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LOGÍSTICA REVERSALOGÍSTICA REVERSA
Esp. Berenice Milani
IN IC IAR
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introdução
Introdução
Caro aluno, cada dia mais a sociedade utiliza produtos que passam por processos de
transformação. A cada dia mais as vidas úteis dos produtos estão menores, e quando
os produtos cumprem o objetivo proposto, chegando ao �m da vida útil, são
descartados. As cidades estão com uma intensa produção de lixo, gerando
problemas pela geração de resíduos sólidos. A logística reversa, nesse contexto,
ganha cada dia mais importância perante a sociedade. Antes de pensarmos no
processo da logística reversa, é preciso identi�car que a logística possui processos
diretos e reversos.
As empresas têm processos logísticos direto e reverso de forma consolidada e
formatizada. Como a logística não existe de modo isolado, é preciso analisar os
diversos aspectos estratégicos e operacionais da logística. Nesta unidade faremos
uma abordagem das de�nições da Logística Reversa e dos conceitos abordados,
juntamente com a cadeia de suprimentos e �uxo dos materiais.
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A logística empresarial direta age em concordância com o modelo de gerenciamento
da cadeia de suprimentos, em que a base do estudo gira essencialmente na análise
O que é Logística ReversaO que é Logística Reversa
Figura 1.1 - Cadeia de suprimentos
Fonte:  Cienpies Design / 123RF.
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de �uxo de caixa.
A cadeia de suprimentos (supply chain) possui sua gestão embasada na logística em
que estrutura o planejamento e orienta a busca por único plano de �uxo de produto
e informações no decorrer de um negócio.
Para Valle e Souza (2014), a logística empresarial direta para alcançar o seu
propósito utiliza técnicas e �loso�as empresariais, que objetivam aumentar a
velocidade de resposta e de serviço aos clientes, por intermédio da redução dos
custos totais de operação e do �uxo logístico, por exemplo, Just in time (na hora
certa), qualidade total e tecnologia da informação em logística.
A logística empresarial demonstra que o grau de organização dos �uxos logístico
interno e externo nas instituições estão associados ao capital distribuído nas
operações de transportes internos e externos; nos processos e recursos
relacionados aos procedimentos, ao armazenamento e à estocagem dos produtos;
nos sistemas de informações na cadeia de suprimentos como um todo; na inspeção
dos estoques externos e internos; e nos recursos humanos inseridos, entre outras
questões.
Na visão de Kopicki et al. (1993), a logística reversa busca realizar o gerenciamento
do processo reverso à logística direta, pensando no �uxo dos produtos de seu local
de consumo até o local de origem, reutilização ou descarte �nal. Dessa forma,
analisa e gerencia os produtos que ou foram usados, ou estão com pouco uso ou
ainda que não foram usados, agregando-os ao ciclo dos negócios através de
procedimentos de reciclagem e destinação aos mercados secundários, entre outros.
A logística empresarial reversa é o âmbito da logística empresarial que atua no
sentido contrário, assegurando o retorno de materiais, produtos e peças a um
procedimento novo de produção ou a um novo uso.
Os conceitos de logística reversa se ampliaram ao longo do tempo, como apontado
por Leite (2000), que diz que a logística empresarial possui uma nova área que
atenta-se a equilibrar a pluralidade dos fatores logísticos de retorno ao ciclo
produtivo das diversas categorias de bens industriais, dos materiais componentes e
dos resíduos industriais, através da reutilização controlada do bem e de seus
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componentes, ou ainda com a reciclagem dos materiais componentes, possibilitando
originar matérias-primas secundárias reintegradas ao processo produtivo
Conforme Magera (2013, p. 119) “o �uxograma do processo de logística direta e
reversa mostra os caminhos dos principais canais e como qual se liga aos seus
principais segmentos.”
Os autores Stock (1998), Rogers e Tibben-Lembke (1998), Leite (2003), Kopicki et al.
(1993) e De Brito (2004) partilham do mesmo entendimento sobre a logística
reversa, de que o nível de estruturação de um canal reverso decorre em função das
práticas e da existência organizacional, abrangendo os processos nas várias fases de
retorno dos materiais/produtos, as informações e o relacionamento entre empresas
na cadeia reversa, e a quantidade de recursos inseridos por essas empresas e
designados para as operações de retorno dos produtos.
As percepções desses diversos autores foram reunidas, alinhando como é
organizado um canal reverso nas organizações dos diversos setores, conforme os
vários tipos de produtos a serem retornados.
Figura 1.2 - Fluxo do processo de logística direta e reversa 
Fonte: Magera (2013, p. 119).
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Daher et al. (2003) enfatiza que em um contexto maior, a Logística Reversa compõe-
se de tarefa de coleta, manipulação e processamento de produtos, e produtos e
peças usados com o propósito de garantir uma recuperação sustentável, isto é, todas
as operações logísticas voltadas para a reutilização de produtos e materiais.
