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Logistica Reversa unidade 01

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LOGÍSTICA REVERSALOGÍSTICA REVERSA
Esp. Berenice Milani
IN IC IAR
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introdução
Introdução
Caro aluno, cada dia mais a sociedade u�liza produtos que passam por processos
de transformação. A cada dia mais as vidas úteis dos produtos estão menores, e
quando os produtos cumprem o obje�vo proposto, chegando ao fim da vida ú�l,
são descartados. As cidades estão com uma intensa produção de lixo, gerando
problemas pela geração de resíduos sólidos. A logís�ca reversa, nesse contexto,
ganha cada dia mais importância perante a sociedade. Antes de pensarmos no
processo da logís�ca reversa, é preciso iden�ficar que a logís�ca possui processos
diretos e reversos.
As empresas têm processos logís�cos direto e reverso de forma consolidada e
forma�zada. Como a logís�ca não existe de modo isolado, é preciso analisar os
diversos aspectos estratégicos e operacionais da logís�ca. Nesta unidade faremos
uma abordagem das definições da Logís�ca Reversa e dos conceitos abordados,
juntamente com a cadeia de suprimentos e fluxo dos materiais.
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A logís�ca empresarial direta age em concordância com o modelo de
gerenciamento da cadeia de suprimentos, em que a base do estudo gira
O que é Logística ReversaO que é Logística Reversa
Figura 1.1 - Cadeia de suprimentos
Fonte: Cienpies Design / 123RF.
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essencialmente na análise de fluxo de caixa.
A cadeia de suprimentos (supply chain) possui sua gestão embasada na logís�ca em
que estrutura o planejamento e orienta a busca por único plano de fluxo de
produto e informações no decorrer de um negócio.
Para Valle e Souza (2014), a logís�ca empresarial direta para alcançar o seu
propósito u�liza técnicas e filosofias empresariais, que obje�vam aumentar a
velocidade de resposta e de serviço aos clientes, por intermédio da redução dos
custos totais de operação e do fluxo logís�co, por exemplo, Just in �me (na hora
certa), qualidade total e tecnologia da informação em logís�ca.
A logís�ca empresarial demonstra que o grau de organização dos fluxos logís�co
interno e externo nas ins�tuições estão associados ao capital distribuído nas
operações de transportes internos e externos; nos processos e recursos
relacionados aos procedimentos, ao armazenamento e à estocagem dos produtos;
nos sistemas de informações na cadeia de suprimentos como um todo; na inspeção
dos estoques externos e internos; e nos recursos humanos inseridos, entre outras
questões.
Na visão de Kopicki et al. (1993), a logís�ca reversa busca realizar o gerenciamento
do processo reverso à logís�ca direta, pensando no fluxo dos produtos de seu local
de consumo até o local de origem, reu�lização ou descarte final. Dessa forma,
analisa e gerencia os produtos que ou foram usados, ou estão com pouco uso ou
ainda que não foram usados, agregando-os ao ciclo dos negócios através de
procedimentos de reciclagem e des�nação aos mercados secundários, entre outros.
A logís�ca empresarial reversa é o âmbito da logís�ca empresarial que atua no
sen�do contrário, assegurando o retorno de materiais, produtos e peças a um
procedimento novo de produção ou a um novo uso.
Os conceitos de logís�ca reversa se ampliaram ao longo do tempo, como apontado
por Leite (2000), que diz que a logís�ca empresarial possui uma nova área que
atenta-se a equilibrar a pluralidade dos fatores logís�cos de retorno ao ciclo
produ�vo das diversas categorias de bens industriais, dos materiais componentes e
dos resíduos industriais, através da reu�lização controlada do bem e de seus
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componentes, ou ainda com a reciclagem dos materiais componentes,
possibilitando originar matérias-primas secundárias reintegradas ao processo
produ�vo
Conforme Magera (2013, p. 119) “o fluxograma do processo de logís�ca direta e
reversa mostra os caminhos dos principais canais e como qual se liga aos seus
principais segmentos.”
Os autores Stock (1998), Rogers e Tibben-Lembke (1998), Leite (2003), Kopicki et
al. (1993) e De Brito (2004) par�lham do mesmo entendimento sobre a logís�ca
reversa, de que o nível de estruturação de um canal reverso decorre em função das
prá�cas e da existência organizacional, abrangendo os processos nas várias fases
de retorno dos materiais/produtos, as informações e o relacionamento entre
empresas na cadeia reversa, e a quan�dade de recursos inseridos por essas
empresas e designados para as operações de retorno dos produtos.
As percepções desses diversos autores foram reunidas, alinhando como é
organizado um canal reverso nas organizações dos diversos setores, conforme os
vários �pos de produtos a serem retornados.
Figura 1.2 - Fluxo do processo de logís�ca direta e reversa 
Fonte: Magera (2013, p. 119).
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Daher et al. (2003) enfa�za que em um contexto maior, a Logís�ca Reversa
compõe-se de tarefa de coleta, manipulação e processamento de produtos, e
produtos e peças usados com o propósito de garan�r uma recuperação sustentável,
isto é, todas as operações logís�cas voltadas para a reu�lização de produtos e
materiais.
A logís�ca reversa pode ser classificada em dois �pos: logís�ca reversa de pós-
venda e logís�ca reversa de pós-consumo.
