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Semiologia Neurológica Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Priscila Colavite Anamnese: Descrever os sintomas, não apenas nomear. ▪ Enxaqueca é diferente de dor de cabeça. Cefaleia na região da fronte, pulsátil, de forte intensidade, que piora com esforço físico... Opinião dos acompanhantes: é importante em casos de perda de consciência. ✓ Modo de instalação: Súbito → atinge ápice em até 1 minuto. Geralmente tem etiologia vascular (ex: AVC hemorrágico). ✓ Antecedentes pessoais: ▪Desenvolvimento neuropsíquicomotor (se falou, começou andar no tempo certo...) ▪Atividade profissional (algumas profissões podem causar problemas no SNC; ex: mineração – intoxicação com mercúrio). ▪Medicamentos em uso (ex: flunarizina (vertix): predileção pelos núcleos da base, causando tremor (parkinsonismo medicamentoso). ▪Comorbidades (fator de risco cardiovascular, também é fator de risco cérebrovascular). ✓ Antecedentes familiares: ▪Consanguinidade dos pais ▪Doenças hereditárias ▪Ligadas ao X Fácies: importante descrever ●Leonina: pele espessa, alopecia de supercílios e barba, presença de lepromas que deformam a pele, lábios proeminentes deformados (hanseníase). ●Acromegálica: proeminência do malar, queixo e fronte; prognatismo; lábios grossos, nariz e orelhas maiores, olhos pequenos, saliência das arcadas supra-orbitárias (tumor hipofisário, hipersecreção de GH. • Marcha: PROVAS DE ATIVAÇÃO: →Tradicional: linha reta com olhos abertos ✓Tandem: pé-ante-pé: pede pro paciente para caminhar colocando o calcanhar na frente do hálux a cada passo. Esse movimento avalia equilíbrio e coordenação, pois reduz a base de apoio. Se o paciente não consegue realizar essa marcha, há algum problema de equilíbrio e coordenação. ✓Meia volta: avalia distúrbio extrapiramidal; avaliar bradicinesia (lentidão de movimento). Se a virada for em bloco – doença de Parkinson. ✓Olhos fechados: Avalia-se déficit de propriocepção. Se o paciente é incapaz de andar com os olhos fechados normalmente, é porque tem algum problema na propriocepção, pois perdeu o auxílio visual. São provas de ativação da marcha: manobras para tentar dificultar um pouco na marcha do paciente, a fim de notar melhor se há algum problema. Semiologia Neurológica Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Priscila Colavite • TIPOS DE MARCHA: ✓Ceifante (espática): Paciente caminha traçando, com o membro inferior comprometido, um semicírculo/movimento de circundação. O pé toca borda lateral e ponta. Durante a marcha, se exacerba espaciticidade em flexão/adução do membro superior envolvido. Típica de pacientes com síndrome piramidal unilateral. OBS: plegia: Perda completa de força muscular. Paresia: diminuição da força muscular. Hemiplegia/hemiparesia: típica de paciente que sofreu AVC. AVC lado direito: lado afetado esquerdo (devido ao cruzamento das fibras córtico-espinhais na decussação das pirâmides. OBS: espasticidade: musculatura rígida; musculatura hipertônica – sintomas da síndrome piramidal (que afeta trato-córtico espinal, como: AVC, tumor, trauma...). ✓Atáxica: Paciente, privado de informação proprioceptiva, caminha olhando para o chão, na tentativa de regularizar os movimentos descoordenados dos membros inferiores através do controle visual. Anda com uma base bem alargada. Pode ser de causa cerebelar ou proprioceptiva (se for proprioceptivo, de olhos fechados não conseguiria andar). ✓Parkinsoniana: pequenos passos e virada em bloco. ✓Marcha talonante: ergue o joelho, bate bastante o pé do chão, paciente anda olhando para o chão e se fechar os olhos não consegue andar – clássico de defeito de propriocepção. A propriocepção faz parte da sensibilidade profunda (dos receptores de sensibilidade que estão nos músculos, tendões, ligamentos), com esse defeito, os pacientes utilizam a sensibilidade superficial (dor, tato e temperatura) e recurso da visão. (marcha tabética) →Equilíbrio: depende do cerebelo, aparelho vestibular, sistema motor, propriocepção, visão. Sinal de Romberg (teste específico para propriocepção ou labirinto): - Paciente