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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES TERAPIA NUTRICIONAL – NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL Antes de trabalhar as questões, serão revistos alguns itens importantes relacionados à nutrição enteral e também à nutrição parenteral. TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL Resolução RDC n. 63 de 06/07/2000 da Vigilância Sanitária – Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. • Anexo I - Atribuições da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) • Anexo II - Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral (BPPNE) • Anexo III - Boas Práticas de Administração da Nutrição Enteral (BPANE) • Anexo IV - Roteiros de Inspeção Definição de Nutrição Enteral Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combi- nada, de composição definida ou estimada (tanto de macro quanto de micronutrientes), espe- cialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral (peculiaridade da legislação brasileira que permite o uso da via oral), industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, confor- me suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas (ANVISA, 2000). TERAPIA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL Portaria n. 272 de 08/04/1998 – SVS/MS - Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral • Anexo I - Atribuições da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) • Anexo II - Boas Práticas de Preparação de Nutrição Parenteral (BPPNP) • Anexo III - Recipientes para Nutrição Parenteral • Anexo IV - Boas Práticas de Administração da Nutrição Parenteral (BPANP) • Anexo V - Roteiros de Inspeção 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES Definição de Nutrição Parenteral Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos (glicose), aminoácidos, lipídios (trigli- cerídeos de cadeia longa ou cadeia média), vitaminas e minerais, estéril (manipulada sob controle microbiológico) e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à ad- ministração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas (Portaria n. 272/MS/ SNVS, de 8 de abril de 1998). EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL – EMTN Tanto a RDC n. 63/2000 quanto a Portaria n. 272/1998 estabelecem sobre a obrigatorie- dade de uma equipe multiprofissional de terapia nutricional para execução ou direcionamento dos cuidados dos pacientes em terapia nutricional artificial. “Grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um profissional de cada categoria, com treinamento específico para essa atividade, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, far- macêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério da UH ou EPBS, com as respectivas atribuições descritas no Anexo I” (ANVISA, 2000). Outros profissionais podem vir a compor a equipe, caso necessário. Por exemplo, psicó- logos, fisioterapeutas. Atribuições da EMTN As atribuições gerais da EMTN devem seguir recomendações contidas na Resolução RDC/Anvisa n. 63, de 6 de julho de 2000 e na Portaria n. 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998, ou em normas que venham a substituí-las. • Médico: indicação e prescrição médica da terapia nutricional enteral/parenteral; • Nutricionista: avaliação do estado nutricional dos pacientes (com relação às metas energéticas, proteicas, de micronutrientes para manter o estado nutricional ou recupe- rar o estado nutricional dos pacientes), das necessidades nutricionais e prescrição dietética da TNE; • Enfermeiro: prescrição, administração e atenção dos cuidados de enfermagem na TNE e administração da NP; • Farmacêutico: adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, a NE industrializada. 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral NUTRIÇÃO DIRETO DO CONCURSO 23. (VUNESP/2015) Segundo o Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Enteral – RDC n. 63, de 06.07.2000, compete ao nutricionista a. avaliar e assegurar a administração da nutrição enteral observando as informações contidas no rótulo, confrontando-as com a prescrição médica. b. garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. c. assegurar a manutenção da via de administração da nutrição enteral. d. receber a nutrição enteral e assegurar a sua conservação até a completa administração. e. detectar, registrar e comunicar à EMTN e/ou ao médico responsável pelo paciente as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrativa. COMENTÁRIO Diferenciar as atribuições da enfermagem e dos nutricionistas. 