Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/45 LOGÍSTICA REVERSALOGÍSTICA REVERSA Esp. Berenice Milani IN IC IAR 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/45 introdução Introdução Caro aluno, cada dia mais a sociedade u�liza produtos que passam por processos de transformação. A cada dia mais as vidas úteis dos produtos estão menores, e quando os produtos cumprem o obje�vo proposto, chegando ao fim da vida ú�l, são descartados. As cidades estão com uma intensa produção de lixo, gerando problemas pela geração de resíduos sólidos. A logís�ca reversa, nesse contexto, ganha cada dia mais importância perante a sociedade. Antes de pensarmos no processo da logís�ca reversa, é preciso iden�ficar que a logís�ca possui processos diretos e reversos. As empresas têm processos logís�cos direto e reverso de forma consolidada e forma�zada. Como a logís�ca não existe de modo isolado, é preciso analisar os diversos aspectos estratégicos e operacionais da logís�ca. Nesta unidade faremos uma abordagem das definições da Logís�ca Reversa e dos conceitos abordados, juntamente com a cadeia de suprimentos e fluxo dos materiais. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/45 A logís�ca empresarial direta age em concordância com o modelo de gerenciamento da cadeia de suprimentos, em que a base do estudo gira O que é Logística ReversaO que é Logística Reversa Figura 1.1 - Cadeia de suprimentos Fonte: Cienpies Design / 123RF. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/45 essencialmente na análise de fluxo de caixa. A cadeia de suprimentos (supply chain) possui sua gestão embasada na logís�ca em que estrutura o planejamento e orienta a busca por único plano de fluxo de produto e informações no decorrer de um negócio. Para Valle e Souza (2014), a logís�ca empresarial direta para alcançar o seu propósito u�liza técnicas e filosofias empresariais, que obje�vam aumentar a velocidade de resposta e de serviço aos clientes, por intermédio da redução dos custos totais de operação e do fluxo logís�co, por exemplo, Just in �me (na hora certa), qualidade total e tecnologia da informação em logís�ca. A logís�ca empresarial demonstra que o grau de organização dos fluxos logís�co interno e externo nas ins�tuições estão associados ao capital distribuído nas operações de transportes internos e externos; nos processos e recursos relacionados aos procedimentos, ao armazenamento e à estocagem dos produtos; nos sistemas de informações na cadeia de suprimentos como um todo; na inspeção dos estoques externos e internos; e nos recursos humanos inseridos, entre outras questões. Na visão de Kopicki et al. (1993), a logís�ca reversa busca realizar o gerenciamento do processo reverso à logís�ca direta, pensando no fluxo dos produtos de seu local de consumo até o local de origem, reu�lização ou descarte final. Dessa forma, analisa e gerencia os produtos que ou foram usados, ou estão com pouco uso ou ainda que não foram usados, agregando-os ao ciclo dos negócios através de procedimentos de reciclagem e des�nação aos mercados secundários, entre outros. A logís�ca empresarial reversa é o âmbito da logís�ca empresarial que atua no sen�do contrário, assegurando o retorno de materiais, produtos e peças a um procedimento novo de produção ou a um novo uso. Os conceitos de logís�ca reversa se ampliaram ao longo do tempo, como apontado por Leite (2000), que diz que a logís�ca empresarial possui uma nova área que atenta-se a equilibrar a pluralidade dos fatores logís�cos de retorno ao ciclo produ�vo das diversas categorias de bens industriais, dos materiais componentes e dos resíduos industriais, através da reu�lização controlada do bem e de seus 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/45 componentes, ou ainda com a reciclagem dos materiais componentes, possibilitando originar matérias-primas secundárias reintegradas ao processo produ�vo Conforme Magera (2013, p. 119) “o fluxograma do processo de logís�ca direta e reversa mostra os caminhos dos principais canais e como qual se liga aos seus principais segmentos.” Os autores Stock (1998), Rogers e Tibben-Lembke (1998), Leite (2003), Kopicki et al. (1993) e De Brito (2004) par�lham do mesmo entendimento sobre a logís�ca reversa, de que o nível de estruturação de um canal reverso decorre em função das prá�cas e da existência organizacional, abrangendo os processos nas várias fases de retorno dos materiais/produtos, as informações e o relacionamento entre empresas na cadeia reversa, e a quan�dade de recursos inseridos por essas empresas e designados para as operações de retorno dos produtos. As percepções desses diversos autores foram reunidas, alinhando como é organizado um canal reverso nas organizações dos diversos setores, conforme os vários �pos de produtos a serem retornados. Figura 1.2 - Fluxo do processo de logís�ca direta e reversa Fonte: Magera (2013, p. 119). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/45 Daher et al. (2003) enfa�za que em um contexto maior, a Logís�ca Reversa compõe-se de tarefa de coleta, manipulação e processamento de produtos, e produtos e peças usados com o propósito de garan�r uma recuperação sustentável, isto é, todas as operações logís�cas voltadas para a reu�lização de produtos e materiais. A logís�ca reversa pode ser classificada em dois �pos: logís�ca reversa de pós- venda e logís�ca reversa de pós-consumo. As diferenças entre os bens de pós-consumo e de pós-venda, de acordo com Leite (2003), são: Pós-consumo: o produto ou matéria encerra a sua vida ú�l, sendo que em algumas vezes retornam ao ciclo produ�vo e, em outras, esse processo pode não ocorrer, pois muitas vezes a fábrica que produziu poderá reaproveitar um mesmo ou outro produto, que correm por canais desmanche, reúso e reciclagem até a des�nação final. Exemplos: desmanche de automóveis e computadores, coleta de lixo, etc. Pós-venda: são produtos com pouco ou sem uso, devoluções por falhas ou defeitos de fabricação, qualidade, prazo de validade expirado, avarias no produto ou embalagem, erro de processamento de pedidos, problemas de estoque, polí�cas de marke�ng, avarias no transporte (transbordo, redes�nação, baldeação, etc.), garan�as, entre outros mo�vos, como furto, roubo, sinistro, extravio. Esses produtos muitas vezes sujeitam-se a reformas ou consertos, sendo realizadas promoções, liquidações e ponta de estoque com esses produtos. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/45 Shibao et. al (2010) sinte�zam as tarefas da logís�ca reversa em cinco funções: planejar, implantar e controlar o fluxo de materiais e de informações do local de consumo ao local de origem; esforço para uma melhor u�lização de recursos, seja minimizando o consumo de energia, ou reduzindo a quan�a de materiais empregues, quer reu�lizando, reaproveitando ou reciclando resíduos; deslocação de produtos na cadeia produ�va do consumidor para o produtor; recuperação de valor e segurança no envio após u�lização. Guarnieri (2011, p. 47) ressalta que “a logís�ca reversa operacionaliza o retorno dos resíduos após sua geração e sua revalorização e reinserção econômica”. O intuito principal da logís�ca reversa é recuperar valor obedecendo a Polí�ca Nacional de Resíduos Sólidos e Serviço ao Cliente na Logís�ca Reversa Pós-venda, além de reduzir desperdícios de insumos e a poluição do meio ambiente através da reciclagem e reu�lização de produtos. Se pensarmos em locais como indústrias, supermercados, lojas, entre outros, que fazem o descarte de grandes volumes de material que podem ser reciclados – como plás�co, papelão, papel, pallets de madeira,entre outros resíduos industriais com uma capacidade grande de serem reciclados e reu�lizados – a ideia de reaproveitamento de materiais viria ao encontro com essa demanda, e com isso a redução de embalagens retornáveis seria enorme, trazendo ganhos e servindo de es�mulo para as inicia�vas e esforços da Figura 1.3 - Áreas da logís�ca reversa Fonte: Adaptada de Leite (2003). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/45 implantação de uma eficiente recuperação de produtos por meio da logís�ca reversa. O processo logís�co reverso emprega as mesmas prá�cas do processo logís�co direto. No entanto, ela começa suas a�vidades após o término da logís�ca direta, na entrega do produto ao consumidor final, que, por sua vez, gera os resíduos de pós-consumo e pós-venda, que são reinseridos no processo de fabricação, produ�vo e/ou de negócios por meio da logís�ca reversa, concluindo o ciclo logís�co total. Lacerda (2002) entende que a logís�ca reversa é um processo complementar à logís�ca tradicional, ao mesmo tempo que a úl�ma possui o papel de transportar produtos dos fornecedores para os clientes intermediários ou finais. A logís�ca reversa completa o ciclo, deslocando de volta os produtos que foram usados nos mais diferentes locais de consumo até a sua origem, sendo que nela é normal que a empresa muitas vezes precise recolher o produto ou o equipamento como um todo, até mesmo os componentes que não terão mais u�lização, por exemplo: baterias e pilha, dos quais são u�lizadas somente partes dos invólucros, mas que precisam ser recolhidas por completo devido às partes químicas. Ou ainda, como exemplo, as metalúrgicas que re�ram as partes metálicas dos veículos impróprios para uso. Para Campos e Goulart (2017), a PNRS (Polí�ca Nacional de Resíduos Sólidos) na logís�ca reversa é uma ferramenta para o emprego da responsabilidade distribuída pelo ciclo de vida do produto, sendo vista como um obje�vo de desenvolvimento social e econômico. A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, é o principal instrumento da PNRS, apresentando a responsabilidade compar�lhada pela logís�ca reversa e o ciclo de vida dos produtos. A PNRS estabelece o ciclo de vida do produto como uma sequência de fases que abrange o desenvolvimento do produto, começando pela aquisição da matérias- primas e insumos para a indústria, a produção, o consumo e ainda o descarte. A logís�ca reversa é um campo da logís�ca empresarial que realiza o planejamento, o controle e a operação do fluxo, assim como também as informações logís�cas 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/45 oriundas do regresso dos bens de pós-consumo e pós-venda ao ciclo produ�vo ou ciclo de negócios, por intermédio dos canais de distribuição reverso, inserindo valor de natureza variada, como: logís�co, econômico, legal, ecológico, de imagem corpora�va, entre outros. A logís�ca reversa, através dos diversos sistemas operacionais em cada grupo de fluxos reversos, planeja que o retorno dos materiais ou bens integrantes do ciclo de negócio ou ciclo produ�vo seja viável ou possível depois de seus descartes como produtos de pós-consumo ou de pós-venda. Assim, a logís�ca reversa trata mais do que dos canais reversos de distribuição u�lizados no retorno dos produtos do consumidor ao fabricante, seja para reparo, subs�tuição ou remanufatura, ocupando-se também do planejamento e das a�vidades ligadas à redução, ao gerenciamento e à disposição de resíduos (RIBEIROS; CAMARGOS, 2008). Para Valle e Souza (2014) o fluxo de materiais e produtos, em um primeiro instante, percorre os denominados canais de distribuição diretos, que abrangem o percurso que começa com a entrada das matérias-primas virgens até o consumidor final. Esse fluxo direto pode acontecer de várias formas, podendo transitar por Figura 1.4 - Antropia da logís�ca direta e reversa Fonte: Valle e Souza (2014, p. 20). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/45 fabricantes, atacadistas, varejistas e, ainda, pelo consumo final. O fluxo direto da logís�ca é a preocupação principal da logís�ca empresarial e do marke�ng. O processo convencional da cadeia de suprimentos normalmente considera um conjunto de processos que transferem os produtos dos fornecedores conduzidos pela demanda do cliente por meio de fabricantes e distribuidores para os clientes finais. Porém, esse não é o término do valor do produto quando incluímos processos novos que são integrantes da logís�ca reversa e diversos ciclos de processamento conectados por interfaces específicas do mercado. Para Valle e Souza (2014), muitos produtos ultrapassam a cadeia de suprimentos convencional, fomentando transações comerciais extras: vendas em mercados secundários de produtos usados são vendidos, reparo de objetos com avarias para atender como peças de reposição; produtos desatualizados passam por atualização para atender a novas normas; recuperação de estoques não vendidos; retornar e recarregar as embalagens reu�lizáveis; produtos usados são reciclados e transformados novamente em matérias-primas. Dessa forma, uma união de processos que comporta apenas o fluxo para frente de produtos em uma estrutura convencional da cadeia de suprimentos é isenta da responsabilidade pelo que ocorre com os produtos depois de chegarem ao cliente. Figura 1.5 - Cadeia de suprimentos integrada Fonte: Elaborada pela autora. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/45 Para amparar as falhas, é preciso expandir o horizonte do fluxo do produto, comportando um grupo novo de processos que expande a responsabilidade da cadeia de suprimentos, de modo a retornar produtos começando do cliente. O proposito é deter o valor econômico, assim como valores ambientais dos objetos. Nessa óp�ca, nas empresas em que há uma cadeia de suprimentos estruturada, os procedimentos da logís�ca reversa acabam sendo envolvidos simultaneamente aos da logís�ca direta. Os aperfeiçoamentos de tecnologias, materiais e processos são esquema�zados para a cadeia como um todo, reduzindo os riscos dos inves�mentos em logís�ca reversa, uma vez que as parcerias e as ar�culações são desenvolvidas como um todo. praticarVamos Praticar A logís�ca reversa é o segmento da logís�ca empresarial que se preocupa com as questões logís�cas do retorno ao ciclo de negócios ou produ�vo de embalagens, bens de pós-venda e de pós-consumo, atribuindo-lhes valores de diversas naturezas: econômico, legal, logís�co, ecológico, de imagem corpora�va, entre outros. LIVA, P. B. G.; PONTELO, V. S. L.; OLIVEIRA, W. S. Logís�ca reversa. Web-Resol (on-line). Disponível em: <h�p://limpezapublica.com.br/textos/logis�ca_reversa_01.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2019. Nessa conjuntura, analise as afirma�vas e aponte o que for correto quanto ao conceito de logís�ca reversa. a) A logís�ca empresarial reversa é o domínio da logís�ca empresarial que atua em sen�do uniforme, enviando materiais, produtos e peças a um procedimento novo de produção ou a um novo uso. http://limpezapublica.com.br/textos/logistica_reversa_01.pdf 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/45 b) A logís�ca reversa, através dos diversos sistemas estratégicos, planeja o retorno dos materiais ou bens para não exis�r descartes de produtos de pós-consumo ou de pós-venda. c) O intuito principal da logís�ca direta é conter os desperdícios de insumos e a poluição sonora no meio ambiente por meio da reciclagem, e promover a reu�lização de produtos. d) O processo logís�co reverso emprega as mesmas prá�cas do processo logís�co direto. e) A logís�ca reversa começa suas a�vidades antes da logís�ca direta, ou seja, a entrega do produto ao consumidor final. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller13/45 As empresas demonstram cada dia mais preocupação com a�vidades ambientais corretas. Com isso, buscam controlar os processos das suas a�vidades a fim de Logística Reversa segundoLogística Reversa segundo a Visão de Processosa Visão de Processos 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/45 reduzir impactos no meio ambiente, atentando-se à legislação, ao desenvolvimento sustentável e às questões ambientais. Ao realizar o Gerenciamento da cadeia de suprimentos, busca-se atender à demanda de agregar valor e, concomitantemente, reduzir os custos e assegurar um aumento da lucra�vidade nas a�vidades da empresa. A logís�ca reversa, para Rogers e Tibben-Lembke (1999 apud LEITE, 2002) é entendida como o processo de planejar, controlar e implementar eficiência no custo da matéria-prima, material em processamento, informações e produtos acabados, começando pelo consumo até a origem, com a finalidade de recapturar valor e/ou realizar a adequação de sua des�nação. Muitas empresas não têm noção dos custos ligados ao setor de logís�ca reversa, mesmo que haja um crescente interesse e maior entendimento empresarial no tocante à logís�ca reversa. De acordo com Valle e Souza (2014), a falta de conhecimento gera processos mal definidos e falta de suporte do sistema. Em decorrência do retorno ser variável, é preciso haver um nível alto de flexibilidade no gerenciamento de processos e sistemas quanto ao retorno de bens materiais. A logís�ca reversa pode ser complicada quando existe muita burocracia e os fluxos de processos são ruins, principalmente se levarmos em consideração que existem múl�plos agentes, como fornecedores, clientes, fabricantes, revendedores, receptores finais e recicladores que necessitam proceder como parceiros no desenvolvimento de processo de logís�ca reversa eficiente. As portas de entrada ao modelo reverso são os Canais de distribuição, pelos quais se pode reconhecer os canais reversos de pós-venda, pós-consumo e outros, como os canais de resíduos industriais, que compreendem tarefas internas das empresas que realizam reaproveitamento de materiais, redução de contaminação nos processos produ�vos e recuperação de valor. Esses canais são criados para atender às necessidades par�culares das empresas, sendo preciso verificar os resultados das a�vidades internas desenvolvidas, ou seja, o início do processo reverso. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/45 De acordo com os caminhos de retorno dos bens e materiais, vários des�nos podem ser seguidos. É imprescindível que os retornos dos produtos sejam realizados pelo fluxo correto do começo ao fim do processo para que não surjam gastos adicionais com ações corre�vas devido à ineficiência no processo. As organizações realizam as a�vidades do processo de acordo com os contratos que são firmados. Assim sendo, normalmente pagam pela re�rada dos bens, redistribuição dos materiais antes da reciclagem ou eliminação e pela triagem. As empresas precisam redefinir os processos internos da logís�ca para estruturar a logís�ca reversa e assim gerenciar a entrada dos materiais, realizar a classificação, análise dos objetos. Após isso, ocorre o processo externo, sendo preciso ocorrer a definição dos itens a serem manipulados, direitos e deveres. O processo de logís�ca reversa fornece materiais reaproveitados que voltam ao processo tradicional de acordo com a natureza do material e razão pela qual este integra o sistema. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/45 A modelagem dos processos é realizada para a gestão geral e do co�diano da empresa; assim sendo, é modelada a situação efe�va dos processos da empresa. A seguir, é exibido o macroprocesso da logís�ca reversa, com os rela�vos processos e a�vidades de uma empresa que realiza a reciclagem de aparelhos de telefones celulares. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/45 O processo de logís�ca reversa de pós-venda divide-se em três categorias: retorno de garan�a/qualidade, retorno comercial e subs�tuição de componentes. Os materiais na logís�ca reversa pós-consumo podem vir de diversas formas, e podemos ressaltar: coleta sele�va, coleta informal (pessoas �sicas, como catadores, carroceiros, etc.), acidentes de manuseio em decorrência de operações de transporte (des�nação, transbordo, redes�nação, etc.), final de estação ou modernização de modelos, fim da vida ú�l em função de obsolescência, fadiga, performance, etc. Veja a seguir o exemplo do processo na logís�ca reversa de pós-consumo de produtos de reúso, reciclagem e desmanche. Figura 1.10 - Processo reverso de pós-venda Fonte: Leite (2003, p. 26). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/45 Os materiais podem ser descartados de diversas formas. Na primeira ocorre de forma correta, pela coleta sele�va, separação do lixo/materiais e cada produto segue a sua des�nação correta. O descarte pode ainda ocorrer por meio de lixões, aterros sanitários e incineração. O ideal seria que somente os materiais que não podem ser reciclados fossem para esse des�no, e os materiais químicos fossem tratados antes dos descartes. Os produtos reciclados passam por transformações para serem reu�lizados. É possível reaproveitar muitos materiais, como plás�co, vidro, papel, alumínio, entre outros. Muitos produtos podem ser recondicionados por meio de restauração ou recuperação desses produtos e assim voltar ao mercado. Um exemplo bastante u�lizado atualmente justamente devido à preocupação ecológica, são as autopeças remanufaturadas. Existem produtos que podem ser revendidos como matéria-prima para produção de outros materiais; ou produtos levemente danificados ou com pequenas avarias podem ser empacotados e revendidos para outlets ou locais que vendem produtos com desconto. Figura 1.11 - Processo de logís�ca reversa no pós-consumo Fonte: Adaptada de Santos (2012). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/45 Um outro processo de logís�ca reversa, também conhecido como logís�ca inversa ou ainda logís�ca pós-venda, é bastante u�lizado em e-commerce para devolver produtos que foram solicitados troca ou devolução. O consumidor é assegurado por lei quanto ao seu direito de troca ou devolução quando compra algo pela internet e deseja realizar esses procedimentos. Porém, mesmo sendo um processo bastante u�lizado, muitos desconhecem que esse processo faz parte da logís�ca reversa. Gonçalves (2000) ressalta que na gestão de processos um fator essencial é a coordenação das a�vidades executadas na organização, em específico as a�vidades que são realizadas por várias áreas e por várias equipes de trabalho para completar o processo. Costumeiramente, ocorre uma relação direta entre o custo e o tempo do ciclo do processo, sendo que, quando ocorre um retorno por meio de um processo adequado, automa�camente esse processo é mais rápido e eficiente. O primeiro passo para esse caminho ser correto é a emissão da autorização de devolução de material. A gestão de retorno de matérias/produtos vai além que decidir o que fazer com eles, pois abrange ainda a aquisição de informações que possibilitam entender os mo�vos do retorno desses materiais. Em muitos casos o processo de logís�ca reversa ocorre devido a uma compra que o cliente fez e não gostou, ou o produto estava danificado. Com essas informações é possível atuar na causa da insa�sfação dos clientes, permi�ndo dessa forma a reduzir os retornos futuros. Contribui ainda para que os processos de logís�ca direta tornem-se rápidos e eficientes, aumentando a credibilidade com os clientes. Estas informações podem ajudar na fabricação, na embalagem e nas prá�cas de marke�ng (promoções feitasdos produtos retornados, vindas de determinados mercados e também melhoria do produto/serviço). Segundo Valle e Souza (2014), as entradas são divididas em duas categorias: entradas para serem processadas, como energia, materiais, informação e cliente; e entradas que proporcionam transformação, como máquinas e outros equipamentos, instalações, repositórios de informação, sistemas de computação e 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/45 os colaboradores, que só́ integram de fato valor se atuarem como trabalho qualificado e organizado, fornecendo energia e conhecimento mobilizável. A empresa manipula os recursos primários que entraram, convertendo suas propriedades �sico-químicas, esté�cas (transformação de ferro e outros materiais em aço) ou biológicas, alterando a posse de um recurso (transferência de materiais e informações de uma pessoa para outra) ou ainda mudando sua localização (transporte de materiais de um local para outro). Ou seja, essas entradas tanto podem ser de produtos/materiais que podem ser reciclados e reu�lizados (como plás�cos, embalagens, papelão, vasilha de bebidas), como podem ser produtos em perfeito estado que o cliente não gostou e devolve ao fornecedor, que por sua vez pode revendê-lo. Há casos ainda que os produtos podem ser recondicionados, como o aço que pode ser derre�do e usado novamente, ou um produto novo com uma peça danificada, que poderá ser consertado. Podemos classificar quatro �pos de recursos transformados como saídas: que irão compor a responsabilidade social da empresa; recursos com valor público agregado (impostos, empregos, bene�cios à vizinhança etc.); recursos sem valor imediato (gases emi�dos, resíduos sólidos e efluentes lançados nos rios e lagoas), ou seja, saídas indesejadas, que podem ser reaproveitadas, dispostas ou tratadas; informações inseridas no sistema organizacional, proporcionando melhorias e indicações quanto ao seu desempenho. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/45 O processo produ�vo vai além dos limites dos itens produzidos no sistema de Logís�ca Reversa. Existe um diagrama de processamento do fluxo de retorno predefinido, em que ocorre a transformação em produtos secundários, materiais ou componentes dos materiais (descartados). Ressalta-se ainda que o processo de produção surge anexado à rede de distribuição. Pela ó�ca da logís�ca, a vida de um produto não encerra na sua entrega ao cliente, visto que os produtos se danificam, tornam-se obsoletos ou deterioram-se e acabam voltando para os pontos de origem para conserto ou descarte. praticarVamos Praticar Figura 1.12 – Modelo de visão de processo Fonte: Valle e Barbará (2009 apud VALLE; SOUZA, 2014, p. 36). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/45 Matheus realizou a compra de um tênis por uma loja virtual. Ao receber o produto, ficou decepcionado, pois o produto na verdade se tratava de uma falsificação e não o tênis original que havia comprado. Matheus logo em seguida entrou em contato com o vendedor para comunicar que não queria o produto. Diante do exposto, analise as afirma�vas a seguir e assinale qual é o processo logís�co reverso nessa situação apresentada. a) Reciclar. b) Descartar. c) Revender. d) Recondicionar. e) Retornar ao fornecedor. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/45 A inserção da Logís�ca Reversa nas estratégias corpora�vas busca, além de uma maior eficiência logís�ca, envolver os vários setores para produção e disseminação Logística Reversa comoLogística Reversa como Desa�o EstratégicoDesa�o Estratégico Figura 1.13: transporte como estratégia 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/45 de novos valores organizacionais solicitados pela sociedade para sa�sfazer aos seus desejos com relação às empresas. Para Guarnieri (2011), a logís�ca reversa é reconhecida fortemente como uma das mais importantes vantagens compe��vas para as organizações atualmente. Curtos ciclos de vida dos produtos, grande concorrência por mercados, taxas de retornos expressivas em alguns segmentos do mercado, pressões legais e conscien�zação ecológica pela disseminação do conceito de desenvolvimento sustentável são exemplos de pontos que mostram a necessidade do desenvolvimento do processo da logís�ca reversa nos sistemas logís�cos. Para Campos e Goulart (2017), as organizações visam lucros – com exceção das empresas sem fins lucra�vos – mas, além disso, as empresas dentro de seu universo de atuação passaram a contribuir para a melhoria ambiental e social. Esse comportamento empresarial eleva a compe��vidade entre as empresas, sendo mais disseminada, fazendo com que as partes interessadas (como clientes, funcionários, acionistas, comunidade, fornecedores e governo) fiquem mais sa�sfeitas. Roberson e Copacino (1994) ressaltam que na logís�ca reversa é possível gerar valor estratégico em que coopera para que haja um equilíbrio dinâmico da estratégia corpora�va, visto que é qualificada para vincular funções-chave da empresa e, dessa maneira, fomentar a aproximação entre a visão geral da atuação organizacional e as par�cularidades que cons�tuem a empresa. Localizar, implementar e conservar competências e capacidades, e buscar diferenciais que sustentem a transferência de valores entre o ambiente organizacional e a empresa é fundamental para uma boa estratégia da empresa. Assim sendo, por meio da Logís�ca Reversa é possível obter o equilíbrio dinâmico da estratégia corpora�va, firmando as relações entre a empresa e o ambiente externo. Conforme Leite (2006), as empresas são capazes de conseguir vantagens compe��vas com: 1. Canais de distribuição reverso: o uso de canais de distribuição reversos nas organizações através do retorno que surge do mercado de materiais, em que se pode desenvolver embalagens, produtos e informações. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/45 2. Logís�ca reversa em imagem: quando a empresa demonstra preocupação com o impacto no ecossistema, devido à destruição dos recursos ambientais e aos danos que podem causar à saúde animal e vegetal, gera- se uma boa imagem da empresa. 3. Custos operacionais: os custos operacionais são reduzidos com a reu�lização de materiais. 4. Meio ambiente: ao demonstrar preocupação com o meio ambiente, devido à destruição dos recursos naturais, conquista-se o crescente público que tem essas preocupações. 