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RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA E IMAGINOLOGIA Equipamentos O aparelho de Raio-X emite o raio que atravessa o objeto (dente) e chega no receptor (filme), gerando uma imagem (sombra do objeto). Raio x: feixe de energia que tem como característica penetrar matéria e formar imagem em receptores de imagem (filmes). Radiação: toda energia que se propaga no espaço em forma de ondas eletromagnéticas, de diferentes comprimentos. Aparelho de Raio-X é composto por: 1- Cabeçote: Filtro: filtrar raios x de diferentes comprimentos de onda. Os raios com menor comprimento de onda possuem maior poder de penetração. Colimador: Disco de chumbo com orifício no meio, serve para colimar/diminuir/restringir o feixe de Raio-X, , protegendo as demais áreas. Ampola: é onde se forma/ é produzido o raio e tem uma janela por onde sai o raio-x (a ampola é de vidro) 2- Painel de controle ou de comando: 3- Base e braço articular: É feito de chumbo e revestido por plástico. Fatores elétricos: - kVp: qualidade - mA: quantidade - Tempo de duração Filmes Radiográficos Filmes intrabucais: são usados para realizar radiografias dentro da boca, registrando áreas menores e com muitos detalhes. componentes: Embalagem plástica Lâmina de chumbo Envoltório de papel Filme Constituição do Filme: Camada protetora Emulsão (cristais/sais de prata, gelatina) Camada adesiva BASE (poliéster) Camada adesiva Emulsão Camada protetora Diferentes utilizações: Periapical (2): mais utilizados, pois pode ser utilizado para realizar radiografias periapicais, assim como interproximais de dentes permanentes; Interproximal (3); Oclusal (4); Diferentes tamanhos; Diferentes sensibilidades/velocidade: refere-se à quantidade de radiação que o filme precisa receber durante a exposição para formar uma imagem diagnóstica. E essa quantidade de radiação depende da quantidade de sais de prata da emulsão (Cristais menores precisam de maior quantidade de radiação, e cristais maiores precisam de menor quantidade de radiação). De acordo com a sensibilidade são classificados pelos tipos D e E. Tipo D: menor sensibilidade = maior dose de radiação (lilás) Tipo E: maior sensibilidade = menor dose de radiação (azul) Processamento Radiográfico - Conversão da imagem latente em visível e permanente, sob condições controladas - Imagem latente: Tecidos moles: maior quantidade de raios atravessam; Osso: média quantidade de raios atravessam; Metais: bem poucos raios atravessam; Câmara escura: portátil (caixa) e sala (tem iluminação (luz de segurança) e ventilação adequada) Equipamentos: - Tanques: fibras ou inox - Iluminação: lâmpada com filtro vermelho, distância de segurança - Colgaduras: grampos para colocar as radiografias no revelador, é de inox - Cronometro: não pode ter luz (ex: celular) - Tabela: para anotar as temperaturas - Termômetro: para ver as temperaturas - Existem processos manuais e automáticos Funções e Sequência das etapas de processamentos: 1- Abertura do Filme 2- Montagem em Colgadura 3- Revelador: Transforma cristais expostos em prata negra metálica = Conforme a tabela de T-T 4- Lavagem Intermediária: Remove revelador = 10 seg 5- Fixador: Remove cristais não expostos à radiação = 5 min 6- Lavagem Final: Remove excesso dos químicos = 10 min 7- Secagem Fatores que interferem na formação da imagem radiográfica Qualidade 1- Fatores relacionados ao aparelho de Raio-X: mAs, Kv, Tempo de exposição, Filtragem e Colimação 2- Fator objeto: Espessura, Densidade e Nº atômico (é o que define o quanto o raio penetra) 3- Fator geométrico: Ponto focal e Relações entre foco/objeto/filme 4- Fator filme: Características dos filmes 5- Fator processamento radiográfico Características da imagem radiográfica: - Radiografia: projeção de sombras Imagem clara Radiopacas Não deixam o reio-x passar (osso - tec duro), pois é apresenta maior densidade, maior espessura e maior número atômico, assim, a radiação não chega nos cristais de prata (camada de emulsão), portanto não os sensibiliza, deixando a imagem branca ou cinza claro. Imagem escura Radiolúcidas ou Radiotransparentes Deixam o raio-x passar (polpa - tec mole), pois apresenta menor densidade, menor espessura e menor número atômico, assim, a radiação chega nos cristais de prata (camada de emulsão), sensibiliza esses cristais, deixando a imagem preta ou cinza escura. As estruturas nas radiografias são chamadas de: Ponto, linha, faixa... (Ex.: ponto RL/ ponto RP). Densidade radiográfica: - É o grau de escurecimento do filme (fundo preto do filme), melhor no nível médio - Fatores que influenciam na densidade: Miliamperagem: fator ligado ao aparelho (responsável pela quantidade de raio-x e pela densidade) Tempo de exposição: fator ligado ao aparelho (quanto mais tempo, mais denso) Natureza e espessura do objeto: fator objeto (o quanto vai passar de raio-x) Distância focal: fator geométrico (longe perde a densidade) Revelação: fator processamento (depende do tempo que fica/tabela temperatura-tempo) Contraste radiográfico: - É a diferença entre preto e branco, passando pelos tons intermediários de cinza, melhor no nível médio - Fatores que influenciam no contraste: Propiedades do filme Processamento radiográfico Propriedades do objeto: espessura, densidade e composição (nº atômico) - Quanto maior a espessura, densidade e nº atômico, mais resistente, mais absorve e bloqueia os Raios-X - É responsável por identificar o que estamos vendo: Tec. Mole C6 H1 O12 N8 e Tec. Duro C6 H1 O12 N8 Ca24 Fator elétrico: kilovoltagem (capacidade de atravessar tecidos) - Funções: qualidade da imagem no contraste e determina o poder de penetração do raio - Maior frequência e menor comprimento de onda = Maior poder de penetração A) 70 Kw/10ma e B) 50 Kw/6ma B tem maior poder de penetração Fatores geométricos: Ampliação: - Aumento de tamanho - Fatores que influenciam na ampliação: Tamanho do ponto focal: quanto menor, melhor, porque causa menos penumbra Projeção Ideal: Rx longe e objeto e filme mais próximos. Qual melhor Rx? Maior M1; Maior Kv; Menor ponto focal; M1: responsável pela quantidade de Rx formado; KV: poder de penetração do raio (menor comprimento de onda (raio duro)); M1 e KV: são responsáveis pela formação do Rx e formação de uma imagem de qualidade. Distorção: - Alteração na forma e tamanho, melhor no nível mínimo - Fatores que influenciam na distorção: Alinhamento objeto/filme Angulagem do feixe de raio-x Nitidez e Detalhe - Capacidade que a radiografia tem em reproduzir fielmente o objeto radiografado, melhor no nível máximo - Fatores que influenciam na nitidez e no detalhe: Tamanho do ponto focal: menor possível = melhor, porque concentra elétrons Composição do filme: tamanho dos cristais na emulsão Movimento: do filme, paciente ou aparelho Produção dos Raios-x - Ondas eletromagnéticas produzidas por energia de conversão dos elétrons provenientes do filamento de tungstênio que colidem com o alvo (ânodo) Características: Comuns ao Espectro Visível: Singulares: 1- Caminham em linha reta 1- São invisíveis 2- Velocidade 300.000km/s 2- Sofrem refração e reflexão 3- São divergentes 3- Penetram corpos opacos 4- Não sofrem desvios campos eletromagnéticos 4- Produzem ionização 5- Sensibilizam chapas fotográficas5- Produzem fluorescência e fosforescência em várias substâncias Efeitos biológicos: Por que o Raio X pode ser nocivo? Devido a sua ação ionizante direta (DNA) e indireta (radicais livres). E toda ação ionizante produz efeitos biológicos reversíveis ou irreversíveis, que vai depender da quantidade de raio recebida, frequência, área exposta e sensibilidade. De que maneira os Raios X atuam provocando alterações? Provocando alterações celulares, tanto na sua forma quanto na sua função. Pode gerar necrose celular ou problemas nas suas organelas, como por exemplo, nos ribossomos, causando alterações na síntese de proteínas; no retículo endoplasmático liso, causando alterações na síntese de lipídeos; nas mitocôndrias, causando alterações na síntese de ATP, e até mesmo na estrutura do DNA. Quais os efeitos biológicos decorrentes destas alterações? - Efeito somático: São os efeitos que ocorrem e tornam-se evidentes nos indivíduos irradiados. Não são transmitidos a gerações futuras (Ex.: Esterilidade) Ex.: Alopecia, eritema, alterações sanguíneas, leucemia, redução da longevidade e morte. Vai depender da quantidade, frequência, área exposta e sensibilidade; - Efeito genético: São os efeitos que não se manifestam nos indivíduos que sofrem a radiação e sim, nos seus descendentes. Ocorrem pela ação deletéria dos Raios X sobre as células reprodutoras (núcleo dos gametas). Teratogenia: mutações que ocorrem por alteração no DNA ou aberrações cromossômicas (fragmentação, translocação, inversão). Quais os fatores que interferem no efeito biológico da Radiação X? a) Dose recebida: quantidade de radiação (dose absorvida e dose de efeito) b) Frequência: fracionamento da quantidade de radiação. c) Área irradiada: corpo todo ou parte do corpo. - Grandes quantidades de radiação ao corpo todo - Grandes quantidades de radiação a áreas limitadas do corpo - Pequenas quantidades de radiação ao corpo todo - Pequenas quantidades de radiação à parte corpo d) Tipo de tecido: A radiosensibilidade da cél está na razão direta da sua atividade reprodutora e na razão inversa de seu grau de diferenciação. Classificação das células e tecidos: - Radiossensíveis: células gonadais, osso e cartilagem jovens, tecido hematopoiético, tecido linfoide. - Radiorreativos: osso mais diferenciado (adulto), endotélio, tireoide, epitélio, glândulas salivares. - Radioresistentes: tecido muscular, tecido nervoso e) Idade f) Tipo de radiacão Radioproteção Como proteger ou minimizar os efeitos da radiação nos pacientes? - Critérios para seleção do exame radiográfico; - Cuidados na execução da técnica radiográfica; - Redução da exposição: filmes rápidos/ filmes maiores/ processamento; - Uso de avental e colarinho de chumbo; - Calibragem dos aparelhos: Filtragem e Colimação; Como proteger ou minimizar os efeitos da radiação no profissional e pessoa auxiliar? PORTARIA 453 (1998) - Nunca permanecer na direção do feixe útil; - Nunca segurar o filme na boca do paciente; - Permanecer a distância mínima de 1,80 m do paciente e da fonte de raios X; - Uso de barreiras protetoras com 1 a 2 mm de chumbo ou equivalente; - Monitoração do profissional e pessoal auxiliar; Como proteger ou minimizar os efeitos da radiação ao ambiente? PORTARIA 453 (1998) - Proteger paredes, pisos e tetos da sala de acordo com especificações do laudo radiométrico; - Evitar que o feixe primário seja dirigido para portas e janelas; - Avisos aos pacientes; exija e use corretamente vestimenta plumbífera para sua proteção durante exame radiográfico; - Não é permitida a permanência de acompanhantes na sala durante o exame radiológico, salvo quando estritamente necessário; Introdução à anatomia radiográfica Como identificar as radiografias? Como identificar os tecidos dentários? Porque os objetos aparecem nas cores branco, preto e cinza? Tons de cinza, que são as áreas que os raios x são absorvidos, em diferentes graus (muda o tom de cinza) que dependem de alguns fatores Considerações gerais: - Imagens bidimensionais de estruturas tridimensionais, com sobreposição de estruturas - Largura: sentido mesio-distal e Comprimento: sentido ocluso-apical Anatomia Radiográfica Intrabucal: Radiolúcido: Deixa o raio-x passar (ex.: polpa); Radiopaco: Não deixa o raio-x passar (ex.:osso); - Nomenclaturas: ponto, linha, faixa, área; Discrição da radiografia: Forma, Tamanho e Localização; Anatomia radiográfica do órgão dental: Tecidos/estruturas dentárias que apresentam imagem