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1.
	Tratando da aprendizagem de Libras por ouvintes, os autores Leite e McCleary (2009) partem da própria experiência do primeiro deles. Assim, usando a metodologia de estudos em diário, Leite registrou cotidianamente sua experiência de aprendiz de Libras como segunda língua em contextos formais e informais, e encontrou algumas dificuldades que ouvintes têm na aquisição da Libras. As dificuldades que encontrou na área linguística estava relacionada aos seguintes aspectos: modalidade, datilologia, morfossintaxe, classificadores, unidades não manuais, uso do espaço, a semântica. Disserte sobre essas dificuldades. 
	Leite e McCleary (2009) especificam dificuldades que os ouvintes apresentam na aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais – Libras, tais como: a falta de padronização da Libras; a ausência de um sistema de escrita, bem como as ideias disseminadas de forma equivocada (SOUZA, 2019). 
	Nesse sentido, segundo os autores são elencados também dificuldades nos aspectos linguísticos, que são referentes aos seguintes tópicos:
· A modalidade – é necessário um refinamento da visão, pois os aprendizes tendem a focar nas mãos do sinalizador perdendo desse modo informações durante o discurso.
· A datilologia – geralmente quando se aprende a Libras é reservado pouco tempo para o aprimoramento desta modalidade, tornado dificultoso seu uso no cotidiano.
· A morfossintaxe – devido ao ensino da Libras ser focado no vocabulário, tem-se uma dificuldade para encontrar equivalentes no momento da interpretação, sendo comum ser produzido um discurso bimodal.
· Os classificadores – os ouvintes tem dificuldade em utilizar este recurso, por ser parecidos com pantonimias.
· As unidades não manuais – são comprometidas em seu uso prosódico e sintático, sendo difícil de ser produzidas.
· O uso do espaço – é difícil de ser usado por ouvintes, visto que o discurso nas línguas faladas não precisa ser marcado fisicamente, entretanto na língua de sinais, faz-se necessário essa utilização do espaço para representar o discurso.
· A semântica – pelo modo como é comumente ensinada a língua de sinais, os ouvintes acreditam que existe um equivalente para cada palavra falada, quando não exclarecida essa situação geram muita confusão.
	Desse modo as dificuldades elencadas estão atreladas aos métodos ineficientes de ensino da língua de sinais (SOUZA, 2019).
	2.
	Os estudos sobre línguas sinalizadas são recentes, e a emergência repentina de pesquisas nessa área da linguística, criou a necessidade urgente de nomear fenômenos que eram observados durante a descrição das línguas de sinais. O mais adequado foi lançar mão de termos já usados na descrição das línguas orais e este parece ser o caso dos classificadores. Os classificadores são muito importantes nas línguas de sinais. Disserte sobre os classificadores e suas características. 
	De acordo com Schmaltz (2005), “Classificadores”, como o próprio nome indica, são elementos que classificam e especificam determinado aspecto de uma entidade designada por um nome. Estes podem acompanhar um verbo, fornecendo informações, função e significado mostrando assim uma característica de um objeto.
	Assim sendo, “os classificadores em línguas orais podem estar inseridos em oito categorias diferentes: material (constituição), função, forma, consistência, tamanho, locação, arranjo e quantia” (ALLAN, 2001). Os classificadores não especificam apenas os objetos concretos, mas também construções metafóricas.
	Dito isso, “a língua de sinais categoriza os objetos de mundo por meio de um processo metonímico, ou seja, pega partes para representar mentalmente o todo” (FARIA-NASCIMENTO, 2009). Nesse aspecto é possível construir significados por meio da ativação dos espaços mentais através da abordagem do frames (LAKOFF, 2001).
	Quanto à tipologia dos classificadores na língua de sinais temos segundo Supalla (1986) as seguintes categorias: a) Especificadores de tamanho e forma; b) Classificador semântico; c) Classificador corpo; d) Classificador parte do corpo; e) Classificador instrumento e f) Morfemas para outras propriedades de classes de nomes. Já segundo Pizzio et al. (2009) apresente as categorias a seguir: classificadores descritivos; classificadores especificadores; classificadores de plural; classificadores instrumentais e classificadores de corpo. Desse modo é considerado que a divisão por categorias apresenta problemas, pois as configurações classificatórias não remetem a único contexto enunciativo, bem como a um único significado.

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