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prova atividade 03-fato tipico - resultado

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1 
 
 
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Marcelo de Oliveira Campos dos Santos 
Matricula 2019107812 
 
 
GRA1234-Teoria do delito e princípios constitucionais penais 
Avaliação; Atividade 03 - dissertativa; 
O fato típico, enquanto elemento do crime, é composto por diversos elementos, quais sejam: - conduta; resultado; - 
nexo causal; - e tipicidade. 
Ademais, cada um destes é composto por diversos sub-elementos, cuja presença é essencial para a formação do tipo 
penal. 
À partir disso, discorra sobre o resultado. 
 
 
 
SUMARIO: 
1 - INTRODUÇÃO 01 
2 - RESULTADO 02 
2.1 Teoria naturalística 02 
2.2. Teoria jurídica: 03 
REFERENCIAS 04 
 
 
 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 O que é um crime? 
 1Saber o que é um crime é o primeiro conceito importante. Crime é um ato proibido 
pela legislação penal, que possui a determinação de uma pena como consequência, caso 
seja praticado. É um fato que tem como consequência um dano a um bem jurídico que é 
protegido por lei penal. 
 O fato típico é um dos três elementos obrigatórios para que uma ação seja 
considerada um crime, juntamente com a ilicitude e a culpabilidade. Portanto, esses três 
requisitos devem estar presentes para que seja configurada uma conduta criminosa. 
 Um fato típico é formado obrigatoriamente por quatro elementos: conduta, 
resultado, nexo de causalidade e tipicidade. 
 1CONDUTA: É o comportamento desenvolvido pelo indivíduo com a determinação 
de atingir um determinado objetivo. É a ação praticada pela pessoa. Para se caracterizar 
uma conduta humana é necessário conter 4 elementos, a saber: vontade, finalidade, 
exteriorização e consciência. Caso, um deles não estiver presente, a conduta se desfaz, 
 
 
2 
 
e consequentemente deixará de ser fato típico, portanto, não se caracteriza crime. Ela se 
subdivide em dolosa, culposa, comissiva e omissiva, com suas respectivas divisões: 
Dolosa art. 18, I, CP (direta e indireta), ., Culposa art. 18, II, CP (consciente, inconsciente 
e impropria), , omissiva art. 13, § 2, CP.; (própria e imprópria). 
 2NEXO CAUSAL: Relação de casualidade, onde emprega-se, comumente, o termo 
“nexo causal” para referir-se a essa ligação entre a conduta e o resultado. O Código Penal, 
em seu art. 13, preferiu a expressão “relação de causalidade” para definir o vínculo 
formando entre a conduta praticada pelo autor e o resultado por ele produzido. 
 A utilização da relação de causalidade (nexo causal) se faz presente nos crimes de 
resultado naturalístico, onde é preciso verificar a relação de causa entre a conduta e o 
resultado para a responsabilização do agente, dispensável esse estudo nos crimes formais 
ou de mera conduta, que não possuem resultado naturalístico, mas apenas o resultado 
jurídico (ou normativo). 
 3TIPICIDADE: Fato típico é todo aquele modelo de conduta descrito como 
criminoso em um tipo penal, ou seja, fatos descritos pela lei penal que são considerados 
crimes. Se alguém pratica uma conduta que não está descrita em nenhum tipo penal, o 
fato é atípico, portanto, não configura crime. Para configurar o fato típico, é necessário que 
estejam presentes a tipicidade formal e material. Enquanto esta é a efetiva lesividade da 
conduta sobre o bem jurídico, aquela é a mera adequação da conduta a um tipo penal. 
 Como pode se perceber não foi citado o elemento “resultado”, pois bem é neste 
elemento que iremos focar, trazendo definições e teorias. 
 
 
 
 
2 - RESULTADO 
 O resultado é a consequência, o efeito, da ação do agente. Necessariamente é 
obrigatório que essa conduta seja humana e, caso contrário, não será considerado um 
fato típico, apenas um evento, pois, este último é qualquer acontecimento (um pássaro 
voando, um raio). No entanto, de acordo com 4Damásio; ambas as expressões Evento e 
Resultado se equivalem nos trabalhos forenses e doutrinários. 
 Existem duas classificações de resultado, a saber: Naturalístico e Jurídico. No 
Brasil, adota-se a Teoria do Resultado Naturalístico. 
 
