Unidos com o México, segundo dados do serviço de Alfândega e 
Proteção de Fronteiras. Eles foram responsáveis por quase metade de todos os mi-
grantes que tentaram entrar nos Estados Unidos com seus parentes. E os números 
estão aumentando. Dois anos atrás, pouco menos de um terço das famílias paradas 
na fronteira eram guatemaltecas.
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Entrevistas com dezenas de pessoas em Concepción Chiquirichapa, uma cidade 
de quase dez mil habitantes, com um mercado público vibrante, revelaram que 
quase todo mundo tem algum membro da família – ou conhece alguém com paren-
tes – nos Estados Unidos. A razão para a diáspora é simples, segundo os morado-
res: a extrema pobreza.
EUA Buscam Alternativas
Alarmados com o influxo de milhares de guatemaltecos na fronteira, as autori-
dades dos Estados Unidos começaram a procurar formas mais eficazes de conter o 
fluxo de migrantes.
No final de setembro, Kevin K. McAleenan, comissário do serviço de Alfândega e 
Proteção de Fronteiras, viajou para a Guatemala, Honduras e El Salvador – os três 
países que compõem a maior parte dos migrantes detidos na fronteira sudoeste. 
Na Guatemala, ele se reuniu com funcionários do governo, líderes de empresas e 
comunidades indígenas.
Segundo ele, apenas a aplicação da lei não pode impedir a migração de dezenas 
de milhares de guatemaltecos que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos. 
“Estou aqui para ouvir e entender as questões que vocês estão enfrentando para 
que possamos trabalhar juntos”, disse a um grupo de autoridades guatemaltecas 
em um centro para onde os migrantes retornam após serem deportados pelo ser-
viço de Imigração e Controle de Alfândegas.
McAleenan também visitou vários projetos financiados pela Agência para o 
Desenvolvimento Internacional, incluindo uma instalação de processamento de 
café na Cidade da Guatemala e uma fazenda em Quezaltenango, a maior cidade 
do planalto ocidental, onde novas variedades de milho e outros vegetais estão 
sendo cultivados.
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Reunido com vários líderes indígenas em uma mesa redonda em Quezaltenan-
go, McAleenan disse que entendia que a maioria das pessoas que saíam da região 
estava tentando encontrar trabalho.
Ele lembrou, no entanto, que cruzar ilegalmente a fronteira dos Estados Uni-
dos é crime e alertou sobre contrabandistas que enganam migrantes desespe-
rados, garantindo que eles podem permanecer nos Estados Unidos se chegarem 
com as famílias.
“Não há possibilidade de permanecer nos Estados Unidos se você trouxer uma 
criança nem de ficar se estiver grávida”, disse McAleenan. “Precisamos continuar a 
fornecer informações precisas para que eles não façam essa jornada perigosa, onde 
enfrentam agressões físicas e sexuais.”
Os Estados Unidos devem gastar mais de US$200 milhões em projetos nas 
terras altas do oeste nos próximos anos para criar empregos e reduzir a pobreza, 
disseram autoridades. E, este ano, têm procurado impedir a imigração ilegal re-
primindo duramente que as pessoas cruzem a fronteira – inclusive com a prática, 
agora extinta e amplamente condenada, de separar as crianças imigrantes de seus 
pais detidos e de outros parentes.
Mensagem Americana é Ignorada
A campanha de mensagens, no entanto, passou em grande parte despercebida. 
Nove outdoors na região montanhosa do oeste da Guatemala, pagos pelo governo 
dos Estados Unidos, alertam os migrantes em potencial sobre os perigos da viagem 
ao norte. As autoridades disseram que também colocaram anúncios em rádio e te-
levisão com avisos adicionais, a um custo total de cerca de US$750 mil.
Em toda a Guatemala, Honduras e El Salvador, o governo dos Estados Unidos 
está gastando cerca de US$ 1,3 milhão na campanha.
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Entrevistas com mais de uma dúzia de pessoas na maior cidade do planalto gua-
temalteco e em várias cidades pequenas, porém, mostraram que poucos morado-
res viram ou ouviram as advertências. Muitas das pessoas entrevistadas disseram 
que, de qualquer maneira, não seriam persuadidas a ficar.
Uma campanha de mensagens paralela e muito mais poderosa feita pelos trafi-
cantes de pessoas está ressoando de boca em boca.
Moradores disseram que veem propagandas diárias dos contrabandistas, 
ou coiotes, que prometem levá-los aos Estados Unidos. Em pelo menos uma 
estação de rádio comunitária de Quezaltenango, os traficantes oferecem re-
gularmente transporte e ajuda para financiar as viagens dos migrantes para 
o norte.