As diferenças entre os bens de pós-consumo e de pós-venda, de acordo com Leite
(2003), são:
Pós-consumo: o produto ou matéria encerra a sua vida ú�l, sendo que em algumas
vezes retornam ao ciclo produ�vo e, em outras, esse processo pode não ocorrer,
pois muitas vezes a fábrica que produziu poderá reaproveitar um mesmo ou outro
produto, que correm por canais desmanche, reúso e reciclagem até a des�nação
final. Exemplos: desmanche de automóveis e computadores, coleta de lixo, etc.
Pós-venda: são produtos com pouco ou sem uso, devoluções por falhas ou defeitos
de fabricação, qualidade, prazo de validade expirado, avarias no produto ou
embalagem, erro de processamento de pedidos, problemas de estoque, polí�cas de
marke�ng, avarias no transporte (transbordo, redes�nação, baldeação, etc.),
garan�as, entre outros mo�vos, como furto, roubo, sinistro, extravio. Esses
produtos muitas vezes sujeitam-se a reformas ou consertos, sendo realizadas
promoções, liquidações e ponta de estoque com esses produtos.
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Shibao et. al (2010) sinte�zam as tarefas da logís�ca reversa em cinco funções:
planejar, implantar e controlar o fluxo de materiais e de informações do local de
consumo ao local de origem; esforço para uma melhor u�lização de recursos, seja
minimizando o consumo de energia, ou reduzindo a quan�a de materiais
empregues, quer reu�lizando, reaproveitando ou reciclando resíduos; deslocação
de produtos na cadeia produ�va do consumidor para o produtor; recuperação de
valor e segurança no envio após u�lização.
Guarnieri (2011, p. 47) ressalta que “a logís�ca reversa operacionaliza o retorno dos
resíduos após sua geração e sua revalorização e reinserção econômica”.
O intuito principal da logís�ca reversa é recuperar valor obedecendo a Polí�ca
Nacional de Resíduos Sólidos e Serviço ao Cliente na Logís�ca Reversa Pós-venda,
além de reduzir desperdícios de insumos e a poluição do meio ambiente através da
reciclagem e reu�lização de produtos. Se pensarmos em locais como indústrias,
supermercados, lojas, entre outros, que fazem o descarte de grandes volumes de
material que podem ser reciclados – como plás�co, papelão, papel, pallets de
madeira,entre outros resíduos industriais com uma capacidade grande de serem
reciclados e reu�lizados – a ideia de reaproveitamento de materiais viria ao
encontro com essa demanda, e com isso a redução de embalagens retornáveis seria
enorme, trazendo ganhos e servindo de es�mulo para as inicia�vas e esforços da
Figura 1.3 - Áreas da logís�ca reversa 
Fonte: Adaptada de Leite (2003).
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implantação de uma eficiente recuperação de produtos por meio da logís�ca
reversa.
O processo logís�co reverso emprega as mesmas prá�cas do processo logís�co
direto. No entanto, ela começa suas a�vidades após o término da logís�ca direta,
na entrega do produto ao consumidor final, que, por sua vez, gera os resíduos de
pós-consumo e pós-venda, que são reinseridos no processo de fabricação,
produ�vo e/ou de negócios por meio da logís�ca reversa, concluindo o ciclo
logís�co total.
Lacerda (2002) entende que a logís�ca reversa é um processo complementar à
logís�ca tradicional, ao mesmo tempo que a úl�ma possui o papel de transportar
produtos dos fornecedores para os clientes intermediários ou finais. A logís�ca
reversa completa o ciclo, deslocando de volta os produtos que foram usados nos
mais diferentes locais de consumo até a sua origem, sendo que nela é normal que a
empresa muitas vezes precise recolher o produto ou o equipamento como um todo,
até mesmo os componentes que não terão mais u�lização, por exemplo: baterias e
pilha, dos quais são u�lizadas somente partes dos invólucros, mas que precisam ser
recolhidas por completo devido às partes químicas. Ou ainda, como exemplo, as
metalúrgicas que re�ram as partes metálicas dos veículos impróprios para uso.
Para Campos e Goulart (2017), a PNRS (Polí�ca Nacional de Resíduos Sólidos) na
logís�ca reversa é uma ferramenta para o emprego da responsabilidade distribuída
pelo ciclo de vida do produto, sendo vista como um obje�vo de desenvolvimento
social e econômico.
A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, é o principal instrumento da PNRS,
apresentando a responsabilidade compar�lhada pela logís�ca reversa e o ciclo de
vida dos produtos.
A PNRS estabelece o ciclo de vida do produto como uma sequência de fases que
abrange o desenvolvimento do produto, começando pela aquisição da matérias-
primas e insumos para a indústria, a produção, o consumo e ainda o descarte.
A logís�ca reversa é um campo da logís�ca empresarial que realiza o planejamento,
o controle e a operação do fluxo, assim como também as informações logís�cas
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oriundas do regresso dos bens de pós-consumo e pós-venda ao ciclo produ�vo ou
ciclo de negócios, por intermédio dos canais de distribuição reverso, inserindo valor
de natureza variada, como: logís�co, econômico, legal, ecológico, de imagem
corpora�va, entre outros.
A logís�ca reversa, através dos diversos sistemas operacionais em cada grupo de
fluxos reversos, planeja que o retorno dos materiais ou bens integrantes do ciclo de
negócio ou ciclo produ�vo seja viável ou possível depois de seus descartes como
produtos de pós-consumo ou de pós-venda.
