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Os Músculos e Suas Ações O manual do movimento

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Os músculos e suas ações é a 
ferramenta que você precisava para 
lhe ajudar no seu dia a dia na sala de 
musculação. 
Nele você confere todas as 
ações musculares, além de: 
Localização 
Origem 
Inserção 
Inervação 
Segmentação 
Articulações 
 
Tudo da forma mais simples e 
prática para poder consultar na 
palma da sua mão. 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 2 
 
Eduardo Magalhães 
 
 
 
 
 
 
Os Músculos e Suas Ações 
O manual do movimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 3 
 
Magalhães, Eduardo, Especialista em educação física 
Os Músculos e Suas Ações / Eduardo de 
Macedo Magalhães – Juiz de Fora – MG : 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 4 
 
Sobre o autor 
 
Eduardo de Macedo Magalhães 
 
 Atuação Profissional 
 
 PERSONAL TRAINER (2011 - ...) 
Professor de musculação na Fibratech Academia (2011 - ...) 
Coordenador do FIBRATECH COLLEGE(2015 - ...) 
 
Grupo de Corrida (2011 - 2015) 
Bike Indoor (2011 - 2014) 
Grupo de Terceira Idade (2011 – 2013) 
 
 Formação 
 
Especialista em Ciências do Treinamento Desportivo – UFJF(2015) 
Especialista em Atividade Física em Saúde e Reabilitação Cardíaca - UFJF(2013) 
Bacharel em Educação Física - UFJF(2011) 
Monitor da Disciplina Cinesiologia FAEFID - UFJF(2009) 
 
 Cursos Complementares 
 
Curso de especialização em movimento - Método K-3D(2015) 
Curso de “Conceitos Básicos da Metodologia Crossfit”(2014) 
Formação do “Programa Esporte e Lazer da Cidade(PELC) – Modulo Avaliação I (2014) 
Curso de “Treinamento técnico e funcional para acelerar a sua corrida”(2013) 
Formação do “Programa Esporte e Lazer da Cidade(PELC) – Modulo Introdutório (2013) 
 
CREF 20069/g-mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 5 
 
Agradecimentos 
 
 Gostaria de agradecer a minha esposa, a meus amigos e a minha família; sem vocês nada 
disso seria possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer." 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 6 
 
Sumário 
 
PARTE I 
 
Capítulo I– Anatomia básica dos músculos.........................................................................10 
A. INTRODUÇÃO..........................................................................................................11 
B. FÁSCIA MUSCULAR...............................................................................................11 
C. TENDÕES...................................................................................................................12 
D. LIGAMENTOS...........................................................................................................12 
E. AÇÃO MUSCULAR..................................................................................................13 
F. TIPOS DE MOVIMENTO..........................................................................................13 
G. PLANOS E EIXOS.....................................................................................................13 
Referências........................................................................................................................14 
 
Capítulo II – Conceitos básicos de Cinesiologia e Biomecânica.........................................17 
A. ALAVANCA..............................................................................................................18 
B. BRAÇO DE MOMENTO...........................................................................................18 
C. VANTAGEM MECÂNICA.......................................................................................19 
D. TIPOS DE RESISTÊNCIA.........................................................................................20 
E. TIPOS DE CONTRAÇÃO..........................................................................................21 
F. ATIVAÇÃO MUSCULAR.........................................................................................22 
G. INSUFICIENCIA ATIVA E PASSIVA DOS MÚSCULOS......................................22 
Referências..........................................................................................................................24 
 
Capítulo III –ARTICULAÇÕESSINOVIAIS......................................................................25 
 
PARTE II 
 
Capítulo IV– COMPLEXO DO OMBRO............................................................................31 
Referências............................................................................................................................53 
 
Capítulo V– COMPLEXO DO COTOVELO......................................................................54 
Referências............................................................................................................................62 
 
Capítulo VI – COMPLEXO DO PUNHO E DA MÃO.......................................................63 
Referências............................................................................................................................70 
 
Capítulo VII – COMPLEXO DO QUADRIL......................................................................71 
Referências.............................................................................................................................87 
 
Capítulo VIII – COMPLEXO DO JOELHO.......................................................................88 
Referências............................................................................................................................98 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 7 
 
Capítulo IX – COMPLEXO DO TORNOZELO E DO PÉ...................................................99 
Referências............................................................................................................................106 
 
Capítulo X – COMPLEXO DO TRONCO..........................................................................107 
Referências............................................................................................................................117 
 
Referências............................................................................................................................118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 8 
 
QUADROS DOS MOVIMENTOS 
 
Quadro I – A relação da relação dos movimentos do úmero-escápula....................................50 
 
Quadro II – Ação dos músculos nos movimentos da escápula no plano horizontal...............51 
 
Quadro III– A relação dos músculos da articulação escapulo-torácica e suas ações.............51 
 
Quadro IV – A relação dos músculos da articulação gleno-umeral e suas ações....................52 
 
Quadro V – A relação dos músculos da articulação do cotovelo e radioulnar........................61 
 
Quadro VI – A relação dos músculos da articulação do punho e suas ações...........................70 
 
Quadro VII – A relação dos músculos da articulação do quadril e suas ações.......................86 
 
Quadro VIII – A relação dos músculos da pelve com seus movimentos e planos....................87 
 
Quadro IX – A relação dos músculos da articulação do joelho e suas ações............................99 
 
Quadro X – A relação dos músculos da articulação do tornozelo e suas ações......................105 
 
Quadro XI – A relação dos músculos da coluna cervical e suas ações....................................116Quadro XII – A relação dos músculos da coluna torácica e lombar e suas ações.................116 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 9 
 
PREFÁCIO 
 
 Desde que formamos e trabalhamos com musculação todos os dias surge aquela dúvida: 
“quais são mesmo os movimentos que determinado músculo realiza?” e por mais habilidoso e 
dedicado que nos tornamos, sempre surge aquele movimento que não lembramos. E este 
movimento pode ser fundamental na hora da prescrição dos exercícios. 
 Prescrever da forma no qual iremos atender as necessidades de nossos alunos é fundamental. 
Todo conhecimento é importante para que tenhamos resultados satisfatórios, seja nos ganhos de 
hipertrofia, na correção dos movimentos indesejados, na melhora da postura e na melhora 
desconforto do dia a dia do seu aluno. 
 Com este manual, você poderá consultar a hora que quiser as ações musculares para que 
você consiga prescrever os exercícios da melhor maneira possível, bons estudos, boas consultas! 
 
 
 
Eduardo Magalhães 
 Especialista em Educação Física 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I – 
Anatomia Básica dos Músculos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 11 
 
A – Introdução 
 
As células musculares especializam-se para a contração e o relaxamento, e se unem em feixes para 
formar músculos que se encontram fixados pelas suas extremidades. Define-se músculo então por 
estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas 
extremidades fixadas, ou seja, por contração. No aparelho locomotor temos os ossos(elementos 
passivos do movimento), as articulações(eixo do movimento) e os músculos(que são elementos 
ativos do movimento). Eles se inserem nos ossos, na cútis, nos órgãos, na mucosa, na cartilagem, na 
fáscia e nas articulações
1
. 
Os músculos representam cerca de 40 a 50% do peso corporal total e diminui de acordo com o 
avançarda idade.Eles são divididos em nove grupos: na cabeça, no pescoço, nos membros 
superiores, no tórax, no abdome, na região posterior do tronco, nos membros inferiores, nos órgãos 
dos sentidos e no períneo
1
. 
 No total, são 501 músculos, sendo que 190 estão no tronco, 63 na cabeça, 98 nos membros 
superiores, 104 nos membros inferiores e 46 no aparelho da vida nutritiva
1
. Neste livro, iremos falar 
apenas dos músculos que são mais trabalhados nos exercícios de musculação. 
 
 
B – Fáscia Muscular 
 
A fáscia muscular é o sistema conectivo que une os ossos aos elementos contráteis. Ela se 
localiza superficialmente ao tecido profundo e tem espessuras diferenciadas permitindo liberdade de 
movimentos à pele além de agir como isolante térmico. 
A fáscia sustenta o músculo e tem elasticidade tridimensional. Ela apresenta fibras elásticas 
predominantemente nas regiões centrais e colágenas em suas extremidades. Em pessoas sedentárias 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 12 
 
pode se perder a sua capacidade elástica e a maleabilidade, já que a amplitude do movimento 
depende de sua elasticidade. 
 Sua função é sustentar, estabilizar e gerar tensão. É ricamente dotada de terminações nervosas 
e contribui na economia circulatória, especialmente nos fluidos venosos e linfáticos. E 30% da 
massa muscular é fáscia
2
. 
 
 
C - Tendões 
 
 Os tendões são tecidos fibrosos que unem os músculos aos ossos e através deles os músculos 
promovem os movimentos. São tecidos conectivos densos que contêm colágeno, elastina, 
proteoglicana e água. Como os músculos aumentam a sua capacidade de gerar força mais rápido 
que os tendões, recomenda se aos alunos iniciantesno treinamento de força ou que estão retornando 
as suas atividades, exercícios com mais repetições e intervalos mais curtos para uma melhor 
adaptação dos tendões
3
. 
 Através do treinamento de força, podemos aumentar a produção de colágeno nos tendões, 
desde que os treinos provoque altas concentrações de lactatos
4
. Em média, cria-se um platô da 
síntese de colágeno depois de 12 semanas
5
. 
Para uma tendinopatia é interessante contrações musculares lentas
6
. Treinos com 8 
repetições a 70% de 1RM produzem maior secção transversa do que treinos com 36 repetições no 
volume dos tendões
7
. 
 
