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ESTUDO DE CASO - MATEUS DUARTE VARGAS

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
MATEUS DUARTE VARGAS
ESTUDO DE CASO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
CAXIAS DO SUL 2020
MATEUS DUARTE VARGAS
ESTUDO DE CASO: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao curso Técnico de Enfermagem da Escola de Educação Profissional Nossa Senhora de Fátima para obtenção do título de Técnico em Enfermagem.
Orientadora: Profº Enfª Griscelda da Conceição da Silva
CAXIAS DO SUL 2020
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha família, minha filha e esposa.
Minha orientadora Griscelda Conceição
A Escola de Educação Profissional Nossa Senhora de Fátima.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a minha família que sempre esteve ao meu lado me apoiando, aos professores e colegas.
EPÍGRAFE
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência." 
(Henry Ford)
RESUMO
Neste estudo de caso discutimos a complexidade da Insuficiência Cardíaca Congestiva. A insuficiência cardíaca congestiva é a incapacidade do coração de manter a perfusão adequada às necessidades metabólicas dos tecidos, levando a congestão, dispneia e limitação funcional. É uma importante causa de morbimortalidade no Brasil, respondendo por um quarto das internações por doenças cardiovasculares em geral e a um terço das internações acima dos 65 anos. Mesmo com as opções terapêuticas disponibilizadas nos últimos 20 anos, que muito melhoram a qualidade de vida e a sobrevida das pessoas portadoras de insuficiência cardíaca, esta continua a ter um prognóstico muito reservado, comparável ao de muitas neoplasias malignas. Para este estudo foram consultados os seguintes autores: FREITAS; PÜSCHEL (2013), SMELTZER E BARE (2006), GUYTON (2006), ROCHA (2008) com a finalidade de embasar o conhecimento da patologia e os cuidados de enfermagem.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Cuidados, Insuficiência cardíaca.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Sistema Cardiovascular	11
Figura 2: Insuficiência Cardíaca Congestiva.	13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	10
2. REVISÃO DE LITERATURA	11
2.1 REVISÃO DE ANATOMIA	11
2.2 DEFINIÇÃO DA DOENÇA	13
2.2.1 Fisiopatologia	14
2.2.2 Manifestações clínicas	14
2.2.3 Etiologia	15
2.2.4 Complicações	15
2.2.5 Métodos Diagnóstico	15
2.2.6 Tratamento e Prognóstico	16
2.2.7 Prevenção	17
3. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM	18
3.1 ANAMNESE	18
3.1.1. Dados de identificação	18
3.1.2. História pregressa	18
3.1.3. História atual	18
3.2 EXAME FÍSICO	18
4. TERAPÊUTICA INSTITUÍDA NO CASO	19
4.1 PRESCRIÇÃO MÉDICA	19
4.2 FUNDAMENTAÇÃO FARMACOLÓGICA	19
4.2.1. Atenolol	20
4.2.1.1. Indicação	20
4.2.1.2. Contraindicação	20
4.2.1.3. Reações adversas	20
4.2.1.4. Interações medicamentosas	20
4.2.2. Enalapril	21
4.2.2.1. Indicação	21
4.2.2.2. Contraindicação	21
4.2.2.3. Reações adversas	21
Interações medicamentosas	21
Hidroclorotiazida	22
Indicação	22
Contraindicação	22
Reações adversas	22
Interações medicamentosas	23
CUIDADOS DE ENFERMAGEM	24
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM	28
CONSIDERAÇÕES FINAIS	30
REFERÊNCIAS	31
ANEXO A	32
INTRODUÇÃO11
A Insuficiência Cardíaca pode ser considerada hoje um problema de saúde pública. Tem alta prevalência, alto custo, é freqüentemente incapacitante e tem elevada mortalidade. O diagnóstico precoce e o tratamento efetivo diminuem a morbimortalidade e os custos, daí a importância de estabelecerem-se diretrizes para sua abordagem na atenção primária (FREITAS; PÜSCHEL, 2013)
É a incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para satisfazer às necessidades de oxigênio e nutrientes por parte dos tecidos (FREITAS; PÜSCHEL, 2013)
Existem dois tipos de Insuficiência Cardíaca: Sistólica e Diastólica. A Insuficiência Cardíaca sistólica é aquela em que o principal problema é a contratilidade miocárdica. Já a diastólica é aquela secundária à redução do enchimento ventricular (FREITAS; PÜSCHEL, 2013)
