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INCISÕES CIRURGÍCAS

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1 | P á g i n a 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
ALAN R F PAZ JÚNIOR 
PASSO FUNDO 2021 
 
INCISÕES CIRURGÍCAS 
 
 
Diérese: É o corte ou separação de tecidos 
orgânicos (tempo inicial da intervenção cirúrgica). 
A pega do bisturi pode ser feita como lápis ou 
outras empunhaduras (arco de violino) e, ao 
incisar, entramos em um ângulo de 90 graus, 
conduziremos em 30 a 45 graus e sairemos em 90 
graus, permitindo assim uma abertura linear e 
homogênea pela epiderme e derme (todas as 
camadas da pele). Tração e contra-tração, uma 
mão pega o cabo e a outra faz a tração, permitindo 
tecidos simétricos na incisão e secção dos tecidos 
(impede a deformidade da incisão). Incisões 
devem ser perpendiculares ao 
sentido das fibras musculares (cicatriz funcional), linhas de Kraissl (foto das linhas), 
permitindo uma melhor estética e uma cicatriz menos danosa. Foram traçadas e 
desenhadas sempre perpendiculares ao sentido das fibras nervosas (diminuindo a 
tensão na ferida operatória, com um processo cicatricial mais homogêneo e estético). 
INCISÃO = SUFIXAÇÃO (processo pela qual uma palavra se agrega a outras, 
ectomia, ostomia, otomia) + PALAVRA PRIMITIVA (região anatômica, órgão ou 
tecido) TOMIA – Abertura, ECTOMIA – Retirada, exérese 
1. Incisões cervicais 
 
No 
procedimento 
de cervicotomia é 
importante a correta 
identificação das estruturas 
anatômicas da região antes 
da incisão. Seus pontos de 
referência, importantes 
para a definição do local da 
incisão, são a fúrcula 
esternal, clavículas, 
2 | P á g i n a 
 
 
esternocleidomastoideo e a 
protuberância tireoidiana. 
Quanto às sessões 
musculares, centralmente 
encontram-se os 
músculos supra e infrahioides e, superficialmente, o platisma (responsável pela 
mímica facial). Por fim, o esternocleidomastoideo se localiza ânterolateralmente e 
propicia toda a proteção necessária ao feixe vásculonervoso cervical. Quanto ao 
ponto nervoso, é constituído pela artéria carótida comum, veia jugular interna e 
nervo vago (X NC). 
 
Incisão Traqueostomia: Incisão transversa, de um a 
dois dedos sob a fúrcula esternal, realiza-se a 
hiperextensão do pescoço para aproximação da 
traqueia com a pele, facilitando assim o 
procedimento. Incisão em colar (de Kocher): Muito 
utilizada em cirugias de tireoide, consiste em um 
retalho superior aberto, cerca de dois dedos acima da 
fúrcula, faz-se a dissecção e retirada do platisma para 
cima, expondo a linha média e os músculos infra- 
hioideos. Incisão no bordo anterior do ECM: 
Inicialmente 
rota-se o pescoço para o lado contralateral, 
aumentando a amplitude do ECM e permitindo uma 
boa abordagem, de modo que, a incisão seja feita sob 
o músculo, no trajeto entre a fúrcula e o processo 
mastoideo (secção do músculo omo-hioideo). 
Permite um bom acesso a órgãos como o esôfago (a 
abordagem do esôfago cervical é feita por uma 
incisão esquerda, de modo que, a porção cervical do 
órgão se encontra mais a esquerda, a porção torácica 
mais a direita e a porção 
abdominal novamente a esquerda). Incisão em capô: 
Utilizada em grandes ressecções cervicais 
(faringetctomia, laringectomia, esvaziamento de 
cadeias cervicais linfonodais), sendo feita sob as bordas 
anteriores dos dois ECM junto a uma incisão transversa 
inferiormente. Outras incisões cervicais: Incisão em T, 
exposição da região do feixe vásculonervoso (casos 
oncológicos e de dissecção linfonodal). 
 