 
D – Ligamentos 
 
A função dos ligamentos é orientar o movimento, ele também é responsável por manter a 
pressão na superfície articular, para estabilizar e limitar o excesso do movimento. O ligamento é 
mais apropriado à elasticidade que o tendão, em razão de conter menos colágeno e maior 
quantidade de elastina. Ligamentos e tendões são sempre mais propensos a romper-se no ponto de 
inserção
2
. A capacidade de alongamento dos ligamentos é de 10% sem se desestabilizar 
plasticamente
8
. 
 Em relação aos exercícios com os membros inferiores, verificou se um aumento na tensão 
do ligamento cruzado anterior(LCA). A corrida em declive foi a que teve maior tensão, seguido da 
cadeira extensora, da corrida no plano, da caminhada no plano e do agachamento unilateral
9
. 
Estudos mostram que o agachamento minimiza a tendência de deslocamento anterior da 
tíbia em comparação com a cadeira extensora
10
, isto porque os músculos isquiotibiais atuam 
sinergicamente com o LCA na estabilização do joelho durante o agachamento
11
, sendo portanto, 
mais indicado para a reabilitação do LCA
12
. 
Durante o agachamento, quanto maior for a amplitude de movimento, menor será a tensão 
sobre o LCA
13
. Esta tensão, só é significativa entre 0 e 60º de flexão, sendo que o pico não atinge a 
¼ da capacidade do LCA de resistir a tensão, mesmo com cargas elevadas
14
. Conforme vai 
aumentando a amplitude da flexão do joelho, diminui a tensão do LCA e aumenta a tensão no 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 13 
 
ligamento cruzado posterior(LCP)
15
. Entretanto, mesmo com cargas elevadas, o LCP não chega 
nem a 50% da sua capacidade de suportar tensão
16
. 
 
 
E – Ação Muscular 
 
Quando o músculo é o responsável pelo movimento ele é um agonista, quando ele auxilia 
ou atua com o objetivo de evitar um movimento indesejado na articulação ele pode ser um músculo 
acessório ou sinergista. Neste livro, quando falarmos da ação de um músculo não iremos 
diferenciar se é motor primário ou motor acessório, apenas citaremos sua ação. Posteriormente no 
quadro de ativação, iremos fazer esta identificação. 
Quando um músculo se opõe ao trabalho ele é um antagonista, por exemplo, se o músculo 
for um flexor, ele é antagônico em uma extensão. Os músculos estabilizadores, são os músculos 
que são ativados para evitar o movimento nas articulações que não irão trabalhar efetivamente 
naquele exercício, por exemplo, quando iremos realizar uma flexão do cotovelo na barra, mais 
conhecido como rosca direta, o reto do abdome é ativado para evitar uma hiperextensão do tronco
17
. 
 
 
F – Tipos de movimentos 
 
FLEXÃO: diminuição do grau de uma articulação. 
EXTENSÃO: aumento do grau de uma articulação. 
ADUÇÃO: aproxima do eixo sagital mediano. 
ABDUÇÃO: afasta do eixo sagital mediano. 
Movimento de rotação em relação a um determinado eixo: 
ROTAÇÃO MEDIAL: face anterior gira para dentro. 
ROTAÇÃO LATERAL:face anterior gira para fora. 
Membros Superiores (antebraço): 
SUPINAÇÃO: Rotação lateral do antebraço. 
PRONAÇÃO: Rotação medial do antebraço. 
Membros Inferiores (pé): 
 EVERSÃO: Abdução (ponta do pé para fora) + Pronação (planta do pé faz rotação lateral). 
 INVERSÃO: Adução (ponta do pé para dentro) + Supinação (planta do pé faz rotação 
medial).G – Planos e eixos 
 
PLANOS: Temos 3 planos imaginários em nosso corpo, o plano sagital, o plano frontal e o plano 
transverso e estes formam ângulos de 90º entre si. 
EIXOS: Os eixos atravessam uma articulação em torno das quais uma parte do corpo roda. Temos 
o eixo ântero-posterior, o eixo latero-lateral e o eixo crânio-caudal. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 14 
 
 
 O movimento articular ocorre em torno de um eixo que é sempre perpendicular a seu plano. 
Um movimento específico, sempre ocorre em torno do mesmo eixo e plano. Por exemplo, a 
flexão/extensão ocorre no plano sagital com o eixo ântero-posterior. Temos exceções em algumas 
articulações como na articulação do polegar e na da escápula, com tudo, entendendo sobre planos e 
eixos da para analisar bem os movimentos. 
 
PLANO SAGITAL 
EIXO LATERO-LATERAL 
MOVIMENTOS DE FLEXÃO E EXTENSÃO 
 
 
PLANO FRONTAL 
EIXO ÂNTERO-POSTERIOR 
MOVIMENTOS DE ADUÇÃO E ABDUÇÃO 
 
 
PLANO TRANSVERSO 
EIXO CRÂNIO-CAUDAL 
MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 15 
 
Referências 
 
01. TORTORA, G, J; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e 
fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
02. ACHOUR JUNIOR, A. Exercícios de Alongamento, Anatomia e Fisiologia. 2ª edição. 
Barueri, SP: Manole, 2006. 
03. GENTIL, P. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Editora Sprint, Rio de 
Janeiro, 2014. 
04. YALAMANCHI N, KLEIN MB, PHAM HM, LONGAKER MT & CHANG J. (2004). 
Flexor tendon wound healing in vitro: lactate up-regulation of TGF-beta expression and 
functional activity. Plast reconstr surg 113, 625-632. 
05. KUBO K, IKEBUKURO T, YATA H, TSUNODA N & KANEHISA H. (2010). Time 
course of changes in muscle and tendon properties during strength training and 
detraining. J Strength Cond Res 24, 322-331. 
06. KONGSGAARD M, KOVANEN V, AAGAARD P, DOESSING S, HANSEN P, 
LAURSEN AH, KALDAU NC, KJAER M & MAGNUSSON SP. (2009). 
Corticosteroid injections, eccentric decline squat training and heavy slow resistance 
training in patellar tendinopathy. Scand J Med Sci Sports 19, 790-802. 
07. KONGSGAARD M, REITELSEDER S, PEDERSEN TG, HOLM L, AAGAARD P, 
KJAER M & MAGNUSSOM SP. (2007). Region specific patellar tendon hypertrophy 
in humans following resistance training. Acta Physiol (Oxf)191, 111-121. 
08. THEIN, M.L. Mobility impairment. In: Therapeutic execise, moving toward function. 2 
ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 1999. 
09. HENNING CE, LYNCH MA & GLICK KR, JR. (1985) An in vivo strain gage study of 
elongation of the anterior cruciate ligament. Am J Sports Med 13, 22-26. 
10. YACK HJ, COLLINS CE & WHIELDON TJ. (1993). Comparison of closed and open 
kinetic chain exercise in the anterior cruciate ligament-deficient knee. Am J Sports 
Med 21, 49-54. 
11. MORE RC, KARRAS BT, NEIMAN R, FRITSCHY D, WOO SL & DANIEL DM. 
(1993). Hamstrings--an anterior cruciate ligament protagonist. An in vitro study. Am J 
Sports Med 21, 231-237. 
12. KVIST J & GILLQUIST J. (2001). Sagittal plane knee translation and 
electromyographic activity during closed and open kinetic chain exercises in anterior 
cruciate ligament-deficient patients and control subjects. Am J Sports Med 29, 72-82. 
13. LI G, RUDY TW, SAKANE M, KANAMORI A, Ma CB & Woo SL. (1999). The 
importance of quadriceps and hamstring muscle loading on knee kinematics and in-situ 
forces in the ACL. J Biomech 32, 395-400. 
14. NISELL R & EKHOLM J. (1986). Joint load during the parallel squat in powerlifting 
and force analysis of in vivo bilateral quadriceps tendon rupture. Scand J Sports Sci 8, 
63-70. 
15. ESCAMILLA RF. (2001). Knee biomechanics of the dynamic squat exercise. Med Sci 
Sports Exerc33, 127-141. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 16 
 
16. RACE A & AMIS AA. (1994). The mechanical properties of the two bundles of the 
human posterior cruciate ligament. J Biomech 27, 13-24. 
17. NEUMANN, DONALD A. Cinesiologia do aparelho ‘musculoesquelético / Donald A. 
Neumann - Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo II – 
Conceitos Básicos de Cinesiologia e Biomecânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 18 
 
A – Alavancas 
 
 
 
 
 
 
 
B – Braço de momento 
 
Torque é o mesmo que a tendência a rotação. A força varia durante todo o exercício. 
Observe na primeira figura que os braços de força e resistência variam de tamanho de acordo com o 
movimento. Resultado disto é o que observamos na segunda figura, a variação da força ocorre o 
tempo todo. 
O braço de momento (BM) de qualquer força será o maior quando a força for aplicada a 90° 
ou o mais próximo possível de 90° em relação à sua alavanca
1
. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 19 
 
 
E= eixo (ponto fixo ou ponto de apoio); 
R= resistência (peso do objeto); 
BF= braço de força: distância da articulação a inserção muscular; 
BR= braço de resistência: distância da articulação ao CG do peso a ser erguido; 
F= Força; 
T= Torque; 
P= Peso. 
 
 
 
 
C – Vantagem Mecânica 
 
Quanto menor o Braço de Resistência, maior será a vantagem mecânica nos exercícios
1,2
. 
Durante o exercício, é importante que o braço de resistência nunca chegue a zero, para que o 
músculo fique ativo durante o tempo todo. A inativação do músculo por 2 segundos interefere 
negativamente o resultado do treino
3
. 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 20 
 
Vantagem Mecânica = Braço de Força / Braço de Resistência 
 
 
D – Tipos de Resistência 
 
Pesos Livres: Exercícios com peso livre exige mais dos músculos estabilizadores. O peso depende 
diretamente da ação da gravidade(que só atua no sentido vertical) por isto é fundamental mover o 
peso na direção vertical para cima
1
.Ex; Barras, halteres, caneleiras. 
 
Dispositivo de Resistência Gravidade-Dependente:A carga é presa a um cabo que passa por uma 
ou mais roldanas com intuito de mudar a direção da força aplicada. Neste caso, realizamos a força 
contrária a direção do cabo
1
. 
Ex: Cross Over. 
 
