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Mecânica dos Solos e Fundações CONTEÚDO: http://bit.ly/unip2020 Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Fundações diretas rasas: → Sapatas corridas ❖Alvenaria ❖Concreto → Sapatas isoladas → Sapatas associadas → Sapatas alavancadas → Bloco → Radiers → Tubulões Curtos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Fundação de execução simples e de baixo custo. Utilizada em construções leves, onde as cargas transmitidas ao solo são pequenas. Execução são feitas valas, de forma que a sapata seja implantada ao longo das paredes, especificadas no projeto arquitetônico. Sapata Corrida Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Residências, onde as cargas não são muito grandes, se o solo for regularmente resistente. A profundidade destas fundações deve ser no mínimo de 0,70 m e no máximo de 1,50 m. A largura da base da sapata deve ser sempre maior ou igual ao dobro da parede, que sobre ela repousa. Sapata corrida de alvenaria de tijolos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Residências, onde as cargas são grandes e o solo regularmente resistente É utilizada para suportar cargas oriundas de elementos contínuos que possuem cargas distribuídas linearmente como muros, paredes e outro elementos alongados. A largura mínima da sapata deve ser de 0,70 m e o angulo é menor que 25º. Sapata corrida de concreto armado Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sapata corrida de concreto armado Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Superficiais mais simples e comuns na construção civil. Ela é dimensionada para suportar a carga de apenas um pilar ou coluna. Podem ser de formato quadrado, retangular, circular, etc. Sapata de concreto isolada Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sapata de concreto isolada Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Quando as sapatas de dois ou mais pilares ficam muito próximas, ou até se superpõem, é necessário associá-las. Em casos de pilares de divisa onde as sapatas não podem invadir o terreno vizinho. Sapata associada ou radier parcial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sapata associada Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sapata alavandada Quando um pilar está na divisa do terreno pode- se alavancar a sapata de divisa, que é excêntrica a uma sapata de pilar interno. É utilizada quando a base da sapata não coincide com o centro de gravidade do pilar por estar próximo a alguma divisa ou outro obstáculo. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sapata alavancada Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sapata alavancada Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Bloco Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura. Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar normalmente em planta seção quadrada ou retangular. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Bloco Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Radier Se assemelha a uma placa ou laje que abrange toda a área da construção. O radier apresenta vantagens como baixo custo e rapidez na execução, além de redução de mão de obra comparada a outros tipos de fundação superficiais ou rasas. O radier é executado em obras de fundação quando a área das sapatas ocuparem cerca de 70 % da área coberta pela construção ou quando se deseja reduzir ao máximo os recalques diferenciais. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Radier Protendido → Quando a fundação rasa é comprida. Armado → São utilizados para a construção de casas ou edifícios baixos, com no máximo quatro ou cinco pavimentos. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Radier Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Tubulões Rasos Os tubulões são fundações de forma cilíndrica que pelo menos em sua fase final de execução tem a descida de um operário para limpar e inspecionar o terreno da base. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Tubulões Rasos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Podem ser executados sem e com revestimento. Os tubulões a céu aberto podem ter escavação manual ou mecânica. A escavação manual é feita utilizando-se pá e picareta e levando-se o material escavado para cima por meio de balde e guincho Fundações Diretas Rasas Tubulões Rasos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Tubulões Rasos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Quando o solo tende a desmoronar reveste-se o furo com tubos de concreto ou aço que vão sendo cravados à medida que o solo é escavado. Pode-se atravessar o lençol freático com um tubulão a céu aberto, desde que o nível do lençol esteja pouco acima da base do tubulão, a base esteja apoiada em terreno coesivo e impermeável e se existir água em solo permeável é utilizada camisa para