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Seminario VI Casa - Modulo I - TSJ - 2020 - Mariana Araújo

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Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou 
reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
 
 
Seminário VI 
 
 
MÓDULO: TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA 
REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA - 
HIPÓTESE TRIBUTÁRIA 
 
Aluna: Mariana Carla de Araújo Silva 
IBET Maceió 
Questões 
1. Que é regra-matriz de incidência tributária? Qual sua fun-
cionalidade operacional no direito positivo? 
 
Paulo de Barros Carvalho define a regra-matriz de incidência 
tributária (RMIT) como uma norma geral e abstrata, que se 
apresenta como um esquema lógico-semântico que demarca a 
incidência tributária. E por ser uma norma geral e abstrata, 
nos permite “traçar” a estrutura básica de qualquer tributo. 
A principal função da RMIT é organizar o texto do direito posi-
tivo, de modo a facilitar sua compreensão. 
 
2. Que é hipótese de incidência tributária? Qual sua função 
na composição RMIT? Há necessidade de um critério pes-
soal compor a hipótese da RMIT? Por quê? 
 
 Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
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A respeito da hipótese (ou descritor), Paulo de Barros Carva-
lho afirma: “Há de significar, sempre, a descrição de um evento 
que, concretizado no nível das realidades materiais e relatado 
no antecedente de norma individual e concreta, fará irromper 
o vínculo abstrato que o legislador estipulou na consequência.” 
Sendo assim, a hipótese de incidência tributária descreve um 
fato social, que ao acontecer, trará ao contribuinte as previ-
sões do consequente. 
A função da hipótese de incidência tributária na RMIT é des-
crever o fato social, como dito acima, e para fazer essa descri-
ção utiliza-se do critério material, que utiliza “verbo + com-
plemento”, bem como, definir os critérios de espaço e tempo. A 
título de exemplo vejamos a RMIT do IPTU: Critério material - 
ser (verbo) / proprietário de bem imóvel (complemento); Cri-
tério espacial - no perímetro urbano do Município; Critério 
temporal - computado o acontecimento no dia 1º de janeiro. 
Não, o critério pessoal é necessário na composição da RMIT, 
contudo, não compõe a hipótese e sim o consequente, defi-
nindo os sujeitos (ativo e passivo) da relação jurídi-
co-tributária. 
 
3. Que é incidência? Descrever, com suas palavras, a feno-
menologia da incidência tributária, diferenciando, se pos-
sível, incidência de aplicação do direito. 
 
Paulo de Barros Carvalho, sobre a incidência, assevera: “é, no 
fundo, uma operação lógica entre conceitos conotativos (da 
norma feral e abstrata) e conceitos denotativos (da norma in-
dividual e concreta). E completa: “É a relação entre o conceito 
da hipótese de auferir renda (conotação) e o conceito do fato 
de uma dada pessoa “A” auferir renda no tempo histórico e no 
espaço do convívio social (denotação). Ou seja, trata-se da 
subsunção do fato a norma, ocorrendo o fato previsto em lei 
no mundo exterior. 
 
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Entendo que ocorre a fenomenologia da incidência tributária 
quando são preenchidos todos os elementos da RMIT. Ou seja, 
ocorre a hipótese e, portanto, surge o consequente. Com rela-
ção a aplicação do direito, ocorre um fenômeno similar, sendo 
necessário que ocorra a hipótese prevista em lei, seja ela do 
tipo permissiva, proibitiva ou obrigatória, para que então, 
possa se efetivar a aplicação do direito. 
 
4. Que é evento? E fato? E fato jurídico? Qual a relação entre 
fato jurídico e teoria das provas? 
 
Aurora Tomazini define o evento como uma situação 
organizada lingusticamente pelo fato. O evento, em si, 
isoladamente, não é relevante para a relação jurídica 
tributária. Quanto o fato, Aurora o define como o elemento 
lingustico que é capaz de organizar uma situação como 
realidade. O fato, no entando, ainda “não foi conhecido pelo 
Direito”. E Paulo de Barros Carvalho afirma: “Os fatos seriam 
os enunciados linguísticos sobre as coisas e os acontecimentos, 
sobre as pessoas e suas manifestações.” Sobre fato e evento, 
Tércio Sampaio Ferrar Júnior entende: “É preciso distinguir 
entre fato e evento. A travessia do Rubicão por César é um 
evento. Todavia, “César atravessou o Rubicão” é um fato. 
Quando, pois, dizemos que é um fato que César atravessou o 
Rubicão, conferimos realidade ao evento. Fato não é, pois, algo 
concreto, sensível, mas um elemento linguístico capaz de or-
ganizar uma situação existencial como realidade.” 
Ademais, o fato jurídico é aquele que foi “traduzido” por lin-
guagem e autoridade competentes, conforme o direito positi-
vo, de forma escrita e documental. Ainda nesse sentido Tárek 
Moussallem afirma que o dano causado por A em B, sem relato 
em linguagem competente, seria mero evento, porque “a juri-
dicização do ‘dano’ não se dá fora do sistema do direito posi-
tivo, mas sim no seu interior. O fato ‘dano’ fora das normas é 
mero fato social. A relação do fato jurídico com a teoria das 
 