Assim, a logís�ca reversa trata mais do que dos canais reversos de distribuição
u�lizados no retorno dos produtos do consumidor ao fabricante, seja para reparo,
subs�tuição ou remanufatura, ocupando-se também do planejamento e das
a�vidades ligadas à redução, ao gerenciamento e à disposição de resíduos
(RIBEIROS; CAMARGOS, 2008).
Para Valle e Souza (2014) o fluxo de materiais e produtos, em um primeiro instante,
percorre os denominados canais de distribuição diretos, que abrangem o percurso
que começa com a entrada das matérias-primas virgens até o consumidor final.
Esse fluxo direto pode acontecer de várias formas, podendo transitar por
Figura 1.4 - Antropia da logís�ca direta e reversa
Fonte: Valle e Souza (2014, p. 20).
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fabricantes, atacadistas, varejistas e, ainda, pelo consumo final. O fluxo direto da
logís�ca é a preocupação principal da logís�ca empresarial e do marke�ng.
O processo convencional da cadeia de suprimentos normalmente considera um
conjunto de processos que transferem os produtos dos fornecedores conduzidos
pela demanda do cliente por meio de fabricantes e distribuidores para os clientes
finais. Porém, esse não é o término do valor do produto quando incluímos
processos novos que são integrantes da logís�ca reversa e diversos ciclos de
processamento conectados por interfaces específicas do mercado.
Para Valle e Souza (2014), muitos produtos ultrapassam a cadeia de suprimentos
convencional, fomentando transações comerciais extras: vendas em mercados
secundários de produtos usados são vendidos, reparo de objetos com avarias para
atender como peças de reposição; produtos desatualizados passam por atualização
para atender a novas normas; recuperação de estoques não vendidos; retornar e
recarregar as embalagens reu�lizáveis; produtos usados são reciclados e
transformados novamente em matérias-primas. Dessa forma, uma união de
processos que comporta apenas o fluxo para frente de produtos em uma estrutura
convencional da cadeia de suprimentos é isenta da responsabilidade pelo que
ocorre com os produtos depois de chegarem ao cliente.
Figura 1.5 - Cadeia de suprimentos integrada 
Fonte: Elaborada pela autora.
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Para amparar as falhas, é preciso expandir o horizonte do fluxo do produto,
comportando um grupo novo de processos que expande a responsabilidade da
cadeia de suprimentos, de modo a retornar produtos começando do cliente. O
proposito é deter o valor econômico, assim como valores ambientais dos objetos.
Nessa óp�ca, nas empresas em que há uma cadeia de suprimentos estruturada, os
procedimentos da logís�ca reversa acabam sendo envolvidos simultaneamente aos
da logís�ca direta. Os aperfeiçoamentos de tecnologias, materiais e processos são
esquema�zados para a cadeia como um todo, reduzindo os riscos dos
inves�mentos em logís�ca reversa, uma vez que as parcerias e as ar�culações são
desenvolvidas como um todo.
praticarVamos Praticar
A logís�ca reversa é o segmento da logís�ca empresarial que se preocupa com as
questões logís�cas do retorno ao ciclo de negócios ou produ�vo de embalagens, bens de
pós-venda e de pós-consumo, atribuindo-lhes valores de diversas naturezas: econômico,
legal, logís�co, ecológico, de imagem corpora�va, entre outros.
LIVA, P. B. G.; PONTELO, V. S. L.; OLIVEIRA, W. S. Logís�ca reversa. Web-Resol (on-line).
Disponível em: <h�p://limpezapublica.com.br/textos/logis�ca_reversa_01.pdf>. Acesso
em: 11 jun. 2019.
Nessa conjuntura, analise as afirma�vas e aponte o que for correto quanto ao conceito de
logís�ca reversa.
a) A logís�ca empresarial reversa é o domínio da logís�ca empresarial que atua em
sen�do uniforme, enviando materiais, produtos e peças a um procedimento novo
de produção ou a um novo uso.
http://limpezapublica.com.br/textos/logistica_reversa_01.pdf
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b) A logís�ca reversa, através dos diversos sistemas estratégicos, planeja o retorno
dos materiais ou bens para não exis�r descartes de produtos de pós-consumo ou
de pós-venda.
c) O intuito principal da logís�ca direta é conter os desperdícios de insumos e a
poluição sonora no meio ambiente por meio da reciclagem, e promover a
reu�lização de produtos.
d) O processo logís�co reverso emprega as mesmas prá�cas do processo logís�co
direto.
e) A logís�ca reversa começa suas a�vidades antes da logís�ca direta, ou seja, a
entrega do produto ao consumidor final.
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As empresas demonstram cada dia mais preocupação com a�vidades ambientais
corretas. Com isso, buscam controlar os processos das suas a�vidades a fim de
Logística Reversa segundoLogística Reversa segundo
a Visão de Processosa Visão de Processos
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reduzir impactos no meio ambiente, atentando-se à legislação, ao desenvolvimento
sustentável e às questões ambientais.
Ao realizar o Gerenciamento da cadeia de suprimentos, busca-se atender à
demanda de agregar valor e, concomitantemente, reduzir os custos e assegurar um
aumento da lucra�vidade nas a�vidades da empresa.