Os contrabandistas também são bastante ativos nas mídias sociais. Alguns pro-
movem seus serviços no Facebook, oferecendo-se para levar os migrantes para 
qualquer lugar da “união norte-americana”.
A pedido de autoridades dos Estados Unidos, o governo guatemalteco come-
çou a oferecer recompensas para pessoas que entregam contrabandistas. No 
entanto, levá-las a fazer isso tem sido uma luta “Ninguém os entrega, porque 
dentro da comunidade eles não são vistos como pessoas ruins”, explica Dora 
Alonzo, de 27 anos, que dirige uma organização em Quezaltenango para impe-
dir que crianças tentem migrar para os Estados Unidos. “Mas todo mundo sabe 
quem eles são.”
McAleenan, o comissário de Alfândega e Proteção de Fronteiras, disse que é 
cedo demais para julgar se a nova campanha de mensagens – em espanhol e lín-
guas indígenas – funcionou. “Temos que dar um tempo para ver se é eficaz para 
alcançar esse público e criar essa dissuasão”, afirmou ele.
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Chegada Confirmada
De volta a Concepción Chiquirichapa, Liset Juárez conta que seu marido final-
mente chegou aos Estados Unidos depois de quase meia dúzia de tentativas. Ele 
planeja ficar três anos. Com o dinheiro que ganha como operário, ela explica que 
planejam pagar suas dívidas e economizar para abrir outro negócio.
Perguntada se pretende se juntar ao marido nos Estados Unidos, ela balançou 
a cabeça negativamente. “Não posso abandonar meus filhos. Tenho três crianças 
que preciso sustentar aqui.
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1.5. A UNA Sul x Pró-Sul
A UNA SUL: União das Nações Sul – Americanas (com 12 países origi-
nalmente)
Embora não seja um bloco econômico, a UNA SUL origina-se basicamente da 
fusão dos países do MERCOSUL + CAN (Comunidade Andina das Nações), 
este último um bloco econômico criado em 1969 pelo Protocolo de Cartagena.
A UNA Sul foi criada em 2008 em Brasília. Formou-se através da intenção de 
se formalizar uma mutua de cooperação entre os países do subcontinente 
sul-americano com vistas a cooperações em setores como infraestrutura, 
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energia, educação, transportes entre outros. Obteve êxito inicial na medida 
em que havia um alinhamento entre quase todos países sul-americano em torno 
de governos de esquerda, isto entre o fim da década passada e também na entrada 
desta década.
Com o passar dos anos, contudo, uma série de países que tinham governos à 
esquerda mudaram os seus rumos político-ideológicos, indo novamente para a di-
reita – tal qual o Brasil, a Argentina e o Chile. Assim, a UnaSul se enfraque-
ceu, pois o seu propósito originário residia em torno de um alinhamento 
com base entre nações ideologicamente governadas pela esquerda. Neste 
período, ocorre também o ocaso absoluto daquele que é considerado como sendo 
o país bastião das esquerdas na América do Sul: a Venezuela.
Por fim, para se discutir a crítica situação venezuelana, formou-se um fórum por 
parte de países de direita do continente – tais quais Brasil, Argentina, Colômbia (e 
até o Canadá se incluiu, em um total de 14 participantes), denominado como Gru-
po de Lima: esta associação de países vem à luz no âmbito das relações 
internacionais regionais com vistas a que, por meio de uma agenda de reu-
niões e debates sejam buscados mecanismos que consigam dar solução ao 
drástico cenário de crise institucional e econômica que se arrasta faz anos 
na Venezuela. Visto isto, o Grupo de Lima origina também o embrião para 
a formação de uma nova mútua dos países sul-americanos, a PRÓ-SUL, 
englobando apenas países com direcionamentos políticos de direita.
Em Fevereiro de 2019, um acordo é formalizado no Chile com a presen-
ça do Presidente Jair Bolsonaro, resultando na formação do Pró-Sul, ou 
PronaSul. Consolida-se por este a divisão entre a Una-Sul e o Pro-Sul, sen-
do a primeira uma mútua mais antiga e agora esvaziada, a qual envolve os 
países ideologicamente à esquerda da América do Sul (atualmente apenas 
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o Uruguai, a Bolívia e a Venezuela). Já a nova mútua, chamada PróSul (ou 
PronaSul), integra os países da direita, liderados pelo Brasil, Chile, Argen-
tina e Colômbia.
Em suma:
• Unasul (União de Nações Sul-Americanas): iniciado em 2008, reúne, além 
dos países do MERCOSUL, Guiana e Suriname. Bolívia e Venezuela também 
são membros.