revestir o furo. Tubulões Rasos Mecânica dos Solos e Fundações CONTEÚDO: http://bit.ly/unip2019 Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Definição Denomina-se “capacidade de carga” de uma fundação ou capacidade de suporte do solo, como sendo a carga resistida no limite de ruptura, ou seja, o limite acima do qual a fundação seria capaz de mover-se sob tensão constante. Carga de projeto: é definida como a carga última (Pu) dividida por um fator de segurança (FS): Utiliza-se FS de 3 para fundações rasas e de 2 para fundações profundas em situações genéricas onde não se conhece a condição do solo (NBR 6122- 2019). proj Pu P FS = Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Métodos para determinação da capacidade de carga - Métodos práticos - determina o valor de Pu por meio de provas de cargas. - Métodos empíricos ou semi-empíricos - calcula Pu a partir de um banco de dados nacional, ou até mesmo regional, se possível. - Métodos teóricos - calcula Pu por meio das propriedades de resistência do solo. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Métodos práticos São realizados ensaios do tipo prova de carga (estáticos ou dinâmicos) onde elementos de fundação ou semelhantes a eles são submetidos a carregamentos progressivos até a iminência da ruptura ou a níveis máximos de admissibilidades de recalques. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Métodos empíricos ou semi-empíricos São propostas correlações de capacidade de carga com os resultados de vários ensaios de campo ou laboratório para vários solos. O valor da capacidade de carga é estimado considerando níveis compatíveis de recalque. No Brasil, predominam as correlações entre capacidade de carga versus ensaio de SPT, tanto para fundações rasas quanto profundas. ❖ Pelo método empírico a carga última de sapatas e tubulões pode ser calculada Onde: s adm = tensão admissível do solo, em kPa; N SPT = Número de golpes SPT; k = Fator de correção que varia com o tipo de solo. 100SPTadm N k s = K Solo 3 Pedregulhos 4 Areias 5 Siltes e Argilas Capacidade de Carga Método Empírico ❖Uma vez calculada a tensão admissível do solo, determina-se a área da sapata; Capacidade de Carga Método Empírico ❖ Exemplo 01: Considere o perfil de solo abaixo, que é formado por uma argila siltosa. A fundação recebe uma carga última de 9.180 kN. Considere que a fundação será apoiada em um Nspt acima de 15. Dimensione a base de: a) Uma sapata quadrada; b) Um tubulão curto; Capacidade de Carga Método Empírico 100SPTadm N k s = K Solo 3 Pedregulhos 4 Areias 5 Siltes e Argilas proj Pu P FS = ❖ Exemplo 03: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3600 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 5 metros de profundidade no perfil abaixo: Prof. (m) Nspt Solo 0-1 XXX Argila arenosa 1-2 7 Areia siltosa 2-3 9 Areia siltosa 3-4 15 Areia siltosa 4-5 17 Areia siltosa 5-6 20 Argila arenosa 6-7 25 Argila siltosa Capacidade de Carga Método Empírico 100 20 100 400 5 SPT adm adm N k kPa s s = = = 3600 9 ² 400 proj proj adm adm P P A m A s s = → = = = 2 4 9 3,39 3,40 4 B A B m = → = = Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Métodos teóricos Diversas teorias vêm sendo utilizadas e desenvolvidas para o estudo da estabilidade de uma fundação em uma massa de solo, com o intuito de determinar a capacidadede carga da fundação. Pode-se destacar as seguintes: - Equilíbrio limite; - Análise limite; - Linhas de escoamento; - Expansão de cavidade; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Métodos teóricos ❖ Determinação da carga última por meio das propriedades de resistência do solo; ➢ Coesão e ângulo de atrito: são obtidos por meio dos ensaios de cisalhamento direto e triaxial. ➢ Peso específico: obtido por meio do ensaio de determinação da massa específica. Métodos teóricos: Equilíbrio limite ❖ A superfície de ruptura é pré-estabelecida; ❖ O material é considerado como rígido e plástico. ❖ Descreve bem uma ruptura generalizada, podendo ser empregado muito bem para sapatas. Lambe e Whitman (1969) Bowles (1996) Métodos teóricos: Análise limite ❖ O material é considerado como elastoplástico; ❖ Considera: ➢ Equações de equilíbrio; ➢ Relação tensão-deformação; ➢ Equações de compatibilidade (ε x u); ➢ Plasticidade perfeita (tensão residual constante); ➢ Usam equações de trabalho virtual. q P b solo P O solo P Métodos teóricos: Linhas de Escoamento ❖ É um método difícil de se resolver na mão → utiliza-se o Método dos Elementos Finitos (MEF) ou o Método das Diferenças Finitas (MDF), por exemplo; ❖ Mapeia campos de tensão e deformação; Métodos teóricos: Expansão de Cavidade ❖ Não serve para sapatas e tubulões, mas funciona muito bem para estacas; ❖ “A tensão requerida para provocar o puncionamento profundo em um meio elastoplástico, sem atrito (φ = 0), é proporcional a tensão necessária para expandir uma cavidade de um mesmo volume”. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi; (equilíbrio limite) Considera-se as seguinte hipóteses: - solo rígido plásticos; - solo homogêneo; - não considerou a resistência acima do nível da base, mas apenas a sobrecarga (q); - a região I se moveria junto com a fundação sendo: = f = base rugosa; 45º + f/2 = base lisa; f = ângulo de atrito do solo. - a região II é uma zona de cisalhamento; - a região III é uma zona comprimida, formada de 45º - f/2 com a horizontal. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi; ❖ A tensão última é encontrada por meio da seguinte equação: Onde: qu = tensão última ou máxima (kPa); c = coesão do solo (kPa); γ = peso específico do solo sob a fundação (kN/m³); B = menor dimensão da fundação (m); Nc, Nq, Nγ = fatores de capacidade de carga (função do ângulo de atrito do solo); ( ) NBNqNcq qcu 21++= Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi; Exemplo 02: Considere uma sapata com base 2x3 m a uma profundidade de 1,8 m. Calcule a carga que levaria esta sapata a ruptura e a carga de projeto. Dados: c = 10 kPa; ϕ = 30°; γ = 16,2 kN/m³. Capacidade de Carga Teoria de Terzaghi; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi; Exemplo 02: Considere uma sapata com base 2x3 m a uma profundidade de 1,8 m. Calcule a carga que levaria esta sapata a ruptura e a carga de projeto.. Dados: c = 10 kPa; ϕ = 30°; γ = 16,2 kN/m³. 1345,67 1345,67 (2 3) 8074,02 8074,02 2691,34 3 u u u sapata u u proj q kPa P q A P x x kN P P kN FS = = = = = = = Capacidade de Carga Exemplo 03: Um pilar com uma carga de projeto (Pproj) de 2000 kN terá como fundação uma sapata situada a uma profundidade de 1,8 m. Calcule a área da base da sapata quadrada. Dados: c = 10 kPa; ϕ = 30°; γ = 16,2 kN/m³. Capacidade de Carga Teoria de Terzaghi; Exemplo 03: ( )2 2 2 3 6000 1 2 6000 1 10 37,16 (16,2 x1,8) 22,46 16,2 19,7 2 6000 1026,53 159,57 (B 2,0m) 5382,68 (B 2,1m) 6004,78 u c qP c N q N B N B x x x xBx B B B f f = = + + = + + = + = = = = Não atende o FS! Capacidade de Carga Teoria de Terzaghi; 2 2 2000 3 6000 u sapatau proj proj u sapata q AP P FS FS P FS x P A B B = = = = = Teoria de Terzaghi (1943) Para corrigir algumas hipóteses iniciais, o acréscimo de alguns fatores foram propostos na equação original. Entre eles, destacam- se: a) Correção de forma; b) Compressibilidade do solo; c) Fator de embutimento; d) Posição do nível d’água (NA); e) Outros. Capacidade de Carga Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi – Tubulão Curto (Z=3,0 m); Fator de forma: ( )12u c qc qq c N S S Sq N B N = + + Terzaghi Sc 1,3 Sq 1,0 Sγ 0,8 – base quadrada ou retangular 0,6 – base circular 1,3 0,3u c qq c N q N B N= + + Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi – Tubulão Curto (Z=3,0 m); ❖ Exemplo 04: Dimensionar a base de um tubulão com 3,0 metros de profundidade para suportar uma carga de 300 tf. Dados: 1,3 0,3u c qq c N q N B N= + + 12 28 18 / ³n c kPa kN m f = = = proj Pu P FS = Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Teoria de Terzaghi – Tubulão Curto (Z=3,0 m) ❖ Exemplo 04: Dimensionar a base de um tubulão com 3,0 metros de profundidade para suportar uma carga de 300 tf. Dados: 12 28 18 / ³n c kPa kN m f = = = 2 2 2 3000 3 11459,16 4 4 proju u P FSP q D BA B = = = = 2 2 3 11459,16 1454,86 84,78 11459,16 1454,86 84,78 2,70 uq B B B B B m = = + = + = 300 3000tf kN= Teoria de Terzaghi (1943) b) Compressibilidade do solo: para solos compressíveis (areias fofas e argilas moles), deve-se corrigir a equação original. Usa-se: Com os parâmetros reduzidos, entra-se nas tabelas originais e resolve-se a equação de Terzaghi. * * 2 3 2 3 c c tg tgf f = = { Capacidade de Carga Teoria de Terzaghi (1943) c) Fator de Embutimento: H ≤ 3B→ Equação de Terzaghi funciona; H > 3B→ Deve-se trocar de teoria. Capacidade de Carga Teoria de Terzaghi (1943) Exemplo: Determinar as dimensões de uma sapata quadrada à 2 m de profundidade que recebe uma carga de 1200 kN. Dados: Areia fofa, c = 5 kPa; ϕ = 28°; e γ = 15,2 kN/m³. Solução: Verificação do Fator de Embutimento: H ≤ 3B 2,0 m ≤ 3B→ Desde que B ≥ 0,67m a equação de Terzaghi pode ser empregada. Capacidade de Carga Teoria de Terzaghi (1943) Exemplo: ❖ Areia fofa→ corrigir compressibilidade: Nc = 17,15 Nq = 7,09 Nγ = 4,65 ❖ Fator de forma: Sc = 1,3; Sq = 1,0; Sγ = 0,8 (sapata quadrada) * * * 2 5 3,33 3 2 28 0,355 3 (0,355) 19,5 c x kPa tg tg arctg f f = = = = = = Teoria de Terzaghi (1943) Exemplo: ( ) 2 3 1 2 3 1200 ² 3600 1 3,33 17,15 1,3 (2 15,2) x 7,09 x1,0 15,2 4,65 0,8 ² 2 3600 289,78 28,27 ( 3,0) 3371,31 ( 3,1) 3626,98 3,1 u c c q q u proj q c N S q N S B N S x q FSq B x x x x xBx x B B B f B f B B m = + + = = = + + = + = = = = = Mecânica dos Solos e Fundações CONTEÚDO: http://bit.ly/unip2020
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