2. Incisões Torácicas 
3 | P á g i n a 
 
 
Estruturas importantes a serem 
identificadas nos procedimentos 
cirúrgicos que envolvam o tórax são 
a fúrcula esternal, ângulo de Louis 
(inserção da segunda costela sob o 
esterno, deve ser identificado afim 
de facilitar a contagem das próximas 
costelas), apêndice xifoide, 
estrutura vascular paraesternal 
(bilateralmente, ao lado do esterno, 
composta pela artéria torácica 
interna, ramo do primeiro ramo da 
subclávia, antiga artéria mamária). 
 
Toracotomia – Abertura do esterno, 
esternotomia mediana (exposição do coração e 
grandes vasos da base), muito feita em cirurgias 
cardíacas eletivas, que não sejam emergência e 
que possibilitem uma abertura demorada da parte 
óssea. Uso de um esternótomo (serra) para 
abertura do esterno, sendo aberto então o saco 
pericárdico e posteriormente o coração. 
Toracotomia anterolateral esquerda: Feita 
no 5º espaço intercostal, região inframamária, com o paciente de braço erguido e 
com um coxim, permitindo exposição ao tórax e acesso 
rápido à cavidade torácica. Ao fazer a incisão, 
secciona-se a pele, tecido subcutâneo, músculos 
peitoral maior, peitoral menor e serrátil anterior, 
pleura parietal e chega-se enfim à cavidade 
torácica, atentando sempre para evitar lesões no 
nervo frênico e artéria pericardiofrênica. Uso de 
afastador de Finochietto – Autostático. 
Idealmente é realizada no lado esquerda mas 
pode ser feita no 
hemitórax direito em situações de extrema emergência, toracotomia de reanimação, 
instabilidade e acesso ao pulmão direito. Deve-se atentar, também, que a incisão é 
no bordo superior da costela inferior (quinta costela), não sendo, portanto, reta. 
Toracotomia laterolateral: Realizada do lado esquerdo ao lado direito, na forma de 
um capô de fusca, muito utilizada em transplante pulmonar bilateral. Nos casos mais 
agravados e catastróficos a incisão laterolateral pode evoluir para uma 
esternotomia 
mediana (em livro aberto), permitindo acesso aos 
hemitórax direito e esquerdo e aos vasos da base. 
4 | P á g i n a 
 
 
No caso de necessidade de incisões anatômicas 
estéticas, opta-se pela incisão posterolateral, feita 
apenas em cirurgias eletivas, com o paciente em 
decúbito lateral direito ou esquerdo e IOT seletiva 
com exclusão de um dos parênquimas. 
 
3. Incisões abdominais 
Em traumas abdominais indica-se a exposição máxima do paciente na mesa cirúrgica, 
realizando-se a antissepsia da maior superfície possível para eventuais contratempos 
em que precise estender a cirurgia. A anatomia da parede abdominal é complexa, 
acima da linha arqueada ou linha semicircular de Douglas (2 cm abaixo da cicatriz 
umbilical) ficam as aponeuroses da parede anterolateral e anterior do abdômen e o 
reto terá duas aponeuroses, a anterior formada pelo oblíquo externo e interno e a 
posterior pelo oblíquo interno e transverso do abdômen. Posteriormente ao reto 
visualiza-se a artéria epigástrica superior (ramo da torácica interna), linha alba 
(média) sem ventre muscular e a linha semicircular. Abaixo da linha semicircular não 
se tem mais a conformação acima, todas as aponeuroses passam anteriormente e 
não mais posteriormente. Nessa região encontra-se, também, a artéria epigástrica 
inferior (ramo da artéria ilíaca externa), fáscia transversalis e o peritônio. Entre o 
oblíquo interno e o transverso passa o feixe vásculonervoso da parede abdominal 
com todos os nervos toracoabdominais (abaixo de T7 todos descem para o abdômen, 
até T4 ao nível do mamilo, T8 processo xifoide, T10 umbigo e T12 base do pênis) e o 
local com menos inervação e, consequentemente, menos lesão numa incisão é a 
linha alba, estrutura sem inervação e apenas com aponeurose. Lembrar das linhas 
alba e semilunar. 
 