• Pronasul (Foro para o Progresso da América do Sul): reúne Argentina, Brasil, 
Chile, Paraguai, Peru, Colômbia, Equador e Guiana. Exclui Bolívia e Venezue-
la, governados por presidentes de esquerda.
1.6. O MERCOSUL
Formalizado pelo Tratado de Assunção de 1991, o MERCOSUL tem seu início 
conceitual um pouco antes disto, exatamente quando em meados da década de 
1980 Brasil e Argentina iniciam tratativas bilaterais frente à promoção de escalas 
mais liberalizadas de comércio entre ambos. Ou seja, a origem do MERCOSUL se 
deve à formação de uma Zona de Livre Comércio (ou ZLC) com base nos inte-
resses bilaterais do Brasil e da Argentina.
Outro embrião importante do MERCOSUL se encontra na ALADI (Associação La-
tino-Americana de Integração), um organismo intergovernamental criado em 1980 
que deu continuidade ao que buscara a Associação Latino-Americana de Livre Co-
mércio (ALALC), de 1960: promover a expansão da integração da região com vistas 
a garantir seu desenvolvimento econômico e social, tendo como ambiciosa meta 
finalística promover a criação de um mercado comum latino-americano.
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a) Membros do MERCOSUL
Atualmente o MERCOSUL possui 5 membros efetivos: Brasil, Argentina, Uru-
guai,Paraguai e Venezuela.
Os 4 primeiros citados acima são os membros originais do bloco – que 
desde o Tratado de 1991 fazem parte efetivamente. Já a Venezuela, entrou 
no bloco em definitivo somente em 2012.
Ha também os chamados membros associados: Bolívia (desde 1996), Chile 
(1996), Peru (2003), Colômbia (2004), Equador (2004), Guiana (2013) e Suri-
name (2013).
Em dezembro de 2016, por infringir em torno de 75% dos tratados e 20% das nor-
mas de livre comércio, a Venezuela foi suspensa do bloco. Meses depois, em 
agosto de 2017, o país sofre nova medida suspensiva, dessa vez de cunho 
político, em função de se retalhar a forma como o governo local e as forças oficiais 
trataram milhares de oposicionistas saídos às ruas da capital do país, Caracas, em 
protestos contra a formação da Assembleia Constituinte personificada por Nicolás 
Maduro. Mas, mesmo assim, com duas suspensões nas costas, segue a Ve-
nezuela ainda como sendo um país membro efetivo do MERCOSUL, ok?
b) Os Estágios de Formação dos Blocos Econômicos
Para que entendamos a atual formatação do MERCOSUL, em conhecimento que 
servirá quando mais a frente falarmos sobre o contexto da UNIÃO EUROPEIA, ve-
jamos como evoluem os blocos econômicos, as fases para a formação dessas mo-
dernas alianças e onde se encontra em 2019 o MERCOSUL:
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1ª Zona de Livre Comércio: É o primeiro estágio de um bloco. Ainda 
frágil, em termos de regras formais, mas revestido de protocolos de boa vontade 
acerca de se fomentar escalas liberalizadas de comércio entre os países. No caso 
do MERCOSUL, ocorre em fins da década de 1980 entre Brasil e Argentina.
2ª União Aduaneira (Tarifa Externa Comum): um avanço frente à ZLC. 
Regras mais rígidas e formação de uma tarifa externa comum. Este é o estágio em 
que o MERCOSUL se encontra encaixado mais plenamente hoje em dia.
3ª Mercado Comum: Nessa fase deve ocorrer a integração de seus indivíduos, 
o que inclui a livre passagem, livre residência e completa queda de barreiras 
frente, por exemplo ao livre ingresso nos mercados de trabalho. É interes-
sante notar que o MERCOSUL ainda não conseguiu de forma plena ingres-
sar nesta fase, pois, entre os países integrantes do bloco, ainda ocorrem barreiras 
burocráticas frente à plena liberalização do mercado de trabalho. Em termos de 
livre trânsito e residência, tais liberdades já se encontram garantidas (havendo, 
inclusive, um passaporte único do MERCOSUL e placas comuns de carro adota-
das desde 2019 em alguns estados do Brasil). Contudo, os entraves relativos 
a um mercado de trabalho liberalizado fazem com que este estágio, fundamental a 
um bloco econômico, o de mercado comum, ainda não tenha sido concretizado no 
bloco de forma plena.
A fim de aprofundar a agenda cidadã da integração, foi aprovado, em 2010, o Plano 
de Ação para a Conformação de um Estatuto da Cidadania que visa a ampliar e 
consolidar o conjunto de direitos e benefícios para os cidadãos dos Estados Partes. 
Alguns dos pressupostos, contudo, previstos para ocorrer até 2020 não conse-
guiram ser colocados para frente ainda, tal qual a plena liberalização dos mercados 
de trabalho dos países-membros.