A logística reversa pode ser classi�cada em dois tipos: logística reversa de pós-venda
e logística reversa de pós-consumo.
As diferenças entre os bens de pós-consumo e de pós-venda, de acordo com Leite
(2003), são:
Pós-consumo: o produto ou matéria encerra a sua vida útil, sendo que em algumas
vezes retornam ao ciclo produtivo e, em outras, esse processo pode não ocorrer, pois
muitas vezes a fábrica que produziu poderá reaproveitar um mesmo ou outro
produto, que correm por canais desmanche, reúso e reciclagem até a destinação
�nal. Exemplos: desmanche de automóveis e computadores, coleta de lixo, etc.
Pós-venda: são produtos com pouco ou sem uso, devoluções por falhas ou defeitos
de fabricação, qualidade, prazo de validade expirado, avarias no produto ou
embalagem, erro de processamento de pedidos, problemas de estoque, políticas de
marketing, avarias no transporte (transbordo, redestinação, baldeação, etc.),
garantias, entre outros motivos, como furto, roubo, sinistro, extravio. Esses produtos
muitas vezes sujeitam-se a reformas ou consertos, sendo realizadas promoções,
liquidações e ponta de estoque com esses produtos.
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Shibao et. al (2010) sintetizam as tarefas da logística reversa em cinco funções:
planejar, implantar e controlar o �uxo de materiais e de informações do local de
consumoao local de origem; esforço para uma melhor utilização de recursos, seja
minimizando o consumo de energia, ou reduzindo a quantia de materiais empregues,
quer reutilizando, reaproveitando ou reciclando resíduos; deslocação de produtos
na cadeia produtiva do consumidor para o produtor; recuperação de valor e
segurança no envio após utilização.
Guarnieri (2011, p. 47) ressalta que “a logística reversa operacionaliza o retorno dos
resíduos após sua geração e sua revalorização e reinserção econômica”.
O intuito principal da logística reversa é recuperar valor obedecendo a Política
Nacional de Resíduos Sólidos e Serviço ao Cliente na Logística Reversa Pós-venda,
além de reduzir desperdícios de insumos e a poluição do meio ambiente através da
reciclagem e reutilização de produtos. Se pensarmos em locais como indústrias,
supermercados, lojas, entre outros, que fazem o descarte de grandes volumes de
material que podem ser reciclados – como plástico, papelão, papel, pallets de
madeira, entre outros resíduos industriais com uma capacidade grande de serem
reciclados e reutilizados – a ideia de reaproveitamento de materiais viria ao
encontro com essa demanda, e com isso a redução de embalagens retornáveis seria
enorme, trazendo ganhos e servindo de estímulo para as iniciativas e esforços da
Figura 1.3 - Áreas da logística reversa 
Fonte: Adaptada de Leite (2003).
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implantação de uma e�ciente recuperação de produtos por meio da logística
reversa.
O processo logístico reverso emprega as mesmas práticas do processo logístico
direto. No entanto, ela começa suas atividades após o término da logística direta, na
entrega do produto ao consumidor �nal, que, por sua vez, gera os resíduos de pós-
consumo e pós-venda, que são reinseridos no processo de fabricação, produtivo
e/ou de negócios por meio da logística reversa, concluindo o ciclo logístico total.
Lacerda (2002) entende que a logística reversa é um processo complementar à
logística tradicional, ao mesmo tempo que a última possui o papel de transportar
produtos dos fornecedores para os clientes intermediários ou �nais. A logística
reversa completa o ciclo, deslocando de volta os produtos que foram usados nos
mais diferentes locais de consumo até a sua origem, sendo que nela é normal que a
empresa muitas vezes precise recolher o produto ou o equipamento como um todo,
até mesmo os componentes que não terão mais utilização, por exemplo: baterias e
pilha, dos quais são utilizadas somente partes dos invólucros, mas que precisam ser
recolhidas por completo devido às partes químicas. Ou ainda, como exemplo, as
metalúrgicas que retiram as partes metálicas dos veículos impróprios para uso.
Para Campos e Goulart (2017), a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) na
logística reversa é uma ferramenta para o emprego da responsabilidade distribuída
pelo ciclo de vida do produto, sendo vista como um objetivo de desenvolvimento
social e econômico.
A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, é o principal instrumento da PNRS,
apresentando a responsabilidade compartilhada pela logística reversa e o ciclo de
vida dos produtos.
A PNRS estabelece o ciclo de vida do produto como uma sequência de fases que
abrange o desenvolvimento do produto, começando pela aquisição da matérias-
primas e insumos para a indústria, a produção, o consumo e ainda o descarte.
