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Elementos Componentes da Estrutura das Pontes e Viadutos NBR 7187 Projeto Estrutural O projeto estrutural de pontes é composto pelas seguintes etapas: 1. Estudos Preliminares – São as informações sobre sistema viário topografia, cargas, gabaritos, drenagem, estudos geotécnicos, hidrológicos, etc. 2. Anteprojeto – envolve os seguintes elementos: Memorial de Cálculo, Desenhos e Estimativa de quantidades de materiais 3. Projeto Estrutural – envolve os seguintes elementos: Memorial Descritivo, Memorial de Cálculo, Desenhos Executivos e Descrição dos Materiais a serem utilizadas na obra. Projeto • Os elementos estruturais das pontes e viadutos podem ser subdivididas nos seguintes grupos: • Superestrutura; • Mesoestrutura; • Infraestrutura. Nomenclatura • Superestrutura - A superestrutura vence o vão necessário a ser transposto pela ponte e recebe diretamente as cargas provenientes do tráfego dos veículos, transmitindo-as à mesoestrutura. É normalmente denominada de tabuleiro ou estrado, sendo composta de vigamento longitudinal (vigas principais ou longarinas), de vigamento transversal (transversinas) e das lajes superior, e inferior (no caso de estrado celular). • Mesoestrutura - A mesoestrutura, cuja função é conduzir as cargas da superestrutura para as fundações, é constituída pelos pilares, travessas e encontros. • Infraestrutura - A Infraestrutura, ou fundação, tem a finalidade de receber as cargas da estrutura, transmitindo-as para o solo. Pode ser direta (sapatas) ou profunda (estacas ou tubulões). • Encontros - Os encontros, utilizados em determinados tipos de obras, são elementos que, além de receberem as cargas provenientes da superestrutura, fazem a contenção dos aterros nas extremidades da ponte, recebendo, também, os empuxos horizontais causados por esses aterros. Definições Elementos Estruturais Suas medidas • Comprimento: medida, segundo o eixo longitudinal, dos extremos da ponte; • Vão: medida, segundo o eixo longitudinal, entre o eixo de dois suportes consecutivos; • Altura da construção: distância entre o ponto mais baixo e o mais alto da superestrutura; • Altura livre: distância entre o ponto mais baixo da superestrutura e o mais alto do obstáculo. Gabaritos de Passagem Gabaritos (altura) Gabaritos de Passagem Gabaritos (altura) Gabaritos de Passagem - número de faixas definidos em função de estudos de tráfego e projeções futuras. Gabaritos (largura) • Lajes do Tabuleiro - As lajes são os elementos que suportam diretamente as pistas de rolamento e os passeios de pedestres. São geralmente executadas em concreto armado e, eventualmente, em concreto protendido. Atualmente, tem sido muito utilizado o sistema conhecido por pré-laje, que constitui-se de lajotas pré-moldadas que apoiam-se sobre as vigas principais (geralmente vigas protendidas pré-moldadas) e funcionam como forma, sem necessidade de escoramento para as lajes concretadas in loco. Elementos da Superestrutura • Vigamento do tabuleiro - O vigamento do tabuleiro é constituído pelas vigas longitudinais (vigas principais ou longarinas) e pelas vigas transversais (transversinas). As vigas principais suportam as cargas atuantes sobre a superestrutura, transferindo-as para os pilares ou encontros. As transversinas podem ser ligadas ou separadas da laje e têm a função de contraventamento, além de colaborar na distribuição das cargas do tabuleiro para o vigamento principal, como é o caso das pontes em grelha. Elementos da Superestrutura Colocação de Vigas Longarinas em Travessas Travessa – Elemento estrutural ligando os pilares de um mesmo eixo transversal que recebe as vigas longarinas – não confundir travessa com a viga transversina. A travessa compõe a mesoestrutura e as transversinas a superestrutura. Instalação de Pré-Lajes Pré-Lajes – Elemento estrutural auxiliar largamente utilizado em lajes moldadas “in loco” pois dispensa a utilização de formas e cimbramentos. São placas de concreto pré moldadas e sobre elas serão montadas as armaduras definitivas/ complementares e será executada a concretagem definitiva da laje da ponte/ viaduto. Esquemas Estruturais Dente Gerber Tipos de Seções Transversais Seções Unicelulares e Pluricelulares Passeios para pedestres, guarda-corpos e barreiras de proteção • Os passeios são as partes do tabuleiro destinadas ao tráfego de pedestres. Têm em geral largura de 1,00m para pontes em áreas rurais e de 1,50m para pontes nas rodovias em áreas urbanas. Nas obras situadas dentro das cidades a largura dos passeios pode variar de acordo com cada caso específico. • Os guarda-corpos são peças laterais de proteção aos pedestres. São fixados nas extremidades dos passeios com altura geralmente variando de 0,75m (áreas rurais) a 1,10m (áreas urbanas). Nas pontes rodoviárias os guarda-corpos são normalmente de concreto armado, devido a menor necessidade de manutenção. • As barreiras de proteção são