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4ª União Econômica e Monetária: forma-se pela unificação de procedimen-
tos monetários, realizada em essência pela instituição de uma moeda única e de 
um Banco Central comum. Apenas a União Europeia alçou tal estágio quando em 
1999 institui o Euro como moeda oficial. Atualmente, encontram-se dormentes tais 
tratativas para o MERCOSUL dentro deste âmbito, tendo havido somente iniciativas 
pontuais que auxiliam ao intercâmbio de investimentos e no fomento financista 
dentre os países do bloco, mas que ainda não formam, nem de longe, uma União 
Econômica Monetária.
c) Os principais mecanismos de cooperação existentes no MERCOSUL:
A Corporação Andina de Fomento (CAF), que começou a operar em 1970, 
é uma instituição financeira multilateral sub-regional com características de banco 
de desenvolvimento: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai possuem em torno de 
20% do capital.
O Fundo de Convergência Estrutural (Focem), criado em 2004, mas que 
se tornou operacional apenas em 2007, é um fundo fiscal atrelado ao MERCOSUL.
No âmbito de um acordo de integração, mecanismos que visem a facilitar o co-
mércio intrarregional são de especial importância. É nessa perspectiva que se inse-
re o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), o qual entrou em vigor 
em 2008, entre Brasil e Argentina. No SML, a liquidação das transações para os 
importadores e exportadores é feita em moeda local, sendo apenas a compensação 
entre os bancos centrais feita em dólar.
d) Os entraves recentes do MERCOSUL
O MERCOSUL não vem conseguindo se projetar ao longo dos últimos 
anos um crescimento considerável, tanto em relação a sua força geopolítica 
como também em torno de sua força comercial.
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Alguns pontos precisam ser compreendidos acerca de certos entraves 
percebidos, os quais resultaram no enfraquecimento do bloco. Vamos aos 
principais, então:
• As assimetrias entre o tamanho das economias e a T.E.C: As tarifas ex-
ternas comuns visam determinar padrões iguais e formais ao intercâmbio en-
tre mercadorias por parte dos países integrantes de um bloco econômico. De 
forma simplificada, significa dizer que se o Brasil vende sapato para a 
Venezuela, e eles também vendem sapatos produzidos por lá ao Bra-
sil, ambos deverão ser taxados nas respectivas alfândegas dos res-
pectivos países em mesma tarifa. Mas no caso do MERCOSUL o que vem 
acontecendo é que uma série de exceções acerca de tais tarifas comuns (as 
TECs), com vistas a não se prejudicar os países menos competitivos do bloco, 
vem tendo espaço. Assim, com mais de uma centena de exceções na TEC no 
MERCOSUL, ficou mais difícil consolidar uma União Econômica no pleno.
• O protecionismo argentino: a Argentina, apesar de ter sido, ao menos no 
papel, uma entusiasta e defensora do MERCOSUL, veio ao longo dos anos 
promovendo medidas nitidamente protecionistas frente à sua indústria e ao 
seu mercado consumidor. O protecionismo ocorre quando um país busca por 
meio de medidas de aumentos na taxação dificultar a entrada de produtos 
estrangeiros em seus mercados, ou retendo a venda de produtos essenciais 
com vistas a provocar um aumento em seu preço no mercado externo, como 
no caso de sua política externa acerca do trigo e suas iniciativas para aumen-
tar o preço do cereal artificialmente. O protecionismo fere os princípios ba-
silares que levam ao fomento a um livre mercado e que permeiam o modelo 
ideal de funcionamento de um bloco econômico.
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• Novos parceiros comerciais dos países do MERCOSUL (China ao 
centro): um ponto fundamental de Atualidades acerca do MERCOSUL re-
side no fato de que o comércio intrabloco vem passando por um 
declínio considerável ao longo dos últimos quinze anos em média. 
Explica-se tal queda em função da entrada agressiva de um player global: 
a China, como forte parceiro comercial dos países do bloco e, se aprovei-
tando também à queda na produção industrial nos países do MERCOSUL 
que resultou em uma consequente perda na agressividade sobre os mer-
cados regionais de produtos manufaturados do próprio MERCOSUL, e em 
especial do Brasil e da Argentina. No caso brasileiro, o gigante oriental 
veio ultrapassando tradicionais parceiros comerciais para, atualmente, ter 
se fixado como o maior parceiro comercial do Brasil tanto entre as impor-
tações quanto para as exportações.
Para se ter uma ideia, o Brasil em 2018 comercializou quase 3 vezes mais com 
a China em se comparado à Argentina. A China possui atualmente cerca de 20% 
do comércio exterior brasileiro. Já a Argentina, relegada, ficou como nosso tercei-
ro maior parceiro comercial(atrás também dos EUA), não conseguindo abocanhar 
nem 7% das transações internacionais.