A logística reversa é um campo da logística empresarial que realiza o planejamento,
o controle e a operação do �uxo, assim como também as informações logísticas
oriundas do regresso dos bens de pós-consumo e pós-venda ao ciclo produtivo ou
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ciclo de negócios, por intermédio dos canais de distribuição reverso, inserindo valor
de natureza variada, como: logístico, econômico, legal, ecológico, de imagem
corporativa, entre outros.
A logística reversa, através dos diversos sistemas operacionais em cada grupo de
�uxos reversos, planeja que o retorno dos materiais ou bens integrantes do ciclo de
negócio ou ciclo produtivo seja viável ou possível depois de seus descartes como
produtos de pós-consumo ou de pós-venda.
Assim, a logística reversa trata mais do que dos canais reversos de distribuição
utilizados no retorno dos produtos do consumidor ao fabricante, seja para reparo,
substituição ou remanufatura, ocupando-se também do planejamento e das
atividades ligadas à redução, ao gerenciamento e à disposição de resíduos
(RIBEIROS; CAMARGOS, 2008).
Para Valle e Souza (2014) o �uxo de materiais e produtos, em um primeiro instante,
percorre os denominados canais de distribuição diretos, que abrangem o percurso
que começa com a entrada das matérias-primas virgens até o consumidor �nal. Esse
�uxo direto pode acontecer de várias formas, podendo transitar por fabricantes,
Figura 1.4 - Antropia da logística direta e reversa
Fonte: Valle e Souza (2014, p. 20).
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atacadistas, varejistas e, ainda, pelo consumo �nal. O �uxo direto da logística é a
preocupação principal da logística empresarial e do marketing.
O processo convencional da cadeia de suprimentos normalmente considera um
conjunto de processos que transferem os produtos dos fornecedores conduzidos
pela demanda do cliente por meio de fabricantes e distribuidores para os clientes
�nais. Porém, esse não é o término do valor do produto quando incluímos processos
novos que são integrantes da logística reversa e diversos ciclos de processamento
conectados por interfaces especí�cas do mercado.
Para Valle e Souza (2014), muitos produtos ultrapassam a cadeia de suprimentos
convencional, fomentando transações comerciais extras: vendas em mercados
secundários de produtos usados são vendidos, reparo de objetos com avarias para
atender como peças de reposição; produtos desatualizados passam por atualização
para atender a novas normas; recuperação de estoques não vendidos; retornar e
recarregar as embalagens reutilizáveis; produtos usados são reciclados e
transformados novamente em matérias-primas. Dessa forma, uma união de
processos que comporta apenas o �uxo para frente de produtos em uma estrutura
convencional da cadeia de suprimentos é isenta da responsabilidade pelo que ocorre
com os produtos depois de chegarem ao cliente.
Figura 1.5 - Cadeia de suprimentos integrada 
Fonte: Elaborada pela autora.
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Para amparar as falhas, é preciso expandir o horizonte do �uxo do produto,
comportando um grupo novo de processos que expande a responsabilidade da
cadeia de suprimentos, de modo a retornar produtos começando do cliente. O
proposito é deter o valor econômico, assim como valores ambientais dos objetos.
Nessa óptica, nas empresas em que há uma cadeia de suprimentos estruturada, os
procedimentos da logística reversa acabam sendo envolvidos simultaneamente aos
da logística direta. Os aperfeiçoamentos de tecnologias, materiais e processos são
esquematizados para a cadeia como um todo, reduzindo os riscos dos investimentos
em logística reversa, uma vez que as parcerias e as articulações são desenvolvidas
como um todo.
praticarVamos Praticar
A logística reversa é o segmento dalogística empresarial que se preocupa com as questões
logísticas do retorno ao ciclo de negócios ou produtivo de embalagens, bens de pós-venda
e de pós-consumo, atribuindo-lhes valores de diversas naturezas: econômico, legal,
logístico, ecológico, de imagem corporativa, entre outros.
LIVA, P. B. G.; PONTELO, V. S. L.; OLIVEIRA, W. S. Logística reversa. Web-Resol (on-line).
Disponível em: <http://limpezapublica.com.br/textos/logistica_reversa_01.pdf>. Acesso
em: 11 jun. 2019.
Nessa conjuntura, analise as a�rmativas e aponte o que for correto quanto ao conceito de
logística reversa.
a) A logística empresarial reversa é o domínio da logística empresarial que atua em
sentido uniforme, enviando materiais, produtos e peças a um procedimento novo de
produção ou a um novo uso.
http://limpezapublica.com.br/textos/logistica_reversa_01.pdf
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b) A logística reversa, através dos diversos sistemas estratégicos, planeja o retorno
dos materiais ou bens para não existir descartes de produtos de pós-consumo ou de
pós-venda.
c) O intuito principal da logística direta é conter os desperdícios de insumos e a
poluição sonora no meio ambiente por meio da reciclagem, e promover a
reutilização de produtos.
d) O processo logístico reverso emprega as mesmas práticas do processo logístico
direto.
e) A logística reversa começa suas atividades antes da logística direta, ou seja, a
entrega do produto ao consumidor �nal.
