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_____________________________________________________________ UFPR - Setor de Tecnologia – Departamento de Engenharia de Produção – Curso de Graduação em Engenharia de Produção Jardim das Américas – 81531-990 – Curitiba – Paraná – fone- (41) 3361 3398 http//www.engprod.ufpr.br ATIVIDADE 2 – GESTÃO AMBIENTAL PARA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Nome: Brendo Diogo Ribas Data: 26/08/2020 1. Descritivo do processo escolhido e Diagrama de blocos O sal marinho pode ser obtido através de evaporação natural ou por combustão, ambas as formas são conhecidas desde a antiguidade. Atualmente a água salgada de canais de maré ou de estuários é bombeada para tanques extensos, chamados evaporadores, onde fica exposta ao sol e aos ventos para a evaporação. Nas modernas indústrias potiguares, as águas salinas bombeadas chegam aos evaporadores com uma salinidade entre 3,5º e 4º Baumé e nelas ficas submetidas à ação dos tempos meteorológicos favoráveis à evaporação até atingir cerca de 23º Baumé. Após isso, a água é bombeada a tanques menores chamados cristalizadores. Nesse nível de salinidade, começa a precipitar o cloreto de sódio; a salmoura permanece cristalizando e evaporando até atingir a salinidade de aproximadamente 29º Baumé, quando passaria a precipitar cloreto de potássio, o que é prejudicial à produção de sal (ANDRADE, 1995; DIAMANTE CRISTAL, on-line). Após atingir esta salinidade, a salmoura tem de ser reciclada ou despejada no estuário. Após o processo de cristalização, a salmoura é reciclada e o sal é colhido em lâminas que podem atingir até 12 cm. Após a colheita mecânica, o sal é levado às estações de lavagem, que servem para remover as substâncias insolúveis e outras impurezas incorporadas durante o processo de cristalização (SOUTO; FERNANDES, 2005). Terminado o processo de lavagem, o sal é transportado em esteiras e estocado ao ar livre, onde ocorre o processo de “cura”, que ajuda a reduzir a umidade. Condições de tempo seco e ventos fortes são ideais em todo o processo. Abaixo, na Figura 1, segue o diagrama de blocos que representa o processo produtivo mencionado. _____________________________________________________________ UFPR - Setor de Tecnologia – Departamento de Engenharia de Produção – Curso de Graduação em Engenharia de Produção Jardim das Américas – 81531-990 – Curitiba – Paraná – fone- (41) 3361 3398 http//www.engprod.ufpr.br Figura 1 - Diagrama de Blocos do Processo Produtivo de Sal 2. Planilha LAIA e Seleção de Aspecto Ambiental 1 Captação de Água Uso de bomba de água Consumo de energia N A 5 3 1 m³/h S S 9 PS 2 Deslocamento entre evaporadores Uso de bomba de água Consumo de energia N A 5 3 1 kw/h N N 9 PS 3 Esvaziação dos cristalizadores Águas mães Efluente hídrico N A 5 3 1 m³/h N N 9 PS 4 Colheita Máquinas pesadas Poluição do ar N A 5 3 1 m³/h N N 9 PS 5 Lavagem do Sal Água para lavagem Efleuntes com salmoura Consumo de água e energia e geração de resíduo sólido N A 5 3 3 m³/h S S 11 MS 6 Transporte para galpão Transporte do sal Poluição do ar N A 5 3 1 m³/h N N 9 PS 7 Moimento Utilização de moinhos Resíduos do processo de moimento do sal Cosumo de energia, geração de ruído e resíduo sólido N A 5 3 1 m³/h N N 9 PS 8 Moimento Costura e Esteira Consumo de energia N A 5 3 1 kw/h N N 9 PS 9 Ensacamento Utilização de sacarias Restos de sacos plásticos Resíduo sólido N A 5 3 1 kg/h N N 9 PS 10 Carregamento Utilização de lona para cobrir o piso da carreta Lona utilizada e desgastada Resíduo sólido N A 5 3 1 kg/h N N 9 PS 11 Manutenção Salinidade prejudicando peças de maquinário Óleo descartado na manutenção Resíduo sólido A A 3 1 1 m³/h N N 5 NS S e v e ri d a d e S ig n if ic â n c ia S it u a ç ã o o p e ra c io n a l LEI No 3.137, DE 13 DE MAIO DE 1957. Vínculo legal e Outros