Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacodinâmica O que o fármaco faz no organismo; • estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. MECANISMOS DE AÇÃO: Os efeitos da administração dos fármacos resultam da interação fármaco-alvos farmacológicos no organismo, que levam à respostas bioquímicas e fisiológicas que são características de cada fármaco. Alvos farmacológicos proteicos: • receptores, canais iônicos, enzimas e transportadores; EXCEÇÕES: • fármacos que agem em proteínas estruturais (tubulina); • em proteínas citosólicas (imunofilinas); • em DNA/constituintes da parede celular de células/microrganismos • anticorpos que sequestram citocinas. ALVOS FARMACOLÓGICOS PROTEICOS: Receptores: Elementos sensores no sistema de comunicações químicas que coordenam a função de todas as células do organismo. • Mensageiros químicos: ◦ hormônios; ◦ transmissores; ◦ outros tipos de mediadores. Canais iônicos: São “portões” que se abrem e fecham e estão presentes nas membranas celulares permitindo a passagem seletiva de íons. Podem ser controlados por: • Ligantes; • Voltagem. Os fármacos agem: • de maneira direta; • por ligação ortostérica ou alostérica; • por bloqueio do canal; • por ação indireta: envolvendo a ligação com a proteína G ou alterando o nível de expressão dos canais na superfície celular. Enzimas: O fármaco é um substrato análogo e age como: • inibidor competitivo; • não competitivo; • falso substrato que altera a via – metabólica normal. Transportadores: São proteínas que ajudam no transporte de substâncias não lipossolúveis através das membranas. ➔ Fármacos podem bloquear o sistema de transporte. TIPOS DE RECEPTORES: A ligação fármaco-receptores podem resultar em diferentes tipos de respostas e efeitos celulares. Respostas podem ser desde muito rápidas (milissegundos) até extremamente lenta (horas ou dias); • receptores ionotrópicos (canais iônicos); • receptores metabotrópicos (acoplados à proteína G); • receptores ligados a quinase (fosforilação/desfosforilação); • receptores nucleares (expressão gênica). TIPO 1: CANAIS IÔNICOS CONTROLADOS POR LIGANTES: TIPO 2: RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G: TIPO 3: RECEPTORES LIGADOS A QUINASES: TIPO 4: RECEPTORES NUCLEARES: LOCALIZAÇÃO Membrana Membrana Membrana Intracelular EFETOR Canal iônico Canal ou enzima Proteína quinases Transcrição gênica ACOPLAMENTO Direto Proteína G ou arrestina Direto Via DNA EXEMPLOS Receptor nicotínico da acetilcolina; Receptor GABAA Receptor muscarínico da acetilcolina; Adrenoceptores Insulina; Fatores de crescimento; Receptores de citocinas Receptores de esteroides ESTRUTURA Organização oligomérica de subunidades circundando um poro central. Estrutura monomérica ou oligomérica compreendendo sete hélices transmembrana com um domínio intracelular acoplador de proteína G. Hélice transmembrana única ligando o domínio extracelular do receptor ao domínio da quinase. Estrutura monomérica com domínios de ligação ao receptor e domínios de ligação ao DNA. IONOTRÓPICOS: serotonina↱ receptor colinérgico nicotínico, GABAa, 5-HT3; • quando moléculas se ligam, há alteração conformacional de forma que as subunidades se afastam e haja abertura do canal; • canais permeáveis a cátions (+) ou ânions (-); • neurotransmissores do SNC: abertura de canais promove hiperpolarização (inibição) ou despolarização (excitação) eventos sinápticos muito rápidos.→ METABOTRÓPICOS: receptor muscarínico, DA, 5-HT; Diferentes subtipos de proteínas G: respostas diferentes. Proteínas G agem sobre diferentes alvos para controlar aspectos da função celular e gerar resposta: • Adenilciclase (AMPc); • Fosfolipase C (fosfato de inusitol e diacilglicerol); • Canais iônicos (Ca2+ e K+); • Rho A/ Rho quinase (crescimento e proliferação celular); • MAP quinase (divisão celular). Proteína G Ações G estimulatória (Gs) ▹ Ativa os canais de Ca2+; ▹ Ativa a adenilil-ciclase. G inibitória (Gi) ▹ Ativa os canais de K+; ▹ Inibe a adenilil-ciclase. G0 ▹ Inibe os canais de Ca2+. Gq ▹ Ativa a fosfolipase C. G12/13 ▹ Diversas interações com transportadores de íons. São suceptíveis ao processo de d essensibilização : são fosforilados e internalizados nas células; Podem seguir dois caminhos • desfosforilado e reinserido na membrana; • degradado pelos lisossomos. Reduz a resposta esperada. Formação de vesículas revestidas de clatrina LIGADOS A QUINASES: Medeiam ações de fatores de: • crescimento; • citocinas; • hormônios (insulina e leptina); Efeitos através da alteração da expressão gênica: (demanda tempo) • Controle da diferenciação; • Crescimento; • Divisão celular; • Inflamação e reparo tecidual; • Apoptose; • Respostas imunológicas; Divididos em: • Receptores tirosina quinase (RTK); • Receptores serina/treonina quinase; • Receptores de citocinas; Agem atraves da f osforilação e desfosforilação de proteínas por quinases e fosfatases. RECEPTORES NUCLEARES: Receptores para: • hormônios esteróides e tireoidianos; • vitaminas D e A; Não estão inseridos nas membranas celulares; Receptores presentes no citoplasma das células e são translocados para o núcleo depois da ligação com seu ligante podem interagir diretamente com o→ DNA; São alvos farmacológicos de 10-15% dos fármacos. Estão ligados ao tratamento de: • Inflamação; • Câncer; • Diabetes; • Doenças cardiovasculares; • Obesidade; • Distúrbios na reprodução; Podem ser divididos em: Classe I: citosol • Glicocorticóides; • Mineralocorticóides; • Estrógeno; • Progesterona; • Glicogênio. Classe II: núcleo • Ligantes lipídicos. CONTROLE DA EXPRESSÃO: Fármacos precisam ter efeitos a curto e longo prazo; reestabelecer o número de receptores.↪ Tolerância (aumento da dose, depois de um longo prazo de uso): benzodiazepínicos;↪ Resistência: antimicrobianos e antineoplásicos↪
Compartilhar