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As empresas demonstram cada dia mais preocupação com atividades ambientais
corretas. Com isso, buscam controlar os processos das suas atividades a �m de
Logística Reversa segundoLogística Reversa segundo
a Visão de Processosa Visão de Processos
Figura 1.6 - Logística e visão de processos
Fonte: Busakorn Pongparnit / 123RF.
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reduzir impactos no meio ambiente, atentando-se à legislação, ao desenvolvimento
sustentável e às questões ambientais.
Ao realizar o Gerenciamento da cadeia de suprimentos, busca-se atender à demanda
de agregar valor e, concomitantemente, reduzir os custos e assegurar um aumento
da lucratividade nas atividades da empresa.
A logística reversa, para Rogers e Tibben-Lembke (1999 apud LEITE, 2002) é
entendida como o processo de planejar, controlar e implementar e�ciência no custo
da matéria-prima, material em processamento, informações e produtos acabados,
começando pelo consumo até a origem, com a �nalidade de recapturar valor e/ou
realizar a adequação de sua destinação.
Muitas empresas não têm noção dos custos ligados ao setor de logística reversa,
mesmo que haja um crescente interesse e maior entendimento empresarial no
tocante à logística reversa.
De acordo com Valle e Souza (2014), a falta de conhecimento gera processos mal
de�nidos e falta de suporte do sistema. Em decorrência do retorno ser variável, é
preciso haver um nível alto de �exibilidade no gerenciamento de processos e
sistemas quanto ao retorno de bens materiais.
A logística reversa pode ser complicada quando existe muita burocracia e os �uxos
de processos são ruins, principalmente se levarmos em consideração que existem
múltiplos agentes, como fornecedores, clientes, fabricantes, revendedores,
receptores �nais e recicladores que necessitam proceder como parceiros no
desenvolvimento de processo de logística reversa e�ciente.
As portas de entrada ao modelo reverso são os Canais de distribuição, pelos quais se
pode reconhecer os canais reversos de pós-venda, pós-consumo e outros, como os
canais de resíduos industriais, que compreendem tarefas internas das empresas que
realizam reaproveitamento de materiais, redução de contaminação nos processos
produtivos e recuperação de valor.
Esses canais são criados para atender às necessidades particulares das empresas,
sendo preciso veri�car os resultados das atividades internas desenvolvidas, ou seja,
o início do processo reverso.
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De acordo com os caminhos de retorno dos bens e materiais, vários destinos podem
ser seguidos. É imprescindível que os retornos dos produtos sejam realizados pelo
�uxo correto do começo ao �m do processo para que não surjam gastos adicionais
com ações corretivas devido à ine�ciência no processo.
As organizações realizam as atividades do processo de acordo com os contratos que
são �rmados. Assim sendo, normalmente pagam pela retirada dos bens,
redistribuição dos materiais antes da reciclagem ou eliminação e pela triagem.
As empresas precisam rede�nir os processos internos da logística para estruturar a
logística reversa e assim gerenciar a entrada dos materiais, realizar a classi�cação,
análise dos objetos. Após isso, ocorre o processo externo, sendo preciso ocorrer a
de�nição dos itens a serem manipulados, direitos e deveres.
O processo de logística reversa fornece materiais reaproveitados que voltam ao
processo tradicional de acordo com a natureza do material e razão pela qual este
integra o sistema.
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A modelagem dos processos é realizada para a gestão geral e do cotidiano da
empresa; assim sendo, é modelada a situação efetiva dos processos da empresa. A
seguir, é exibido o macroprocesso da logística reversa, com os relativos processos e
atividades de uma empresa que realiza a reciclagem de aparelhos de telefones
celulares.
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O processo de logística reversa de pós-venda divide-se em três categorias: retorno
de garantia/qualidade, retorno comercial e substituição de componentes.
Os materiais na logística reversa pós-consumo podem vir de diversas formas, e
podemos ressaltar: coleta seletiva, coleta informal (pessoas físicas, como catadores,
carroceiros, etc.), acidentes de manuseio em decorrência de operações de
transporte (destinação, transbordo, redestinação, etc.), �nal de estação ou
modernização de modelos, �m da vida útil em função de obsolescência, fadiga,
performance, etc.
Veja a seguir o exemplo do processo na logística reversa de pós-consumo de
produtos de reúso, reciclagem e desmanche.
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Os materiais podem ser descartados de diversas formas. Na primeira ocorre de
forma correta, pela coleta seletiva, separação do lixo/materiais e cada produto segue
a sua destinação correta. O descarte pode ainda ocorrer por meio de lixões, aterros
sanitários e incineração. O ideal seria que somente os materiais que não podem ser
reciclados fossem para esse destino, e os materiais químicos fossem tratados antes
dos descartes.