No gráfico a seguir, podemos perceber tal dinâmica, de queda no comércio entre 
o Brasil e o MERCOSUL ao longo dos últimos anos (2005-2015).
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Fonte: https://www.google.com/searchq=queda+nocomercio+intra+MERCOSUL&source=l-
nms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjq2YKpsczaAhVDDJAKHaKlBwoQ_AUICygC&biw=1152&-
bih=758#imgrc=HfDHGQzI5LkzmM.
e) A Formação de um Tratado de Livre Comércio entre União Europeia 
e MERCOSUL
Ponto fundamental em atualidades sobre o MERCOSUL diz respeito às 
tratativas frente à formação de um acordo pleno de liberalização entre a 
União Europeia e o MERCOSUL, seguindo avançadas tais negociações ao 
longo do ano de 2019.
Ainda sem prazo totalmente definido acerca do fim das negociações entre os 
blocos, essa enorme costura multilateral avançou enormemente ao longo 
dos últimos anos devendo, portanto, logo funcionar na prática.
Tal acordo já vinha sendo costurado, bem verdade faz mais ou menos 20 anos, 
mas esbarrou em alguns pontos. Um deles, bem latente, reside na França e a apre-
ensão que seus agricultores, sabidamente subsidiados e muito protegidos pelo Es-
tado e também pela política agrícola comum da União Europeia. Há ainda por parte 
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dos setores agrícolas europeus temores acerca sobre como a alta competitividade 
dos parques agrícolas da Argentina e, principalmente do Brasil, os impactarão. Re-
side também uma premissa, caso um acordo comercial UE/MERCOSUL ganhe for-
ma, em que um compêndio de regras mais claras e menos patriarcais por parte dos 
governos locais europeus, com o fim dos auxílios à produção agrícola – conhecidos 
por todos como “subsídios”, seja realidade.
Interessante observar: pelo fato de o Reino Unido, outra oposição a tais acor-
dos comerciais (com o MERCOSUL, entre outros) em 2020 estar finalmente fora 
da União Europeia, contribui para que avance a costura UE/MERCOSUL. Por fim, 
os Estados Unidos, e sua nítida política de isolacionismo comercial promovida por 
Donald Trump, ao dar cada vez mais as costas a tratativas comerciais multilaterais, 
também facilitará no andamento deste acordo. Sem dúvida, um acordo comercial 
robusto entre MERCOSUL e a União Europeia virá a ser formalizado e, em pouco 
tempo, sendo que os anos de 2018 (com Temer) e 2019 (Bolsonaro) no Brasil fo-
ram fundamentais para que houvesse avanços nesta questão.
Segundo matéria da Deutche Welle, portal de notícias alemão 
com ação em todo o mundo, em sua página na internet datada em 
06/06/2019, o acordo comercial está eminente entre MERCOSUL-UE. 
Leia a seguir a matéria!
Fonte: https://www.dw.com/pt-br/acordo-entre-ue-e-MERCOSUL-%C3%A9-iminente-dizem-bol-
sonaro-e-macri/a-49093910
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MATÉRIA
Acordo entre UE e MERCOSUL é iminente, dizem Bolsonaro e Macri
Pacto comercial entre a União Europeia e o bloco é negociado há mais de 20 anos. 
Em Buenos Aires, presidente sugere apoio à reeleição do argentino e diz que toda 
a América do Sul teme o surgimento de “novas Venezuelas”.
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O presidente Jair Bolsonaro e seu homólogo argentino, Mauricio Macri, garan-
tiram nesta quinta-feira (06/06) que a assinatura de um acordo comercial 
entre a União Europeia (UE) e o MERCOSUL é iminente. A declaração foi feita 
ao fim de uma reunião entre os dois líderes em Buenos Aires.
“Estamos prestes a chegar a um acordo entre o MERCOSUL e a União Eu-
ropeia, eu o felicito [Macri] pelo seu trabalho. Todos ganhamos com isso”, 
disse Bolsonaro durante o pronunciamento realizado ao lado do presidente 
argentino na Casa Rosada. Atualmente, a Argentina detém a presidência tem-
porária do bloco sul-americano.
Macri endossou a declaração de Bolsonaro. “O MERCOSUL está completando 30 
anos, e o mundo mudou. Claramente a visão inicial de integração tem que estar 
focalizada também em como nos incluímos no desenvolvimento global, que é fun-
damental para o futuro de nossos países”, afirmou.
As negociações entre a UE e o MERCOSUL se arrastam há mais de duas décadas. 