A logís�ca reversa, para Rogers e Tibben-Lembke (1999 apud LEITE, 2002) é
entendida como o processo de planejar, controlar e implementar eficiência no custo
da matéria-prima, material em processamento, informações e produtos acabados,
começando pelo consumo até a origem, com a finalidade de recapturar valor e/ou
realizar a adequação de sua des�nação.
Muitas empresas não têm noção dos custos ligados ao setor de logís�ca reversa,
mesmo que haja um crescente interesse e maior entendimento empresarial no
tocante à logís�ca reversa.
De acordo com Valle e Souza (2014), a falta de conhecimento gera processos mal
definidos e falta de suporte do sistema. Em decorrência do retorno ser variável, é
preciso haver um nível alto de flexibilidade no gerenciamento de processos e
sistemas quanto ao retorno de bens materiais.
A logís�ca reversa pode ser complicada quando existe muita burocracia e os fluxos
de processos são ruins, principalmente se levarmos em consideração que existem
múl�plos agentes, como fornecedores, clientes, fabricantes, revendedores,
receptores finais e recicladores que necessitam proceder como parceiros no
desenvolvimento de processo de logís�ca reversa eficiente.
As portas de entrada ao modelo reverso são os Canais de distribuição, pelos quais
se pode reconhecer os canais reversos de pós-venda, pós-consumo e outros, como
os canais de resíduos industriais, que compreendem tarefas internas das empresas
que realizam reaproveitamento de materiais, redução de contaminação nos
processos produ�vos e recuperação de valor.
Esses canais são criados para atender às necessidades par�culares das empresas,
sendo preciso verificar os resultados das a�vidades internas desenvolvidas, ou seja,
o início do processo reverso.
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De acordo com os caminhos de retorno dos bens e materiais, vários des�nos
podem ser seguidos. É imprescindível que os retornos dos produtos sejam
realizados pelo fluxo correto do começo ao fim do processo para que não surjam
gastos adicionais com ações corre�vas devido à ineficiência no processo.
As organizações realizam as a�vidades do processo de acordo com os contratos
que são firmados. Assim sendo, normalmente pagam pela re�rada dos bens,
redistribuição dos materiais antes da reciclagem ou eliminação e pela triagem.
As empresas precisam redefinir os processos internos da logís�ca para estruturar a
logís�ca reversa e assim gerenciar a entrada dos materiais, realizar a classificação,
análise dos objetos. Após isso, ocorre o processo externo, sendo preciso ocorrer a
definição dos itens a serem manipulados, direitos e deveres.
O processo de logís�ca reversa fornece materiais reaproveitados que voltam ao
processo tradicional de acordo com a natureza do material e razão pela qual este
integra o sistema.
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A modelagem dos processos é realizada para a gestão geral e do co�diano da
empresa; assim sendo, é modelada a situação efe�va dos processos da empresa. A
seguir, é exibido o macroprocesso da logís�ca reversa, com os rela�vos processos e
a�vidades de uma empresa que realiza a reciclagem de aparelhos de telefones
celulares.
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O processo de logís�ca reversa de pós-venda divide-se em três categorias: retorno
de garan�a/qualidade, retorno comercial e subs�tuição de componentes.
Os materiais na logís�ca reversa pós-consumo podem vir de diversas formas, e
podemos ressaltar: coleta sele�va, coleta informal (pessoas �sicas, como catadores,
carroceiros, etc.), acidentes de manuseio em decorrência de operações de
transporte (des�nação, transbordo, redes�nação, etc.), final de estação ou
modernização de modelos, fim da vida ú�l em função de obsolescência, fadiga,
performance, etc.
Veja a seguir o exemplo do processo na logís�ca reversa de pós-consumo de
produtos de reúso, reciclagem e desmanche.
Figura 1.10 - Processo reverso de pós-venda
Fonte: Leite (2003, p. 26).
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Os materiais podem ser descartados de diversas formas. Na primeira ocorre de
forma correta, pela coleta sele�va, separação do lixo/materiais e cada produto
segue a sua des�nação correta. O descarte pode ainda ocorrer por meio de lixões,
aterros sanitários e incineração. O ideal seria que somente os materiais que não
podem ser reciclados fossem para esse des�no, e os materiais químicos fossem
tratados antes dos descartes.
Os produtos reciclados passam por transformações para serem reu�lizados. É
possível reaproveitar muitos materiais, como plás�co, vidro, papel, alumínio, entre
outros.
Muitos produtos podem ser recondicionados por meio de restauração ou
recuperação desses produtos e assim voltar ao mercado. Um exemplo bastante
u�lizado atualmente justamente devido à preocupação ecológica, são as autopeças
remanufaturadas.
Existem produtos que podem ser revendidos como matéria-prima para produção de
outros materiais; ou produtos levemente danificados ou com pequenas avarias
podem ser empacotados e revendidos para outlets ou locais que vendem produtos
com desconto.
Figura 1.11 - Processo de logís�ca reversa no pós-consumo
Fonte: Adaptada de Santos (2012).
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Um outro processo de logís�ca reversa, também conhecido como logís�ca inversa
ou ainda logís�ca pós-venda, é bastante u�lizado em e-commerce para devolver
produtos que foram solicitados troca ou devolução. O consumidor é assegurado
por lei quanto ao seu direito de troca ou devolução quando compra algo pela
internet e deseja realizar esses procedimentos. Porém, mesmo sendo um processo
bastante u�lizado, muitos desconhecem que esse processo faz parte da logís�ca
reversa.