Os produtos reciclados passam por transformações para serem reutilizados. É
possível reaproveitar muitos materiais, como plástico, vidro, papel, alumínio, entre
outros.
Muitos produtos podem ser recondicionados por meio de restauração ou
recuperação desses produtos e assim voltar ao mercado. Um exemplo bastante
utilizado atualmente justamente devido à preocupação ecológica, são as autopeças
remanufaturadas.
Existem produtos que podem ser revendidos como matéria-prima para produção de
outros materiais; ou produtoslevemente dani�cados ou com pequenas avarias
podem ser empacotados e revendidos para outlets ou locais que vendem produtos
com desconto.
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Um outro processo de logística reversa, também conhecido como logística inversa
ou ainda logística pós-venda, é bastante utilizado em e-commerce para devolver
produtos que foram solicitados troca ou devolução. O consumidor é assegurado por
lei quanto ao seu direito de troca ou devolução quando compra algo pela internet e
deseja realizar esses procedimentos. Porém, mesmo sendo um processo bastante
utilizado, muitos desconhecem que esse processo faz parte da logística reversa.
Gonçalves (2000) ressalta que na gestão de processos um fator essencial é a
coordenação das atividades executadas na organização, em especí�co as atividades
que são realizadas por várias áreas e por várias equipes de trabalho para completar
o processo.
Costumeiramente, ocorre uma relação direta entre o custo e o tempo do ciclo do
processo, sendo que, quando ocorre um retorno por meio de um processo adequado,
automaticamente esse processo é mais rápido e e�ciente. O primeiro passo para
esse caminho ser correto é a emissão da autorização de devolução de material.
A gestão de retorno de matérias/produtos vai além que decidir o que fazer com eles,
pois abrange ainda a aquisição de informações que possibilitam entender os motivos
do retorno desses materiais.
Em muitos casos o processo de logística reversa ocorre devido a uma compra que o
cliente fez e não gostou, ou o produto estava dani�cado. Com essas informações é
possível atuar na causa da insatisfação dos clientes, permitindo dessa forma a
reduzir os retornos futuros. Contribui ainda para que os processos de logística
direta tornem-se rápidos e e�cientes, aumentando a credibilidade com os clientes.
Estas informações podem ajudar na fabricação, na embalagem e nas práticas de
marketing (promoções feitas dos produtos retornados, vindas de determinados
mercados e também melhoria do produto/serviço).
Segundo Valle e Souza (2014), as entradas são divididas em duas categorias:
entradas para serem processadas, como energia, materiais, informação e cliente; e
entradas que proporcionam transformação, como máquinas e outros equipamentos,
instalações, repositórios de informação, sistemas de computação e os
colaboradores, que só́ integram de fato valor se atuarem como trabalho quali�cado
e organizado, fornecendo energia e conhecimento mobilizável.
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Lápis
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A empresa manipula os recursos primários que entraram, convertendo suas
propriedades físico-químicas, estéticas (transformação de ferro e outros materiais
em aço) ou biológicas, alterando a posse de um recurso (transferência de materiais e
informações de uma pessoa para outra) ou ainda mudando sua localização
(transporte de materiais de um local para outro).
Ou seja, essas entradas tanto podem ser de produtos/materiais que podem ser
reciclados e reutilizados (como plásticos, embalagens, papelão, vasilha de bebidas),
como podem ser produtos em perfeito estado que o cliente não gostou e devolve ao
fornecedor, que por sua vez pode revendê-lo. Há casos ainda que os produtos podem
ser recondicionados, como o aço que pode ser derretido e usado novamente, ou um
produto novo com uma peça dani�cada, que poderá ser consertado.
Podemos classi�car quatro tipos de recursos transformados como saídas: que irão
compor a responsabilidade social da empresa; recursos com valor público agregado
(impostos, empregos, benefícios à vizinhança etc.); recursos sem valor imediato
(gases emitidos, resíduos sólidos e e�uentes lançados nos rios e lagoas), ou seja,
saídas indesejadas, que podem ser reaproveitadas, dispostas ou tratadas;
informações inseridas no sistema organizacional, proporcionando melhorias e
indicações quanto ao seu desempenho.
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O processo produtivo vai além dos limites dos itens produzidos no sistema de
Logística Reversa. Existe um diagrama de processamento do �uxo de retorno
prede�nido, em que ocorre a transformação em produtos secundários, materiais ou
componentes dos materiais (descartados). Ressalta-se ainda que o processo de
produção surge anexado à rede de distribuição.