 
Dispositivos de Resistência Variável: Os aparelhos de resistência variável alteram a quantidade de 
torque da força resistiva durante todo movimento articular. Suas roldanas de forma oval alteram a 
resistência conforme o cabo gira em torno dela aumentando ou diminuindo a resistência
1
. Neste 
caso, o maior torque não necessariamente será próximo ao ângulo de 90º. 
Ex: Cadeira extensora. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 21 
 
 
Dispositivos Elásticos-resistidos: Os elásticos possuem pouca resistência no inicio do movimento 
e o maior torque no final, pois a resistência é proporcional ao alongamento do elástico. 
 
 
 
E – Tipos de Contração 
 
Contração isotônica concêntrica – É a contração onde o torque de força é maior do que o 
torque de resistência. 
TF > TR 
Contração isotônica excêntrica – É a contração onde o torque de força é menor do que o 
torque de resistência. 
TF < TR 
Contração isométrica – É a contração onde os torques de força e de resistência são iguais. 
TF = TR 
 
Força = massa x aceleração 
Carga = massa x gravidade 
 
 Quando realizamos um exercício com a mesma carga recrutamos um maior número de 
unidades motoras (UMs) nas contrações isométricas, concêntricas e excêntricas, respectivamente
4
. 
Se for em contrações máximas, as contrações concêntricas e isométricas recrutam muito mais de 
UMs do que a contração excêntrica
5
. Contudo, as ações excêntricas têm muito mais capacidade de 
gerar força por UM do que as outras contrações
6
. 
 As contrações concêntricas gastam mais energia doque as contrações excêntricas e 
isométricas respectivamente
7
. Em relação amicrolesões, elas ocorrem mais nas contrações 
excêntricas do que nas contrações concêntricas para a mesma carga
8
. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 22 
 
 A mecanotransdução é a capacidade que temos de transformar a energia mecânica em sinais 
fisiológicos, isto quer dizer, que somos capazes de aumentar a nossa massa muscular, mesmo com a 
ausência de fatores que intervêm nela, como a nutrição, as microlesões e as alterações hormonais. 
Dentre as contrações, a excêntrica, a isométrica e a concêntrica são respectivamente as que mais 
promovem mecanotransdução
9
. 
 
 
 F – Ativação Muscular 
 
 A eletromiografia é o método de registro da atividade elétrica de um músculo quando este 
realiza uma contração. E tem sido a forma mais aceita pelo meio científico quando falamos de 
ativação muscular. No treinamento de força, cada músculo tem sua ativação aumentada de acordo 
com as suas origens e inserções e seu ângulo de penação. 
Os tipos de unidades motoras(UMs) é geralmente determinado pelo tamanho de seu 
motoneurônio
10
. As UMs de fibras lenta ou fibras tipo I, agrupa um número aproximado de 10 a 
180 fibras e as UMs de fibras rápidas ou fibras tipo II agrupa cerca de 300 a 800 fibras
11
.O corpo 
sempre trabalha de forma inteligente. Por isto, ao levantarmos uma pequena carga, só excitamos as 
UMs menores. Quanto maior for a carga utilizada, maior será a necessidade de ativar UMs maiores, 
sendo necessário ativar as do tipo IIA e conforme for a intensidade, as do tipo IIB
12
. Observe então, 
que quanto maior for a intensidade de um exercício, maior será o recrutamento de UMs
10
. 
Quando realizamos um exercício de força, algumas variáveis podem alterar a forma como o 
músculo é ativado, seja uma diferença intermuscular ou intramuscular. A velocidade e o tempo de 
execução do movimento interfere diretamente na ativação do músculo, interferindo na intensidade. 
Por exemplo, quanto maior for o tempo de execução de uma repetição para uma mesma carga, 
maior será a dificuldade de realiza-la. 
A ordem dos exercícios também interfere na ativação muscular. Por exemplo, quando 
realizamos uma cadeira extensora antes do legpress com carga máxima, o quadríceps femoral tem 
uma ativação menor durante o legpress. Isto acontece, porque o quadríceps femoral chega fadigado 
no segundo exercício, não tendo a mesma performance, aumentando a ação dos outros músculos 
envolvidos no exercício
13
. Entretanto, se realizarmos um exercício monoarticular com uma 
intensidade sub-máxima, e em seguida um exercício multiarticular, este músculo terá sua atividade 
aumentada devido a uma pré-ativação desta musculatura. 
A técnica do exercício, também está totalmente relacionada com a ativação muscular. 
Alunos treinados tem a capacidade de recrutar simultaneamente e sincronizadamente um maior 
número de UMs do que os destreinados
14
. Contudo, com a melhora das coordenações inter e 
intramuscular, o aluno melhora a sua capacidade de recrutar as UMs e conseqüentemente aumentará 
a sua capacidade de gerar força mesmo não ocorrendo a hipertrofia muscular
15
. 
 
 
 G – Insuficiência Ativa e Passiva dos Músculos 
 
A insuficiência ativa ocorre principalmente nos músculos bi-articulares. Quando realizamos 
um movimento e o músculo bi-articular está encurtado na outra articulação, este músculo terá 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 23 
 
dificuldade de realizar o movimento, sendo menos ativado do que se o mesmo estivesse em uma 
posição alongada aumentando a ativação de outros músculos envolvidos. Para entendermos isto 
melhor, vamos pegar um exercício de musculação. Quando realizamos uma flexão plantar com os 
joelhos fletidos(Exercício conhecido como panturrilha sentada), observamos que os gastrocnêmios 
tem menor ativação muscular do que quando realizamos a mesma flexão plantar com os joelhos 
estendidos, isto ocorre porque os gastrocnêmios quando iniciam o movimento em uma posição mais 
encurtada, tem maior dificuldade em provocar tensão, aumentando assim a ativação do músculo 
sóleo
16
. 
É muito difícil para um músculo bi-articular se alongar o bastante para permitir total 
amplitude articular em ambas as articulações ao mesmo tempo. Por exemplo, os isquiotibiais 
geralmente não conseguem deixar que a articulação do joelho estenda e a do quadril flexione 
completamente ao mesmo tempo. Os alongamentos favorecem a elasticidade muscular e, portanto, 
diminuem a probabilidade de insuficiência passiva precoce durante os movimentos do corpo 
humano, principalmente aqueles envolvendo músculos bi-articulares
1
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 24 
 
Referências 
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2. RASCH PJ. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7ª ed. Editora Guanabara-Koogan. RJ. 
1991. 
3. HULMI JJ, WALKER S, AHTIAINEN JP, NYMAN K, KRAEMER WJ & 
HAKKINEN K. (2012). Molecular signaling in muscle is affected by the specificity of 
resistance exercise protocol. Scand J Med Sci Sports 22, 240-248. 
4. GIBALA MJ, MACDOUGALL JD, TARNOPOLSKY MA, STAUBER WT, 
ELORRIAGA A. Changes in human skeletal muscle ultrastructure and force production 
after acute resistance exercise. Journal of Applied Physiology.1995;78:702–708. 
5. KOMI, P.V., LINNAMO, V., SILVERTOINEN, P., & SILLANPAA, M. (2000). Force 
and EMG power spectrum during eccentric and concentric actions. Medicine and 
Science in Sports and Exercise, 32(10), 1757-1762. 
6. BABAULT, N. et al. Activation of human quadriceps femoris during isometric, 
concentric, and eccentric contractions. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v. 91, 
p. 2628-2634, 2001. 
7. RYSCHON, T. W., FOWLER, M. D., WYSONG, R. E., ANTHONY, A. and 
BALABAN, R. S. (1997). Efficiency of human skeletal muscle in vivo: comparison of 
isometric, concentric, and eccentric muscle action. J. Appl. Physiol. 83, 867-874 
8. NOSAKA, K.; NEWTON, M.; SACCO, P. Delayed-onset muscle soreness does not 
reflect the magnitude of eccentric exercise-induced muscle damage. Scandinavian 
Journal of Medicine & Science in Sports, Copenhagen, v.12, no. 6, p. 337-346, 2002 
9. MARTINEAU, L.C. & GARDINEAR, P.F. Insight into skeletal muscle 
mechanotranduction: MAPK activation is quantitatively related to tension, Journal Appl 
Physiology, v. 91, 963-702, 2001. 
10. CARROLL, T .J.; RIEK, S.; CARLSON, R. G. Neural adaptations to resistance training: 
implications for movement control. Sports Medicine, California, v.31, n.12, p.829-840, 
2001. 
11. WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Physiology of Sport and Exercise. 2nd. ed. E.U.A.: 
Human Kinetics, 1999. 
12. GENTIL, P. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. 2º edição. Rio de 
Janeiro:Sprint, 2006. 
13. AUGUSTSSON J, THOMEE R, HORNSTEDT P, LINDBLOM J, KARLSSON J, 
GRIMBY G. Effect of pre-exhaustion exercise on lower-extremity muscle activation 
during a leg press exercise. J. Strength and Cond. Res. 17(2):411-6, 2003. 
14. SMITH, R. C., & RUTHERFORD, O. M. (1995). The role of metabolites in strength 
training. I. A comparison of eccentric and concentric contractions. European Journal of 
Applied Physiology and Occupational Physiology, 71(4), 332-336. Nickols-
Richardson et al, 2007; 
15. NICKOLS-RICHARDSON, S. M., MILLER, L. E., WOOTTEN, D. F., RAMP, W. K. 
& HERBERT, W. G. (2007). Concentric and eccentric isokinetic resistance training 
similarly increases muscular strength, fat-free soft tissue mass, and specific bone mineral 
measurements in young women. Osteoporos Int, 18, 789-796. 
16. LIMA, C.S.; PINTO R.S.; Cinesiologia e Musculação. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo III – ArticulaçõesSinoviais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 26 
 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 
Existem três tipos de articulações: as fibrosas, as cartilaginosas e as sinoviais. A articulação 
sinovial é formada pela coaptação de dois ossos com o auxílio de músculos esqueléticos, 
ligamentos e capsula articular. Este tipo de articulação que permite os movimentos do nosso corpo. 
Por isto é importante entendermos suas funções e seus movimentos para entendermos as ações 
musculares. 
A sua localização é fundamental entendermos, pois um músculo só terá ação sobre aquela 
articulação se ele cruzá-la. Por exemplo, dos quatro músculos do quadríceps, apenas o reto femoral 
é flexor do quadril, pois é o único que cruza esta articulação. 
O tipo de articulação também é fundamental entendermos para não confundirmos os 
movimentos que a articulação realiza. Por exemplo, os movimentos de rotação da cabeça são 
realizados pela articulação atlanto-axial mediana e não pela atlanto-occipital. 
Já os movimentos podem adotar nomes específicos e particulares de acordo com cada 
articulação. Por exemplo, na articulação do punho o movimento de abdução é chamado de desvio 
radial. 
A amplitude de Movimento (ADM) é a quantidade de movimento de uma articulação. A 
posição inicial para se medir a amplitude de movimento de todas as articulações, com exceção dos 
movimentos de rotação, é a posição anatômica. 
 