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provas ocorre porque o fato jurídico é um fato típico, pois, ele 
descreve um fato relevante dentro do “mundo do direito”. Pois 
bem, as provas são essenciais para o juízo de valor do julgador, 
na aplicação do direito. Sendo assim, o fato jurídico se adequa 
a chamada teoria das provas, mediante a tipicidade. 
 
5. Por que a expressão “fato gerador” é equívoca? Analisar 
os arts. 4º; 16, 105, 113, §1º, 114 e 144 do CTN e o AREsp 
215273 (vide anexo I), explicando o sentido em que o 
termo “fato gerador” foi empregado em cada uma de suas 
aparições. 
 
Parte dos doutrinadores acredita que esta expressão é 
equivoca porque é apresentada no CTN de formas diversas, e 
molda-se de acordo com o contexto em que é empregada. Em 
dado momento é utilizada como figura hipótetica, ou seja, 
como descrição legal de um fato. E em outro é utilizada para 
designar o momento no qual ocorre o caso concreto descrito 
na norma. 
No artigo 4º do CTN - Sentido de descrição hipotética da 
norma. 
No artigo 16 do CTN - Sentido de descrição hipotética da 
norma. 
No artigo 105 do CTN - Sentido de evento concreto que realiza 
a previsão normativa. 
No artigo 113, §1º do CTN - Sentido de evento concreto que 
realiza a previsão normativa. 
No artigo 114 do CTN - Sentido de descrição hipotética da 
norma. 
No artigo 144 do CTN - Sentido de evento concreto que realiza 
a previsão normativa. 
No AREsp 215273 - Sentido de evento concreto que realiza a 
previsão normativa. 
 
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6. Diferençar: a data do fato jurídico tributário da data no 
fato jurídico tributário (vide anexo II) e, os conceitos de 
erro de fato e erro de direito. 
 
A data do fato jurídico tributário corresponde a data de ocor-
rência do fato, conforme a legislação processual. E a data no 
fato jurídico tributário corresponde a ocorrência do evento no 
mundo, ou seja, conforme a legislaçãomaterial. 
O erro de fato representa um problema de prova. Ou seja, re-
fere-se ao erro na aplicação das provas, que é aplicada de mo-
do diverso e apontam para nova situação jurídica, e não aquela 
relatada na norma individual e concreta. 
O erro de direito trata de problema de subsunção. Ou seja, por 
meio de norma geral e abstrata, a lei é aplicada de modo di-
verso do qual deveria ter sido utilizado. 
 
7. Identifique nos acórdãos abaixo qual foi o critério da re-
gra matriz de incidência tributária objeto da ação judicial: 
 
a) Recurso Extraordinário. Tributário. 2. Não incide 
Imposto de Propriedade de Veículos Automotores 
(IPVA) sobre embarcações (Art. 155, III, CF/88 e Art. 23, 
III e § 13, CF/67 conforme EC 01/69 e EC 27/85). 
Precedentes. 3. Recurso extraordinário conhecido e 
provido. (STF - RE: 379572 RJ, Relator: GILMAR 
MENDES, Data de Julgamento: 11/04/2007) 
 
Discute-se o critério material. 
 
b) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GE-
RAL. EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E 
COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ES-
CRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDA-
 
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DE. RECURSO PROVIDO. 1. Inviável a apuração do ICMS 
tomando-se cada mercadoria ou serviço e a correspon-
dente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O 
montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, con-
siderando-se o total de créditos decorrentes de aquisi-
ções e o total de débitos gerados nas saídas de mercado-
rias ou serviços: análise contábil ou escritural do ICMS. 
2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade 
aplicado ao ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 
2º, inc. I, da Constituição da República, cumprindo-se o 
princípio da não cumulatividade a cada operação. 3. O 
regime da não cumulatividade impõe concluir, con-
quanto se tenha a escrituração da parcela ainda a se 
compensar do ICMS, não se incluir todo ele na definição 
de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal 
Federal. O ICMS não compõe a base de cálculo para in-
cidência do PIS e da COFINS. 3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in 
fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da base de cálculo 
daquelas contribuições sociais o ICMS transferido inte-
gralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não 
há como se excluir a transferência parcial decorrente do 
regime de não cumulatividade em determinado mo-
mento da dinâmica das operações. 4. Recurso provido 
para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição 
ao PIS e da COFINS. (STF – RE 574706 / PR, Relatora: 
Min. Carmem Lucia) 
 