radiográfica: esmalte, dentina, câmara pulpar/conduto radicular (a polpa não apresenta imagem radiográfica, apenas é possível ver o espaço a qual ela pertence); Estruturas de suporte: espaço periodontal (ligamento periodontal também não apresenta imagem radiográfica), lâmina dura (cortical alveolar), crista alveolar e osso alveolar; 1- Esmalte: faixa radiopaca que recobre toda a coroa (depende do dente) - 97% de substâncias minerais; - Mais radiopaca das estruturas dentárias; 2- Dentina: área radiopaca abaixo do esmalte, na porção coronária; abaixo do cemento na região radicular; - 75% de substâncias minerais - Menos radiopaca que o esmalte - Corresponde a maior parte dos tecidos duros dos dentes, pois se estende da região coronária até a radicular; 3- Cemento: - Cemento recobre a dentina na porção radicular; - Não se diferencia cemento e dentina radiograficamente; 4- Cavidade Pulpar: área radiolúcida se estendendo da porção coronária à porção radicular; - Dividida em: câmara pulpar (região coronária) e conduto radicular (porção radicular); - Preenchida por tecidos moles e simula a forma do dente; 5- Espaço periodontal: linha radiolúcida que contorna a raiz do dente; - Representa o espaço ocupado pelos ligamentos periodontais, porém os ligamentos não apresentam imagem radiográfica, por isso é identificado como espaço periodontal; 6- Lâmina dura (cortical alveolar): linha radiopaca que contorna o espaço periodontal; - Representa a porção do alvéolo onde se inserem as extremidades externas das fibras periodontais; - Cobre também a crista óssea alveolar (por isso também é chamada de cortical alveolar); - Imagem varia em função da anatomia da raiz; 7- Crista alveolar: área radiopaca triangular/achatada na altura do terço cervical dos dentes cobrindo o osso alveolar - Margem gengival do processo alveolar; - Imagem varia em função da anatomia da região (dentes anteriores = + triangular / dentes posteriores = + achatada) 8- Osso alveolar: área radiopaca - Tecido ósseo com trabéculas ósseas (radiopacas) limitadas por espaços medulares (radiolúcidas) Identificação e montagem de radiografias intrabucais Importância: - Diminuir as chances de erro na interpretação da imagem e auxiliar no manuseio correto; Protocolo para identificar radiografias: 1º Passo: - Deixar a marca identificadora com a convexidade (saliência) voltada para o observador; - Nas interproximais a marca é colocada sempre para cima (ver de lado); - Nas periapicais a marca é colocada para incisal ou oclusal (ver de frente); em dentes superiores, marca para baixo; em dentes inferiores, marca para cima; 2º Passo: De acordo com a anatomia óssea e/ou dentária, identificar a arcada (superior e inferior) Ex: ICS > ILS mas ICI = ILI Dica: Se as raízes não estiverem muito nítidas, e forem 3, é provável que seja molar superior 3º Passo: A partir da linha média identificar o lado, direito ou esquerdo (observando o paciente de frente) 4º Passo: Identificar a notação dentária (Ex:11,12..) Técnica Periapical Técnica radiográfica intrabucal que mostra os dentes e as estruturas que o rodeiam (peri = ao redor, apical = ápice do dente) Indicações clínicas: - Detectar lesões periapicais - Observação do estado do periodonto - Após trauma nos dentes e osso alveolar - Verificar presença de dentes retidos- Avaliar morfologia radicular antes de extração - Durante tratamento endodôntico - Pré e pós-operatório de cirurgia apical - Avaliação detalhada de cistos periapicais e outras lesões no osso alveolar - Avaliação pós-operatório de implantes Técnicas periapicais: 1. Paralelismo: imagem mais próxima do real 2. Bissetriz: linha imaginária que divide o ângulo formado pela posição do longo eixo do dente e do filme, em duas partes iguais; - O raio central deve incidir perpendicularmente à bissetriz para a imagem ser o mais próximo do real; Princípio de Cienzinski – princípio da isometria (isso = mesma, metria = medida); O raio não pode ser perpendicular ao filme, pois dessa forma não cria sombra, nem ser perpendicular ao dente, pois vai formar uma sombra muito grande. O raio central deve incidir perpendicularmente à bissetriz. Passos da Técnica: - Posição do paciente; - Colocação do filme; - Ponto de incidência; - Ângulo horizontal; - Ângulo vertical; - Tempo de exposição. Posicionadores: - Dispositivos usados para posicionamento e retenção do filme intrabucal durante a exposição - Eliminam a necessidade do paciente estabilizar o filme - Angulagens horizontais e verticais padronizadas Diminuem a distorção Posição da Cabeça do Paciente - Traçar linhas imaginárias para o posicionamento adequado: Dentes Superiores Dentes Inferiores Linha vertical – PMS: plano médio sagital (perpendicular ao solo) Linha vertical – PMS: plano médio sagital (perpendicular ao solo) Linha horizontal – LAT: linha ala-trágus (paralelo ao solo) Linha horizontal – LCT: linha comissura trágus (boca aberta, paralelo aos dentes) Colocação e posição do filme - Face de exposição voltada para o dente; - Marca identificadora voltada para incisal/oclusal - Em dentes anteriores: longo eixo do filme na vertical, com margem de segurança de 3mm; - Em dentes posteriores: longo eixo do filme na horizontal, com margem de segurança de 5mm. Contenção Digital: Desvantagens da contenção digital: - Utilizar o a mão do lado oposto à radiografia - Exposição desnecessária do paciente - Dedo polegar segura filme para radiografia da região superior - Força excessiva do dedo pode causar dobras - Dedo indicador segura filme para radiografia da região inferior - Filme pode sair da posição - Alinhamento incorreto do cilindro pode causar imagem parcial Ponto de Incidência - É o local onde o raio x vai incidir; será no cruzamento de duas linhas de referência, uma horizontal e outra vertical; Referência Horizontal: - Dentes superiores: LAT (linha ala-trágus); - Dentes inferiores: 1cm acima