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Abdominoplastia- Grupo 5 INTRODUÇÃO: A região abdominal é uma das áreas mais tratadas em cirurgia plástica. É frequente, por parte dos pacientes, o desejo de melhora da parede abdominal após gestações ou alterações de peso, incluindo a reparação de hérnias ventrais. Na avaliação da região abdominal deve constar um histórico médico e físico detalhado, incluindo gestações, cirurgias anteriores, especialmente na área inferior do tronco, e mudanças no peso. A identificação pré operatória da existência de qualquer hérnia ventral, incluindo a diástase do reto, é imperativa. É fundamental o diagnóstico e a adequada localização de excessos de tecido vertical e horizontal, a relação de gordura com o excesso de pele e o exame do pedículo umbilical, com a exclusão de hérnia umbilical. Outras questões perioperatórias pertinentes são: a evacuação intestinal pré-operatória para a redução da pressão intra-abdominal, o manuseio intra operatório cuidadoso, a manutenção de uma temperatura corporal adequada, a correta profilaxia do tromboembolismo, a conduta intra operatória precisa com relação aos pontos anatômicos importantes, o sistema de compressão pós-operatório e o manejo precoce das complicações pós-operatórias, como os seromas. A abdominoplastia “flor-de-lis” permite uma melhora de toda a área abdominal e uma simultânea diminuição da circunferência da cintura. É essencial avaliar e fechar temporariamente a linha vertical antes da ressecção do tecido redundante do abdome inferior. Os cuidados devem ser tomados para evitar que a linha de incisão vertical se estenda cranialmente entre as mamas. As melhorias estéticas incluem a remodelação do contorno da parede abdominal, a reconstrução de uma aparência natural do umbigo e a localização adequada da cicatriz abdominal resultante. Em pacientes com grande perda de peso corporal (MWL), os resultados estéticos serão melhores com a abdominoplastia de tensão lateral alta (HLT) e a abdominoplastia “flor-de-lis”, e, em muitos casos, os procedimentos circunferenciais do tronco são necessários para resultados superiores. A dissecção epifascial da fáscia de Scarpa permite a preservação dos vasos linfáticos subfasciais, previne a formação de seroma e possibilita a suspensão adicional da fáscia de Scarpa, com a melhora da região interna da coxa. As metas principais nos procedimentos de abdominoplastia são alcançar uma ressecção adequada da pele e do tecido subcutâneo abdominal de uma maneira tridimensional, com a tensão de fechamento afastada da borda de ressecção do retalho, para prevenir o comprometimento da perfusão. Além disso, a camada músculo aponeurótica do abdome deve ser restaurada para evitar as hérnias abdominais, a diástase e o consequente desequilíbrio muscular do tronco e, ao mesmo tempo, melhorar o contorno da parede abdominal. É obrigatório analisar qualquer suspeita de tumor cutâneo na área do tecido excisado. (achei esse resuminho muito bom, nao deu para excluir nada kkk). ANATOMIA: - A formação da parede abdominal é iniciada pela transição do embrião a partir de um disco trilaminar para uma estrutura tridimensional no 22° dia de gestação. - Após a separação do cordão umbilical, a parede abdominal se torna uma estrutura definitiva. umbigo: marco mais visíveis e esteticamente importantes da parede abdominal. Situado na linha média, a aproximadamente 9-12 cm acima da parte superior do monte púbico. A área periumbilical é caracterizada por uma forma redonda ou elipsóide com uma ligeira depressão de 4-6 cm de diâmetro. O suprimento sanguíneo para a área periumbilical é fornecido pelos ramos do plexo subdérmico, das artérias epigástricas inferiores profundas, bem como pelo suprimento sanguíneo do ligamento umbilical mediano pele, músculo e fáscia: A pele do abdome tem áreas de maior aderência à fáscia subjacente (“zonas de aderência”), como a crista ilíaca superior anterior e a linha alba. O tecido subcutâneo abdominal é dividido por duas camadas de fáscia, a fáscia de Camper superficial e a fáscia de Scarpa profunda, uma camada fibrosa firme de tecido conjuntivo contínua com a