Discute-se o critério quantitativo (base de cálculo). 
 
c) “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO 
TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. 
OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO 156, III, 
DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O arrendamento 
mercantil compreende três modalidades, [i] o leasing 
operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado 
leaseback. No primeiro caso há locação, nos outros dois, 
 
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serviço. A lei complementar não define o que é serviço, 
apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 
da Constituição. Não o inventa, simplesmente descobre 
o que é serviço para os efeitos do inciso III do artigo 156 
da Constituição. No arrendamento mercantil (leasing 
financeiro), contrato autônomo que não é misto, o 
núcleo é o financiamento, não uma prestação de dar. E 
financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode incidir, 
resultando irrelevante a existência de uma compra nas 
hipóteses do leasing financeiro e do leaseback. Recurso 
extraordinário a que se nega provimento.”(RE 592905, 
Relator Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 
02/12/2009 
 
Discute-se o critério material. 
 
d) PI – IMPORTAÇÃO – PESSOA NATURAL – AUTOMÓVEL – 
AUSÊNCIA DE ATIVIDADE EMPRESARIAL DE VENDA – 
AFASTAMENTO PELO JUÍZO – INCIDÊNCIA DO TRIBUTO 
RECONHECIDA NA ORIGEM – RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL 
CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia 
acerca da incidência do Imposto Sobre Produtos 
Industrializados – IPI na importação de veículo 
automotor, quando o importador for pessoa natural e o 
fizer para uso próprio, considerados ainda os limites da 
lei complementar na definição do sujeito passivo. (STF - 
RE 723651 RG / PR, Relator: Min. Marco Aurélio) 
 
Discute-se o critério pessoal (sejeito passivo). 
 
e) TRIBUTÁRIO. FORNECIMENTO DE PROGRAMAS DE 
COMPUTADOR (SOFTWARE).CONTRATO DE CESSÃO DE 
USO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PERSONALIZADOS.ISS. 
INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE QUALQUER UM 
 
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autorização. 
 
 
DOS VÍCIOS ELENCADOS NO ART. 535 DO CPC. 
IMPOSSIBILIDADE DE EFEITOS INFRINGENTES. 1. O 
entendimento de que a jurisprudência desta Corte de 
Justiça firmou-se no sentido de que os programas de 
computador desenvolvidos para clientes, de forma 
personalizada, geram incidência de tributo do ISS não 
conflita com o conteúdo da Súmula Vinculante 31 do 
Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “é 
inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de 
bens móveis.” 2. A embargante, inconformada, busca, com a 
oposição destes embargos declaratórios, ver reexaminada 
e decidida a controvérsia de acordo com sua tese. 3. A 
inteligência do art. 535 do CPC é no sentido de que a 
contradição, omissão ou obscuridade, porventura 
existentes, só ocorre entre os termos do próprio acórdão, 
ou seja, entre a ementa e o voto, entre o voto e o relatório 
etc, o que não ocorreu no presente caso. Embargos de 
declaração rejeitados. (STJ - EDcl no AgRg no AREsp: 32547 
PR 2011/0101397-7, Relator: Ministro HUMBERTO 
MARTINS) 
 
Discute-se o critério material. 
 
8. O “princípio da universalidade da renda”, prescrito para as 
pessoas jurídicas no art. 25 da Lei nº 9.249/1995 é pres-
crição que atua sobre qual(is) critério(s) da regra-matriz 
de incidência tributária? Descreva, ainda, como o comando 
desse dispositivo se relaciona com o domínio espacial de 
vigência. 
 
Atua sobre os critérios espacial, temporal e quantitativo (base 
de cálculo). 
O art. 25 da Lei nº 9.249/1995 prevê: 
 
 
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autorização. 
 
 
Art. 25. Os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos 
no exterior serão computados na determinação do lucro real 
das pessoas jurídicas correspondente ao balanço levantado em 
31 de dezembro de cada ano. 
Pois bem, o trecho grifado se relaciona diretamente ao domínio 
espacial da vigência, pois, este, como dito por Lucas Galvão de 
Britto, em o Lugar e o Tributo: “Diz respeito ao conjunto de re-
ferências espaciais que circunscrevem os limites para a aplica-
bilidade da norma tributária. Define aquilo que chamamos de 
cosmos, um domínio dentro do qual devem situar-se as sub-
classes a que se denominou lugar. Assim como todo ordena-
mento tem sua existência delimitada no tempo e no espaço, o 
mesmo se pode dizer do efeito atribuído às suas normas que 
podem ser instituídas ourevogadas. Tanto o ato ponente como 
o derrogador de normas, delimitam que os efeitos daquelas 
disposições não mais se aplicam a um intervalo de tempo e, 
também, de espaço.”. 
 