Articulação Atlanto-occipital 
 
Localização: Entre os côndilos do osso occipital e as facetas articulares superiores do atlas. 
Tipo: Sinovial ElipsóideBiaxial 
Movimentos que realiza: Flexão, extensão e inclinação lateral. 
 
 
Articulação Atlanto-Axial Mediana 
 
Localização: Entre o dente e o áxis e o arco anterior do atlas. 
Tipo: Sinovial trocoide - Monoaxial 
Movimentos que realiza: Rotação 
 
 
Articulação Esternoclavicular 
 
Localização: Esta articulação é formada na extremidade medial da clavícula, pelo esterno e pela 
primeira cartilagem costal. 
Tipo: Sinovial esferoide - Triaxial 
Movimentos que realiza: Abdução e adução, flexão e extensão, rotação e circundução. 
 
 
Articulação do Ombro (Gleno-umeral) 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 27 
 
 
Localização:Entre a cavidade glenóide da escápula e a cabeça do úmero. 
Tipo: Sinovial esferoide - Triaxial 
Movimentos que realiza: Abdução e adução, flexão e extensão, rotação e circundução. 
ADM: 
 
 
 
Articulação do Cotovelo 
 
Localização: Entre o úmero e os ossos do antebraço 
Tipo: Sinovial gínglimo – Monoaxial. 
Movimentos que realiza: Flexão e extensão. 
ADM: 
 
 
 
Articulação Radioulnar proximal 
 
Localização:Entre a cabeça da ulna e incisura ulnar na extremidade distal do rádio. 
Tipo: Sinovial trocoide – Monoaxial. 
Movimentos que realiza:Supinação e pronação. 
ADM: 
 
 
 
Articulação do Punho (Radiocárpica) 
 
Localização: Entre o rádio, o disco articular e fileira proximal do carpo (exceto pisiforme). 
Tipo: Sinovial elipsóide – Biaxial. 
Movimentos que realiza: Abdução e adução, flexão e extensão. 
ADM: 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 28 
 
 
Articulação Metacarpofalângicas 
 
Localização: Entre a cabeça dos metacarpo e a base das falanges proximais. 
Tipo: Sinovial elipsóide – Biaxial. 
Movimentos que realiza: Abdução e adução, flexão e extensão. 
ADM: 
 
 
 
Articulação Interfalângicas 
 
Localização: As proximais são entre a cabeça da falange proximal e a base das mediais. As 
distais são entre a cabeça das falanges médias e a base das falanges distais. 
Tipo: Sinovial gínglimo – monoaxial. 
Movimentos que realiza: Abdução e adução, flexão e extensão. 
ADM: 
 
 
 
Articulação do quadril 
 
Localização: Entre o acetábulo do osso do quadril e a cabeça do fêmur. 
Tipo: Sinovial esferoide - triaxial. 
Movimentos que realiza: Abdução e adução, flexão e extensão, rotação e circundução 
ADM: 
 
 
 
Articulação do joelho 
 
Localização: As superfícies articulares são os côndilos do fêmur, os côndilos da tíbia e a 
superfície articular da patela. 
Tipo: Sinovial condilar - biaxial. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 29 
 
Movimentos que realiza: Flexão e extensão, deslizamento e rotação. 
ADM: 
 
 
 
Articulação do tornozelo talo-crural 
 
Localização: A superfície articular inferior da tíbia com a face superior do tálus e a face 
articular do maléolo da fíbula se articula com a face lateral do tálus. 
Tipo: Sinovial gínglimo - monoaxial. 
Movimentos que realiza: Dorsiflexão e flexão plantar. 
ADM: 
 
 
 
Articulação do Talocalcânea ou subtalar 
 
Localização: Entre o talus e o calcâneo. 
Tipo: Sinovial trocóide - monoaxial. 
Movimentos que realiza: Inversão e eversão. 
ADM: 
 
 
 
Articulações Metatarsofalângicas 
 
Localização: Entre a cabeça dos metatarsos e a base das falanges proximais. 
Tipo: Sinovial gínglimo - monoaxial. 
Movimentos que realiza: Flexão e extensão. 
ADM: 
 
 
 
Articulações Interfalângicas 
 
Localização: As proximais são entre a cabeça da falange proximal e a base das mediais; as 
distais são entre a cabeça das falanges médias e a base das falanges distais. 
Tipo: Sinovial gínglimo - monoaxial. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 30 
 
Movimentos que realiza: Flexão e extensão. 
ADM: 
 
O – DO 2º AO 5º DEDO 
 
Considerações sobre os próximos capítulos 
 
 Os músculos e Suas ações tem o objetivo de facilitar o profissional de educação física em 
sua prática a respeito de como se comportam os músculos. Ao fazer uma análise cinesiológica do 
movimento ele poderá consultar quais os músculos que estão participando daquele exercício. 
De uma maneira prática ele terá as informações da localização do músculo, da sua origem e 
da sua inserção, da direção das fibras, da inervação, da segmentação, das articulações que o 
músculo cruza e todas as suas ações musculares de acordo com vários autores. 
Os quadros resumo no final de cada capítulo irá facilitar todo o trabalho e identificará quais 
os músculos que tem ação primária e acessória de cada movimento. 
É importante ressaltar que todos os movimentos relatados por seus autores foram registrados 
e especificados de acordo com cada um para que, em caso de dúvidas, o interessado possa ir buscar 
as informações na fonte primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo IV – Complexo do Ombro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 32 
 
Estrutura Muscular 
 
Músculos que unem o Tronco até a Cintura Escapular 
Trapézio Fibras Superiores 
Fibras Médias 
Fibras Inferiores 
Elevador da Escápula 
Rombóide 
Serrátil Anterior 
Peitoral Menor 
Subclávio 
 
Músculos que unem a Escápula e o Úmero 
Deltóide 
Fibras Claviculares 
Fibras Acromiais 
Fibras Espinhais 
Manguito Rotador 
- Supra-Espinhoso 
- Infra-espinhoso 
- Redondo Menor 
- Subescapular 
Redondo Maior 
Coracobraquial 
Bíceps Braquial 
Tríceps Braquial 
 
Músculos que unem o Tronco e o Úmero 
Grande Dorsal 
Peitoral Maior Fibras Claviculares 
Fibras Esternocostais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos que unem o Tronco a Cintura Escapular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 34 
 
Trapézio 
 
Localização: Região superior e posterior do tórax, recobre o levantador da escápula. 
Origem: 
1. Fibras superiores(porção descendente): Base do Crânio, protuberância occipital e 
ligamentosposteriores; 
2. Fibras médias(porção transversa): Processos espinhosos de T1-T5; 
3. Fibras Inferiores(Porção ascendente): Processos espinhosos de T6-T12. 
Inserção: 
1. Terço lateral da clavícula e processo do acrômio; 
2. Margem medial do acrômio e borda superior da espinha da escápula. 
3. Base da espinha da escápula. 
Direção das Fibras: 
1. São oblíquas para baixo e lateralmente; 
2. São transversas; 
3. São oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação:Nervo acessório (XI par craniano). 
Segmentação:C3-C5. 
Articulação: Escápulo-torácica. 
AÇÃO: 
Fibras superiores(porção descendente) 
Na Cervical: em contração unilateral realiza o movimento de flexão lateral para o seu lado e 
rotação da cabeça para o lado oposto; e em ação bilateral realiza os movimentos de extensão e 
hiperextensão
3,7
. 
Na Cintura Escapular: elevação
1,2,3,4,6,7
 e rotação lateral
1,3,4,6,7
. 
Fibras médias(porção transversa) 
Na Cintura Escapular:Retração
1,2,3,4,6,7
; Rotação lateral
1,4,7
 e estabilização
3
. 
Fibras Inferiores(Porção ascendente) 
Na Cintura Escapular: depressão
1,2,3,4,6
; Rotação Medial
2,3
; Rotação Lateral
1,4,6,7
. 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 35 
 
Levantador da Escápula 
 
Localização: Profundamente ao Trapézio e ao esternocleidomastóideo, acima do rombóide menor. 
Origem: Processos Transversos das quatro primeiras vértebras cervicais. 
Inserção: Borda medial da escápula entre o ângulo superior e a base da espinha da escápula. 
Direção das Fibras: São oblíquas para cima e medialmente. 
Inervação: 1.Nervos Cervicais e 2. Nervo escapular dorsal 
Segmentação: 1. C3-C4 e 2. C4-C5 
Articulação: Escápulo-torácica. 
AÇÃO: 
Na Cervical: Em ação unilateral faz flexão lateral para o seu lado; em ação bilateral auxilia 
na extensão
3,7
. 
 Na Cintura Escapular: Faz rotação medial
2,3,4,6,7
; elevação
1,2,3,4,6,7
 e adução
3
. 
 
 
Rombóide 
 
Localização: Recoberto pelo trapézio (entre a escápula e a coluna vertebral). 
Origem: Processos Espinhosos (C7-T1 – Rombóide Menor) (T2-T5 – Rombóide Maior). 
Inserção: Borda medial da escápula, abaixo da espinha. 
Direção das Fibras :São oblíquas para cima e medialmente. 
Inervação: Nervo escapular dorsal. 
Segmentação:1. C3-C4 e 2. C4-C5 
Articulação: Escápulo-torácica. 
AÇÃO: 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 36 
 
 Faz retração
1,3,4,6,7
; rotação medial
1,2,3,4,6,7
; elevação
1,2,3,7
 e fixa a escápula na parede 
torácica
6
. 
NOTA: 
 Alguns autores dividem o músculo rombóide em uma porção maior e outra menor, 
entretanto, sua descrição se apresenta como uma unidade funcional. 
 