Gonçalves (2000) ressalta que na gestão de processos um fator essencial é a
coordenação das a�vidades executadas na organização, em específico as a�vidades
que são realizadas por várias áreas e por várias equipes de trabalho para completar
o processo.
Costumeiramente, ocorre uma relação direta entre o custo e o tempo do ciclo do
processo, sendo que, quando ocorre um retorno por meio de um processo
adequado, automa�camente esse processo é mais rápido e eficiente. O primeiro
passo para esse caminho ser correto é a emissão da autorização de devolução de
material.
A gestão de retorno de matérias/produtos vai além que decidir o que fazer com
eles, pois abrange ainda a aquisição de informações que possibilitam entender os
mo�vos do retorno desses materiais.
Em muitos casos o processo de logís�ca reversa ocorre devido a uma compra que o
cliente fez e não gostou, ou o produto estava danificado. Com essas informações é
possível atuar na causa da insa�sfação dos clientes, permi�ndo dessa forma a
reduzir os retornos futuros. Contribui ainda para que os processos de logís�ca
direta tornem-se rápidos e eficientes, aumentando a credibilidade com os clientes.
Estas informações podem ajudar na fabricação, na embalagem e nas prá�cas de
marke�ng (promoções feitasdos produtos retornados, vindas de determinados
mercados e também melhoria do produto/serviço).
Segundo Valle e Souza (2014), as entradas são divididas em duas categorias:
entradas para serem processadas, como energia, materiais, informação e cliente; e
entradas que proporcionam transformação, como máquinas e outros
equipamentos, instalações, repositórios de informação, sistemas de computação e
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os colaboradores, que só́ integram de fato valor se atuarem como trabalho
qualificado e organizado, fornecendo energia e conhecimento mobilizável.
A empresa manipula os recursos primários que entraram, convertendo suas
propriedades �sico-químicas, esté�cas (transformação de ferro e outros materiais
em aço) ou biológicas, alterando a posse de um recurso (transferência de materiais
e informações de uma pessoa para outra) ou ainda mudando sua localização
(transporte de materiais de um local para outro).
Ou seja, essas entradas tanto podem ser de produtos/materiais que podem ser
reciclados e reu�lizados (como plás�cos, embalagens, papelão, vasilha de bebidas),
como podem ser produtos em perfeito estado que o cliente não gostou e devolve
ao fornecedor, que por sua vez pode revendê-lo. Há casos ainda que os produtos
podem ser recondicionados, como o aço que pode ser derre�do e usado
novamente, ou um produto novo com uma peça danificada, que poderá ser
consertado.
Podemos classificar quatro �pos de recursos transformados como saídas: que irão
compor a responsabilidade social da empresa; recursos com valor público agregado
(impostos, empregos, bene�cios à vizinhança etc.); recursos sem valor imediato
(gases emi�dos, resíduos sólidos e efluentes lançados nos rios e lagoas), ou seja,
saídas indesejadas, que podem ser reaproveitadas, dispostas ou tratadas;
informações inseridas no sistema organizacional, proporcionando melhorias e
indicações quanto ao seu desempenho.
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O processo produ�vo vai além dos limites dos itens produzidos no sistema de
Logís�ca Reversa. Existe um diagrama de processamento do fluxo de retorno
predefinido, em que ocorre a transformação em produtos secundários, materiais ou
componentes dos materiais (descartados). Ressalta-se ainda que o processo de
produção surge anexado à rede de distribuição.
Pela ó�ca da logís�ca, a vida de um produto não encerra na sua entrega ao cliente,
visto que os produtos se danificam, tornam-se obsoletos ou deterioram-se e
acabam voltando para os pontos de origem para conserto ou descarte.
praticarVamos Praticar
Figura 1.12 – Modelo de visão de processo
Fonte: Valle e Barbará (2009 apud VALLE; SOUZA, 2014, p. 36).
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Matheus realizou a compra de um tênis por uma loja virtual. Ao receber o produto, ficou
decepcionado, pois o produto na verdade se tratava de uma falsificação e não o tênis
original que havia comprado. Matheus logo em seguida entrou em contato com o
vendedor para comunicar que não queria o produto.
Diante do exposto, analise as afirma�vas a seguir e assinale qual é o processo logís�co
reverso nessa situação apresentada.
a) Reciclar.
b) Descartar.
c) Revender.
d) Recondicionar.
e) Retornar ao fornecedor.
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A inserção da Logís�ca Reversa nas estratégias corpora�vas busca, além de uma
maior eficiência logís�ca, envolver os vários setores para produção e disseminação
Logística Reversa comoLogística Reversa como
Desa�o EstratégicoDesa�o Estratégico
Figura 1.13: transporte como estratégia
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de novos valores organizacionais solicitados pela sociedade para sa�sfazer aos seus
desejos com relação às empresas.
Para Guarnieri (2011), a logís�ca reversa é reconhecida fortemente como uma das
mais importantes vantagens compe��vas para as organizações atualmente. Curtos
ciclos de vida dos produtos, grande concorrência por mercados, taxas de retornos
expressivas em alguns segmentos do mercado, pressões legais e conscien�zação
ecológica pela disseminação do conceito de desenvolvimento sustentável são
exemplos de pontos que mostram a necessidade do desenvolvimento do processo
da logís�ca reversa nos sistemas logís�cos.