Em 2004, os dois blocos chegaram a trocar propostas, mas a iniciativa fracassou 
diante da discordância sobre a natureza dos produtos e serviços que seriam englo-
bados no acordo. Os sul-americanos queriam mais acesso ao controlado mercado 
agrícola europeu. Já a UE desejava avançar no setor de serviços e comunicações 
dos países do MERCOSUL.
Nos últimos três anos, as negociações tiveram um progresso mais significativo, 
mas ainda esbarram em várias divergências envolvendo a indústria automobilística 
e a circulação de produtos como carne bovina. Várias associações de produtores 
europeus temem a concorrência dos brasileiros, já que estes não ficaram satisfeitos 
com o sistema de cotas oferecido pelos europeus.
Na Casa Rosada, os presidentes também conversaram sobre as eleições pre-
sidenciais na Argentina. A menos de cinco meses do pleito, Macri, que deseja se 
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reeleger, caiu fortemente nas pesquisas devido à crise econômica que o país vive 
há um ano.
Bolsonaro reiterou seu apoio ao mandatário argentino e disse que toda a Améri-
ca do Sul teme que surjam “novas Venezuelas” na região. “Devemos nos preocupar 
e tomar decisões concretas nesse sentido, cada vez mais unindo e somando nossos 
povos, buscando em cada um deles seu potencial de maneira irmanada, para que 
o progresso e a paz cada vez mais reinem entre nós”, declarou.
Bolsonaro chamou ainda Macri de “irmão” e pediu que Deus abençoe os argentinos 
para que elejam com “muita responsabilidade e menos emoção”, em prol da paz e da 
prosperidade, em claro apoio à candidatura do atual governante e contra a ex-presiden-
te Cristina Kirchner, embora não tenha mencionado o nome de nenhum candidato.
Em resposta a um protesto na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, convo-
cado por mais de 50 iniciativas sociais contra a visita de Bolsonaro, Macri afirmou 
que, em conversas com o brasileiro, ratificou o compromisso da Argentina com os 
direitos humanos.
Bolsonaro chegou no fim da manhã em Buenos Aires. Ao contrário de seus ante-
cessores, que tradicionalmente fizeram a primeira viagem oficial à Argentina, essa 
foi a quarta visita internacional do brasileiro desde que ele assumiu a Presidência 
em janeiro. Bolsonaro já esteve nos Estados Unidos, Chile e Israel.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. Em 2018, o intercâmbio 
comercial entre os dois países chegou a 26 bilhões de dólares, com um superávit 
de 3,9 bilhões de dólares para o Brasil.
Em Buenos Aires, Bolsonaro se reunirá ainda com políticos argentinos e 
empresários. A visita oficial termina na sexta-feira com um almoço no Mu-
seu Casa Rosada.
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1.7. A Venezuela
Para entender a atual situação de ocaso político/econômico que a Venezuela 
vem passando, precisamos remeter sobretudo à história da formação deste gover-
no de esquerda – que está em sua segunda geração (pois Maduro sucedeu Chávez 
em 2013), e que se autodenomina como sendo o “Socialismo do Séc. XXI”.
1.7.1 O Contexto do Chavismo e Maduro
Em 1999 ocorre a eleição de Hugo Chávez como presidente venezuelano. Coro-
nel do Exército, Hugo Chávez uniu as esquerdas venezuelanas no movimento de-
nominado como V República, criado exatamente de seu projeto de estado socialista 
que logrou vencedor. Até então, a Venezuela jamais havia possuído um go-
verno de esquerda, e ostentava por décadas alto crescimento econômico 
e prosperidade. Na década de 70 era o país com melhor poder de compra 
dentre todos da América latina. Esse cenário durou, contudo, até o fim da 
década de 80 quando (é importante destacar, anos antes da chegada de 
Hugo Chávez no poder) o país, que outrora fora chamado como “Vene-
zuela Saudita”, passou a viver uma crise econômica e política (cenário de 
extrema corrupção), sendo que Chávez se elege com a promessa de estru-
turar uma plataforma reformista.
Governando a partir de 99 com uma nova Constituição promulgada em seu pri-
meiro ano, esta qual lhe permitia ser reeleito por quantas vezes fosse referendado 
por seu povo, Chávez surfou numa onda de alta contínua do preço internacional do 
petróleo que se estendeu até, mais ou menos, o ano de 2013/2014.