Pela ótica da logística, a vida de um produto não encerra na sua entrega ao cliente,
visto que os produtos se dani�cam, tornam-se obsoletos ou deterioram-se e acabam
voltando para os pontos de origem para conserto ou descarte.
praticarVamos Praticar
Matheus realizou a compra de um tênis por uma loja virtual. Ao receber o produto, �cou
decepcionado, pois o produto na verdade se tratava de uma falsi�cação e não o tênis
original que havia comprado. Matheus logo em seguida entrou em contato com o vendedor
para comunicar que não queria o produto.
Diante do exposto, analise as a�rmativas a seguir e assinale qual é o processo logístico
reverso nessa situação apresentada.
a) Reciclar.
b) Descartar.
c) Revender.
d) Recondicionar.
e) Retornar ao fornecedor.
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A inserção da Logística Reversa nas estratégias corporativas busca, além de uma
maior e�ciência logística, envolver os vários setores para produção e disseminação
Logística Reversa comoLogística Reversa como
Desa�o EstratégicoDesa�o Estratégico
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de novos valores organizacionais solicitados pela sociedade para satisfazer aos seus
desejos com relação às empresas.
Para Guarnieri (2011), a logística reversa é reconhecida fortemente como uma das
mais importantes vantagens competitivas para as organizações atualmente. Curtos
ciclos de vida dos produtos, grande concorrência por mercados, taxas de retornos
expressivas em alguns segmentos do mercado, pressões legais e conscientização
ecológica pela disseminação do conceito de desenvolvimento sustentável são
exemplos de pontos que mostram a necessidade do desenvolvimento do processo da
logística reversa nos sistemas logísticos.
Para Campos e Goulart (2017), as organizações visam lucros – com exceção das
empresas sem �ns lucrativos – mas, além disso, as empresas dentro de seu universo
de atuação passaram a contribuir para a melhoria ambiental e social. Esse
comportamento empresarial eleva a competitividade entre as empresas, sendo mais
disseminada, fazendo com que as partes interessadas (como clientes, funcionários,
acionistas, comunidade, fornecedores e governo) �quem mais satisfeitas.
Roberson e Copacino (1994) ressaltam que na logística reversa é possível gerar
valor estratégico em que coopera para que haja um equilíbrio dinâmico da estratégia
corporativa, visto que é quali�cada para vincular funções-chave da empresa e, dessa
maneira, fomentar a aproximação entre a visão geral da atuação organizacional e as
particularidades que constituem a empresa. Localizar, implementar e conservar
competências e capacidades, e buscar diferenciais quesustentem a transferência de
valores entre o ambiente organizacional e a empresa é fundamental para uma boa
estratégia da empresa. Assim sendo, por meio da Logística Reversa é possível obter
o equilíbrio dinâmico da estratégia corporativa, �rmando as relações entre a
empresa e o ambiente externo.
Conforme Leite (2006), as empresas são capazes de conseguir vantagens
competitivas com:
1. Canais de distribuição reverso: o uso de canais de distribuição reversos
nas organizações através do retorno que surge do mercado de materiais,
em que se pode desenvolver embalagens, produtos e informações.
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2. Logística reversa em imagem: quando a empresa demonstra preocupação
com o impacto no ecossistema, devido à destruição dos recursos
ambientais e aos danos que podem causar à saúde animal e vegetal, gera-se
uma boa imagem da empresa.
3. Custos operacionais: os custos operacionais são reduzidos com a
reutilização de materiais.
4. Meio ambiente: ao demonstrar preocupação com o meio ambiente, devido
à destruição dos recursos naturais, conquista-se o crescente público que
tem essas preocupações.
5. Lucro e lucratividade: por meio da logística reversa, com redução de
custos operacionais e boa imagem da empresa, os ganhos podem se tornar
maiores, gerando maiores lucro e lucratividade para a organização.
Brito e Bernardi (2010) ressaltam a responsabilidade socioambiental pelo ângulo
estratégico do gerenciamento dos recursos naturais e da competência de se
relacionar com os stakeholders, o que promovem uma vantagem competitiva para a
organização. Os assuntos de ordem socioambiental passam por constantes
evoluções, e nesse sentido a empresa precisa sempre atentar-se juntamente com
seus parceiros da cadeia de suprimentos sobre as novas diretrizes inseridas nos
vínculos de sustentabilidade.
Além da cadeia de suprimentos sustentável, outra forma de obter vantagens
competitivas é na cadeia de suprimentos verde. As prioridades estratégicas da
empresa alinham-se com o gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos na
busca por competitividade e na necessidade de legitimação, em que a vantagem
competitiva não acontece por meio do desempenho ambiental e econômico, mas sim
na manifestação deles. A manutenção do desempenho não pode ser classi�cada
como vantagem competitiva enquanto houver restrição de recursos e capacidades.