fáscia lata da coxa. 19 A camada de gordura superficial tem um caráter mais compacto, com lóbulos menores e uma rica vascularização, enquanto a camada de gordura mais profunda contém lóbulos maiores com um padrão mais disperso. A musculatura abdominal inclui quatro músculos pareados, que são o reto do abdome, conectado à linha mediana alba, o oblíquo externo, oblíquo interno e o músculo transverso do abdome, que se incorpora à bainha anterior e posterior do reto na linha semilunar. Os músculos retos do abdome são incluídos em uma bainha anterior e posterior, com origem na margem infracostal e fixada na sínfise púbica. Acima da linha arqueada (ou linha semicircular de Douglas, situada aproximadamente no meio do caminho entre o umbigo e a sínfise púbica), a bainha anterior do reto é formada pela aponeurose oblíqua externa e oblíqua interna, enquanto a bainha posterior do reto é formada pela aponeurose oblíqua interna e transversa. Abaixo da linha arqueada a bainha posterior do reto está ausente, exceto para a fáscia do transverso e o peritônio, que são encontrados posteriormente. Na porção inferior dos músculos retos abdominais encontramos os músculos piramidais. sistema linfático: drenagem supraumbilical para os linfonodos axilares ipsilaterais e em drenagem infraumbilical para os linfonodos inguinais superficiais. Os vasos linfáticos na área infraumbilical passam através do plano subscarpal, o que explica a importância da preservação da fáscia de Scarpa na cirurgia da parede abdominal. Vasos: Nervos: CLASSIFICAÇÃO: I: mulheres jovens nulíparas com elasticidade da pele normal e bom tônus muscular, mas excesso de tecido adiposo na camada subcutânea na área abdominal II:pelo menos uma gestação, leve flacidez da pele na região inferior do abdome, diástase do reto e excesso de tecido adiposo, mais frequentemente na parte inferior ao umbigo III:significativa pele infraumbilical, excesso de adiposidade e flacidez da musculatura abdominal, com diástase do reto e dos músculos oblíquos. IV e V: grave excesso de pele e gordura nas regiões superior e inferior ao umbigo, acompanhada por diástase de leve a grave do reto e dos músculos oblíquos sendo que V apresentam um umbigo que está abaixo da altura ideal. TIPOS DE ABDOMINOPLASTIA: ● Miniabdominoplastia: ou abdominoplastia com cicatriz pequena, é caracterizada por uma incisão transversal que é mais curta do que a incisão usada em procedimentos de abdominoplastia completa É indicada em pacientes com uma leve a moderada flacidez da pele e excesso de tecido na região inferior (infraumbilical) do abdome, juntamente com uma distância suficiente entre a sínfise e o umbigo. As mulheres jovens com uma incisão de Pfannenstiel preexistente possam se beneficiar desta técnica. . A lipoaspiração da região superior do abdome e dos flancos tem um efeito de suporte, melhorando o contorno abdominal. A exata posição da incisão é bastante flexível, dependendo em grande parte da preferência pessoal do paciente. Cuidados pós operatórios: deambulação precoce é obrigatória. Os drenos são deixados no local até a drenagem ser <30 mL em 24 horas. O paciente deve descansar em uma posição relaxada, com uma flexão de aproximadamente 30° na articulação do quadril. Esta posição deve ser mantida por duas a três semanas de pós-operatório. Banho é geralmente permitido após a retirada dos drenos. ● Abdominoplastia “moderna” com transecção umbilical: A abdominoplastia com uma liberação pré-fascial e transposição do umbigo sem liberação circunferencial do retalho abdominal é outro procedimento efetivo que pode alcançar resultados surpreendentes, especialmente em combinação com a lipoaspiração e a plicatura da fáscia. Isto permite a manutenção da aparência umbilical sem uma cicatriz periumbilical. É indicada paraos pacientes que sofrem de pele excedente na área do abdome inferior, bem como de uma quantidade modesta de flacidez na área periumbilical. Uma distância suficiente de pelo menos 14-18 cm entre a sínfise e o umbigo, bem como um bom tônus elástico da pele com estrias limitadas. esta abdominoplastia é bem adequada para os pacientes que não aceitarão cicatrizes