Vale destacar que o petróleo é o produto que representa 85% das exporta-
ções venezuelanas. Como resultado prático, houve na década passada (2000-10) 
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melhoras sociais promovidas pelo modelo assistencialista promovido pelo 
chavismo em uma primeira fase, em que, de fato, milhares de pessoas 
saíram da linha da pobreza. Contudo, há uma série de críticas a este mode-
lo “Bolivarista” orquestrado por Hugo Chávez. Uma delas reside no fato de não 
ter havido por parte de seu governo qualquer diversificação nas matrizes 
econômicas do país, tal qual escalas mínimas de industrialização, a qual se 
manteve alicerçada numa dependência absurda nos ganhos do petróleo.
Outra questão fundamental reside no alto custo de se bancar esse movimento 
socialista, que é enormemente assistencialista, o qual subsidia até o supermerca-
do das populações mais carentes. Esse modelo não tinha lastro e, de fato, ruiu na 
medida em que o preço do petróleo começou a cair a partir de 2012/2013: o barril 
que chegou a valer algo em torno de 130 dólares (em 2012) caiu para um piso em 
2016 de 35 dólares. Queda em menos de 4 anos de mais de ¾ de seu preço.
Em meio a isso houve também a troca do comando central na Venezuela: Hugo 
Chávez morre às vésperas de iniciar seu 4º mandato seguido, para em seu lugar 
entrar o seu vice, Nicolás Maduro, que vem a iniciar seu primeiro governo em que, 
sob pressão do Congresso, contudo, fora levado a convocar um pleito separado 
sendo, finalmente, eleito pela população venezuelana nos primeiros dias de 2014.
Já em 2016, em meio a uma crise econômica aguda que se estende 
até hoje, as eleições parlamentares na Venezuela dão ampla maioria no 
Congresso venezuelano para a oposição. No início de 2017, pouco após a 
posse dos novos parlamentares, Maduro dissolve as atividades do Legisla-
tivo e convoca em lugar dos parlamentares uma ANC – Assembleia Nacio-
nal Constituinte. Manifestações tomam as ruas de Caracas e mais de 120 
pessoas são mortas. Maduro recua, mas as atividades deste novo parlamento 
francamente oposicionista são tolhidas pelo Tribunal Superior.
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1.7.2 A Venezuela em 2019
Bom, visto tudo isso, ai vale alguns destaques em atualidades linkados a esta 
questão histórica, e também à formação da ANC – Assembleia Nacional Constituin-
te – de 2017 e as ações de Maduro e das Forças Armadas frente a combater os opo-
sicionistas, como ele vem conduzindo o seu governo e o ocaso econômico vivido.
Estes são os principais pontos acerca da Venezuela em Atualidades no 
ano de 2019: Muita atenção agora, ok?
• A Venezuela hoje se encontra Suspensa do MERCOSUL. O país é ainda 
um membro permanente, tendo sofrido, contudo, duas suspensões. A pri-
meira ocorre em 2016, por questões de cunho econômico e na medida em 
que o país não cumpriu uma imensa parte dos acordos previstos intrabloco 
desde seu ingresso, em 2012. A segunda suspensão (em 2017), é sanção 
punitiva acerca da forma como Maduro e suas forças (leia-se as Forças Arma-
das), reprimiram os protestos ocorridos no início de 2017 que confrontaram 
oposicionistas e partidários, levando à morte de mais de 120 pessoas.
• Em Fevereiro de 2019 apareceu a figura de Juan Guaidó, um parlamentar 
oriundo dos quadros de oposição que se autoproclamou como sendo o novo 
Presidentevenezuelano. A direita local até chegou a embarcar nessa, mas 
ele não conseguiu tomar o poder de fato – nem ao menos angariar qualquer 
reconhecimento internacional, além de Brasil e Estados Unidos (países que 
logo desistiram de oferecer suporte para um golpe sobre Maduro encabeçado 
pelo jovem parlamentar).
• Maduro convocou em meados de 2018 uma eleição presidencial a toque 
de caixa e conseguiu ser reeleito, porém com apenas 42% de participa-
ção popular. Isso gerou uma crise de legitimidade dentro (e também fora do 
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país) acerca de seu novo mandato. Mesmo assim, em 9 de janeiro de 2019, 
sob protestos da comunidade internacional e da oposição local, ele 
toma posse para mandato que deve se estender legalmente até 2024.
• Em 2018 a inflação na Venezuela ultrapassou a casa de um milhão por 
cento por ano, isso mesmo! 1.000.000% de inflação! Sendo assim o 
país no mundo com a maior crise econômica instalada, ao menos 
dentre aqueles que não têm guerra civil declarada (o que ocorre hoje 
apenas na Síria e no Iêmen).