 
Serrátil Anterior 
 
Localização:Recobre a porção lateral do tórax, por cima dos músculos intercostais. 
Origem:Superfície externa das oito ou nove costelas superiores. 
Inserção:Superfície anterior da borda vertebral da escápula. 
Direção das Fibras:São oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação:Nervo torácico longo. 
Segmentação:C5-C8. 
Articulação: Escápulo-torácica. 
AÇÃO: 
 Faz protração
1,3,4,6,7
; rotação lateral
1,3,4,6,7
 e fixa a escápula contra a parede torácica
6
. 
 
 
Peitoral Menor 
 
Localização:Parede anterior das axilas, recoberto pelo peitoral maior, limite de referência na axila. 
Origem:Superfície anterior da terceira à quinta costela. 
Inserção: Processo coracóide da escápula. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 37 
 
Direção das Fibras: Oblíquas para baixo, para frente e medialmente. 
Inervação: Nervo torácico medial anterior. 
Segmentação: C8-T1. 
Articulação: Escápulo-torácica. 
AÇÃO: 
Na cintura escapular: faz depressão
1,2,3,4,7
; protração
1,3,4
; rotação medial
1,3,4
 e inclinação 
ventral da escápula
7
. 
Na Respiração: inspiratório quando a escapula encontra-se fixa, elevando as costelas 2 a 5
3,7
. 
 
 
Subclávio 
 
Localização: Ele está situado, como o seu nome indica, debaixo da clavícula. 
Origem: A superfície superior da primeira costela, exatamente no ponto em que esta se une com a 
cartilagem costal. 
Inserção: Uma depressão que se estende ao longo do meio da superfície inferior da clavícula. 
Direção das Fibras: Oblíquas para baixo e medialmente, quase paralela à clavícula. 
Inervação: Nervo subclávio. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Escápulo-torácica. 
AÇÃO: 
 Na Costoclavicular: Depressão da clavícula
1,2,3,4
 ou elevação da 1ª costela
3
; 
 Na Esternocostal: Estabilização
3
; 
 Na Cintura escapular: Depressão
1
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos que unem a Escapula e o Úmero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 39 
 
Deltóide 
 
Vista anterior 
 
Vista posterior 
 
Localização: Região superior-lateral do braço, o ombro. 
Origem: 
Fibras Anteriores (porção clavicular): Face anterior e superior do terço lateral da 
clavícula; 
Fibras médias (porção acromial): Face superior do acrômio; 
Fibras Posteriores (Porção espinhal): Superfície inferior da espinha da escápula. 
Inserção: Tuberosidade para o músculo deltóide, na face anterolateral da diáfise do úmero. 
Direção das Fibras: 
Fibras Anteriores(porção clavicular): São oblíquas para baixo e lateralmente; 
Fibras médias(porção acromial): São longitudinais para baixo; 
Fibras Posteriores(Porção espinhal): São oblíquas para baixo e lateralmente. 
Inervação: Nervo axilar, ramo do plexo braquial. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
Fibras Anteriores (porção clavicular):Flexão
1,2,3,4,5,6,7
; Rotação Medial
1,3,4,5,6
; Adução 
Horizontal
1,2,3,4,5,7
; Abdução
1,2,3,5,7
 e Adução
2
. 
Fibras médias(porção acromial): 
Abdução
1,2,3,4,5,6,7
;abdução horizontal
1,2,5
, adução Horizontal
2
. 
 Fibras Posteriores(Porção espinhal): 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 40 
 
Extensão
1,2,3,4,6,7
; hiperextensão
1,2,3,4
; rotação lateral
1,3,4,6
; abdução horizontal
1,2,3,4,5,7
; abdução
2,7
; 
adução
3
. 
 
NOTA: 
 Podemos diferenciar funcionalmente sete porções do músculo deltóide. O feixe anterior 
clavicular inclui as porções I e II; o feixe médio acromial inclui a porção III; e o feixe posterior 
espinhal inclui as porções IV, V, VI e VII. 
 - III, II e IV – são abdutores imediatos. 
 - I, V, VI, VII – são adutores quando o membro superior está ao longo do corpo. 
Ordem de ativação da abdução pura: 
- Acromial III; 
- Porções IV e V em sequência 
- Porção II a partir de 20-30º. 
Abdução associada à flexão de 30º: 
- Porções III e II entram em ação imediatamente; 
- Em sequência as porções IV, V e I 
Quando a rotação lateral do úmero está combinada com a abdução: 
- A porção II se contrai desde o início; 
- Enquanto as porções IV e V não atuam nem mesmo no final da abdução. 
Quando a rotação medial do úmero está combinada com a abdução: 
-Ocorre o contrário. 
Resumindo, o músculo deltóide pode realizar sozinho o movimento de abdução do início até a sua 
amplitude completa. 
 
 
Supra-espinhoso 
 
Localização: Acima da espinha, superficialmente a escápula. 
Origem: Os dois terços internos da fossa supra-espinhal. 
Inserção: A parte superior do tubérculo maior do úmero. 
Direção das Fibras: São ligeiramente oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação: Nervossupra-escapular. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 Abdução
1,2,3,4,5,6,7
; rotação lateral
1,3
; abdução horizontal
2,3
 e estabilização
3,4
. 
NOTA: 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 41 
 
 O supra-espinhoso é o músculo responsável pelo início da abdução. Ao seguir o movimento 
de abdução sua ação vai diminuindo, podendo contribuir com 12% do torque a 120º de movimento.Infra-espinhoso 
 
Localização: Abaixo da espinha, superficialmente a escápula. 
Origem: Dois terços mediais da fossa infra-espinhal, e fáscia infra-espinhal. 
Inserção: No tubérculo maior. 
Direção das Fibras: São oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação: Nervossupra-escapular. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 Extensão
3
; hiperextensão
3
; rotação lateral
1,2,3,4,5,6,7
; abdução horizontal
1,2,3,5,7
; adução
3
 e 
estabilização
3,4,6
. 
 
 
Redondo Menor 
 
Localização: Une-se ao grande dorsal entre a escápula e o úmero. 
Origem: Dois terços superiores na margem lateral da face posterior da escápula. 
Inserção: No tubérculo maior. 
Direção das Fibras: São oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação: Nervo axilar. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 Extensão
3
; hiperextensão
3
; adução
3,6
; abdução horizontal
1,2,3,7
; rotação lateral
1,2,3,4,5,6,7
 e 
estabilização
3,4,6
. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 42 
 
Subescapular 
 
Localização: Face costal da escápula. 
Origem: Dois terços mediais da fossa subescapular. 
Inserção: No Tubérculo menor do úmero. 
Direção das Fibras: Oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação: Nervos subescapular superior e inferior. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 Rotação Medial
1,2,3,4,5,6,7
;estabilização
3,4,6
; flexão
1,7
; Abdução
1,7
; Adução
1,6,7
; adução 
horizontal
1,2
 e extensão
7
. 
 
 
Redondo Maior 
 
Localização: Une-se ao grande dorsal entre a escápula e o úmero. 
Origem: A superfície dorsal da escápula na extremidade inferior de sua borda lateral. 
Inserção: A crista que forma a borda interna da goteira bicipital do úmero, paralela à metade média 
da inserção do peitoral maior. 
Direção das Fibras: Oblíquas para cima em lateralmente. 
Inervação: Nervo subescapular inferior. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 Extensão
1,2,3,4,5,7
;Hiperextensão
3
; adução
1,2,3,4,5,6,7
; Abdução Horizontal
1,2,3,4
 e rotação 
medial
1,2,3,4,5,6,7
. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 43 
 
Coracobraquial 
 
Localização: Abaixo da cabeça curta do bíceps, mais medial, interno ao bíceps. 
Origem: Processocoracóide da escápula. 
Inserção: Superfície Antero-medial do úmero, oposto ao deltóide. 
Direção das Fibras: São oblíquas para cima e medialmente. 
Inervação: Nervomúsculocutâneo 
Segmentação: C6-C7. 
Articulação: Gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 Flexão
1,2,3,4,6,7
; adução
1,3,4,6
; rotação medial
1,3
; adução horizontal
1,3
 e rotação lateral
1
. 
 
Tríceps Braquial 
AÇÃO: 
Cabeça Longa 
No Ombro: Extensão
1,3,6,7
, hiperextensão
3
, extensão horizontal
3
, adução
1,3,6,7
 e 
estabilização
3
. 
No cotovelo: Extensão
1,2,3,4,5,6
. 
 Cabeças Curta e medial 
 No cotovelo: Extensão
1,2,3,4,5,6
. 
 