5. Lucro e lucra�vidade: por meio da logís�ca reversa, com redução de custos operacionais e boa imagem da empresa, os ganhos podem se tornar maiores, gerando maiores lucro e lucra�vidade para a organização. Brito e Bernardi (2010) ressaltam a responsabilidade socioambiental pelo ângulo estratégico do gerenciamento dos recursos naturais e da competência de se relacionar com os stakeholders, o que promovem uma vantagem compe��va para a organização. Os assuntos de ordem socioambiental passam por constantes evoluções, e nesse sen�do a empresa precisa sempre atentar-se juntamente com seus parceiros da cadeia de suprimentos sobre as novas diretrizes inseridas nos vínculos de sustentabilidade. Além da cadeia de suprimentos sustentável, outra forma de obter vantagens compe��vas é na cadeia de suprimentos verde. As prioridades estratégicas da empresa alinham-se com o gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos na busca por compe��vidade e na necessidade de legi�mação, em que a vantagem compe��va não acontece por meio do desempenho ambiental e econômico, mas sim na manifestação deles. A manutenção do desempenho não pode ser classificada como vantagem compe��va enquanto houver restrição de recursos e capacidades. As empresas, por meio da Lei nº 6.938, de 1981 (que estabeleceprincípios, obje�vos e instrumentos para a implementação da Polí�ca Nacional do Meio Ambiente - PNMA), e a Lei nº 12.305/10 (que ins�tui a Polí�ca Nacional de 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/45 Resíduos Sólidos - PNRS), u�lizam os instrumentos con�dos nas referidas leis como estratégias de avanço nas questões de logís�ca reversa. Segundo Porter (2006), é preciso dis�nguir o produto ou serviço desenvolvendo algo único no mercado para ser considerada uma estratégia de diferenciação. Essa prá�ca pode ocorrer por meio de tecnologia, imagem da marca, fornecedores e serviços específicos. Ocorre um posicionamento posi�vo com os concorrentes e consumidores quando realiza-se a diferenciação. As indústrias, fábricas e empresas em geral buscam constantemente reduzir custos de produção, para assim conseguirem oferecer preços melhores e obter vantagens compe��vas frente aos concorrentes. Outro ponto importante é a imagem coorpora�va da empresa, que se refere à assimilação, ou seja, mentalização que os clientes possuem da empresa com base em seu comportamento ou caracterís�ca. Pensando nesses quesitos, os ganhos compe��vos das empresas que realizam a logís�ca reversa são enormes, pois por meio dela é possível reduzir custos de produção, com a reu�lização de materiais e quando é u�lizada pelo mesmo canal que a logís�ca direta consegue reduzir custos de transporte desses materiais, do local de origem até a fábrica. Consegue, ainda, agregar valor à imagem da empresa, ao demonstrar preocupação com as questões ecológicas e de meio ambiente, e assim, as empresas podem obter maiores lucros e lucra�vidade. Trazendo esse pensamento para a logís�ca reversa, é possível notar que muitas empresas vêm se destacando no mercado pela diferenciação no que tange a logís�ca reversa, como mostra a Figura 1.14. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/45 Para Campos e Goulart (2017), diante dos cenários compe��vos que se concentram, as empresas consequentemente influenciam os cenários sociais baseadas na assimilação do ambiente interno e externo. As empresas que possuem maior controle nos seus processos conseguem visualizar o impacto nas vendas diante dos consumidores em decorrência da responsabilidade social corpora�va (RSC), ou então a falta dela. Campos e Goulart (2017) evidenciam que os bene�cios da logís�ca reversa vão além da ideia central, que é a redução de custos. Além disso, por meio de diversos indicadores, pode-se medir o desempenho da organização através de cinco áreas: Marke�ng e vendas, financeiro, operações, desenvolvimento e inovação, e recursos humanos (Capital intelectual). Valle e Souza (2014) indicam que a LR no contexto da estratégia pode ser analisada como: competência-chave, observando a moderna cadeia de suprimento; meio de agregação de valor aos clientes e vantagem compe��va aos shareholders e stakeholders; equilíbrio dinâmico entre as especificidades dos processos e a visão global da ação organizacional; ciclo con�nuado da logís�ca; e como subsídio de garan�as de compe��vidade e sustentabilidade. Figura 1.14 - As 50 empresas do bem, divididas por categoria de projetos Fonte: As 50… (2011, on-line). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/45 A logís�ca reversa opera de forma posi�va cumprindo a legislação, nas polí�cas de responsabilidade social, na manutenção e inves�mento no capital humano e intelectual, complementando a sustentabilidade social, ambiental e econômica. Dornier et al. (2000) evidenciam que a Logís�ca Reversa surja integrada à estratégia de logís�ca, que inclui o fluxo reverso em um ciclo con�nuo. O ciclo pode ser compar�lhado com empresas parceiras ou pode ser realizado por uma única empresa. Desse modo, ela pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias de parcerias ou ser um diferencial criado internamente. Com tudo isso, a LR pode ser visualizada como um meio de criação de valor para a organização, ocasionando resultados sa�sfatórios em vias estratégicas. praticarV P ti Figura 1.15 - Amplitude da estratégia de logís�ca Fonte: Dornier et al. (2000, p. 40). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/45 praticarVamos Praticar A globalização ocasionou mudanças radicais no modo de interação entre as empresas e o mercado. A questão ambiental passa a ter, consequentemente, importância fundamental nos processos de produção, comercialização e consumo, mudando substancialmente as vantagens compe��vas de vários segmentos econômicos em todos os países. HERRERA, V. E. et al. A logís�ca reversa como fonte de vantagem compe��va no segmento de máquinas e equipamentos agrícolas: estudo de caso da empresa x. In: SIMPEP, 13., 2006, Bauru. Anais... Bauru: UNESP, 2006. Disponível em: <h�p://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/ar�gos/985.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2019. A logís�ca reversa é grandemente conhecida como uma das mais relevantes vantagens compe��vas para as empresas atualmente. Sendo assim, analise as afirma�vas abaixo e o índice que é apontado como uma necessidade de desenvolvimento do processo da logís�ca reversa. a) ciclos de vida dos produtos cada vez maiores. b) Pouca concorrência por mercados. c) Pouca taxa de retorno em alguns segmentos do mercado. d) Pressão legal. e) Ignorância ecológica. http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/985.pdf 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/45 Valle e Souza (2014), por meio dos conceitos de cadeia de valor, criaram, em conjunto, uma macrovisão dos processos de logís�ca reversa. O principal ponto da A Cadeia de Valor daA Cadeia de Valor da Logística ReversaLogística Reversa Figura 1.16 - Cadeia de valor Fonte: Anton Balazh / 123RF. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/45 macrovisão é assimilar como uma empresa operacionaliza seus obje�vos estratégicos voltados para a logís�ca reversa por meio de suas a�vidades e ações. Os autores destacam, ainda, que o modelo gerado de cadeia de valor (Figura 1.17) servirá de parâmetro para as empresas de acordo com as suas par�cularidades e realidade, demonstrando os processos da logís�ca reversas nas organizações. Cada organização possui uma cadeia de valor da LR própria, mas se aproxima da apresentada na figura acima. Da Macrovisão para a Visão da Operacional: As Camadas de Mapeamento A modelagem da cadeia de valor é feita em camadas (ou níveis), iniciando do nível mais alto e alinhando-se com a ação estratégica e operacional da empresa. Dessa forma, são dis�nguidos os processos que propiciam produzir, de maneira encadeada, valor para o cliente final. Figura 1.17 - A cadeia de valor da logís�ca reversa: um modelo de referência Fonte: Valle e Souza (2014, p. 58). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/45 A par�r do raciocínio, ocorre a especificação de camadas de detalhamento (Figura 1.18): começa pelo todo para alcançar o específico. Para Valle e Souza (2014), é um movimento que enfa�za a visão do todo a par�r da primeira camada, mas sem expor quem realiza o processo ou o que se realiza. De forma gradual e controlada ocorre o detalhamento das camadas seguintes. Todas as camadas possuem seu próprio diagrama e símbolos determinados na convenção. A quan�dade de camadas é de acordo com a complexidade do processo. O mapeamento em camadas torna possível uma dupla verificação: a primeira ocorre no decorrer do próprio mapeamento, pois cada camada ra�fica ou refuta a camada anterior; a segunda acontece ao final do mapeamento, quando uma leitura bo�om-up (de baixo para cima) ra�fica ou promove mudanças na cadeia de valor (VALLE; SOUZA, 2014). É opcionalter um segundo nível de detalhamento para a cadeia de valor, visto que a ação do segundo nível segue a especificação e raciocínio do nível, com foco na verificação de um dos processos que engloba a cadeia de valor. Figura 1.18 - Camadas de mapeamento Fonte: Valle e Souza (2014, p. 60). 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/45 reflita Re�ita Na Europa, em alguns países como a Alemanha, e também no Japão é comum produtos eletrônicos que estão em desuso serem colocados nas calçadas para serem recolhidos por empresas responsáveis; no entanto, no Brasil essa prá�ca não funciona, pois, as empresas que fabricam não se responsabilizam pela recolha desses materiais eletrônicos. Outro diferencial desses países citados é que a fiscalização e proibição é maior que no Brasil. Fonte: VOCÊ sabe o que é logís�ca verde?. Pensamento Verde, 15 fev. 2014. Disponível em: <h�ps://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/voce- sabe-o-que-e-logis�ca-verde/>. Acesso em: 8 jun. 2019. https://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/voce-sabe-o-que-e-logistica-verde/ 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/45 saiba mais Saiba mais MARINGÁ É DESTAQUE EM LOGÍSTICA REVERSA NO PARANÁ Maringá é um dos principais polos de logís�ca reversa no país. Essa prá�ca se tornou possível graças a uma parceria que ocorreu no Paraná entre o município, coopera�vas de catadores, Ins�tuto de Logís�ca Reversa – ILOG e governo estadual. Em 2016, a cidade obteve uma pioneira Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR – Maringá), consequência de um inves�mento de mais de R$ 3 milhões. O poder público cedeu um local para a implantação da CVMR. Já o ILOG, além de amparar na administração do espaço, forneceu toda a infraestrutura para separação, processamento e logís�ca, e conseguiu a mão de obra (Catadores/Cooperados). “A central ajuda várias ins�tuições da cidade a exercer e desenvolver prá�cas em cumprimento das polí�cas de sustentabilidade e garan�ndo a reintegração de materiais reu�lizáveis como vidro, papel, e garrafas pet ao seu processo produ�vo original”. Leia a no�cia completa em: MARINGÁ é destaque em Logís�ca Reversa no Paraná. ILOG, 23 fev. 2018. ACESSAR http://ilogpr.com.br/maringa-e-destaque-em-logistica-reversa-no-parana/ 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/45 praticarVamos Praticar O principal fator da macrovisão é compreender como uma empresa faz a operacionalização dos obje�vos estratégicos direcionados para a logís�ca reversa através de suas a�vidades e ações. O modelo gerado de cadeia de valor é usado de parâmetro para as empresas de acordo com suas especificidades e realidade, demonstrando os processos da logís�ca reversa nas organizações. Nesse contexto, analise as afirma�vas e indique como é feita a modelagem de cadeia. a) Camadas. b) Diagrama. c) Manejo. d) Coleta. e) alterna�va E. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/45 indicações Material Complementar L IVRO Logística Verde Vitório Donato Editora: Ciência Moderna. 1ª edição (2008). ISBN: 857393705X Comentário: O livro aborda de forma bastante ampla o conceito de logís�ca verde, tratando o desenvolvimento sustentável a nível de estados e país, além de impactos ambientais, ciclos de reciclagem, entre outros. 