As empresas, por meio da Lei nº 6.938, de 1981 (que estabelece princípios, objetivos
e instrumentos para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente -
PNMA), e a Lei nº 12.305/10 (que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos -
PNRS), utilizam os instrumentos contidos nas referidas leis como estratégias de
avanço nas questões de logística reversa.
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Segundo Porter (2006), é preciso distinguir o produto ou serviço desenvolvendo
algo único no mercado para ser considerada uma estratégia de diferenciação. Essa
prática pode ocorrer por meio de tecnologia, imagem da marca, fornecedores e
serviços especí�cos. Ocorre um posicionamento positivo com os concorrentes e
consumidores quando realiza-se a diferenciação.
As indústrias, fábricas e empresas em geral buscam constantemente reduzir custos
de produção, para assim conseguirem oferecer preços melhores e obter vantagens
competitivas frente aos concorrentes.
Outro ponto importante é a imagem coorporativa da empresa, que se refere à
assimilação, ou seja, mentalização que os clientes possuem da empresa com base em
seu comportamento ou característica.
Pensando nesses quesitos, os ganhos competitivos das empresas que realizam a
logística reversa são enormes, pois por meio dela é possível reduzir custos de
produção, com a reutilização de materiais e quando é utilizada pelo mesmo canal
que a logística direta consegue reduzir custos de transporte desses materiais, do
local de origem até a fábrica. Consegue, ainda, agregar valor à imagem da empresa,
ao demonstrar preocupação com as questões ecológicas e de meio ambiente, e
assim, as empresas podem obter maiores lucros e lucratividade.
Trazendo esse pensamento para a logística reversa, é possível notar que muitas
empresas vêm se destacando no mercado pela diferenciação no que tange a logística
reversa, como mostra a Figura 1.14.
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Para Campos e Goulart (2017), diante dos cenários competitivos que se concentram,
as empresas consequentemente in�uenciam os cenários sociais baseadas na
assimilação do ambiente interno e externo.
As empresas que possuem maior controle nos seus processos conseguem visualizar
o impacto nas vendas diante dos consumidores em decorrência da responsabilidade
social corporativa (RSC), ou então a falta dela.
Campos e Goulart (2017) evidenciam que os benefícios da logística reversa vão além
da ideia central, que é a redução de custos. Além disso, por meio de diversos
indicadores, pode-se medir o desempenho da organização através de cinco áreas:
Marketing e vendas, �nanceiro, operações, desenvolvimento e inovação, e recursos
humanos (Capital intelectual).
Valle e Souza (2014) indicam que a LR no contexto da estratégia pode ser analisada
como: competência-chave, observando a moderna cadeia de suprimento; meio de
agregação de valor aos clientes e vantagem competitiva aos shareholders e
stakeholders; equilíbrio dinâmico entre as especi�cidades dos processos e a visão
global da ação organizacional; ciclo continuado da logística; e como subsídio de
garantias de competitividade e sustentabilidade.
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A logística reversa opera de forma positiva cumprindo a legislação, nas políticas de
responsabilidade social, na manutenção e investimento no capital humano e
intelectual, complementando a sustentabilidade social, ambiental e econômica.
Dornier et al. (2000) evidenciam que a Logística Reversa surja integrada à estratégia
de logística, que inclui o �uxo reverso em um ciclo contínuo.
O ciclo pode ser compartilhado com empresas parceiras ou pode ser realizado por
uma única empresa. Desse modo, ela pode auxiliar no desenvolvimento de
estratégias de parcerias ou ser um diferencial criado internamente.
Com tudo isso, a LR pode ser visualizada como um meio de criação de valor para a
organização, ocasionando resultados satisfatórios em vias estratégicas.
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praticarVamos Praticar
A globalização ocasionou mudanças radicais no modo de interação entre as empresas e o
mercado. A questão ambiental passa a ter, consequentemente, importância fundamental
nos processos de produção, comercialização e consumo, mudando substancialmente as
vantagens competitivas de vários segmentos econômicos em todos os países.
HERRERA, V. E. et al. A logística reversa como fonte de vantagem competitiva no segmento
de máquinas e equipamentos agrícolas: estudo de caso da empresa x. In: SIMPEP, 13.,
2006, Bauru. Anais... Bauru: UNESP, 2006. Disponível em:
<http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/985.pdf>. Acesso em: 8 jun.
2019.
A logística reversa é grandemente conhecidacomo uma das mais relevantes vantagens
competitivas para as empresas atualmente. Sendo assim, analise as a�rmativas abaixo e o
índice que é apontado como uma necessidade de desenvolvimento do processo da logística
reversa.
a) ciclos de vida dos produtos cada vez maiores.
b) Pouca concorrência por mercados.
c) Pouca taxa de retorno em alguns segmentos do mercado.
d) Pressão legal.
e) Ignorância ecológica.