Bíceps Braquial 
AÇÃO: 
 Cabeça Longa 
No Ombro: Abdução
1,3,7
 e estabilização
3
. 
No cotovelo: Flexão
1,2,3,4,5,6
. 
 Na Radio-ulnar proximal: Supinação
1,2,3,4,5,6
. 
 Cabeça Curta 
 No Ombro: Flexão
1,3,7
, adução
1,3
, rotação medial
1,3
 e adução horizontal
1,3
. 
 No cotovelo: Flexão
1,2,3,4,5,6
. 
 Na Radio-ulnar proximal: Supinação
1,2,3,4,5,6
. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 Os músculos Bíceps braquial e Tríceps braquial são bi-articulares, pertencendo tanto ao 
complexo do ombro quanto ao complexo do cotovelo. As outras informações destes músculos, 
serão detalhadas no complexo do cotovelo. 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos que unem o Tronco e o Úmero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 45 
 
Grande Dorsal 
 
Vista Posterior 
 
 Vista Anterior Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização: É plano e amplo, tem formato triangular. Recobre a região Lombar e posterior da 
parte inferior do tórax, correndo em direção ao úmero. 
Origem: Processos espinhosos de T6-T12, vértebras lombares e sacrais (fáscia toracodorsal); 
Cristas ilíacas e últimas três ou quatro costelas. 
Inserção: Sulcointertubercular do úmero (medialmente). 
Direção das Fibras: São oblíquas para cima e lateralmente. 
Inervação: Nervo toracodorsal. 
Segmentação:C6-C8. 
Articulações: Coluna Vertebral, escapulo-úmeral e gleno-umeral. 
AÇÃO: 
 No Ombro: Extensão
1,2,3,4,5,6,7
; hiperextensão
3,4
; adução
1,2,3,4,5,6,7
; abdução horizontal
1,2,3,5
 e 
rotação medial
1,2,3,4,5,6,7
. 
 Na Cintura Escapular: auxilia da depressão 
1,3,7
. 
Na Cintura Pélvica: em ação unilateral auxilia na elevação do seu lado; em ação bilateral faz 
báscula anterior 
3,7
. 
Na Coluna: em ação unilateral faz flexão lateral e rotação para o seu lado; em ação bilateral 
faz extensão tóraco-lombar
3
. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 46 
 
Peitoral Maior 
 
 
Localização: Imediatamente abaixo da pele sobre a parte anterior do tórax, a borda lateral forma 
prega axilar anterior e parede anterior da axila. 
Origem: 
Fibras claviculares: Os dois terços internos da borda anterior da clavícula; 
Fibras esternocostais: Face anterior do manúbrio e do corpo do esterno, cartilagem costal 
das seis primeiras costelas e aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. 
Inserção: Crista do tubérculo maior do úmero e lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. 
Direção das Fibras: 
Fibras Claviculares: São oblíquas para baixo e lateralmente; 
Fibras esternocostais: São oblíquas lateralmente, as superiores vão para baixo e as 
inferiores para cima. 
Inervação: Nervos peitoral lateral e medial. 
Segmentação: C5-T1 
Articulação: Gleno-umeral 
AÇÃO: 
 Fibras Claviculares: Flexão
1,2,3,4,5,6,7
; adução horizontal
1,2,3,4,5
; rotação medial
1,2,3,4,5,6,7
; 
Abdução acima de 90º
1
. 
 Fibras esternocostais: Adução Horizontal
1,2,4,5
; Adução
1,2,3,5,6,7
, extensão
1,3,4,5,6
; a partir da 
hiperextensão faz flexão até a posição neutra
3
; Rotação medial
1,2,4,5,6,7
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 47 
 
Movimentos do Ombro 
 
 
 
Flexão 
 
Amplitude: 180º 
Plano: sagital 
Eixo: latero-lateral 
Os 3 tempos da flexão 
0º a 60º - Ocorre na articulação gleno-umeral. 
Os músculos motores deste primeiro tempo são: As fibras anteriores do deltóide, o 
coracobraquial e as fibras claviculares do peitoral maior. 
60º a 120º - Ocorre movimento na articulação escapulo-torácica, iniciando o ritmo escapulo-
umeral. 
 Os músculos deste segundo tempo são: O trapézio e o serrátil anterior. 
120º a 180º - atuação da coluna vertebral. 
 A elevação do membro superior continua pela ação dos músculos: Deltóide, supra-espinhal, 
da parte ascendente do trapézio e do serrátil anterior. 
Obs: Se a flexão for unilateral, é possível terminar o movimento passando pela abdução máxima, a 
seguir inclinando lateralmente a coluna vertebral. E se a flexão for bilateral, o final do movimento é 
idêntico ao da abdução com hiperlordose por ação dos músculos lombares
2
. 
 
Extensão e Hiperextensão 
 
Amplitude: de 45º a 50º 
 Denominamos extensão o movimento que vai de180º a 0º partindo da flexão completa. E 
hiperextensão, o movimento que sair da posição de referência(0º) até o seu limite de amplitude (-
45º a -50º). 
Plano: sagital. 
Eixo: latero-lateral. 
Ocorre em dois níveis 
 Na articulação Glenoumeral – Pelos músculos redondo maior e menor, feixe posterior do 
deltóide espinhal e grande dorsal. 
 Na articulação escapulo-torácica – através da abdução da escápula, realizada pelos 
músculos rombóide e feixe médio, fibras transversais do trapézio e grande dorsal
2
. 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES48 
 
Abdução 
 
Amplitude: 180º 
Plano: Frontal 
Eixo: ântero-posterior 
Os 3 tempos da abdução 
0º a 30º - na articulação glenoumeral 
 Os músculos motores deste primeiro tempo são: Deltóide e supra espinhal, sendo que o 
supra espinhal é o responsável pelo início do movimento 
 30º a 120º - Ocorre movimento na articulação escapulo-torácica. 
 Os músculos deste segundo tempo são: O trapézio e o serrátil anterior. 
 120º a 180º - atuação da coluna vertebral. 
 Se apenas um braço estiver em abdução, é suficiente a inclinação lateral sob a ação dos 
músculos paravertebrais do lado oposto. Agora, se os dois lados estiverem em abdução é necessário 
realizar uma hiperlordose lombar. 
 As ações musculares são integradas e “encadeadas”, e no final da abdução todos os 
músculos envolvidos estão contraídos
2
. 
 
 
Adução 
 
Amplitude: A partir da posição de referência(adução absoluta), são mecanicamente impossível 
devido à presença do tronco. 
 Entretanto, combinada com uma flexão e uma extensão, estes movimentos são possíveis: 
- Uma extensão: adução muito limitada. 
- Uma flexão: a adução atinge 30º a 45º. 
 A partir de qualquer posição de abdução, a adução, denominada “adução relativa”, sempre é 
possível até a posição de referência. 
Plano: Frontal. 
Eixo: Antero-posterior. 
 Os músculos da adução são o redondo maior, grande dorsal, peitoral maior
2
. 
 
 
Rotação Lateral 
 
Amplitude: Para medir a amplitude de rotação lateral, o cotovelo precisa estar necessariamente 
flexionado em 90º. 
 Sua amplitude é de 80º, não atingindo jamais 90º. 
Plano: Transverso. 
Eixo: Crânio-caudal. 
 Os músculos da rotação lateral são o infra-espinhal e o redondo menor
2
. 
 
 
Rotação Medial 
 
Amplitude: Para medir a amplitude de rotação medial, o cotovelo precisa estar necessariamente 
flexionado em 90º. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 49 
 
 Sua amplitude é de 100 a 110º. Mas, para atingir esta amplitude, é preciso passar o 
antebraço por trás do tronco, movimento que combina um determinado grau de extensão do ombro. 
Plano: Transverso. 
Eixo: Crânio-caudal. 
 Os músculos da rotação medial são o grande dorsal, redondo maior, subescapular e peitoral 
maior
2
. 
 
 
Adução Horizontal 
 
Amplitude: Movimento que combina flexão e adução de 140º de amplitude. 
Plano: Transverso. 
Eixo: Crânio Caudal. 
Posição de referência: O membro superior está em abdução de 90º, utilizando os seguintes 
músculos: Deltóide, essencialmente a parte acromial; supra-espinhal; Trapézio, parte descendente e 
transversa; serrátil anterior. 
 Os músculos que atuam são: Deltóide, parte clavicular(I e II) e parte acromial (III); 
subescapular; peitoral maior; peitoral menor; serrátil anterior
2
. 
 
 
 
Abdução Horizontal 
 
Amplitude: Movimento que combina extensão e abdução de amplitude mais limitada a 30-40º. 
Plano: Transverso. 
Eixo: Crânio Caudal. 
 Os músculos que atuam são: Deltóide, parte parte espinhal (IV, V, VI e VII), em proporção 
variável entre si e com o feixe III; supra espinhal, infra-espinhal; redondos maior e menor, 
rombóides; trapézio: parte espinhal se somando a duas outras; Grande dorsal
2
. 
 
 
 
Circundução 
 
 A circundução combina os movimentos elementares ao redor dos três eixos, forçados em sua 
amplitude máxima. O braço descreve, portanto, no espaço, uma superfície cônica: o cone de 
circundução. 
 Toda a musculatura do complexo do ombro é ativada neste movimento
2
. 
 
 
Coaptação Muscular do Ombro 
 
 Devido a sua grande mobilidade, a coaptação do ombro não pode ser atribuída apenas aos 
ligamentos: a ação dos músculos são indispensáveis. 
 São divididos em dois grupos: Os coaptadores longitudinais e os coaptadores transversais. 
Músculos coaptadores longitudinais: Deltóide, tríceps braquial, bíceps braquial e o peitoral 
maior porção clavicular. 
Músculos coaptadores transversais: O manguito rotador(supra-espinhoso, infra-espinhoso, 
redondo menor e o subescapular) e a cabeça longa do bíceps braquial
2
. 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 50 
 
Manguito Rotador 
 
O Manguito Rotador é uma convergência de tendões, semelhante a um capuz, dos músculos 
subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor em redor da cabeça do úmero. 
Eles atuam em conjunto, no sentido de manter firmemente a cabeça do úmero na cavidade glenóide 
e, dessa forma, impedir uma subluxação para baixo desse osso e ainda fazem a rotação e a abdução 
do braço. Os tendões desses músculos rotadores fundem-se dentro da cápsula articular, realizando 
uma função estabilizadora
1
. 
 
 
Ritmo Escapulo-úmeral 
 
Há uma relação entre os movimentos do ombro e da cintura escapular depois dos 30º de 
abdução e dos 60º de flexão e até 170º, conhecido como ritmo escapulo-úmeral
(5)
. 
Observa-se na abdução, que os 30 graus iniciais de movimento são realizados apenas pela 
articulação gleno-umeral. A partir daí, a articulação escapulo-torácica começa a se movimentar, 
ocorrendo uma razão de 2:1 entre a gleno-umeral e a escapulo-torácica. Quer dizer então, que para 
cada 15º de movimento entre 30 e 170º de abdução, 10º ocorrem na articulação gleno-umeral e 5º 
ocorrem na articulação escápulo-torácica
2
. 
O mesmo podemos observar para a flexão do ombro, tendo uma diferença que o movimento 
da articulação escapulo-torácica só ocorre a partir dos 60º. 
Existem pequenas diferenças na literatura a respeito do ritmo escápulo-úmeral, mas o 
importante é saber que o úmero inicia o movimento sozinho, e que em seguida, recebe uma ajuda da 
cintura escapular e que, só é possível chegar a 180º de abdução e flexão, com a ajuda do tronco. 
 