 
Ao penetrar na cavidade abdominal, a topografia que encontramos é Pele – Tecido 
Subcutâneo – Aponeurose (apenas uma, se juntam anterior e posteriormente) – 
Gordura Pré-pritoneal – Peritônio. No caso das incisões retais, apresentam também 
as camadas musculares e feixe vásculo nervosos. Ao se incisionar a linha alba não se 
passa pelo reto, indo direto para a GPP, contudo, devemos cuidar para manter o 
compartimento do reto fechado e, ao se encontrar com o umbigo, direcionar sempre 
5 | P á g i n a 
 
 
a incisão para a esquerda. Por fim, lembrar de tracionar para cima a pele ao fazer uma 
incisão, evitando lesão de víscera oca (dissecção romba com o dedo pode ser 
utilizada).Laparotomia mediana: Realizada na linha 
média, desde o apêndice xifoide até a sínfise 
púbica, podendo ser supraumbilical ou 
infraumbilical e sendo muito utilizada em 
traumas ou procedimentos de gastrectomia. 
Laparotomia subcostal direita (Kocher): Feita 
dois dedos abaixo do RCD, mais utilizada em 
colecistectomias abertas, mas se for feita 
respeitando as linhas de Kraissl, passa a ser 
chamada incisão de Sprengel. 
• Incisão pararretal supraumbilical 
(deLennander) 
• Incisão subcostal bilateral – Cirurgias oncológicas de pâncreas, fígado e vias 
biliares (duodenopancreatectomias), utilização de afastadores autostáticos 
que erguem todo o gradil costal 
• Incisão subcostal bilateral ampliada (de Mercedes) – Ampliação para a 
região do processo xifoide, vista em reconstruções de fígado com abordagem 
das veias hepáticas ou transplantes heoáticos. 
• Ponto de McBurney: QID, entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca 
anterossuperior traça-se uma linha que é dividida em três terços e, no terço 
médio, encontra-se o ponto de McBurney. Incisão de McBurney: 
Apendicectomia aberta, perpendicular à linha imaginária, passando sob o 
ponto de McBurney. Pele – TCSC – Oblíquo externo, interno e transverso. 
• Incisão de Davis ou 
Backock: Transversa sobre 
o ponto de McBurney,
 abordagem apendicular. 
• Incisão de Jalaguier: 
Pararretal externa do lado 
direito, meio caminho 
entre os órgãos 
ginecológicos e o apêndice 
cecal, do tipo mediana e 
vertical. 
VIDEOLAPAROSCOPIA: Múltiplas incisões pequenas feitas em procedimentos de alta 
complexidade via cirurgia fechada. Para hepatectomia, por exemplo, pode-se fazer 
múltiplas incisões pequenas e uma maior esteticamente aceitável para a retirada do 
órgão, geralmente transversa suprapúbica (incisão de Pfannestiel), uma polpa digital 
acima da sínfise púbica. Abre até a aponeurose anterior e se faz um retalho superior 
6 | P á g i n a 
 
 
disso, não se abre os dois retos mas sim através de uma incisão mediana na linha 
média do abdômen. Fácias transversalis e gordura pré-peritonial, sem o que tem em 
cima. 
4. Fasciotomias 
Abertura das fáscias e planos musculares. Nas extremidades temos conjuntos 
musculares agrupados conforme função, inervação e que dividem os planos 
musculares (3 no antebraço, 2 no braço). Feitas em casos ortopédicas ou síndrome 
compartimental (dano muscular e aumento da pressão intracompartimental, 
permitindo a saída desse conteúdo). Alívio da pressão do compartimento muscular, 
exposição muscular. 
 
 
	1. Incisões cervicais
	2. Incisões Torácicas
	3. Incisões abdominais
	4. Fasciotomias

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