da base da mandíbula; Referência Vertical: - Incisivos: na linha média; - Caninos: na asa do nariz; - Pré-molares: na altura do centro da pupila; - Molares: na altura do canto externo do olho; Angulagem horizontal: posicionamento do cabeçote e direcionamento do raio central no plano horizontal; - Centrica: O raio central deve ser paralelo às faces proximais dos dentes da região (deve passar através das áreas de contato dos dentes da região); Caso contrário, haverá sobreposição de imagem. Incisivos: na linha média; Caninos: na face distal; Pré-molares: na face distal do 1ºPM; Molares: na face distal do 1ºM Angulagem vertical: movimento dado ao cabeçote em relação ao plano oclusal dos dentes; - Raio central deve ser direcionado perpendicular à bissetriz (linha imaginária formada entre o longo eixo do dente e ao filme); Dentes superiores: posição positiva/podálica (para baixo) Dentes inferiores: posição negativa/cefálica (para cima) Imagem aumentada: angulagem vertical insuficiente, raio central direcionado perpendicular ao longo eixo do dente; Imagem diminuída: angulagem vertical excessiva, raio central perpendicular ao filme; Tempo de Exposição - Varia de acordo com o paciente (criança, adulto, idoso; magro, gordo... etc); - Região (algumas partes da face possuem maior quantidade de estruturas, portanto precisam de mais tempo de exposição); - Tipo de filme; - Tipo de aparelho; - Tipo de processamento; Procedimentos da técnica: Preparo do paciente: Preparo do equipamento: 1. Cabeça apoiada no encosto da cadeira 1. Procedimentos de biossegurança 2. Remover objetos que possam interferir na exposição 2. Selecionar tempo de exposição 3. Colocar avental de chumbo e protetor de tireoide 4. plano sagital mediano perpendicular ao solo e plano Dentes Superiores Caninos Superiores: Posição da Cabeça: PMS x LAT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na vertical; Marca identificadora para incisal; Margem de segurança de 3 mm; Contenção com polegar do lado oposto; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LAT Na altura da asa do nariz Angulagem Horizontal: - Centrica; - Na face distal do CS; Angulagem Vertical: - Positiva/podálica; - Perpendicular a Bissetriz; Incisivos Superiores: Posição da Cabeça: PMS x LAT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na vertical; Marca identificadora para incisal; Margem de segurança de 3 mm; Contenção com polegar; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LAT Na região da ponta do nariz; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Entre os ICS; Angulagem Vertical: - Positiva/podálica; - Perpendicular a Bissetriz; Dentes Inferiores - Pré-molares Superiores: Posição da Cabeça: PMS x LAT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na horizontal; Marca identificadora para oclusal; Margem de segurança de 5 mm; Contenção com polegar do lado oposto; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LAT Na altura do centro da pupila; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Na face distal do 1ºPMS; Angulagem Vertical: - Positiva/podálica; - Perpendicular a Bissetriz; Molares Superiores: Posição da Cabeça: PMS x LAT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na horizontal; Marca identificadora para oclusal; Margem de segurança de 5 mm; Contenção com polegar do lado oposto; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LAT Na altura do canto externo do olho; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Na face distal do 1ºMS; Angulagem Vertical: - Positiva/podálica; - Perpendicular a Bissetriz; Incisivos Inferiores: Posição da Cabeça: PMS x LCT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na vertical; Marca identificadora para incisal; Margem de segurança de 3 mm; Contenção com indicador; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LCT Na linha média, 1 cm acima da base da mandíbula; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Entre os ICI; Angulagem Vertical: - Negativa/cefálica; - Perpendicular a Bissetriz; Caninos Inferiores: Posição da Cabeça: PMS x LCT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na vertical; Marca identificadora para incisal; Margem de segurançade 3 mm; Contenção com indicador do lado oposto; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LCT Na altura da asa do nariz, com 1 cm acima da base da mandíbula; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Na face distal do CI; Angulagem Vertical: - Negativa/cefálica; - Perpendicular a Bissetriz; Pré-molares Inferiores: Posição da Cabeça: PMS x LCT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na horizontal; Marca identificadora para oclusal; Margem de segurança de 5 mm; Contenção com indicador do lado oposto; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LCT Na altura do centro da pupila, com 1 cm acima da base da mandíbula; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Na face distal do 1ºPMI; Angulagem Vertical: - Negativa/cefálica; - Perpendicular a Bissetriz; Molares Inferiores: Posição da Cabeça: PMS x LCT Face de exposição voltada para o dente; Longo eixo do filme na horizontal; Marca identificadora para oclusal; Margem de segurança de 5 mm; Contenção com indicador do lado oposto; Ponto de Incidência: No cruzamento de duas linhas de referência: - Vertical: PMS - Horizontal: LCT Na altura do canto externo do olho, com 1 cm acima da mandíbula; Angulagem Vertical: - Negativa/cefálica; - Perpendicular a Bissetriz; Angulagem Horizontal: - Centrica; - Na face distal do 1ºMI; Técnica Interproximal Conceito: - Método intrabucal na qual obtemos em um mesmo filme a imagem das coroas dentarias, do terço cervical, das raizes e das cristas ósseas alveolares dos dentes superiores e inferiores de uma mesma região. Obs.: um dispositivo chamado aleta é utilizado para apreensão do paciente; a aleta é colada na face de exposição do