umbilicais ou que estariam em risco de desenvolver cicatrizes hipertróficas ou queloides. Cuidados pós operatórios, são os mesmo que discutidos anteriormente. ● Abdominoplastia-padrão: É um dos procedimentos da cirurgia plástica mais comuns realizado em todo o mundo. As vantagens principais são o tratamento simultâneo da região superior do abdome, da área periumbilical e da região inferior do abdome com cicatrizes escamoteáveis. Envolve e mobiliza amplamente a parede abdominal até o arco costal, ou até mais, a fim de assegurar um fechamento da lesão livre de tensão. O princípio fundamental é operar com uma técnica menos invasiva e que permita obter o melhor resultado estético possível. O descolamento é realizado principalmente na área da linha média anterior à linha alba e em ambos os músculos retos, incluindo as zonas medianas de adesão descritas pela primeira vez por Lockwood e especificadas por Aly. 33,34 As regiões laterais do abdome podem ser liberadas indiretamente, usando a lipoaspiração adicional ou o dissecador de Lockwood para o enfraquecimento descontínuo, preservando os perfurantes laterais e a adesão lateral aos músculos retos do abdome. Isto é importante para o resultado estético global nos casos de uma diástase preexistente. Neste contexto, o contorno do músculo reto pode ser restaurado pela plicatura na linha média da fáscia do reto. Idealmente, o sistema fascial superficial deve permanecer conectado à aponeurose do músculo reto. Se dividido, a parte superior do abdome aparecerá em forma de tenda, com um elevado risco de seroma. É indicada para pacientes que apresentam excesso de pele e tecido mole nas regiões superior e inferior do abdome, com a aceitação de uma cicatriz periumbilical circular. Os pacientes adequados normalmente demonstram uma adiposidade localizada e resistente à dieta na parede abdominal, em combinação com a coexistência de pele frouxa e atônica. São pacientes, muitas vezes, com história de gestações múltiplas. Os cuidados pós-operatórios gerais foram discutidos com a miniabdominoplastia. Para a abdominoplastia padrão preferimos realizar a cirurgia em um ambiente hospitalar com duas a três noites de internação. Os pacientes com cicatrizes umbilicais preexistentes de cirurgias anteriores, como herniotomia ou laparoscopia, devem ser observados para possíveis distúrbios de suprimento sanguíneo. Uma ligeira descoloração pós-operatória do umbigo não é incomum. Já uma necrose completa do pedículo umbilical é muito incomum e pode ser tratada de forma conservadora, com resultados satisfatórios. ● Abdominoplastia com tensão lateral alta (HLT): Esta modificação estendida dos procedimentos de abdominoplastia não somente trata o abdome, mas também os quadris e a lateral da coxa. É adequada para os pacientes que esperam mais do que uma compressão abdominal e é, frequentemente, aplicável para pacientes que tiveram perda de peso maciça. As mulheres, geralmente, sofrem de flacidez adicional da pele na região lateral da coxa, enquanto os homens, muitas vezes, se queixam de típicos pneuzinhos Cuidado pós operatórios são os mesmos. ● Abdominoplastia flor-de-lis: Ou abdominoplastia em âncora.Tem a capacidade de eliminar o tecido redundante horizontal e vertical das partes inferior e superior do abdome, com uma melhora máxima da forma do corpo e a redução da circunferência da cintura. Também é possível combinar esta técnica com uma abdominoplastia com tensão lateral alta, realizando, assim, mudanças impressionantes. Os princípios gerais, como a preservação dos perfurantes laterais e o enfraquecimento descontínuo com eliminação de espaços mortos, são obrigatórios. A principal desvantagem deste procedimento é o aumento do tamanho da cicatriz. É adequada para os pacientes que sofrem de um excesso de tecido na parte inferior e, particularmente, na parte superior do abdome, muitas vezes após uma perda de peso maciça. Uma indicação excelente é o paciente que apresenta uma cicatriz preexistente na linha média abdominal. demais tipos deve ser vistos no Neligan. REFERÊNCIA: CIRURGIA PLÁSTICA NELIGAN VOLUME 3.
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