Para Campos e Goulart (2017), as organizações visam lucros – com exceção das
empresas sem fins lucra�vos – mas, além disso, as empresas dentro de seu
universo de atuação passaram a contribuir para a melhoria ambiental e social. Esse
comportamento empresarial eleva a compe��vidade entre as empresas, sendo mais
disseminada, fazendo com que as partes interessadas (como clientes, funcionários,
acionistas, comunidade, fornecedores e governo) fiquem mais sa�sfeitas.
Roberson e Copacino (1994) ressaltam que na logís�ca reversa é possível gerar
valor estratégico em que coopera para que haja um equilíbrio dinâmico da
estratégia corpora�va, visto que é qualificada para vincular funções-chave da
empresa e, dessa maneira, fomentar a aproximação entre a visão geral da atuação
organizacional e as par�cularidades que cons�tuem a empresa. Localizar,
implementar e conservar competências e capacidades, e buscar diferenciais que
sustentem a transferência de valores entre o ambiente organizacional e a empresa
é fundamental para uma boa estratégia da empresa. Assim sendo, por meio da
Logís�ca Reversa é possível obter o equilíbrio dinâmico da estratégia corpora�va,
firmando as relações entre a empresa e o ambiente externo.
Conforme Leite (2006), as empresas são capazes de conseguir vantagens
compe��vas com:
1. Canais de distribuição reverso: o uso de canais de distribuição reversos
nas organizações através do retorno que surge do mercado de materiais,
em que se pode desenvolver embalagens, produtos e informações.
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2. Logís�ca reversa em imagem: quando a empresa demonstra preocupação
com o impacto no ecossistema, devido à destruição dos recursos
ambientais e aos danos que podem causar à saúde animal e vegetal, gera-
se uma boa imagem da empresa.
3. Custos operacionais: os custos operacionais são reduzidos com a
reu�lização de materiais.
4. Meio ambiente: ao demonstrar preocupação com o meio ambiente,
devido à destruição dos recursos naturais, conquista-se o crescente
público que tem essas preocupações.
5. Lucro e lucra�vidade: por meio da logís�ca reversa, com redução de
custos operacionais e boa imagem da empresa, os ganhos podem se
tornar maiores, gerando maiores lucro e lucra�vidade para a organização.
Brito e Bernardi (2010) ressaltam a responsabilidade socioambiental pelo ângulo
estratégico do gerenciamento dos recursos naturais e da competência de se
relacionar com os stakeholders, o que promovem uma vantagem compe��va para a
organização. Os assuntos de ordem socioambiental passam por constantes
evoluções, e nesse sen�do a empresa precisa sempre atentar-se juntamente com
seus parceiros da cadeia de suprimentos sobre as novas diretrizes inseridas nos
vínculos de sustentabilidade.
Além da cadeia de suprimentos sustentável, outra forma de obter vantagens
compe��vas é na cadeia de suprimentos verde. As prioridades estratégicas da
empresa alinham-se com o gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos na
busca por compe��vidade e na necessidade de legi�mação, em que a vantagem
compe��va não acontece por meio do desempenho ambiental e econômico, mas
sim na manifestação deles. A manutenção do desempenho não pode ser
classificada como vantagem compe��va enquanto houver restrição de recursos e
capacidades.
As empresas, por meio da Lei nº 6.938, de 1981 (que estabeleceprincípios,
obje�vos e instrumentos para a implementação da Polí�ca Nacional do Meio
Ambiente - PNMA), e a Lei nº 12.305/10 (que ins�tui a Polí�ca Nacional de
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Resíduos Sólidos - PNRS), u�lizam os instrumentos con�dos nas referidas leis como
estratégias de avanço nas questões de logís�ca reversa.
Segundo Porter (2006), é preciso dis�nguir o produto ou serviço desenvolvendo
algo único no mercado para ser considerada uma estratégia de diferenciação. Essa
prá�ca pode ocorrer por meio de tecnologia, imagem da marca, fornecedores e
serviços específicos. Ocorre um posicionamento posi�vo com os concorrentes e
consumidores quando realiza-se a diferenciação.
As indústrias, fábricas e empresas em geral buscam constantemente reduzir custos
de produção, para assim conseguirem oferecer preços melhores e obter vantagens
compe��vas frente aos concorrentes.
Outro ponto importante é a imagem coorpora�va da empresa, que se refere à
assimilação, ou seja, mentalização que os clientes possuem da empresa com base
em seu comportamento ou caracterís�ca.
Pensando nesses quesitos, os ganhos compe��vos das empresas que realizam a
logís�ca reversa são enormes, pois por meio dela é possível reduzir custos de
produção, com a reu�lização de materiais e quando é u�lizada pelo mesmo canal
que a logís�ca direta consegue reduzir custos de transporte desses materiais, do
local de origem até a fábrica. Consegue, ainda, agregar valor à imagem da empresa,
ao demonstrar preocupação com as questões ecológicas e de meio ambiente, e
assim, as empresas podem obter maiores lucros e lucra�vidade.
Trazendo esse pensamento para a logís�ca reversa, é possível notar que muitas
empresas vêm se destacando no mercado pela diferenciação no que tange a
logís�ca reversa, como mostra a Figura 1.14.
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Para Campos e Goulart (2017), diante dos cenários compe��vos que se
concentram, as empresas consequentemente influenciam os cenários sociais
baseadas na assimilação do ambiente interno e externo.