filme e o paciente a morde, apreendendo-o; Obs.: a técnica interproximal é utilizada apenas para radiografar dentes posteriores (PM e M); não existe radiografia interproximal de dentes anteriores; Objetivos: - Obter o mínimo de distorção com o filme colocado o mais próximo possível do dente e paralelo ao seu longo eixo; o raio central deve ser perpendicular a ambos (dente e filme); - Tracionar lentamente para fora e pedir para o paciente morder (isto evita a distorção); Indicações: - Exame das faces proximais e cristas alveolares para detecção de cáries e cálculos proximais; - Verificar excessos e falta de adaptação de restaurações e próteses; - Análise da relação da câmara pulpar com cáries, restaurações e proteções pulpares; - Avaliar comprometimento das cristas ósseas alveolares; Tipos de filmes e dispositivos práticos: - Filme nº 0 (infantil) e Filme nº 2 (3 x 4 cm); - Aletas; - Posicionadores; Procedimentos técnicos: 1. Posição da cabeça do paciente - Cabeça apoiada; - PMS perpendicular ao solo; - Linha ala-tragus paralela ao solo; 2. Posição do filme - Sempre na horizontal; - Face de exposição voltada para as coroas; - Marca identificadora voltada para cima; - Centralizado na região a ser radiografada (PM ou M) Obs.: a aleta possui uma marcação, a qual deve servir de guia para posicionar o filme na região central do grupo a ser radiografado; 3. Ponto de incidência - Pré-molares: RC no centro da aleta (um pouco acima do plano oclusal), entre os pré-molares; - Molares: RC no centro da aleta (um pouco acima do plano oclusal), na região do 2º molar; 4. Angulagem horizontal (cêntrica – paralela as faces proximais): - O raio central incide paralelo às faces próximas dos dentes da região; - Pré-molares: RC paralelo as faces próximas, entre os pré-molares; - Molares: RC paralelo as faces próximas, na distal do 1º molar; 5. Angulagem vertical: 8° positivos, com a finalidade de desocluir as cúspides na imagem; 6. Tempo de exposição: - Depende: paciente, região, filme, aparelho e processamento; Principais erros: Sobreposição das faces próximais, inclinação do plano oclusal, distorção e diafragmação; Técnica Oclusal Conceito: É a técnica do método intra-bucal que se caracteriza pela colocação do filme entre os arcos dentários (plano oclusal). Indicações: -Ampla visão dos maxilares -Localização no sentido V-L -Restrição de abertura bucal Tamanho: 57mm X 76mm Oclusal superior mediana total: Oclusal superior mediana para anteriores: Oclusal superior lateralizada (D ou E): PMS perpendicular ao solo PMS perpendicular ao solo PMS perpendicular ao solo LAT paralela ao solo LAT paralela ao solo LAT paralela ao solo LE filme perpendicular ao PMS LE filme paralelo ao PMS LE filme paralelo ao PMS Angulagem vertical: 65 Angulagem vertical: 65 Angulagem vertical: 65 Angulagem horizontal: 0 Angulagem horizontal: 0 Angulagem horizontal: 65 Ponto de Incidência: 1/3 superior do nariz Ponto de Incidência: ponta do nariz Ponto de Incidência: forame infra-orbitário Tempo de exposição Tempo de exposição Tempo de exposição Oclusal inferior mediana total: Oclusal inferior mediana para anteriores: Oclusal inferior lateralizada (D ou E): PMS perpendicular ao solo PMS perpendicular ao solo PMS perpendicular ao solo LAT perpendicular ao solo LCT paralela ao solo LAT perpendicular ao solo LE filme perpendicular ao PMS LE filme paralelo ao PMS LE filme paralelo ao PMS Angulagem vertical: - 90 (com o filme) Angulagem vertical: - 45 Angulagem vertical: - 90 (com o filme) Angulagem horizontal: 0 Angulagem horizontal: 0 Angulagem horizontal: 0 Ponto Incidência: centro do assoalho bucal Ponto de Incidência: sínfise mandibular Ponto Incidência: sobre corpo da mandíbula Tempo de exposição Tempo de exposição Tempo de exposição Superior: Inferior: Métodos de localização radiográfica Principais métodos de localização: - Principio de paralaxe no sentido horizontal - Principio de paralaxe no sentido vertical - Miller - Winter - Vértex oclusal - Lateral PA (radiografias em ângulo reto) - Tomografia seccional 1- Técnica de dissociação horizontal - Método de Clarck: Princípio de paralaxe: - Movimento aparente do objeto devido a diferentes posições do observador. - Quando dois objetos se encontram alinhados em relação ao observador, o mais próximo do observador encobrirá o mais distante Se o observador desloca-se: - O objeto mais próximo do observador se desloca no sentido contrário - O objeto mais distante do observador se desloca no mesmo sentido - Quando realizamos uma incidência excentrica na técnica da Dissociação Horizontal, o objeto que acompanhar o deslocamento do cabeçote estará localizado por palatino ou lingual (regra do Pivo) Exemplo: Canino retido - Se o canino estiver posicionado por lingual ou palatino, o mesmo aparecerá deslocando-se no mesmo sentido do cabeçote - Se o canino estiver posicionado por vestibular, o mesmo aparecerá deslocando-se no sentido contrário do cabeçote - Se o canino estiver no mesmo plano dos incisivos (trans alveolar), aparecerá como se não houvesse movimentação Indicações da técnica: - Dissociação de raízes e/ou canais radiculares - Localização de dentes inclusos - Localização de corpos estranhos e processos patológicos - Localização de acidentes anatômicos Procedimento técnico: - Posição da cabeça - Colocação e contenção do filme exatamente igual a técnica periapical padrão - Ponto de incidência - Angulagem vertical - Angulagem horizontal: na(s) incidência(s) excentrica(s) (mesial ou distal), o raio central não incide paralelamente às faces proximais Quanto mais próximos estiverem osobjetos a serem dissociados, maior será a angulagem necessária para produzir esta dissociação - Numero de incidências: 2 ou 3 1) Ortorradial ou centrica: angulagem horizontal paralela às faces proximais 2) Mesiorradial ou mesializada 3) Distorradial ou distalizada Dissociação de