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CASO CONCRETO 3 VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações: A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? Resposta: Sim, em razão do principio da autonomia das obrigações cambiais, a obrigação do avalista se mantem mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula, desde que não seja por vicio de forma, art 32 ou art 7 do Dec 57663/66 (LUG) B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória? Resposta: Poderá cobrar do avalista Bianca ou do João, nos termos do art. 47 do Dec 57663/66 (LUG) Responda, justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e indicando os dispositivos legais pertinentes. . QUESTÃO OBJETIVA : (MAGISTRAT URA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após quitação do débito: a) é ônus do credor b) é ônus do devedor >> (art. 26 da lei 9492/97) c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício. d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou mandado, conforme seja jurisdição voluntária ou contenciosa - Jurisprudência 0087021-79.2018.8.19.0001 – APELAÇÃO 1ª Ementa Des(a). MARGARET DE OLIVAES VALLE DOS SANTOS - Julgamento: 05/02/2020 - DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL. Embargos à execução. Execução de título extrajudicial. Nota promissória. Embargante que admite a emissão do título executivo que embasa a execução, asseverando a quitação da dívida. Ausente dos autos prova neste sentido. Manutenção da sentença que julgou improcedentes os embargos. RECURSO DESPROVIDO. INTEIRO TEOR Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 05/02/2020 - Data de Publicação: 06/02/2020 (*) INTEIRO TEOR Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 14/04/2020 - Data de Publicação: 15/04/2020 - Doutrina A questão levantada não vem pacificada na doutrina e tampouco na jurisprudência, exatamente as searas culturais que poderiam por um fim na celeuma, ante o impacto social que, muitas vezes, o desfecho acarreta. Alguns autores argumentam pela dispensabilidade de tais requisitos, entre eles Eunápio Borges [4] afirmando que a data de emissão é mero requisito acidental, "cuja falta não tem, porém, a grave conseqüência de invalidar o título"; Whitaker [5] preconizando que "toda obrigação tem, necessariamente, uma data, que é aquela em que se constitui, mas a declaração desta data não é indispensável à validade da letra de câmbio"; Saraiva [6], para quem a data da emissão "é útil, mas não essencial" e, Magarinos Torres [7], classificando a data da emissão como "indicação secundária". No mesmo sentido, ainda, a doutrina de Theodoro Junior [8] e Paes de Almeida [9]. Neste trilhar, não é diferente o posicionamento de uma parte das decisões jurisprudênciais, como:- "Cambial – Nota Promissória – Data de emissão omitida – Irrelevância – Validade do título [10]" ou "Nota Promissória – Ausência da data de Emissão – Exeqüibilidade. A falta de data de emissão na nota promissória, quando essa omissão nenhuma importância tem para o desfecho da lide, caracteriza mera irregularidade, insuficiente para retirar a liquidez e a certeza do título e impossibilitar a execução [11]". Vários julgados neste sentido [12]
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