Na Insuficiência Cardíaca Congestiva, a redução do débito cardíaco é o sinal inicial para que uma série de mecanismos compensatórios seja recrutada com a finalidade de manter a perfusão de órgãos-alvo. Assim a redução crônica do enchimento arterial, secundária ao baixo débito cardíaco, resulta em um decréscimo na sinalização inibitória ao centro reflexo cardiovascular, causando um aumento significativo na resistência vascular sistêmica. Em contrapartida, a disfunção dos reflexos cardiovasculares na IC resulta numa atividade adrenérgica aumentada com vasoconstrição sistêmica. Adicionalmente, ativação simpática pode ter ações secundárias levando a ativação de sistemas locais e neuro-humorais, por exemplo, sistema reninaangiotensina-aldosterona levando à retenção ávida de sódio secundária à reabsorção aumentada renal de sódio (FREITAS; PÜSCHEL, 2013)
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 REVISÃO DE ANATOMIA
O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração (GUYTON, 2006)
Figura 1: Sistema Cardiovascular
Fonte: https://www.google.com.br/search
Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares (GUYTON, 2006)
Artérias
As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do corpo (GUYTON, 2006)
A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco (GUYTON, 2006)
As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez se ramificam ainda mais formando os capilares (GUYTON, 2006)
Veias
As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração (GUYTON, 2006).
Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração (GUYTON, 2006).
Vasos Capilares
Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias (GUYTON, 2006).
Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do sangue para as células e vice-versa (GUYTON, 2006).
Coração
O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o corpo (GUYTON, 2006).
É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração (GUYTON, 2006).
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os átrios (GUYTON, 2006).
O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado esquerdo. No entanto, não há comunicação entre os dois átrios, nem entreos dois ventrículos (GUYTON, 2006).
Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide (GUYTON, 2006).
O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue (GUYTON, 2006).
Pulsação
A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração. (GUYTON, 2006). Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos (GUYTON, 2006).
Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas (GUYTON, 2006).
As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios (GUYTON, 2006).
2.2 DEFINIÇÃO DA DOENÇA
Insuficiência cardíaca, também conhecida como insuficiência cardíaca congestiva, ocorre quando seu coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do seu corpo. Como resultado, fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos por todo o corpo (FREITAS, 2013)
Figura 2: Insuficiência Cardíaca Congestiva
Fonte: https://www.google.com.br/search
2.2.1 Fisiopatologia
A análise atual da fisiopatologia cardíaca evoluiu da visão do coração como bomba para órgão neuro-humoral. Assim, inclui obrigatoriamente a remodelagem decorrente da hipertrofia e da dilatação que ocorrem como conseqüência da disfunção miocárdica. Há ativação neuro-humoral bastante ampla com alterações endoteliais, inflamatórias, autócrinas e parácrinas, com marcante desequilíbrio da biologia do endotélio e do miócito. Deve-se compreender o papel da hipertrofia miocárdica, da disfunção endotelial, das alterações de citocinas, hemodinâmicas e neuro-humorais. Esta ativação estabiliza a função miocárdica por um certo período, entretanto a continuidade destas alterações compensatórias a uma agressão leva a uma piora progressiva da falência cardíaca (FREITAS, 2013)
2.2.2 Manifestações clínicas
Os sintomas mais frequentes na insuficiência cardíaca são a dispneia e o cansaço. A dispneia é consequência do aumento da pré-carga, com congestão venosa e capilar dos pulmões, o que diminui a capacidade vital e aumenta o trabalho respiratório. O cansaço, decorrente da redução do débito cardíaco, pode surgir na anamnese como “fraqueza” ou “falta de força” (FREITAS, 2013)