molares superiores: - Para dissociar a raiz MV (mésio-vestibular) deve-se distalizar o cabeçote do aparelho - Para dissociar a raiz DV (disto-vestibular) deve-se mesializar o cabeçote do aparelho Erros em radiologia odontológica O que ocorre quando os erros persistem: Aumento de custos (tempo, materiais), exposição do paciente desnecessariamente, perda de confiança dos pacientes e perda de credibilidade Radiografias Periapicais: - Devem apresentar definição, densidade e contraste aceitáveis - Coroas, raízes, cristas alveolares, áreas de contato interproximais e osso adjacente devem ser observados - Dentes e demais estruturas com tamanhos relativos normais - Não estar prejudicada por erros de manipulação e processamento Radiografias Interproximais: - Sem sobreposição das faces proximais - Coroas centradas na radiografia - Crista óssea alveolar visível - Plano oclusal mais horizontal possível - Cúspides sem separação excessiva 1- Erros de Técnica: Posicionamento inadequado do paciente: dificulta a realização da técnica periapical da bissetriz Imagem com pouca nitidez: mobilidade do cabeçote, mobilidade do paciente (cabeça, língua, dedo) e dupla exposição Superposição de objetos (óculos, próteses, aparelhos): objetos interpostos entre localizador e filme Colocação do filme: marca identificadora, longo eixo, centralização do filme, margem de segurança, bordo livre do filme e dobras exagerada Posicionamento incorreto do filme: Cuidar: pressão digital excessiva, margem livre não paralela e dobra do filme - Longo eixo do filme - Centralização do filme: região de pré-molares deve aparecer distal do canino e região de molares englobar túber e área retro-molar - Margem de segurança aumentada: corte da imagem dos ápices dentários, deve-se visualizar 3mm além desta região. - Margem de segurança diminuída: corte da imagem das coroas dentárias - Dobras exageradas Ponto de incidência: erro no ponto de incidência resulta em imagem diafragmada (em meia lua), má colocação do filme interfere Angulagem horizontal: erro na angulagem horizontal resulta em sobreposição de faces proximais - Em caninos o raio central é na face distal, nos demais, é paralelo as faces Angulagem vertical: erro na angulagem vertical resulta em aumento ou diminuição da imagem (distorção) - Angulagem vertical diminuída = dentes alongados e Angulagem vertical aumentada = Dentes encurtados 2- Erros de exposição e processamento: Imagens claras: interrupção disparador, tempo de exposição e distancia foco-filme Processamento: Revelador esgotado, Revelador diluído, Revelação insuficiente e Temperatura do revelador -> Filme invertido demonstra relevo da lamina de chumbo Imagens escuras: tempo de exposição Processamento: Revelação excessiva, Revelador concentrado e Temperatura do revelador Imagens transparentes: problema elétrico do aparelho e filme não exposto Processamento: Filme imerso no fixador antes do revelador 3- Erros na manipulação e processamento do filme: - Tempo no revelador (densidade radiográfica alta e baixa) - Tempo de fixador (manchas marrons ou amareladas) - Lavagem (manchas) - Velamento - Arranhões Velamento: Ação da luz actinica, problemas relacionados à camara escura, filtro de segurança e má conservação dos filmes Radiografias manchadas: Processamento e manipulação dos filmes: Banho final incompleto, subfixação, água de lavagem não renovada, gotas de revelador e fixador, Arranhões, marcas de unhas e dedos -> Rradiografias amareladas ou marrons -> Manchas de revelador e fixador Manipulação do filme: marca de unha, mordida sobre o filme, arranhões e remoção da emulsão Imagem parcial: Processamento: filme incompletamente imerso nos líquidos, contato entre os filmes e contato do filme com paredes do tanque Radiografia Panorâmica Radiografia panorâmica é a téc radiográfica extrabucal que obtem em uma incidência, a imagem dos maxilares sup, inf e estruturas adjacentes Vantagens da radiografia panorâmica: - Visão em conjunto: arcadas dentárias, ossos maxilares, seios maxilares, articulações temporo-mandibulares - Simplicidade e rapidez no procedimento - Procedimentos mínimos de controle de infecção - Permite comparar lados direito e esquerdo (assimetrias) - Custo do exame (baixo por ser de toda a arcada) - Menor dose de radiação Dose da radiação na panorâmica é de aproximadamente 1/3 utilizada no exame intrabucal completo Em questões de radiação: 1 panorâmica = 4 radiografias intrabucais (periapical, oclusal, interproximal, dissociação..) Desvantagens da radiografia panorâmica: - Pouca nitidez ou detalhe - Ampliação e distorção da imagem - Interpretação complexa - Objetos que estão fora do plano de corte aparecem distorcidos ou borrados - Tempo do exame (complicado para crianças) - Custo dos equipamentos de última geração Indicações da radiografia panorâmica: - Avaliar padrão de erupção, crescimento e desenvolvimento da dentição - Dentes impactados, inclusos ou retidos - Detectar doenças, lesões e condições dos maxilares - Examinar a extensão de lesões amplas e traumas - Inclinações dentárias (ortodontia) - Avaliação óssea da atm Áreas em que a panorâmica pode ser utilizada: Ortodontia, cirurgia, implantodontia, odontopediatria, endodontia, cariologia e periodontia Contra indicações: - Geralmente inadequada para pacientes com idade inferior a 5 anos - Difícil execução em pacientes com necessidades especiais Equipamentos: Filme: screem 15x30 Chassi: rigido ou flexivel (vem 100 envelópes, se abrir incorretamente - na luz - os 100 são expostos e todos são perdidos) Ecran: placas intensificadoras (diminui tempo de exposição) Técnica radiográfica Preparo do paciente: - Sem se mover (12 a 20 segundos) - Coluna vertebral reta - PSM (plano médio sagital) perpendicular ao solo - Plano Frankfurt paralelo ao solo (do meato acústico ao forame infra orbitário) - Língua no palato - Topo (incisivos se