 
Quadro I – A relação da relação dos movimentos do úmero-escápula 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 51 
 
Movimentos da Escápula 
 
 
 
 
Quadro II – Ação dos músculos nos movimentos da escápula no plano horizontal 
 
 
 
 
Quadro III– A relação dos músculos da articulação escapulo-torácica e suas ações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 52 
 
Quadro IV – A relação dos músculos da articulação gleno-umeral e suas ações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 53 
 
Referências 
 
01. RASCH-BURKE. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro. Editora Guanabara 
Koogan, 1977. 
02. KAPANDJI, A.I. Fisiologia Articular, volume 1: membros superiores. SãoPaulo, Ed. 
Panamericana, 5ª ed, 2000. 
03. FERNANDES, A.; MARINHO, A.; VOLGT, L.; LIMA, V. Cinesiologia do Alongamento. Rio de 
Janeiro: Ed. Sprint, 2002. 
04. MOREIRA, D; RUSSO A.F.; Cinesiologia Clínica e Funcional. São Paulo: 
Atheneu, 2005. 
05. LIMA, C.S.; PINTO R.S.; Cinesiologia e Musculação. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
06. Sacco, I.C.N; Estudos dos músculos em geral. São Paulo: 
http://ccfmup06.googlepages.com/anatomiaTABELADEMUSCULOS.pdf , 2001. 
07. SMITH, L. et al. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5 ed. São Paulo, Manole, 1997. 
08 LAFFERTY, M; PANELLA, S; A.D.A.M. Interactive Anatomy 3D Third Edition, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://ccfmup06.googlepages.com/anatomiaTABELADEMUSCULOS.pdf
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo V – Complexo do Cotovelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 55 
 
Estrutura Muscular 
 
Bíceps Braquial 
Braquial 
Braquiorradial 
Tríceps Braquial 
Ancôneo 
Supinador 
Pronador Redondo 
Pronador Quadrado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 56 
 
Bíceps Braquial 
 
Localização: É um músculo proeminente,situado na face anterior do braço, com duas origens 
distintas. É um músculo fusiforme. 
Origem: Cabeça Longa: Provém da escápula na parte superior da cavidade glenóide; seu tendão 
passa sobre a cabeça do úmero e se fusiona com o ligamento capsular da articulação do Ombro. 
CabeçaCurta: Do ápice do processo coracóide da escápula, juntamente com o músculo 
coracobraquial. 
Inserção: Superfície posterior da tuberosidade do rádio através de um único tendão. 
Inervação: Nervomusculocutâneo 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Ombro, cotovelo e rádio-ulnar proximal. 
AÇÃO: 
Cabeça Longa - No Ombro: Abdução(1,3)e estabilização da articulação(2,3). 
No Cotovelo: Flexão
1,2,3,4
. 
Na Rádio-Ulnar:Supinação
1,2,3,4
. 
Cabeça Curta 
No Ombro: Flexão
1,2,3,4
; adução
2,3
; rotação medial
2,3
 e adução horizontal
2,3
. 
No cotovelo:Flexão
1,2,3,4
. 
Na Rádio-ulnar:Supinação
1,2,3,4
. 
 
Braquial 
 
Localização: Está localizado entre o bíceps e o úmero, próximo ao cotovelo. 
Origem: Metade distal da superfície anterior do úmero. 
Inserção: Processo coronoíde e tuberosidade da ulna. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 57 
 
Inervação: Nervo musculocutâneo 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Cotovelo. 
AÇÃO: Flexão do cotovelo
1,2,3,4
. 
NOTA: O músculo braquial é um flexor puro; realiza a flexão do cotovelo independente da posição 
do antebraço(supinação, pronação ou posição intermediária). 
 
 
Braquiorradial 
 
Localização: É um músculo fusiforme, situado na borda externa do antebraço e é responsável pelo 
contorno arredondado, desde o cotovelo até a base do polegar. 
Origem: Dois terços proximais da crista supra-epicondilar lateral do úmero. 
Inserção: Face lateral da base do processo estilóide do rádio. 
Inervação: Nervo radial. 
Segmentação: C5-C6. 
Articulação: Cotovelo e rádio-ulnar proximal. 
AÇÃO: 
 No cotovelo:auxilia na flexão
1,2,3,4
. 
 Na radio-ulnar: quando a rádio-ulnar encontra-se em pronação, auxilia na supinação, quando 
a rádio-ulnar encontra-se em supinação, auxilia na pronação
1,2,3
. 
 
 
Tríceps Braquial 
 
Localização: O tríceps se encontra na face posterior do braço e, como o seu nome o indica, tem três 
origens distintas. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 58 
 
Origem: Cabeça Longa: Cabeça Longa: tubérculo infra-glenoidal da escápula;Cabeça lateral: 
superfície lateral e posterior da metade proximal do úmero;Cabeça medial: 2/3 distais da superfície 
medial e posterior do úmero. 
Inserção: Superfície posterior do olecrano da ulna. 
Inervação: Nervo radial. 
Segmentação: C6-T1 
Articulações: Cotovelo e ombro. 
AÇÃO: 
 Cabeça Longa 
 No Ombro: auxilia na extensão
1,2,3,4
; hiperextensão
3
; abdução horizontal
3
; adução
1,2,3
 e 
estabilização
3
. 
 No cotovelo:extensão
1,2,3,4
. 
 Cabeça lateral e medial 
 No cotovelo: Extensão
1,2,3,4
. 
 
 
Ancôneo 
 
Localização: É um pequeno músculo triangular, situado na parte posterior do braço. Parece ser uma 
continuação do tríceps. 
Origem: Superfície posterior do epicôndilo lateral do úmero. 
Inserção: Processo do olecrano e parcialmente abaixo dele. 
Inervação: Nervo radial. 
Segmentação: C6-T1 
Articulação: Cotovelo. 
AÇÃO: 
 Extensão 
1,2,3,4
; pronação
2
. 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 59 
 
Supinador 
 
Localização: É um músculo largo, situado embaixo do braquiorradial e dos músculos extensores, 
unido ao epicôndilo lateral. 
Origem: Epicôndilo lateral do úmero e ligamentos colaterais radial e anular. 
Inserção: Superfície Antero-lateral da parte proximal do rádio. 
Inervação: Nervo radial. 
Segmentação: C5-C7 
Articulação: Rádio-ulnar proximal. 
AÇÃO: Supinação
1,2,3,4
. 
 
 
Pronador Redondo 
 
Localização: É um pequeno músculo fusiforme, disposto obliquamente através do cotovelo, 
anteriormente, e é parcialmente coberto pelo braquiorradial. 
Origem: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna. 
Inserção: A parte superior do tubérculo maior do úmero. 
Inervação: Nervos mediano. 
Segmentação: C6-C7 
Articulações: Rádio-ulnar proximal e do cotovelo. 
AÇÃO: 
 No cotovelo: Auxilia na flexão
1,2,3,4
. 
 Na rádio-ulnar: Pronação
1,2,3,4
. 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 60 
 
Pronador Quadrado 
 
Localização: É um fino feixe quadrado de fibras paralelas, situado profundamente na parte anterior 
do antebraço, próximo ao punho. 
Origem: Lado medial da superfície anterior do quarto distal da ulna. 
Inserção: Lado lateral da superfície anterior do quarto distal do rádio. 
Inervação: Nervos mediano. 
Segmentação: C7-T1. 
Articulação: Rádio-ulnar. 
AÇÃO: Pronação
1,2,3,4
. 
NOTA: Além de estabilizar a porção distal da articulação radioulnar, pode ser considerado um 
pronador puro do antebraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 61 
 
Quadro V – A relação dos músculos da articulação do cotovelo e radioulnar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 62 
 
Referências 
 
01. MOREIRA, D; RUSSO A.F.; Cinesiologia Clínica e Funcional. São Paulo: 
Atheneu, 2005. 
02. RASCH-BURKE. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro. Editora Guanabara 
Koogan, 1977. 
03. FERNANDES, A.; MARINHO, A.; VOLGT, L.; LIMA, V. Cinesiologia do Alongamento. Rio de 
Janeiro: Ed. Sprint, 2002. 
04. SMITH, L. et al. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5 ed. São Paulo, Manole, 1997. 
05 LAFFERTY, M; PANELLA, S; A.D.A.M. Interactive Anatomy 3D Third Edition, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo VI – Complexo do Punho e da mão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 64 
 
Estrutura Muscular 
 
Músculos que Atuam no Punho 
 
Flexor Radial do Carpo 
Flexor Ulnar do Carpo 
Palmar Longo 
Palmar Curto 
Extensor Radial Longo do Carpo 
Extensor Radial Curto do Carpo 
Extensor Ulnar do Carpo 
 
Músculos Extrínsecos que Atuam nos Dedos 
 
Flexor Superficial dos Dedos 
Flexor Profundo dos Dedos 
Extensor dos Dedos 
Extensor do Dedo Mínimo 
Extensor do Indicador 
Abdutor Longo do Polegar 
Extensor Curto do Polegar 
Extensor Longo do Polegar 
 
Músculos Intrínsecos que Atuam nos Dedos 
 
Abdutor Curto do Polegar 
Flexor Curto do Polegar 
Oponente do Polegar 
Adutor do Polegar 
Abdutor do Dedo Mínimo 
Flexor Curto do Dedo Mínimo 
Oponente do Dedo Mínimo 
Lumbricais(Quatro Músculos) 
Interósseos Palmares 
Interósseos Dorsais 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 65 
 
Músculos que Atuam no Punho 
 
Flexor Radial do Carpo 
AÇÃO: 
No Punho: Flexão e abdução
1,2
. 
No Cotovelo: auxilia a flexão do cotovelo
1,2
. 
 
 
Flexor Ulnar do Carpo 
AÇÃO: 
No Punho: Flexão e adução
1,2
. 
No Cotovelo: auxilia a flexão do cotovelo
1,2
. 
 