9. A Lei nº 13.296/2008 do Estado de São Paulo prevê, em 
seu art. 4º, que o IPVA deverá incidir “no local do domicí-
lio ou da residência do proprietário do veículo neste Es-
tado”.1 Construa a regra-matriz de incidência tributária 
 
1. Artigo 4º - O imposto será devido no local do domicílio ou da residência do proprietário 
do veículo neste Estado. 
§ 1º - Para os efeitos desta lei, considerar-se-á domicílio: 
1 - se o proprietário for pessoa natural: 
a) a sua residência habitual; 
b) se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade 
onde o veículo esteja sendo utilizado; 
2 - se o proprietário for pessoa jurídica de direito privado: 
a) o estabelecimento situado no território deste Estado, quanto aos veículos automotores 
que a ele estejam vinculados na data da ocorrência do fato gerador; 
b) o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário na data da 
ocorrência do fato gerador, na hipótese de contrato de locação avulsa; 
c) o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data da ocorrência 
do fato gerador, na hipótese de locação de veículo para integrar sua frota; 
3 - qualquer de suas repartições no território deste Estado, se o proprietário ou locatário for 
pessoa jurídica de direito público. 
§ 2º - No caso de pessoa natural com múltiplas residências, presume-se como domicílio 
 
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do IPVA e, considerando os comandos dos arts. 109 e 110 
do CTN, examine a licitude da legislação paulista. 
Quanto A RMIT do IPVA, segue: 
Hipótese: 
Verbo + complemento - Ser / proprietário de veículo auto-
motor. 
Critério espacial - limites territoriais do Estado ou do Distrito 
Federal em que for exercida a propriedade do veículo auto-
motor. 
Critério temporal - instante fixado em lei, a partir do mo-
mento em que a propriedade é adquirida e se mantém, por 
exemplo: 1º de janeiro de cada ano, ou para veículos novos, o 
instante da aquisição; ou, se veículo importado, o momento 
de sua entrada no território nacional. 
 
 
tributário para fins de pagamento do IPVA: 
1 - o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão; 
2 - caso possua residência e exerça profissão em mais de um local, o endereço constante da 
Declaração de Imposto de Renda. 
§ 3º - Na impossibilidade de se precisar o domicílio tributário da pessoa natural nos termos 
dos §§ 1º e 2º deste artigo, a autoridade administrativa poderá fixá-lo tomando por base o 
endereço que vier a ser apurado em órgãos públicos, nos cadastros de domicílio eleitoral e 
nos cadastros de empresa seguradora e concessionária de serviço público, dentre outros. 
§ 4º - No caso de pessoas jurídicas de direito privado, não sendo possível determinar a 
vinculação do veículo na data da ocorrência do fato gerador, nos termos do item 2 do § 1º 
deste artigo, presume-se como domicílio o local do estabelecimento onde haja indícios de 
utilização do veículo com predominância sobre os demais estabelecimentos da mesma 
pessoa jurídica. 
§ 5º - Presume-se domiciliado no Estado de São Paulo o proprietário cujo veículo estiver 
registrado no órgão competente deste Estado. 
§ 6º - Em se tratando de veículo de propriedade de empresa de arrendamento mercantil 
(leasing), o imposto será devido no local do domicílio ou residência do arrendatário, nos 
termos deste artigo. 
§ 7º - Para os efeitos da alínea “b” do item 2 do § 1º deste artigo, equipara-se a estabeleci-
mento da empresa locadora neste Estado, o lugar de situação dos veículos mantidos ou 
colocados à disposição para locação. 
 
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Consequente: 
Critério pessoal - Sujeito passivo: proprietário do veículo au-
tomotor e Sujeito ativo: Estado ou Distrito Federal em que for 
exercida a propriedade do veículo automotor. 
Critério quantitativo - Base de cálculo: valor venal do veículo 
automotor e Alíquota: Fixado em lei estadual, conforme pre-
vê o art. 155, §6º, I e II da CF. 
Quanto ao art. 4º da Lei nº 13.296/2008 do Estado de São 
Paulo entendo que é ilícita, pois, o critério espacial da hipó-
tese deveria estar definido conforme o local onde o veículo 
está registrado e licenciado, e não no local do domicílio ou 
residência do proprietário.

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