tocam, ajuda na avaliação da ATM) ou oclusão (oclusão normal dos dentes) - Explicar ao paciente o funcionamento do aparelho - Retirar objetos que interferem na imagem radiográfica (brincos, óculos, piercing) - Colocar avental de chumbo Plano de corte: é uma zona curva, tridimensional, na qual as estruturas são claramente demonstradas - Estruturas dentro do plano aparecem razoavelmente bem definidas - Estruturas fora do plano (frente = estreito ou atrás = alargado) aparecem borradas Radiografia seccional: Apenas as estruturas dentro da área de corte estarão evidentes e em foco na radiografia final Analise do plano de corte: obs: Estruturas do plano de corte são ampliadas 20 a 30% - Estruturas localizadas por vestibular (V) Estreitas (próximas do filme) - Estruturas por lingual (L) Alargadas e para superior (afastadas do filme) P1 - RX Panorâmica standard: - Visualização dos dentes, maxilares, estruturas vizinhas da face e do crânio. P2 - RX Panorâmica com imagens restritas aos dentes: - Visualização restrita à região dentoalveolar, não são visualizados ramos mandibulares ascendentes e articulações temporomandibulares P10 - RX Panorâmica pediátrica: - Imagem restrita à região dentoalveolar, com grande colimação da radiação emitida, não se visualiza ossos maxilares e mandibulares. - Controle da esfoliação dentária da terapia ortodôntica. O conhecimento sobre o exame panorâmico possibilita o cirurgião dentista analisara totalidade do sistema estomatognático e, caso haja necessidade, realizar exames específicos, das regiões onde forem necessárias. Telerradiografia Objetivo: Obter uma imagem radiográfica do tamanho mais aproximado possível da cabeça do paciente, isto é, sem distorções. Radiografia Cefalométrica Telerradiografia lateral: - Realizada com distância foco-filme (f-f) de 1.52 m - Paciente de lado para o filme Telerradiografia frontal: - Realizada com distância foco-filme (f-f) de 1.52 m - Paciente de frente para o filme Telerradiografia Lateral e Frontal: Técnica e posicionamento: - PMS (plano médio sagital) perpendicular ao solo - Linha de Frankfurt paralela ao solo (meato acústico ao forame orbital) Cefalostato: - Dispositivo posicionador da cabeça que padroniza as telerradiografias e possibilita análises cefalométricas. Indicações: - Avaliação ortodôntica - Avaliação cirúrgica Equipamentos: - Chassi - Ecran - Cefalostato - Aparelho de Raio-X Traçados computadorizados: - Digitalização de pontos - Digitalização da imagem Utilizando programas e radiocef Imagem digital 3 tipos: - Imagem digitalizada (indireta) Faz o processamento normalmente e escaneia - Placa de fósforo (semi-indireta) PSP Não se faz o processamento e escaneia com laser - Sensores (direta) CCD Não escaneia, vai direto para o computador 1.Imagem digitalizada (indireta): - Radiografia convencional digitalizada através de scanner ou câmera digital - Realiza o processamento normalmente 2.Placas de fósforo (semi-indireta), PSP: - A imagem é capturada por uma placa de fósforo, que posteriormente é lida por um scanner a laser, leva 20 segundos - Não é realizado o processamento, vai direto para o scanner a laser - Quando o filme é dobrado, cria-se quebras de fósforo, que são linhas radiopacas, atrapalham a visualização da radiografia 3- Sensores (direta), CCD: - A imagem é capturada por um sensor que transforma a radiação X em sinal, transferindo diretamente ao computador - Não é realizado processamento e nem escaneamento, vai direto para o computador - O sensor é completamente saturado com exposições menores que o filme, entre 5 e 40% Convencional = 0,4 e Sensores = 0,24 - Tempo entre a exposição e o aparecimento da imagem na tela é de 0,2 a 0,5 segundos O tamanho do pixel define a nitidez da imagem: - Quanto menor o pixel = Melhor a qualidade da imagem - Quanto maior o pixel = Pior a qualidade da imagem O que pode ser alterado digitalmente? - Contraste, brilho, pseudo-corpo (colorir imagem), nitidez e inversão (de cores) Tomografia computadorizada Raio-X Cortes de um objeto livre de estruturas sobrepostas Vantagens das imagens tomográficas: - Imagens das áreas anatômicas de interesse sem sobreposição de outras estruturas - Ausência de distorções, ou seja, não tem alteração de forma - Ausência de ampliações, ou seja, não tem alteração de tamanho - Distingue diferentes tecidos - Permite manipulação de imagens - Permite imagens nos planos axial, coronal e sagital - Ótima definição - É obtida similar em cada corte Desvantagens das imagens tomográficas: - Custo do exame - Pode não revelar detalhamento suficiente das estruturas - Artefatos podem comprometer a imagem - Quantidade de radiação maior Tomografia computadorizada médica, composta por: gantry, mesa e estação de trabalho Métodos de diagnósticos por imagem: - Imagens (scans) obtidas por tomografia computadorizada: densidade aumentada ou diminuída (medida em unidade de hounsfield) - Tomografia computadorizada tridimensional: reconstrução em imagem tridimensional dos tecidos moles e duros, pelo computador, através de dados obtidos pela tomografia computadorizada Indicações da tomografia: - Implantes - Articulação temporo-mandibular - Localização de estruturas anatômicas - Avaliação da relação de dentes inclusos e lesões com estruturas anatômicas - Investigação de tumores - Traumas - Malformações congênitas - Doenças infecciosas CBCT Cone-Beam computadorized tomography TCFC Tomografia computadorizada por feixe cônico Aquisição da imagem: paciente sentado e 20 segundos de rotação Ressonância Magnética A imagem da RM (ressonância magnética) é obtida pelo alinhamento dos prótons de hidrogênio, presente nos átomos do corpo humano Aparelhos de ressonância magnética: Os aparelhos geradores de imagens de ressonância magnética funcionam com um campo magnético intenso e a emissão de ondas de rádio com frequência controlada - Magnetos: campo magnético - Bobinas: recebem e transmitem o sinal - Fonte de energia e sistema de refrigeração - Sistema de emissão e recepção de ondas de radiofrequência - Computador: processador de imagens Bobinas: emitem e captam as ondas de radiofrequência Ressonância Magnética: campo fechado ou campo aberto Sinal: Caracteriza tipos de tecido no corpo humano de acordo com a sua intensidade de sinais, diferenciando bem gordura, sangue e água Hipersinal gordura, medula óssea e líquidos Isosinal músculos Hiposinal osso e cartilagem Vantagens: Não utiliza radiação ionizante, Alta definição de tecidos moles, Reconstruções multiplanares e Reconstruções tridimensionais Desvantagens: Tempo do exame e custo do exame Indicações em odontologia: Tecidos moles, Conteúdo de lesões (liquido) , Glândulas salivares e Articulações Contraindicações: - Absolutas: marca passos e implantes metálicos - Relativas: claustrofobia e corpos estranhos metálicos Artefato: substâncias ferromagnéticas (aparelhos ortodônticos, implantes ou próteses) que geram degradação da imagem Nomenclatura: Radiografia convencional Tomografia computadorizada Ressonância magnética Preto Radiolúcido Hipodenso Hiposinal Branco Radiopaco Hiperdenso Hipersinal Cinza Isodenso Isosinal Métodos de diagnóstico por imagem (exames complementares) Evolução dos métodos de diagnóstico e suas indicações: - Radiografia convencional e digital - Tomografia computadorizada e cone beam - Ressonância magnética - Exames por meio de contraste - Imagens por radioisótopos - Ultrassom Exames por meio de contraste: substâncias radiopacas que alteram a densidade dos tecidos (base de iodo) Exames: Sialografia = glândulas salivares; Artrografia = articulações; Angiografia = vasos sanguíneos; Linfografia = linfonodos e vasos 1. Sialografia: - Exame radiográfico das glândulas salivares maiores (parótida e submandibular) - Injeção de uma substância como meio de contraste no interior dos ductos das glândulas. Meio de contraste é um composto orgânico iodado Indicações: Presença de cálculo; Avaliar extensão da destruição da glândula; Localização e tamanho de edema Containdicações: Alergia ao iodo; Períodos de infecção/inflamação aguda; Presença de cálculo salivar obstruindo a luz do ducto 2. Cintilografia: - Aplicação de materiais radioativos para diagnóstico, tratamento e investigação das doenças - Substâncias radioativas (radioisótopos, emitem radiação e radiofármacos com adioisótopos) injetadas no corpo humano por via endovenosa - Imagens são obtidas em equipamentos especiais por meio da detecção da radiação emitida pelas substâncias radioativas injetadas. - Substâncias radioativas empregadas: technetium-99, xenônio-133, lodo-123 Vantagens: sensibilidade na detecção de metástases; Menor exposição à radiação Imagens por radioisótopos: - Componentes radioativos tomam os tecidos radioativos, componentes radioativos se concentram no tecido alvo, emitem radiações que são detectadas e visualizadas na câmeragama que realiza a leitura do radiofármaco - A radiação gama emitida pelo radiofármaco no organismo do paciente interage com o detector da Gama Câmara. Produzindo emissão de luz (cintilação), a luz é convertida em sinal elétrico; Determina a exata posição do corpo do paciente em que a luz esta sendo emitida. Permite que a função e a estrutura do tecido alvo possam ser visualizadas Indicações: Estadiamento de tumores, localização e extensão de metástases ósseas; Detectar metástases precocemente; Detectar invasão óssea em tumores de tecidos moles; Estudo da forma, tamanho e função das glândulas salivares Cintilografia óssea: exame de imagem de todo esqueleto, substância radioativa concentrada nos ossos, nas céls de maior atividade metabólica Indicações: Detectar metástases ósseas de tumores oriundos de outros órgãos (pulmão, próstata ou mama); Detecção de tumores ósseos; Infecções ou inflamações dos ossos; Doenças metabólicas dos ossos; Necroses ósseas Cintilografia de glândulas salivares: Anatomia e função das glândulas parótida e submandibular; Permeabilidade das vias excretoras 3. Ultrassonografia/ Ecografia: - Método que utiliza ondas de ultrassom para a obtenção das imagens. - Equipamentos geram impulsos elétricos que são convertidos em ondas sonoras - Um transdutor que contém um cristal piezoelétrico que converte a energia elétrica em energia sônica, é transmitida através dos tecidos. Vantagens: a imagem no monitor aparece em tempo real A onda ultrassônica atravessa ou interage com tecidos e é atenuada por combinação de fenômenos como: - Absorção; Reflexão (ECO) cálculo da distância: velocidade do som e tempo de eco; Refração; Difusão Indicações: Avaliação das glândulas salivares maiores (parótida e submandibular); Diagnóstico diferencial entre lesão cística e sólidas (tumores); Detecção de cálculos nos ductos das glândulas salivares (sialolitíase) Eco - Cálculo da distância: velocidade do som e do tempo de eco. As ondas sonoras (ecos) são refletidas depende das densidades dos tecidos: - Ecogénica (cinza): imagem de intensidade semelhante aos tecidos adjacentes - Hipercóica (clara): intensidade superior - Hipoecóica (escura): intensidade inferior - Anecóicas (escura): ausência de eco Tumores glândulas salivares: ecogenicidade, homogeneidade, contorno e septação - Sialoadenites: glândula aumentada e hiperecóica. O sialolito tem foco hipercóico (sombra acústica) Vantagens: Não utiliza radiação ionizante; Não é invasivo; Sensíveis para detectar doenças focais nas glândulas salivares; Sinais de ecos do tecido normal são diferentes dos transmitidos pelos tumores; Sem efeitos prejudiciais conhecidos nos tecidos examinados Desvantagens: Técnica depende de operador experiente; Exame sensível porém pouco especifico; Imagens de difícil interpretação; Deve ser aplicada apenas nas estruturas superficiais
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