obstáculos, geralmente de concreto, com a finalidade de impedir a saída dos veículos da pista de rolamento. São dimensionados para conter o impacto de um veículo desgovernado. Elementos Contidos na Superestrutura Pista de Rolamento, Acostamento e Passeio Defensa e Guarda Corpo • Cortinas e alas - As extremidades das pontes são geralmente dotadas de alas laterais com a função de melhorar as condições de contenção lateral dos aterros. As pontes com vigas em balanço também são dotadas de cortinas extremas. • Placa de transição - A placa de transição é constituída de uma laje de concreto armado apoiada, de um lado, numa extremidade da ponte, e do outro lado, apoiada no terrapleno. A finalidade da placa de transição é amenizar a diferença de nível entre o aterro das cabeceiras e o estrado da ponte, provocada por recalques do terrapleno ao longo do tempo. Cortinas e Placas de Transição • Juntas de dilatação - Nos projetos de pontes com grande comprimento são previstas interrupções estruturais no tabuleiro, de modo a permitir os movimentos provocados pela variação de temperatura, retração e fluência do concreto. Juntas de Dilatação • Sistema de drenagem - Um especial cuidado com um eficiente sistema de drenagem do tabuleiro é de fundamental importância para um bom desempenho com maior vida útil da obra. • O escoamento das águas das chuvas sobre a ponte é geralmente feito através de drenos executados com tubos de PVC de 75 mm, ou 100mm, espaçados ao longo das bordas da pista de rolamento. A inclinação transversal da pista (mínimo de 2%) conduz a água para as bordas onde se encontram os drenos. • Nas pontes em caixão celular, deve-se também colocar tubos de drenagem na laje inferior, com a finalidade de evitar o acumulo de água no interior das células. Drenagem Drenagem • Pilares - Os pilares são localizados a cada linha de apoio transversal do tabuleiro. Suas quantidades, formas e dimensões dependem de diversos fatores como a altura da obra, a largura da superestrutura e o tipo de fundação. Podem ser reticulados, laminares ou maciços • Aparelhos de apoio - A transmissão das cargas do tabuleiro para os pilares ou encontros se dá através de elementos de transição denominados aparelhos de apoio. Eles podem permitir alguns movimentos na estrutura e impedir outros, conforme o tipo de obra. Elementos da Mesoestrutura Os aparelhos de apoio podem ser classificados em fixos, móveis e elastoméricos: • Os aparelhos fixos permitem movimentos de rotação e impedem os de translação, transmitindo esforços verticais e horizontais. São utilizados na forma de articulações de concreto, também conhecidos como articulações Freyssinet. • Os aparelhos móveis permitem movimento de rotação e translação horizontal, transmitindo apenas esforços verticais. São constituídos por pêndulos de concreto ou rolos metálicos. • Os apoios elastoméricos são aparelhos elásticos de borracha fretada (Neoprene) que permitem pequenos movimentos horizontais e rotações. São constituídos de camadas de Neoprene coladas a chapas metálicas de pequena espessura.Aparelhos de Apoio Aparelhos de Apoio Fixos e Móveis Aparelho de Apoio Elastomérico Detalhe do Aparelho de Apoio Elastomérico Pilares com Estrutura Reticulada Estrutura Reticulada: • Coluna única • Colunas independentes • Pórtico plano ou espacial • Em áreas urbanas: coluna única é o mais comum • Com larguras até 14m, o mais comum é utilizar duas colunas; • Para alturas maiores, vigas intermediárias de travamento (flambagem) • Para grandes alturas (mais do que 40m, indica-se pórticos espaciais. Pilares com Estrutura Lamelar • Normalmente utilizadas em áreas urbanas por razões estéticas ; • É comum utilizas nessa situação seção caixão ou celular. Pilares Maciços Utilizados antigamente, em alvenaria, hoje em desuso • A infraestrutura ou fundação de uma ponte pode ser do tipo superficial ou profunda. • A escolha do tipo de fundação depende de diversos fatores que precisam ser analisados na fase do projeto, sendo, porém, de fundamental importância o conhecimento do tipo de solo do local onde será executada a obra e dos esforços que serão transmitidos. Elementos da Infraestrutura Fundação Direta e Rasa a) Blocos e alicerces b) Baldrame c) Sapata d) Radier. Características das Fundações Diretas Rasas Fundações Profundas: Estacas (indiretas) Estacas pré moldadas: metálicas, de concreto e de madeira (normalmente utilizadas para obras provisórias). Algumas seções pré moldadas de concreto: a) Seção quadrada; b) Seção octogonal; c) Seção Circular; d) Seção Vazada. Estacas Moldadas “in loco” Tubulão – Fundação Direta e Profunda • Pode ser escavado a céu aberto, usando ou não “camisa de concreto ou aço”, dependendo no nível do lençol freático e da permeabilidade do solo; • A base pode ser alargada ou não. Tubulão a Ar Comprimido Utilizado em locais com grande presença de água Características das Fundações Profundas
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