2.1 - Teoria naturalística 
 Parte da premissa de que a conduta do agente delitivo toca-se de vontade, mas não 
se aventa, para fins de averiguação da tipicidade do ato, da existência ou não de uma 
motivação abrangente do resultado ilícito que a tutela penal resguarda. 
Pela Teoria Naturalista o dolo somente seria examinado ao se considerar a culpabilidade 
do agente. A conduta típica deflagrada, desde que isenta de quaisquer excludentes de 
ilicitude, era então submetida ao juízo de valor da motivação do agente delitivo. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637924/artigo-18-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638340/artigo-13-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
 
 
3 
 
 5Nesta teoria o resultado é uma consequência da conduta que traz a modificação 
do mundo exterior. Por exemplo, no homicídio, o corpo da vítima é o resultado perceptível 
ao mundo exterior; no furto, a vítima possuía o bem. 
 A doutrina classifica três espécies de crimes: 
 a) crimes materiais - São os crimes de resultados, ou seja, consumam-se com o 
resultado naturalístico. Ex: Homicídio, Sequestro, etc. 
 b) crimes formais - A lei prevê um resultado mas não exige que ele ocorra para 
que haja a consumação do crime, ou seja, o resultado naturalístico não é relevante, pois 
o crime se consuma antes. Ex: Extorsão mediante sequestro, pois, o resultado é a 
obtenção de uma vantagem econômica, no entanto, a consumação do crime ocorreu no 
momento que houve o sequestro. 
 c) crimes de mera conduta - Totalmente sem resultado previsto na lei, pois, o 
resultado naturalístico não ocorre. Ex: violação de domicílio, crime de desobediência. 
 Em suma, a consumação não está ligada ao resultado. Existem crimes com 
resultado e estes se consumam com o resultado, porém existem crimes que não tem 
resultado e estes se consumam com a conduta. O crime que se consuma com o resultado 
é o crime material, enquanto que o crime formal e de mera conduta se consumam sem 
este resultado. 
 
2.2 - Teoria jurídica: 
 Resultado é a lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. 
O dolo deve ser avaliado já no momento do exame da tipicidade da conduta. O núcleo do 
tipo define a conduta criminosa, de modo que a conduta, para ter relevância penal, tem 
que ao menos iniciar a execução desse núcleo com o agente cônscio do resultado delitivo 
que pretende alcançar. 
 Na Teoria Jurídica ou Normativa, 6Damasio; explica que o resultado da conduta é a 
lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal. Entendem os seus 
seguidores que delito sem evento constituiria conduta irrelevante para o Direito Penal, pois 
o que tem importância é a lesão jurídica, e não qualquer consequência natural da ação. 
Para os normativistas, porém, o resultado é elemento do delito. 
 Prevalece, na doutrina pátria, no entanto, o conceito naturalístico de resultado. 
Justamente por isso, faz-se diferença entre crimes de atividade (formais e de mera 
conduta) e de resultado (materiais). Em verdade, a relação de causalidade somente tem 
real importância no cenário dos crimes materiais, isto é, aqueles que necessariamente 
relacionam a conduta a um resultado concreto, previsto no tipo. Não ocorrendo o resultado, 
não há consumação do crime. Os delitos de atividade (formais ou de mera conduta), que 
se configuram na mera realização da conduta, pouco importando se há ou não resultado 
naturalístico, pouco se valem da teoria do nexo causal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
REFERENCIAS: 
 
1 - EDER CARLOS - O fato típico e seus elementos – matérias para concursos; julho 22, 2018 / 
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/07/22/o-fato-tipico-e-seus-elementos/. Acesso 03/06/2020 
 
2 - Yuri Madeira AYRES - Nexo causal - Publicado em 04/2018. JUS.COM.BR / 
https://jus.com.br/artigos/65130/nexo-causal. ACESSO 03/06/2020 
 
3- Juliana Nogueira Galvão MARTINS, DIREITO PENAL, 13 dez 2008, JURIDICO / 
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/16163/tipicidade-conceito-e-classificacao. Acesso 
03/06/2020 
 
4- JESUS, Damásio E. de. Direito penal, volume 1: parte geral. 28 ed. rev.Pg. 177 – São Paulo: Saraiva, 
2007. 
 
5 - NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 13ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense, 2014. 
 
6 - JESUS, Damásio E. de. Direito penal, volume 1: parte geral. 28 ed. rev. Pg. 178 – São Paulo: Saraiva, 
2007. 
 
http://materiasparaconcursos.com.br/2018/07/22/o-fato-tipico-e-seus-elementos/
https://jus.com.br/artigos/65130/nexo-causal
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/16163/tipicidade-conceito-e-classificacao

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