19. (IBFC/2019) A nutrição enteral é uma alternativa terapêutica para alimentar pessoas que não podem e/ou não conseguem se alimentar pela boca em quantidade suficiente para manter a saúde. O nutricionista é o responsável por realizar todas as operações inerentes à prescrição dietética, composição e orientação sobre a preparação da nutrição enteral. Considerando o exposto, assinale a alternativa incorreta. a. A nutricionista poderá indicar dietas artesanais/ caseiras e/ou industrializadas. b. Orientar o manipulador da dieta, para preparar para o consumo imediato ou no máximo o consumo em 24 horas. c. Orientar o manipulador ao uso direto de água da rua, com fervura facultativa, pois não pode oferecer nada em temperaturas elevadas ao paciente com sonda. d. A nutricionista deverá orientar o manipulador quanto a temperatura adequada da dieta, sendo sempre ambiente. COMENTÁRIO As dietas vão atender cada caso de paciente. 10m 15m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral NUTRIÇÃO Algoritmos de Indicação da terapia Nutricional Considera-se tanto a nutrição por via oral quando a enteral e parenteral. A forma de decidir pela via começa com um questionamento: existe capacidade de inges- tão via oral? Se sim, segue-se a dieta por via oral. Se a via oral é suficiente, reavalia-se em 7 dias. Se ela é insuficiente, avalia-se a introdução de suplementos/ complementos orais. Com a introdução do suplemento, o paciente consegue atingir mais de 75% de suas necessidades, mantem-se a associação da dieta oral com suplementos. Se o paciente atinge menos de 60%, é preciso seguir o outro algoritmo. Avaliar se o trato gastrointestinal funciona. Se ele vem da via oral, o TGI funciona, mesmo que parcial, e a opção será enteral. Se ela está suprindo mais de 60% das necessidades, ela é mantida. Se não, considera-se a complementação via parenteral. Indica-se diretamente a via parenteral quando o TGI está impossibilitado no momento (anestesias, diarreias). 20m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral NUTRIÇÃO DIRETO DO CONCURSO 34. (IBFC/2019) A nutrição enteral é uma importante ferramenta nutricional para pacientes que, em determinado momento não conseguem atingir as necessidades diárias se ali- mentando por via oral, devido a alguma enfermidade. Quanto às doenças em que a dieta enteral não é recomendada, assinale a alternativa correta. a. Queimaduras extensas b. Câncer de boca c. Disfagia orofaríngea pós-acidente vascular encefálico d. Fístulasintestinais de alto débito COMENTÁRIO Indicações da nutrição enteral: • Estabilidade hemodinâmica • Risco nutricional (2/3 – ¾, perda importante) • TGI funcionante (total ou parcial) “Quando o intestino funciona, use-o ou perca-o” → caso não seja utilizado, pode causar atrofia. • TGI íntegro: não quer, não pode, não deve. 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES Quando Contraindicar ou Adiar a TNE? Basicamente, pode-se contraindicar o método na presença de TGI não funcionante ou em situações que requeiram repouso intestinal. • Obstrução intestinal mecânica: tumores, parasitoses • Doença em fase terminal: contraindicação relativa, pois se busca o maior conforto ao paciente • Inflamação do trato gastrointestinal: volume fecal será muito elevado que vai interrom- per os processos absortivos do paciente • Sangramento gastrointestinal: é preciso dar repouso ao órgão que está sangrando • Fistulas intestinais de alto débito: comprometem de forma importante a absorção de nutrientes • Diarreia intratável: impede o contato adequado dos nutrientes • Isquemia gastrointestinal: o fluxo sanguíneo na região não está adequado • Íleo paralítico prolongado: bloqueio anestésicos • Vômitos incoercíveis: incapacidade de ingerir alimentos GABARITO 23. b 19. c 34. d 25m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Ana Lucia Salomon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral II NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES TERAPIA NUTRICIONAL – NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL II DIRETO DO CONCURSO 40. (IBFC/2019) Joana, hospitalizada não está com o trato gastrointestinal funcionando há mais de 10 dias; perdeu 15% de seu peso; relata hemorragia gastrointestinal frequente. Sobre as indicações gerais da terapia nutricional no caso de Joana, assinale a alternati- va correta. a. Terapia Nutricional Enteral oral b. Gastrostomia e Jejunostomia c. Terapia Nutricional Parenteral d. Terapia Nutricional Enteral por sonda COMENTÁRIO Diante do quadro da paciente, será preciso deixar o trato digestório em repouso por um tempo. 