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Valle e Souza (2014), por meio dos conceitos de cadeia de valor, criaram, em
conjunto, uma macrovisão dos processos de logística reversa. O principal ponto da
A Cadeia de Valor daA Cadeia de Valor da
Logística ReversaLogística Reversa
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macrovisão é assimilar como uma empresa operacionaliza seus objetivos
estratégicos voltados para a logística reversa por meio de suas atividades e ações.
Os autores destacam, ainda, que o modelo gerado de cadeia de valor (Figura 1.17)
servirá de parâmetro para as empresas de acordo com as suas particularidades e
realidade, demonstrando os processos da logística reversas nas organizações.
Cada organização possui uma cadeia de valor da LR própria, mas se aproxima da
apresentada na �gura acima.
Da Macrovisão para a Visão da Operacional:
As Camadas de Mapeamento
A modelagem da cadeia de valor é feita em camadas (ou níveis), iniciando do nível
mais alto e alinhando-se com a ação estratégica e operacional da empresa. Dessa
forma, são distinguidos os processos que propiciam produzir, de maneira encadeada,
valor para o cliente �nal.
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A partir do raciocínio, ocorre a especi�cação de camadas de detalhamento (Figura
1.18): começa pelo todo para alcançar o especí�co. Para Valle e Souza (2014), é um
movimento que enfatiza a visão do todo a partir da primeira camada, mas sem expor
quem realiza o processo ou o que se realiza. De forma gradual e controlada ocorre o
detalhamento das camadas seguintes. Todas as camadas possuem seu próprio
diagrama e símbolos determinados na convenção. A quantidade de camadas é de
acordo com a complexidade do processo.
O mapeamento em camadas torna possível uma dupla veri�cação: a primeira ocorre
no decorrer do próprio mapeamento, pois cada camada rati�ca ou refuta a camada
anterior; a segunda acontece ao �nal do mapeamento, quando uma leitura bottom-
up (de baixo para cima) rati�ca ou promove mudanças na cadeia de valor (VALLE;
SOUZA, 2014).
É opcional ter um segundo nível de detalhamento para a cadeia de valor, visto que a
ação do segundo nível segue a especi�cação e raciocínio do nível, com foco na
veri�cação de um dos processos que engloba a cadeia de valor.
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O principal fator da macrovisão é compreender como uma empresa faz a operacionalização
dos objetivos estratégicos direcionados para a logística reversa através de suas atividades
e ações. O modelo gerado de cadeia de valor é usado de parâmetro para as empresas de
acordo com suas especi�cidades e realidade, demonstrando os processos da logística
reversa nas organizações.
Nesse contexto, analise as a�rmativas e indique como é feita a modelagem de cadeia.
a) Camadas.
b) Diagrama.
c) Manejo.
d) Coleta.
e) alternativa E.
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indicações
Material
Complementar
L I V R O
Logística Verde
Vitório Donato
Editora: Ciência Moderna. 1ª edição (2008).
ISBN: 857393705X
Comentário: O livro aborda de forma bastante ampla o
conceito de logística verde, tratando o desenvolvimento
sustentável a nível de estados e país, além de impactos
ambientais, ciclos de reciclagem, entre outros.
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F I L M E
O menino que descobriu o vento
Ano: 2019
Comentário: O �lme é baseado em fatos reais e mostra a
realidade de um jovem de Malaui, na África, no ano de 2001.
Cansado de ver o sofrimento de seu povo e por ser muito
estudioso, busca nos livros a solução para a seca. Com ferro-
velho de um lixão construiu um protótipo de uma turbina de
vento para carregar um gerador. A partir daí precisa de
materiais maiores para construir o moinho de vento para
carregar uma bomba para puxar água de um poço.
Atente-se à realidade dessa tribo vivendo em meados de
2000 e a realidade do Brasil nesse período.
Para saber mais sobre o �lme, assista ao trailer.
T R A I L E R
F I L M E
Mission Blue
Ano: 2014
Comentário: Neste �lme, a bióloga marinha Sylvia Earle
realiza uma série de denúncias sobre as condições que estão
os oceanos e sobre o impacto das ações do homem. Para
saber mais sobre o �lme, assista ao trailer.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Aprendemos, no decorrer desse estudo, que a logística tradicional leva produtos aos
clientes, fornecedores, entre outros, e que a logística reversa completa o ciclo,
deslocando os materiais de volta.
Destacamos que, quando as empresas compreendem o funcionamento da cadeia de
suprimentos, elas reduzem custos, agregando valor e aumentando a lucratividade.
Conforme observado, o processo de logística reversa fornece materiais
reaproveitados que voltam ao processo tradicional de acordo com a natureza do
material, razão pela qual este integra o sistema.
Por �m, as empresas, na busca de um diferencial competitivo no seu universo de
atuação, buscam melhorias ambientais e sociais, movendo-se de modo positivo e
cumprindo a legislação.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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