• Um ponto em atualidades fundamental, o qual se questiona enormemente, é 
como por lá (através da figura de Maduro) ocorreu o solapamento de 
estamentos basilares do estado democrático de direito, sendo um de-
les, exemplo: o livre exercício dos poderes. Maduro governa apoiado no Poder 
Judiciário e nas Forças Armadas apenas, destruindo o Legislativo local – fran-
ca oposição a seu governo. Ainda molda o Poder Executivo tal qual sua ide-
ologia bolivarista a mingua ainda consegue se arrastando de forma lacônica
• A crise migratória na Venezuela já produziu mais de 3 milhões de desloca-
mentos. Desentendimentos com seus vizinhos fez com que as fronteiras com 
Brasil e Colômbia ficassem fechadas por decisão tomada pelo próprio governo 
venezuelano. No caso brasileiro, foram em torno de 3 meses de fron-
teiras fechadas, havendo a reabertura em maio de 2019. Essa crise foi 
causada por causa das tratativas do Brasil em fornecer ajuda humanitária ao 
país vizinho, algo que foi considerado uma afronta a Maduro.
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Veja matéria a seguir do G1, de 21/03/2019.
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Venezuela fecha fronteira com o Brasil
Bloqueio do lado venezuelano começou às 21h de quinta e, por ordem de Madu-
ro, não tem prazo para terminar. Grupos de estrangeiros que entraram em Roraima 
pouco antes das 20h (horário local) foram informados pela Guarda Venezuelana de 
que não poderiam retornar.
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A fronteira da Venezuela com o Brasil foi fechada na noite após Nicolás Madu-
ro determinar o bloqueio por tempo indeterminado. Normalmente, a passa-
gem é fechada à noite e reabre por volta das 8h do dia seguinte.
Grupos de venezuelanos que cruzaram a fronteira antes das 20h (horário local, 
21h em Brasília) foram informados pela Guarda Venezuelana de que não poderiam 
retornar após o horário definido por Maduro. Na manhã desta sexta, moradores do 
país vizinho tentavam voltar para lá.
Até as 21h29 o fluxo ainda era liberado para pedestres, no entanto, a passagem 
de veículos era proibida. Guardas venezuelanos colocaram cones no meio da pista 
a poucos metros do primeiro ponto de fiscalização no país.
O presidente venezuelano determinou o fechamento para tentar barrar a ajuda 
humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos, incluindo o Brasil, após 
pedido do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro vê a 
oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política da Venezuela.
Durante a tarde, após o anúncio do fechamento, venezuelanos correram para 
Pacaraima, cidade brasileira na fronteira, para comprar estoques de mantimen-
tos. Um comerciante da região relatou aumento de 30% no movimento em relação 
a “dias comuns”.
No anúncio, feito de Caracas, o líder chavista afirmou que a passagem entre os 
países ficaria “fechada total e absolutamente até novo aviso”.
Do fim da tarde até o início da noite, por volta das 19h (20h de Brasília), houve 
uma intensa movimentação de carros carregados com compras saindo de Paca-
raima a Santa Elena. Uma fila chegou a se formar próximo à área de fiscalização 
venezuelana.
O fechamento ocorre onde seria um dos pontos de coleta dos carregamentos 
de comida, remédio e itens de higiene básica enviados à população venezuelana. 
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O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Otávio Rêgo Barros, disse que a 
ajuda humanitária está mantida.
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Após 3 meses fechada por decisão unilateral de Maduro, o governo venezuelano 
resolveu reabrir a fronteira com o Brasil em maio/2019. No caso da Colômbia, a 
fronteira foi reaberta em jun./2019, após quase um ano fechada.
O número de venezuelanos no Brasil bateu, em meados de 2019, 100.000 indiví-
duos, os quais em sua imensa maioria estão alocados em condições de extrema 
pobreza e morando nas ruas das cidades de Roraima, principalmente na capital Boa 
Vista. Peru e Colômbia são outros dois imensos receptores de imigrantes venezue-
lanos, perfazendo estimadamente mais de 1 milhão de venezuelanos atualmente 
em cada um destes países.
1.8. Os Estados Unidos Hoje
A eleição de Donald Trump em fins de 2016 assombrou o Mundo e surpreendeu 
até os mais experientes analistas políticos. Como foi possível um bilionário iniciante 
na política, de trejeitos histriônicos, pele alaranjada, “persona” rejeitada até por 
parcela considerável de cabeças de dentro de seu próprio partido (Republicano) 
levar para si o comando da maior potência global?
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1.8.1 A Eleição de Donald Trump e o “Rust-Belt”
Eleito através um sistema eleitoral complexo, do tipo indireto, e com menos 
votos populares que a tarimbada senadora por Nova York, sua rival Hilary Clinton 
(algo em torno de 2, 8 milhões de diferença de votos pró-parlamentar), o bilionário 
se valeu da vitória em Estados-Chaves do chamado “manufacturing-belt”,

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