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/45 FILME O menino que descobriu o vento Ano: 2019 Comentário: O filme é baseado em fatos reais e mostra a realidade de um jovem de Malaui, na África, no ano de 2001. Cansado de ver o sofrimento de seu povo e por ser muito estudioso, busca nos livros a solução para a seca. Com ferro-velho de um lixão construiu um protó�po de uma turbina de vento para carregar um gerador. A par�r daí precisa de materiais maiores para construir o moinho de vento para carregar uma bomba para puxar água de um poço. Atente-se à realidade dessa tribo vivendo em meados de 2000 e a realidade do Brasil nesse período. Para saber mais sobre o filme, assista ao trailer. TRAILER 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/45 FILME Mission Blue Ano: 2014 Comentário: Neste filme, a bióloga marinha Sylvia Earle realiza uma série de denúncias sobre as condições que estão os oceanos e sobre o impacto das ações do homem. Para saber mais sobre o filme, assista ao trailer. TRAILER 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 39/45 conclusão Conclusão Aprendemos, no decorrer desse estudo, que a logís�ca tradicional leva produtos aos clientes, fornecedores, entre outros, e que a logís�ca reversa completa o ciclo, deslocando os materiais de volta. Destacamos que, quando as empresas compreendem o funcionamento da cadeia de suprimentos, elas reduzem custos, agregando valor e aumentando a lucra�vidade. Conforme observado, o processo de logís�ca reversa fornece materiais reaproveitados que voltam ao processo tradicional de acordo com a natureza do material, razão pela qual este integra o sistema. Por fim, as empresas, na busca de um diferencial compe��vo no seu universo de atuação, buscam melhorias ambientais e sociais, movendo-se de modo posi�vo e cumprindo a legislação. referências Referências Bibliográ�cas 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 40/45 AS 50 empresas do bem. Negócios. IstoÉ Dinheiro. 1 abr. 2011. Disponível em: <h�ps://www.istoedinheiro.com.br/no�cias/negocios/20110401/empresas- bem/52137> acesso em: 7 jun. 2019. BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Ins�tui a Polí�ca Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9,605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá providência. Brasília/DF: Diário Oficial da União, 3 ago. 2010. Disponível em: <h�p://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 20 jun. 2019. BRITO, R. P; BERARDI, P.C. Vantagens compe��va na gestão sustentável da cadeia de suprimentos: um meta estudo. Revista de Administração de empresas – ERA, São Paulo, v. 50, n. 2, abr./jun. 2010. CAMPOS, A.; GOULART, V. D. G. Logís�ca reversa integrada: sistemas de responsabilidade pós-consumo aplicados ao ciclo de vida dos produtos. São Paulo: Érica, 2017. CASTELLANOS, A. J. et al. Reverse logis�cs process automa�on with BPMS. In: IEEE ANDES- CON & LATINCOM 2010: Green Technologies for a Be�er World, Bogota, Colombia, 2010. DAHER, C. E. et al. Logís�ca Reversa: Oportunidade para redução de custos através do gerenciamento da cadeia integrada de valor. Anais... VIII Congreso Internacional de Costos, Punta del Este, 2003. DE BRITO, M. P. Managing Reverse Logis�cs or Reversing Logis�cs Mangement?. Ro�erdam: Editora Erasmus University Ro�erdam, 2004. DORNIER, P-P. et al. Logís�ca e Operações Globais: texto e casos. Tradução Arthur Itakagi U�yama. São Paulo: Atlas, 2000. GONÇALVES, J. E. L. As empresas são grandes coleções de processos. RAE – Revista de Administração de Empresas, v. 40, n. 1, jan./mar. 2000. GUARNIERI, P. Logís�ca Reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. Recife: Clube de autores, 2011. https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20110401/empresas-bem/52137 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 41/45 KOPICKI, R. et al. Reuse and Recycling-Reverse Logis�cs Opportuni�es. Oak Brooks/Illinois: CLM, 1993. LACERDA, L. Logís�ca reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as prá�cas operacionais. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ, 2002. LEITE, P. R. Canais de Distribuição Reversos – 8ª Parte. Revista Tecnologís�ca,a. VI, n. 61, 2000. LEITE, P. R. Logís�ca reversa: meio ambiente e compe��vidade. São Paulo: Atlas, 2009. LEITE, P. R. Logís�ca Reversa: Meio ambiente e Compe��vidade. São Paulo: Pren�ce Hall, 2003. LEITE. P. R. Logís�ca Reversa: Nova Área da Logís�ca Empresarial. Revista Tecnologís�ca, São Paulo, Publicar, 2002. Disponível em: <h�ps://docplayer.com.br/4271879-Autor-paulo-roberto-leite-revista- tecnologis�ca-maio-2002-sao-paulo-edit-publicare-logis�ca-reversa-nova-area-da- logis�ca-empresarial.html>. Acesso em: 21 jun. 2019. MAGERA, M. Os caminhos do lixo. Campinas: Átomo, 2013. PORTER, M. E. Compe�ção. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. RIBEIRO, J. S. A. N.; CAMARGOS, S. P. A Inovação de Processos por meio da Logís�ca Reversa nas Operações de Remanufatura. In: Simpósio de Inovação Tecnológica 2008, 2008, Brasília. Simpósio de Inovação Tecnológica 2010 - ANPAD, 2008. ROBERSON, J.; COPACINO, W. The logis�cs handbook. New York: The Free Press, 1994. ROGERS, D. TIBBEN-LEMBKE, R. Going Backwards: Reverse Logis�cs Trends and Prac�ces. Nevada/USA: University of Nevada - Reno Center for Logis�cs Management, 1998. https://docplayer.com.br/4271879-Autor-paulo-roberto-leite-revista-tecnologistica-maio-2002-sao-paulo-edit-publicare-logistica-reversa-nova-area-da-logistica-empresarial.html 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 42/45 ROSSÉS, G. F. et al. A Perspec�va dos Sistemas de Logís�ca Direta e Logís�ca Reversa: O Caso de uma Companhia no Ramo Industrial de Bebidas. Revista eletrônica Sistemas & Gestão, n. 10, p. 30-40, 2015). SANTOS, J. A. Logís�ca reversa como ferramenta para a sustentabilidade: um estudo sobre a importância das coopera�vas de reciclagem na gestão dos resíduos sólidos urbanos. Reuna, v. 17, n. 2, p. 81-96, 2012. SHIBAO, F. Y. et al. A Logís�ca Reversa e a Sustentabilidade Empresarial. In: XIII SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 2010, São Paulo. Anais... SEMEAD, São Paulo, FEA-USP, 2010. STOCK, J. Reverse Logis�cs Programs. Florida: University of South, 1998. VALLE, R.; SOUZA, R. G. Logís�ca reversa: processo a processo. São Paulo: Atlas, 2014. IMPRIMIR 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 43/45 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 44/45 17/08/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 45/45
Compartilhar