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resenha critica direito penal III

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Universidade Estácio de Sá polo de Campos dos Goytacazes
Resenha crítica sobre a qualificadora do feminicídio
Disciplina: Direito Penal III
Professora: Antônio Carlos Ferreira dos Santos Filho 
Aluno: Wesley coelho da Silva Corrêa 
Matrícula: 201804007803
A presente resenha crítica tem por objeto o texto: A qualificadora do feminicídio é de natureza objetiva ou subjetiva? O texto aponta várias divergências entre doutrinadores operadores do direito em relação a esse tema. 
Podemos observar no decorrer da história que o papel da mulher vem evoluindo sendo cada vez mais aceita no mercado de trabalho desmistificando o velho conceito de família que o homem trabalha e a mulher cuida da casa. Com muita luta esforço as mulheres começaram a ser vistas como indivíduos que podem suprir podem executar trabalhos muitas vezes ditos para homens. Mas infelizmente em pleno século 21 ainda há pessoas que não enxergam as mulheres como elas são indivíduos totalmente capazes que não são melhores nem piores que ninguém. E justamente por causa dessas pessoas que o código penal teve que prevê o feminicídio. 
Podemos observar no artigo 121 do código penal § 2° VI a previsão do feminicídio. O texto analisado nos traz um conceito de feminicídio “Para configurar feminicídio, bem se sabe, não basta que a vítima seja mulher. A morte tem que ocorrer por “razões de condição de sexo feminino” que, por sua vez, foram elencadas no § 2º-A do art. 121 do Código Penal como sendo as seguintes: violência doméstica e familiar contra a mulher, menosprezo à condição de mulher e discriminação à condição de mulher. ”  
Conforme texto a violência doméstica e familiar contra a mulher art. 5º da lei Maria da Penha “conceitua a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. ” O texto orienta que quando analisar o caso verificar a razão da agressão pois nem sempre quando um marido mata esposa ou filho mata mãe significa que houve feminicídio naquele caso. O texto também enfatiza o feminicídio motivado pelo menosprezo a condição da mulher “Há menosprezo quando o agente pratica o crime por nutrir pouca ou nenhuma estima ou apreço pela mulher vítima, configurando, dentre outros, desdém, desprezo, desapreciação, desvalorização. E por fim discriminação à condição da mulher (CEDAW, 1979) "Art. 1º. Toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo." 
O texto em análise traz um grande debate em relação à qualificadora do feminicídio se ela é de natureza subjetiva ou objetiva. 
Em relação a natureza subjetiva podemos citar o entendimento dos procuradores de justiça Rogério Sanches Cunha e Ronaldo Batista Pinto "[...] a qualificadora do feminicídio é subjetiva, pressupondo motivação especial: o homicídio deve ser cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Mesmo no caso do inc. I do § 2º-A, o fato de a conceituação de violência doméstica e familiar ter um dato objetivo, extraído da lei, não afasta a subjetividade. Isso porque o § 2º-A é apenas explicativo; a qualificadora está verdadeiramente no inc. VI do § 2º, que, ao estabelecer que o homicídio se qualifica quando cometido por razões da condição do sexo feminino, deixa evidente que isso ocorre pela motivação, não pelos meios de execução. ” 
Em relação a natureza subjetiva podemos citar Amom Albernaz Pires também Promotor de Justiça "[...] se, de um lado, a verificação da presença ou ausência das qualificadoras subjetivas do motivo fútil ou torpe (ou ainda da qualificadora do inciso V) demandará dos jurados avaliação valorativa acerca dos motivos inerentes ao contexto fático-probatório que levaram o autor a agir como agiu, por outro lado, a nova qualificadora do feminicídio tem natureza objetiva, pois descreve um tipo de violência específico contra a mulher (em razão da condição de sexo feminino) e demandará dos jurados mera avaliação objetiva da presença de uma das hipóteses legais de violência doméstica e familiar (art. 121, § 2º-A, I, do CP, c/c art. 5º, I, II e III, da Lei 11.340/06) ou ainda a presença de menosprezo ou discriminação à condição de mulher (art. 121, § 2º-A, II, do CP). [...] é objetiva a análise da presença do modelo de violência baseada no gênero (ou em razão da condição do sexo feminino), positivada na Lei Maria da Penha e na Convenção de Belém do Pará e agora incorporada pela Lei nº 13.104/2015 com a expressão “violência doméstica e familiar”, já que a Lei Maria da Penha já reputa como hipóteses desse tipo de violência àquelas transcritas acima (art. 5º, incisos I, II e III)."   
Analisando o texto e o posicionamento de diversos doutrinadores em relação ao tema e com conhecimento prévio adquirido em sala de aula e acompanhando o entendimento da autora entendo que a natureza do feminicídio é subjetiva pois quem está praticando crime o comete em razão da vítima ser mulher “A violência de gênero não é uma forma de execução do crime; é, sim, sua razão, seu motivo”. Acredito que com o decorrer dos anos o crime de feminicídio tendi a diminuir vez que as crianças da nossa geração estão crescendo vendo suas mães desempenham um papel na sociedade de maneira mais igualitária deixando para trás o antigo conceito de família.

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