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Coarctação de aorta

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Rafaela Pamplona 
Cardiopatias Congênitas 
 
Para entender cardiopatias congênitas é importante fazer uma revisão 
sobre circulação fetal. Na vida fetal, a criança não respira, quem faz 
toda a troca gasosa é a mãe através da placenta. Então o pulmão 
está fechado e a pressão pulmonar é altíssima e o sangue é desviado 
do pulmão. 
Esse desvio do sangue do pulmão, na vida fetal, se dá através de 
duas estruturas: 
1 – Forame oval 
2 – Canal arterial 
Relembrando a circulação fetal: o fluxo placentário oxigenado se 
encontra com a veia cava inferior na altura do fígado, desemboca no 
átrio direito junto com a veia cava superior e grande parte desse 
sangue é desviado para o átrio esquerdo através do forame oval. O 
pouco sangue que cai no ventrículo direito e chega a artéria pulmonar 
é desviado em quase toda sua totalidade para a aorta através do canal 
arterial. Com isso pouco sangue chega aos pulmões, chegando apenas 
o suficiente para vascularizar esse órgão. Retorna a átrio esquerdo, 
ventrículo esquerdo e ganha a aorta. Isso só é possível porque o 
pulmão está fechado e a pressão pulmonar ser altíssima, sendo 
superior a pressão sistêmica. 
O shunt é direita – esquerda (shunt é o termo utilizado para descrever 
o sangue que entra no leito arterial sistêmico sem passar pelas áreas 
ventiladas do pulmão, levando à redução da pressão arterial parcial 
de oxigênio (PaO2). 
Quando a criança nasce o fluxo placentário é interrompido e ela 
precisa respirar. Com a respiração a pressão pulmonar cai, 
automaticamente o shunt que era direita-esquerda passa a ser 
esquerda direita e por um mecanismo valvar e vai ocorrer o 
fechamento do forame oval e do canal arterial, tendo assim a 
circulação pós-natal característica de todo ser humano. 
Ainda é importante relembrar: há a presença de três grandes septos 
que fazem parte da formação do coração: 
1 – Septo interatrial: separa o átrio direito do átrio esquerdo 
2 – Septo interventricular: separa o ventrículo direito do 
ventrículo esquerdo 
3 – Septo conal: separa a aorta da artéria pulmonar. 
Grande parte das cardiopatias congênitas está ligada a má formação 
de uma desses três septos. 
As cardiopatias podem ser separadas em dois grupos: 
• Acianóticas: são cardiopatias que tem hiperfluxo pulmonar e que 
em geral a saturação é normal, como se a criança não tivesse 
nenhuma alteração cardíaca. 
 
 
 - Comunicação interatrial 
 - Comunicação interventricular 
 - Defeito do septo AV 
 - Persistência do canal arterial 
 - Coarctação aórtica 
• Cianóticas: a saturação é abaixo da média da população. 
- Tetralogia de Fallot – T4F 
- Transposição das grandes artérias – TGA 
 
Coarctação da Aorta 
 
 
Estreitamento da aorta, geralmente na região do istmo aórtico, que 
é a entre o final do arco e o início da porção descendente, bem 
abaixo da subclávia esquerda. 
É o resultado da junção defeituosa entre o 4º e o 6º arco 
embrionário levando uma obstrução na aorta. 
Essa obstrução nessa região gera um turbilhonamento sanguíneo, o 
que consequentemente o sangue que chega na aorta descendente 
chega com pressão e volume menor por conta do estreitamento. 
Quanto maior o estreitamento maior será a clínica da coarctação de 
aorta. 
 5 a 8% das cardiopatias congênitas 
 Meninos > meninas (2:1) 
Diagnóstico: 
1. Clínico: 
- Sopro mesotelessístolico na região da axila e dorsal esquerdo. Esse 
sopro vai ser aumentado, conforme a diferença de pressão, ou seja, 
quanto maior o estreitamento maior a diferença de pressão entre o 
arco aórtico e a porção descendente, maior será a audição, a 
amplitude do meu sopro. 
Rafaela Pamplona 
- Ausência ou redução da amplitude dos pulsos arteriais nos membros 
inferiores associado a pulsos amplos e hipertensão em membros 
superiores. 
2. Raio X de Tórax 
 
- Aumento da vasculatura pulmonar (congestão pulmonar), da área 
cardíaca e botão aórtico proeminente (hipertrofia do arco aórtico) 
- Congestão pulmonar, quando há uma obstrução na aorta, há 
também uma obstrução do sangue que sai do ventrículo esquerdo. 
Isso gera um processo retrogrado até atingir as veias pulmonares, 
gerando a congestão pulmonar. 
Tratamento: 
- Cirúrgico (maioria dos casos) 
- Hemodinâmica: dilatação por balão (quando a coarctação não é tão 
intensa).

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