31. (IBFC/2019) O pâncreas é um órgão localizado no abdômen, faz parte do sistema digesti- vo e endócrino, e é responsável por produzir insulina. Quando o pâncreas está inflamado, chamamos de pancreatite, essa inflamação causa dores abdominais intensas, náusea e diarreia. Pode ser apresentada de duas formas, aguda ou crônica. Considerando o dis- posto, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiros (V) ou Falsos (F). ( ) � Na pancreatite aguda, a ingestão oral deve ser evitada. A maioria dos pacientes apresenta a pancreatite aguda leve, nesses casos a dieta é reiniciada com líquidos sem resíduos e evoluída progressivamente. ( ) � Na pancreatite aguda grave é recomendado que inicie com nutrição enteral e a po- sição da sonda deve ser nasojejunal, evitando complicações no quadro do paciente. ( ) � No caso da pancreatite aguda leve, quando há ingestão oral, a dieta mais indicada é rica em carboidratos e proteínas, mas baixa em lipídeos. ( ) � No caso da pancreatite aguda grave deve iniciar imediatamente a dieta parenteral para evitar complicações ao paciente. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral II NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES a. V, V, V, F b. V, V, F, V c. V, F, V, F d. V, F, V, V COMENTÁRIO Pancreatite envolve refluxo das enzimas digestórias secretadas pelo órgão para o próprio órgão. Isso leva a digestão parcial do órgão pelas próprias enzimas que ele produz, causando inflamação. 68. (FCC/2018) Paciente do sexo feminino realizou cirurgia de gastroduodenopancreatecto- mia e evoluiu no pós-operatório com fístula pancreática. O débito da fístula apresenta-se em 800 ml/dia, sendo necessária nova cirurgia para correção da fístula. A terapia nutricio- nal tem o objetivo de recuperar o estado nutricional, sendo indicada por 10 dias. A via de administração da terapia nutricional é: a. Nutrição Parenteral Periférica. b. Nutrição Parenteral Central. c. Sonda Nasogástrica. d. Gastrostomia. e. Jejunostomia. COMENTÁRIO Essa cirurgia, também chamada de cirurgia de Whipple, é um processo indicado para tratamento curativo de cânceres pancreáticos de ampola duodenal ou ainda de vias biliares. Os pacientes só são submetidos a essa cirurgia se houver a possibilidade de remoção total do câncer, porque a cirurgia é muito extensa e acaba implicando alguns riscos para o paciente. 5m 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral II NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES Acesso venoso – cateteres Característica das Fórmulas • Osmolalidade – Função do tamanho e da quantidade de partículas – Unidade de medida: mOsm/kg de água vs unidade de medida para osmolari- dade mOsm/L – ↑ nutrientes hidrolisados → ↑ osmolalidade – Aas – ↑ efeito osmótico que ptn íntegras – Glicose - ↑ efeito osmótico que amido – Minerais e eletrólitos – dissociação e tamanho DIRETO DO CONCURSO 69. (FCC/2018) As fórmulas de dietas enterais podem ser classificadas segundo sua osmola- lidade. O valor da osmolalidade em mOsm/kg de água para ser considerada uma fórmula isotônica é: a. 351-549 b. < 299 c. 300-350 d. 550-749 e. > 750 15m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral II NUTRIÇÃO COMENTÁRIO Características das fórmulas enterais 25. (VUNESP/2015) Dietas enterais isotônicas, teoricamente, são de melhor tolerância di- gestiva com osmolalidade igual a a. 200 mOsm/kg de água. b. 250 mOsm/kg de água. c. 300 mOsm/kg de água. d. 350 mOsm/kg de água. e. 400 mOsm/kg de água. Classificação das fórmulas quanto ao grau da hidrólise O assunto de grau de hidrólise não é muito comum em provas para nutricionista, mas para concursos para residência. 20m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral II NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES Obs.: � Carboidrato é um polímero de glicose. Normalmente, uma fórmula enteral não é completamente hidrolisada, porque senão a osmolalidade gera um colapso intestinal. Forma elementar seria 100% hidrolisada. DIRETO DO CONCURSO 27. (UFG/2018) Paciente com diagnóstico de câncer de pâncreas e estágio C da ASG-PPP necessitou de cirurgia de ressecção do tumor, com retirada parcial do pâncreas e parte do duodeno. Permaneceu com mais de 150 cm de intestino delgado e houve preservação de cólon. Encontra-se no pós-operatório com sonda nasoentérica posicionada após a anas- tomose intestinal. Que tipo de dieta enteral deve ser priorizada na terapia nutricional? a. Dieta polimérica, hipercalórica e hiperproteica. b. Dieta hidrolisada, hipercalórica e hiperproteica. c. Dieta polimérica, hipercalórica e normoproteica. d. Dieta hidrolisada, hipercalórica e normoproteica. COMENTÁRIO Não há sinal de intestino curto no paciente, nem dados clínicos sobre diarreias volumosas. É preciso que haja cicatrização eficiente. 