As empresas que possuem maior controle nos seus processos conseguem visualizar
o impacto nas vendas diante dos consumidores em decorrência da responsabilidade
social corpora�va (RSC), ou então a falta dela.
Campos e Goulart (2017) evidenciam que os bene�cios da logís�ca reversa vão
além da ideia central, que é a redução de custos. Além disso, por meio de diversos
indicadores, pode-se medir o desempenho da organização através de cinco áreas:
Marke�ng e vendas, financeiro, operações, desenvolvimento e inovação, e recursos
humanos (Capital intelectual).
Valle e Souza (2014) indicam que a LR no contexto da estratégia pode ser analisada
como: competência-chave, observando a moderna cadeia de suprimento; meio de
agregação de valor aos clientes e vantagem compe��va aos shareholders e
stakeholders; equilíbrio dinâmico entre as especificidades dos processos e a visão
global da ação organizacional; ciclo con�nuado da logís�ca; e como subsídio de
garan�as de compe��vidade e sustentabilidade.
Figura 1.14 - As 50 empresas do bem, divididas por categoria de projetos
Fonte: As 50… (2011, on-line).
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A logís�ca reversa opera de forma posi�va cumprindo a legislação, nas polí�cas de
responsabilidade social, na manutenção e inves�mento no capital humano e
intelectual, complementando a sustentabilidade social, ambiental e econômica.
Dornier et al. (2000) evidenciam que a Logís�ca Reversa surja integrada à
estratégia de logís�ca, que inclui o fluxo reverso em um ciclo con�nuo.
O ciclo pode ser compar�lhado com empresas parceiras ou pode ser realizado por
uma única empresa. Desse modo, ela pode auxiliar no desenvolvimento de
estratégias de parcerias ou ser um diferencial criado internamente.
Com tudo isso, a LR pode ser visualizada como um meio de criação de valor para a
organização, ocasionando resultados sa�sfatórios em vias estratégicas.
praticarV P ti
Figura 1.15 - Amplitude da estratégia de logís�ca
Fonte: Dornier et al. (2000, p. 40).
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praticarVamos Praticar
A globalização ocasionou mudanças radicais no modo de interação entre as empresas e o
mercado. A questão ambiental passa a ter, consequentemente, importância fundamental
nos processos de produção, comercialização e consumo, mudando substancialmente as
vantagens compe��vas de vários segmentos econômicos em todos os países.
HERRERA, V. E. et al. A logís�ca reversa como fonte de vantagem compe��va no
segmento de máquinas e equipamentos agrícolas: estudo de caso da empresa x. In:
SIMPEP, 13., 2006, Bauru. Anais... Bauru: UNESP, 2006. Disponível em:
<h�p://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/ar�gos/985.pdf>. Acesso em: 8 jun.
2019.
A logís�ca reversa é grandemente conhecida como uma das mais relevantes vantagens
compe��vas para as empresas atualmente. Sendo assim, analise as afirma�vas abaixo e o
índice que é apontado como uma necessidade de desenvolvimento do processo da
logís�ca reversa.
a) ciclos de vida dos produtos cada vez maiores.
b) Pouca concorrência por mercados.
c) Pouca taxa de retorno em alguns segmentos do mercado.
d) Pressão legal.
e) Ignorância ecológica.
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Valle e Souza (2014), por meio dos conceitos de cadeia de valor, criaram, em
conjunto, uma macrovisão dos processos de logís�ca reversa. O principal ponto da
A Cadeia de Valor daA Cadeia de Valor da
Logística ReversaLogística Reversa
Figura 1.16 - Cadeia de valor
Fonte: Anton Balazh / 123RF.
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macrovisão é assimilar como uma empresa operacionaliza seus obje�vos
estratégicos voltados para a logís�ca reversa por meio de suas a�vidades e ações.
Os autores destacam, ainda, que o modelo gerado de cadeia de valor (Figura 1.17)
servirá de parâmetro para as empresas de acordo com as suas par�cularidades e
realidade, demonstrando os processos da logís�ca reversas nas organizações.
Cada organização possui uma cadeia de valor da LR própria, mas se aproxima da
apresentada na figura acima.
Da Macrovisão para a Visão da Operacional:
As Camadas de Mapeamento
A modelagem da cadeia de valor é feita em camadas (ou níveis), iniciando do nível
mais alto e alinhando-se com a ação estratégica e operacional da empresa. Dessa
forma, são dis�nguidos os processos que propiciam produzir, de maneira
encadeada, valor para o cliente final.
Figura 1.17 - A cadeia de valor da logís�ca reversa: um modelo de referência
Fonte: Valle e Souza (2014, p. 58).
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A par�r do raciocínio, ocorre a especificação de camadas de detalhamento (Figura
1.18): começa pelo todo para alcançar o específico. Para Valle e Souza (2014), é um
movimento que enfa�za a visão do todo a par�r da primeira camada, mas sem
expor quem realiza o processo ou o que se realiza. De forma gradual e controlada
ocorre o detalhamento das camadas seguintes. Todas as camadas possuem seu
próprio diagrama e símbolos determinados na convenção. A quan�dade de
camadas é de acordo com a complexidade do processo.
O mapeamento em camadas torna possível uma dupla verificação: a primeira
ocorre no decorrer do próprio mapeamento, pois cada camada ra�fica ou refuta a
camada anterior; a segunda acontece ao final do mapeamento, quando uma leitura
bo�om-up (de baixo para cima) ra�fica ou promove mudanças na cadeia de valor
(VALLE; SOUZA, 2014).