 
Palmar Longo 
AÇÃO: 
No Punho:Flexão
1,2
. 
No Cotovelo: auxilia a flexão do cotovelo
1,2
. 
 
 
Palmar Curto 
AÇÃO:Traciona a pele no lado ulnar da mão
1,2
. 
 
 
Extensor Radial Longo do Carpo 
AÇÃO: 
 No Punho: Extensão e abdução
1,2
. 
No Cotovelo: auxilia a extensão do cotovelo
2
. 
 
 
Extensor Radial Curto do Carpo 
AÇÃO: 
 No Punho: Extensão e abdução
1,2
. 
No Cotovelo: auxilia a extensão do cotovelo
2
. 
 
 
 
Extensor Ulnar do Carpo 
AÇÃO: 
 No Punho: Extensão e adução
1,2
. 
No Cotovelo:Auxilia a extensão do cotovelo
2
. 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 66 
 
Músculos Extrínsecos que Atuam nos Dedos 
 
Flexor Superficial dosDedos 
AÇÃO: 
 Flexiona as articulações interfalângicas proximais do segundo ao quinto dedo
1,2
. 
 No Punho: Auxilia na flexão
1,2
. 
 No Cotovelo: Auxilia na flexão2. 
 
 
Flexor Profundo dos Dedos 
AÇÃO: 
 Flexiona as articulações interfalângicas proximais do segundo ao quinto dedo
1,2
. 
 No Punho: Auxilia na flexão
1,2
. 
 
 
Extensor dos Dedos 
AÇÃO: 
 Faz extensão do segundo ao quinto dedo
1,2
. 
No Punho: Auxilia na extensão
1,2
. 
 No Cotovelo: Auxilia na Extensão2. 
 
 
Extensor do Dedo Mínimo 
AÇÃO: 
 Estende o dedo mínimo
1,2
. 
No Punho: Auxilia na extensão
2
. 
 No Cotovelo: Auxilia na extensão2. 
 
 
Extensor do Indicador 
AÇÃO: 
 Estende o dedo indicador
1,2
. 
No Punho: Auxilia na extensão
2
. 
 
 
Abdutor Longo do Polegar 
AÇÃO: 
 Estende o polegar
1
 e abduz
2
. 
No Punho: Abdução
1
. 
No Cotovelo: Auxilia na supinação
2
. 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 67 
 
Extensor Curto do Polegar 
AÇÃO: 
 Estende o polegar
1,2
 e abdução do polegar
2
. 
No Punho: Abdução
1
. 
 
 
Extensor Longo do Polegar 
AÇÃO: 
 Estende o polegar
1,2
. 
 No Punho: Extensão
2
 e abdução
1
. 
No Cotovelo: Auxilia na supinação
2
. 
 
 
 
 
 
 
Músculos Intrínsecos que Atuam nos Dedos 
 
Abdutor Curto do Polegar 
AÇÃO: 
 Abduz o polegar
1,2
. 
 
 
Flexor Curto do Polegar 
AÇÃO: 
 Flexão da falange proximal do polegar
1,2
. 
 
 
Oponente do Polegar 
AÇÃO: 
 Oposição* do polegar
1,2
. 
 
 
Adutor do Polegar 
AÇÃO: 
 Adução do polegar
1,2
. 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 68 
 
Abdutor do Dedo Mínimo 
AÇÃO: 
 Abdução do dedo mínimo
1,2
. 
 
 
Flexor Curto do Dedo Mínimo 
AÇÃO: 
 Flexiona a metacarpofalângica do dedo mínimo
 1,2
. 
 
 
Oponente do Dedo Mínimo 
AÇÃO: 
 Oposição* do dedo mínimo
1,2
. 
 
 
Lumbricais (Quatro músculos) 
AÇÃO: 
 Flexão das articulações metacarpofalângicas e extensão das interfalângicas proximais e 
distais do segundo ao quinto dedo
1,2
. 
 
 
Interósseos Palmares 
AÇÃO: 
 Adução do indicador, anular e mínimo
1,2
. 
 
Interósseos Dorsais 
AÇÃO: 
 Abdução do indicador, abdução radial e ulnar do médio, abdução do anular
1,2
. 
 
 
 
 
 
* Oposição é uma circundação parcial do metacarpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 69 
 
 
Quadro VI – A relação dos músculos da articulação do punho e suas ações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 70 
 
Referências 
 
01. MOREIRA, D; RUSSO A.F.; Cinesiologia Clínica e Funcional. São Paulo: 
Atheneu, 2005. 
02. RASCH-BURKE. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro. Editora Guanabara 
Koogan, 1977. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo VII – Complexo do Quadril 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 72 
 
Estrutura Muscular 
 
Iliopsoas 
Reto femoral 
Sartório 
Tensor da Fáscia Lata 
Glúteo Máximo 
Glúteo Médio 
Glúteo Mínimo 
Bíceps Femoral Cabeça Longa 
Semitendinoso 
Semimembranoso 
Rotadores Externos Profundos 
Piriforme 
Obturador Interno 
Obturador Externo 
Quadrado Femoral 
Gêmeo Superior 
Gêmeo Inferior 
Pectíneo 
Adutor Longo 
Adutor Curto 
Adutor Magno 
Grácil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 73 
 
Iliopsoas 
Ilíaco Psoas Maior 
 
Localização: 
 Ilíaco: Localiza-se na fossa ilíaca partindo diretamente para baixo onde se encontra com o 
psoas maior. 
 Psoas Maior: Quase todo o psoas maior se encontra na cavidade abdominal, atrás dos 
órgãos internos. 
Origem: 
Ilíaco: Na fossa ilíaca e parte da superfície interna do sacro, próximo ao ílio. 
Psoas Maior: Nas superfícies Antero-laterais de T12 a L5. 
Inserção: Trocânter menor do fêmur e diáfise imediatamente abaixo. 
Direção das Fibras: 
 Ilíaco: Plano e triangular e parte obliquamente para baixo. 
 Psoas Maior:Unipenado, partindo diretamente dos corpos das vértebras e terminando 
obliquamente no tendão de inserção. 
Inervação: 
 Ilíaco: Nervo femoral. 
 Psoas Maior: Plexo Lombar. 
Segmentação: L1-L4. 
Articulaçõs: Acetabulofemoral e do tronco. 
AÇÃO: 
 Na Lombar: em ação unilateral, flexão lateral para o seu lado e rotação para o lado oposto; 
em ação bilateral, flexão anterior e acentuação da lordose lombar
3
. 
 Na Cintura Pélvica: Báscula anterior
3,6
 e rotação pélvica
6
. 
 No Quadril: Flexão
1,2,3,4,7
, rotação Lateral
3,4
, abdução
2
. 
NOTA: O músculo iliopsoas, também chamado de psoas ilíaco, é, na verdade, formado por dois 
músculos, ilíaco e psoas maior; alguns autores consideram até três músculos, devido à presença em 
alguns indivíduos do psoas menor. Esse é o principal grupo flexor do quadril, parcialmente coberto 
pela porção superior do músculo sartório. Este último também é capaz de flexionar o tronco nos 
casos em que a coxa se encontra fixa e estabilizada. 
 
 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 74 
 
Reto Femoral 
 
Localização: Este grande músculo bipenado, assim denominado pela sua posição reta na parte 
anterior da coxa. 
Origem: Espinha ilíaca ântero-inferior. 
Inserção: Borda proximal da patela, através do ligamento patelar na tuberosidade da tíbia. 
Direção das Fibras: O tendão superior desce pela parte média do músculo e o tendão plano inferior 
passa abaixo de sua superfície profunda. As fibras musculares cruzam, obliquamente, de um tendão 
para o outro. 
Inervação:Nervo femoral. 
Segmentação: L2-L4. 
Articulação: Acetabulofemoral e do joelho. 
AÇÃO: 
 Na Cintura Pélvica: Báscula Anterior
6
. 
 No Quadril: Flexão
1,2,3,4,7
 e Abdução
1
. 
 No Joelho:Extensão
1,2,3,4,7
. 
NOTA: O músculo reto femoral é um dos componentes do grupo muscular quadríceps, o único 
deste grupo que é biarticular e que cruza a articulação do quadril. 
 
 
Sartório 
 
Localização: O músculo se encontra entre duas camadas da fáscia da coxa e algumas de suas fibras 
se inserem, nesta fáscia, nesta fáscia, na metade inferior da coxa. O músculo se encurva, em torno 
do lado medial da coxa, passando por trás do côndilo medial e, depois, para a frente, até a sua 
inserção. É um músculo fusiforme. 
OS MÚSCULOS E SUAS AÇÕES 75 
 
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior. 
Inserção: Parte próximo-medial da tíbia, próximo ao platô medial da tíbia. 
Inervação: Nervo femoral. 
Segmentação: L2-L4. 
Articulação: Acetabulofemoral e do joelho. 
AÇÃO: 
 Na cintura pélvica: em ação bilateral, faz báscula anterior
3,6
. 
 No Quadril:Flexão
1,2,3,4,7
; Abdução
1,2,3,4
 e rotação externa
1,2,3,4,7
. 
 No Joelho:Flexão
1,2,3,4,7
; Extensão
1
 e Rotação medial
2,3,4,7
. 
NOTA: O músculo sartório é o mais longo do corpo humano, porém não é considerado motor 
primário em nenhuma de suas ações musculares, sendo mais eficiente quando se realizam todos os 
movimentos ao mesmo tempo. 
Observação: Na maioria dos indivíduos, esse músculo é um flexor do joelho mas, em algumas 
pessoas, atua como extensor do joelho. Talvez isto seja devido à diferença na sua inserção, a qual, 
em alguns casos, pode ser anterior ao eixo do joelho. 
 
 
Tensor da Fáscia Lata 
 
Localização: Um pequeno músculo situado na frente e no lado do quadril, tem a característica de 
não apresentar uma inserção óssea. 
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior e lábio externo da crista ilíaca. 
Inserção: Trato iliotibial da fáscia lata na junção dos terços proximal e médio da coxa.

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