em pé; - Postura ereta; - Olhos fechados; ajuda evidenciar problema de propriocepção, pois os olhos abertos compensam esse problema. - Queda em qualquer direção ao fechar o olho. Romberg esterotipado (afecções vestibulares), cai em qualquer direção. Se o paciente cai só para um lado (labirinto lesionado daquele lado). - Não tem nada a ver com cerebelo. ✓ Ataxia: falta de coordenação: depende da propriocepção e do cerebelo. → Prova índex-nariz: ponta do dedo na ponta do nariz (várias vezes). Se paciente tiver ataxia: dismetria; decomposição do movimento, na tentativa de acertar. →Prova dos movimentos alternados (por ex: bater a palma e virar a mão várias vezes): Se paciente tiver ataxia: movimento é mais lento, não consegue manter cadência; DISdiadococinesia (paciente não consegue fazer os movimentos alternados contínuos). →Provas gráficas: Desenha 2 linhas verticais, pede pro paciente ligar essas linhas: dismetria – começa numa linha, ultrapassa a outra, não consegue parar no ponto certo. Problema cerebelar: escrita macrogafia Semiologia Neurológica Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Priscila Colavite *Parkinson – micrografia. Irregularidade do traço. • REFLEXOS: Reflexos precisam ser simétricos. Martelo de Babinski Graduação: 0: arreflexia – anormal 1: hipoativo – reflexo muito fraco, percute com o martelo e quase não tem movimento. Normal se simétrico. 2: normal (se simétrico). 3: hiperativo – movimento amplo pós percussão, normal se simétrico. 4: patológico – reflexo policinético (percute uma vez e faz um movimento duplo, por ex: 2 extensões); aumento da área reflexógena (percute em locais diferentes e mesmo assim tem reflexo); clônus inesgotável (sintoma da síndrome piramidal). Reflexos Axiais de face: glabelar ou orbicular dos olhos (percussão na glabela, paciente pisca nas primeiras vezes e depois para de piscar), orbicular dos lábios (percute e paciente faz uma protusão dos lábios, reflexo de natureza hipoativo (1ªs vezes) e mandibular (percute mento, ativa o musculo masseter e paciente faz um movimento de mastigação). Tendionosos profundos: MMSS (tendão do bíceps/tríceps) E MMII (patelar (tendão da patela) e aquileu (tendão do calcâneo)). Superficiais: estímulo cutâneo - cutâneo-plantar – sinal de Babinski: usa, por ex, o cabo e um martelo, começa pelo calcanhar e terminando próximo nos dedos (como se fosse movimento de c invertido na base dos pés), a resposta normal é flexionar o hálux no adulto, na criança ela estende o hálux. Quando o ADULTO estende o hálux: patológico (síndrome piramidal) – sinal de Babinski positivo. • FORÇA MUSCULAR: Testa com uma “queda de braço”: 1-4: paciente parético. 0: paciente plégico (ausência completa de força muscular). Semiologia Neurológica Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Priscila Colavite ✓ Manobras deficitárias – triagem de fraqueza muscular: → Braços estendidos: estende os dois braços para frente, conta até dez, avalia se o paciente consegue sustentar os braços estendidos. Se o paciente tiver fraqueza de um dos lados do corpo, esse lado será o que ele não consegue sustentar. Não classifica o grau. → Mingazinni: coloca o paciente deitado, flete o quadril a 90° e flete o joelho a 90° também. Conta até 5. Se tiver fraco, o paciente não consegue sustentar. → MMII em abdução: é feita com o pé apoiado na cama, dobra o joelho dele. O lado que tiver fraco, irá cair em abdução. Síndromes motoras deficitárias: • EXAME DE SENSIBILIDADE →Superficial: dor, tato e temperatura. →Profunda: propriocepção. Compara os lados; no mesmo membro: compara parte proximal e distal. ✓Anestesia: ausência de sensibilidade ✓Hipoestesia: redução da sensibilidade ✓Parestesia: formigamentos ✓Disestesia:sensação anormal ✓Alodinia: dor por estimulo que não deveria ser doloroso ✓Apalestesia/hipopalestesia: ausência ou diminuição da sensibilidade vibratória. Síndromes sensitivas periféricas: Semiologia Neurológica Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Priscila Colavite Polineuropatia: característica em diabéticos (ascendente).
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