Controle Operacional LEI No 3.137, DE 13 DE MAIO DE 1957. Aspectos Impacto P a rt e s I n te re s s a d a s O c o rr ê n c ia P ro b a b il id a d e A b ra n g ê n c ia Atividade I n d ic a d o r T e m p o ra li d a d e R e q u is it o s L e g a is e O u tr o s Balança para pesagem de resíduos Medidor de captação de bomba de água ResíduosNº R e s u lt a d o _____________________________________________________________ UFPR - Setor de Tecnologia – Departamento de Engenharia de Produção – Curso de Graduação em Engenharia de Produção Jardim das Américas – 81531-990 – Curitiba – Paraná – fone- (41) 3361 3398 http//www.engprod.ufpr.br 3. Programa Ambiental A seguir, será elaborado um Programa Ambiental para o aspecto selecionado: 1. Finalidade a. Embora a salina possua dois pontos de lançamento de efluentes, ambos servem tanto para o lançamento de águas-mães como para o lançamento de salmouras resultantes do processo de lavagem do sal. O lançamento de efluentes contendo salmoura é considerado como aspecto mais prejudicial ao meio ambiente, conforme análise da planilha LAIA. 2. Metas, Indicadores, responsabilidades e registros Objetivo Meta Indicador Ambiental Responsabilidades Frequência de Coleta de Dados Melhor alinhamento no momento de eliminação de resíduos danosos ao meio ambiente Reduzir em 25% os impactos ambientais Qualidade de água onde efluente é despejado Departamento de Meio Ambiente da Empresa Mensal 3. Abrangência a. O programa proposto abrange a atividade de lavagem do sal. 4. Recursos a. A empresa deve praticar e fornecer os recursos necessários para realização do programa em questão. Serão necessárias horas-homem para realização das ações em determinados momentos. 5. Ações _____________________________________________________________ UFPR - Setor de Tecnologia – Departamento de Engenharia de Produção – Curso de Graduação em Engenharia de Produção Jardim das Américas – 81531-990 – Curitiba – Paraná – fone- (41) 3361 3398 http//www.engprod.ufpr.br • Esses descartes devem ocorrer em caso de chuvas, para que a salmoura de baixa densidade não afete a produção e precipitação do sal, e que não haja dissolução da lâmina de sal. • Além disso, a salmoura deve também ser drenada, isto é, descartada, quando a mesma que foi à priori admitida no cristalizador para produção de sal, ultrapassa a densidade ideal para produção máxima de sal, isto é, por volta de 25°Bé, e chega a 28,5 °Bé, e neste caso, precisa ser descartada para o meio limnológico para que não haja acentuada precipitação de magnésio. • As drenagens só devem ser realizadas quando a maré está vazante para que a salmoura seja admitida e diluída no corpo receptor com a maior eficiência possível. 4. Checklist de Auditoria Perguntas Respostas A organização estabeleceu e manteve um sistema de gerenciamento ambiental consistente com os requisitos contidos na ISO 14001? A alta gerência definiu a política ambiental da organização? A política ambiental é apropriada à natureza, escala e impactos ambientais das atividades, produtos ou serviços da organização? A política ambiental é documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os funcionários? A política ambiental está disponível ao público? _____________________________________________________________ UFPR - Setor de Tecnologia – Departamento de Engenharia de Produção – Curso de Graduação em Engenharia de Produção Jardim das Américas – 81531-990 – Curitiba – Paraná – fone- (41) 3361 3398 http//www.engprod.ufpr.br 5. Referências SOUTO, E. F.; FERNANDES, C. H. C. A importância da indústria salineira do Rio Grande do Norte para a economia brasileira. Mossoró: Coleção Mossoroense, 2005. DINIZ, MARCO TÚLIO MENDONÇA; Condicionantes Socioeconômicos E Naturais Para A Produção De Sal Marinho No Brasil: As Particularidades Da PrincipalRegião Produtora, 2013.