36. (UFG/2018) Para um paciente em terapia nutricional enteralfoi oferecida uma fórmula composta de 24% de proteína (77% de caseinato de cálcio e sódio, 23% L-arginina), 53% de carboidrato (100% maltodextrina) e 23% de lipídios (19% TCM, 67% óleo de peixe, 12% de óleo de milho e 2% de lecitina de soja), acrescida de arginina e nucleotídeos, isenta de lactose, sacarose e fibra. Essa dieta é classificada como sendo: a. monomérica. b. oligomérica. c. polimérica. d. elementar. 25m 30m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional – Nutrição Enteral e Parenteral II NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES GABARITO 40. c 31. a 68. b 69. c 25. d 27. a 36. c ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Ana Lucia Salomon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional - Nutrição Enteral e Parenteral III NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES TERAPIA NUTRICIONAL - NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTAL III RELEMBRANDO Sobre o teor de água livre, quando uma fórmula é diluída ou quando ela já vem pronta, existe uma fração dessa água que completa os nutrientes para que eles sejam transportados ao longo do tubo digestório, digeridos e absorvidos. Porém, uma parte da água fica livre e é considerada para fins de hidratação do paciente. De acordo com a densidade calórica da fórmula, há um respectivo teor de água. 24. (VUNESP/2015) A quantidade de água nas dietas enterais varia de acordo com a den- sidade calórica. Em uma dieta de densidade calórica de 2,0, qual a porcentagem de água da dieta? a. De 69 a 71%. b. De 66 a 69%. c. De 76 a 78%. d. De 80 a 86%. e. De 90 a 95%. Fórmulas enterais – teor hídrico Conteúdo de água das fórmulas enterais Densidade calórica (Kcal/ml da fórmula) Conteúdo de água (ml/100 ml da fórmula) Conteúdo de água (%) 1,0 – 1,2 800 – 860 80 – 86 1,5 760 – 780 76 – 78 2,0 690 – 710 69 – 71 DIRETO DO CONCURSO 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional - Nutrição Enteral e Parenteral III NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES De acordo com a densidade energética, a primeira linha da tabela apresenta uma dieta normocalórica com uma variação de densidade de 1,0 a 1,2 calorias por mililitro. Essa dieta possui, em termos de água livre, um percentual de 80 a 86%. Já a segunda linha apresenta a dieta hipercalórica, que possui 1,5 caloria por ml e um teor de água que varia de 76 a 78%. Na terceira linha, é apresentada a dieta acentuadamente hipercalórica, que possui 2 calorias por ml, enquanto o teor de água livre varia de 69 a 71%. Essas informações estão disponíveis nos próprios rótulos das dietas enterais. Apesar de não ser muito cobrado em provas, é um fator importante para a prática clínica, pois, quando há um paciente em nutrição enteral, é preciso calcular quanto de água a mais é necessário fornecer para manter a hidratação desse paciente. 25. Um paciente do sexo masculino, 50 anos, necessitando de TNE pós sequela de AVE, peso atual de 60 kg, estatura de 1,65 m, 22 de IMC. Quanto de água é necessário complemen- tar para atingir as necessidades hídricas do paciente? VET = 1.800 kcal Necessidade hídrica = 1.800 mL Fórmula disponível com densidade calórica de 1,5 kcal/mL Volume total de fórmula: 1.800 / 1,5 = 1.500 mL Com o IMC é de 22 e pela idade, é possível pressupor que esse paciente é eutrófico. Calculadas as necessidades energéticas, com base em 30 calorias por quilo, chega-se a 1.800 kcal. E, pela RDA, deve-se fornecer 1 ml para cada caloria ofertada. Então, a necessidade hídrica desse paciente é de 1.800 ml. Há uma fórmula disponível com uma densidade de 1,5 kcal/ml. Para fazer o cálculo total do volume de fórmula que será ofertado, divide-se a necessidade energética calculada (1.800 kcal) pela densidade calórica da fórmula (1,5 kcal/ml), chegando a um volume total de fórmula de 1.500 ml. Fórmulas enterais – teor hídrico Conteúdo de água das fórmulas enterais Densidade calórica (Kcal/ml da fórmula) Conteúdo de água (ml/100 ml da fórmula) Conteúdo de água (%) 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional - Nutrição Enteral e Parenteral III NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES 1,0 – 1,2 800 – 860 80 – 86 1,5 760 – 780 76 – 78 2,0 690 – 710 69 – 71 Como a fórmula é de 1,5 kcal/ml, é considerado, para efeito dessa fórmula, que ela tem 77% de água livre, isto é, em 1.500 mL de fórmula, há 77% de água livre. 