É opcionalter um segundo nível de detalhamento para a cadeia de valor, visto que
a ação do segundo nível segue a especificação e raciocínio do nível, com foco na
verificação de um dos processos que engloba a cadeia de valor.
Figura 1.18 - Camadas de mapeamento 
Fonte: Valle e Souza (2014, p. 60).
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reflita
Re�ita
Na Europa, em alguns países como a Alemanha, e também no
Japão é comum produtos eletrônicos que estão em desuso serem
colocados nas calçadas para serem recolhidos por empresas
responsáveis; no entanto, no Brasil essa prá�ca não funciona,
pois, as empresas que fabricam não se responsabilizam pela
recolha desses materiais eletrônicos. Outro diferencial desses
países citados é que a fiscalização e proibição é maior que no
Brasil.
Fonte: VOCÊ sabe o que é logís�ca verde?. Pensamento Verde,
15 fev. 2014. Disponível em:
<h�ps://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/voce-
sabe-o-que-e-logis�ca-verde/>. Acesso em: 8 jun. 2019.
https://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/voce-sabe-o-que-e-logistica-verde/
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saiba mais
Saiba mais
MARINGÁ É DESTAQUE EM LOGÍSTICA
REVERSA NO PARANÁ
Maringá é um dos principais polos de logís�ca
reversa no país. Essa prá�ca se tornou possível
graças a uma parceria que ocorreu no Paraná
entre o município, coopera�vas de catadores,
Ins�tuto de Logís�ca Reversa – ILOG e governo
estadual. Em 2016, a cidade obteve uma
pioneira Central de Valorização de Materiais
Recicláveis (CVMR – Maringá), consequência de
um inves�mento de mais de R$ 3 milhões. O
poder público cedeu um local para a
implantação da CVMR. Já o ILOG, além de
amparar na administração do espaço, forneceu
toda a infraestrutura para separação,
processamento e logís�ca, e conseguiu a mão de
obra (Catadores/Cooperados). “A central ajuda
várias ins�tuições da cidade a exercer e
desenvolver prá�cas em cumprimento das
polí�cas de sustentabilidade e garan�ndo a
reintegração de materiais reu�lizáveis como
vidro, papel, e garrafas pet ao seu processo
produ�vo original”.
Leia a no�cia completa em:
MARINGÁ é destaque em Logís�ca Reversa no
Paraná. ILOG, 23 fev. 2018.
ACESSAR
http://ilogpr.com.br/maringa-e-destaque-em-logistica-reversa-no-parana/
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praticarVamos Praticar
O principal fator da macrovisão é compreender como uma empresa faz a
operacionalização dos obje�vos estratégicos direcionados para a logís�ca reversa através
de suas a�vidades e ações. O modelo gerado de cadeia de valor é usado de parâmetro
para as empresas de acordo com suas especificidades e realidade, demonstrando os
processos da logís�ca reversa nas organizações.
Nesse contexto, analise as afirma�vas e indique como é feita a modelagem de cadeia.
a) Camadas.
b) Diagrama.
c) Manejo.
d) Coleta.
e) alterna�va E.
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indicações
Material
Complementar
L IVRO
Logística Verde
Vitório Donato
Editora: Ciência Moderna. 1ª edição (2008).
ISBN: 857393705X
Comentário: O livro aborda de forma bastante ampla o
conceito de logís�ca verde, tratando o desenvolvimento
sustentável a nível de estados e país, além de impactos
ambientais, ciclos de reciclagem, entre outros.
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FILME
O menino que descobriu o vento
Ano: 2019
Comentário: O filme é baseado em fatos reais e mostra a
realidade de um jovem de Malaui, na África, no ano de
2001. Cansado de ver o sofrimento de seu povo e por ser
muito estudioso, busca nos livros a solução para a seca.
Com ferro-velho de um lixão construiu um protó�po de
uma turbina de vento para carregar um gerador. A par�r daí
precisa de materiais maiores para construir o moinho de
vento para carregar uma bomba para puxar água de um
poço.
Atente-se à realidade dessa tribo vivendo em meados de
2000 e a realidade do Brasil nesse período.
Para saber mais sobre o filme, assista ao trailer.
TRAILER
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FILME
Mission Blue
Ano: 2014
Comentário: Neste filme, a bióloga marinha Sylvia Earle
realiza uma série de denúncias sobre as condições que
estão os oceanos e sobre o impacto das ações do homem.
Para saber mais sobre o filme, assista ao trailer.
TRAILER
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conclusão
Conclusão
Aprendemos, no decorrer desse estudo, que a logís�ca tradicional leva produtos
aos clientes, fornecedores, entre outros, e que a logís�ca reversa completa o ciclo,
deslocando os materiais de volta.
Destacamos que, quando as empresas compreendem o funcionamento da cadeia
de suprimentos, elas reduzem custos, agregando valor e aumentando a
lucra�vidade.
Conforme observado, o processo de logís�ca reversa fornece materiais
reaproveitados que voltam ao processo tradicional de acordo com a natureza do
material, razão pela qual este integra o sistema.
Por fim, as empresas, na busca de um diferencial compe��vo no seu universo de
atuação, buscam melhorias ambientais e sociais, movendo-se de modo posi�vo e
cumprindo a legislação.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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