1.500 x 0,77 = 1.155 mL de água livre, ou seja, disponível para ser utilizada como água pelo organismo. A necessidade hídrica era de 1.800 mL. Para saber a quantidade necessária para complementar, subtrai-se o fornecimento de água pela dieta (1.155 ml) da necessidade hídrica (1.800 ml), dando o resultado de 645 mL de água. Esse é o valor de quanto de água precisa ser complementado para manter o paciente hidratado. Esse adicional de água é dividido nas diversas etapas de administração da nutrição enteral para que o volume necessário seja atingido. 35. (UFG/2018) Cem gramas de pó de um suplemento dietético apresentam em sua compo- sição 30% de proteínas, 25% de lipídeos e 45% de carboidratos. Qual é o volume neces- sário para suplementar uma dieta com 600 kcal, considerando-se que o suplemento foi diluído a 30%? a. 350 mL b. 380 mL c. 400 mL d. 420 mL Em 100 g de pó, há 30% PTN, 25% LIP e 45% CHO. 30% PTN → 30 g em 100 g de pó → 30 g x 4 kcal = 120 kcal de PTN 25% LIP → 25 g em 100 g de pó → 25 g x 9 kcal = 225 kcal de LIP 45% CHO → 45 g em 100 g de pó → 45 g x 4 kcal = 180 kcal de CHO Em 100 g de pó, tem a somatória de calorias, que é 525 kcal. É feita a diluição a 30%, utilizando-se 30 g em 100 mL. 100 g = 525 kcal10m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional - Nutrição Enteral e Parenteral III NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES 30 g = x 30 g = 157,5 kcal → 100 mL A meta é 600 kcal do suplemento. 100 mL ----- 157,5 kcal x mL ------- 600 kcal x = 380,9 mL 37. (FUMARC/2013) A administração agressiva da nutrição aos pacientes que sofreram priva- ção alimentar prolongada, objetivando a repleção de peso, pode acarretar a Síndrome de Realimentação. As principais alterações hidroeletrolíticas indicativas da síndrome são a. Hipofosfatemia, hipocalemia e hipoglicemia. b. Hipofosfatemia, hipocalemia e hiponatremia. c. Hipofosfatemia, hipocalemia e hipomagnesemia. d. Hiperfosfatemia, hipercalemia e hipermagnesemia. COMENTÁRIO As pessoas de risco para desenvolvimento dessa síndrome são as pessoas que tiveram privação alimentar por um período prolongado e que mudam seu perfil metabólico para preservar a massa magra, pois a perda excessiva de massa magra é incompatível com a vida. Essas pessoas substituem a glicose por lipídeos como fonte energética para tentar poupar a massa magra. SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO (SR) Definição • Quadro de distúrbios metabólicos e eletrolíticos, os quais surgem após a instituição de nutrição (repleção) em pacientes abaixo do peso normal, com comprometimento nutri- cional e que sofrem de desnutrição importante (IMCs inferiores a 14 Kg/m2). • Está associada ao suporte nutricional. • Evolui com considerável morbimortalidade. 15m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional - Nutrição Enteral e Parenteral III NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES Etiologia • Velocidade de reposição intolerável → CHO. Os pacientesestavam em uma programa- ção metabólica para usar lipídeos como fonte energética e, no momento em que é ofer- tado glicose, na forma de carboidrato mais complexo, ocorre uma maior demanda de fosfato, que traz consigo o roubo intracelular, isto é, as células levam para o seu interior o fosfato, o potássio e o magnésio a fim de metabolizar adequadamente o carboidrato e produzir energia. • Incapacidade metabólica. Complicações fisiopatológicas e metabólicas: • Alterações neurológicas • Arritmia e insuficiência cardíaca • Sintomas respiratórios, hepáticos, hematológicos • Sistema neuromuscular (miopatia, astenia, rabdomiólise) • Edemas Marcadores Bioquímicos • Hipofosfatemia grave + Hipocalemia e Hipomagnesemia • Resposta geral após oferta de solução de Gli • Maior frequência: NPT → NE → VO A parenteral tem maior risco, porque, independentemente de mecanismos digestivos e absortivos, os nutrientes são lançados direto na corrente sanguínea e, por isso, a resposta metabólica é mais rápida. Prevenção • Fundamental: repleção nutricional cautelosa • Reposição lenta • Constante monitoramento eletrolítico e cardíaco Fosfato: parte integrante da reposição. Exame > 3 mg/dL (VR = 2,5 – 4,8 mg/dL) 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Terapia Nutricional - Nutrição Enteral e Parenteral III NUTRIÇÃO A N O TA ÇÕ ES É preciso compensar possíveis deficiências dos eletrólitos fósforo, magnésio e potássio e também utilizar a vitamina B1 Tiamina, que é essencial como cofator para metabolismo glicí- dico. Todas as vitaminas no complexo B são importantes. Paralelamente a essa reposição eletrolítica, é ofertado um aporte energético cauteloso. GABARITO 24. a 25. 645 mL de água. 35. b 37. c 20m ����������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Ana Lucia Salomon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material.
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