Ortopneia é a dispneia ao decúbito dorsal, ocasionada pelo aumento do retorno venoso dos membros inferiores ao coração, com congestão pulmonar e diminuição da capacidade vital. A intensidade da ortopneia é comumente medida pela quantidade de travesseiros que a pessoa necessita para elevar o tronco e conseguir respirar sem dificuldade. Já a dispneia paroxística noturna, causada por mecanismos semelhantes, faz a pessoa despertar algumas horas depois de adormecer, buscando alívio em posição ortostática, sentando-se ou pondo-se de pé, reduzindo, assim, o retorno venoso para o coração. Esses dois últimos sintomas são mais específicos do que a dispneia e o cansaço, embora não patognomônicos (FREITAS, 2013)
Tosse seca também é um sintoma de congestão pulmonar e também costuma piorar no decúbito dorsal – assim como a noctúria, que surge por conta do aumento do fluxo sanguíneo renal no decúbito, uma vez que o débito cardíaco, em posição ortostática, costuma ser redistribuído para outros órgãos (FREITAS, 2013)
As pessoas com insuficiência cardíaca queixam-se frequentemente de ganho de peso (“inchaço”) e de edema de extremidades decorrentes da retenção de fluido. Em casos mais avançados, ocorre emagrecimento. A cardiopatia isquêmica e a hipertensão arterial sistêmica, como as causas mais comuns de insuficiência cardíaca, também são achados comuns da anamnese (FREITAS, 2013)
 A congestão gastrintestinal pode manifestar-se através de náusea, diminuição do apetite, dor em hipocôndrio direito (por distensão da cápsula hepática) e alterações do hábito intestinal. Sintomas psiquiátricos também podem ocorrer, comumente pelo somatório do baixo débito cardíaco com outra condição subjacente, como a doença cerebrovascular. Eles incluem confusão mental, psicose, ansiedade e depressão – essa última ocorrendo em até 20% das pessoas com Insuficiência Cardíaca (FREITAS, 2013)
2.2.3 Etiologia
A etiologia mais comumente observada é a doença arterial coronariana grave, responsável por reduzir o fluxo sanguíneo à musculatura cardíaca. Caso o indivíduo sofra um infarto, o tecido fibroso resultante do processo de cicatrização se contrai e diminui a capacidade de bombeamento de sangue. Outra causa é a estenose valvular, que pode ser causada por um defeito congênito ou pela febre reumática, por exemplo. Um aneurisma cardíaco de grandes dimensões também pode levar à redução da capacidade de bombeamento sanguíneo pelo coração (FREITAS, 2013)
2.2.4 Complicações
Algumas pessoas tem maior probabilidade que outras de desenvolver insuficiência cardíaca. Ninguém pode prever com certeza quem irá desenvolvê-la. Estar ciente dos fatores de risco e ver um médico para tratamento precoce são boas estratégias para o controle da insuficiência cardíaca. Fatores de risco de insuficiência cardíaca incluem: pressão alta (hipertensão), ataque cardíaco (infarto do miocárdio), válvulas cardíacas anormais, aumento do coração (cardiomiopatia), histórico familiar de doença cardíaca, diabetes (FREITAS, 2013)
2.2.5 Métodos Diagnósticos
Apenas o seu médico pode dizer se você tem insuficiência cardíaca e quanto a condição progrediu. Seu médico revisará seu histórico médico, incluindo doenças passadas e atuais, histórico familiar e estilo de vida. Como parte de seu exame físico, seu médico irá verificar o seu coração, pulmões, abdômen e pernas para ver se os sinais de insuficiência cardíaca estão presentes (FREITAS, 2013)
Para descartar ou confirmar o diagnóstico de insuficiência cardíaca, seu médico poderá prescrever um ou vários destes testes de diagnóstico: Ecocardiograma, Eletrocardiograma (ECG), Radiografia de tórax, Teste de esforço (teste de estresse): Cateterização cardíaca.
Se você tem insuficiência cardíaca, seu médico também pode rastrear sua fração de ejeção ao longo do tempo. Fração de ejeção é a porcentagem de sangue que é bombeada para fora do coração durante cada batimento. É um indicador-chave da saúde do seu coração, e os médicos frequentemente usam para determinar quão bem o seu coração está funcionando como uma bomba (FREITAS, 2013)
2.2.6 Tratamento e prognóstico
Terapia de Ressincronização Cardíaca
Em algumas pessoas com insuficiência cardíaca, as câmaras inferiores do coração não batem ao mesmo tempo, forçando o coração a trabalhar mais. Estas pessoas podem se beneficiar da terapia de ressincronização cardíaca (TRC), que é um dispositivo implantável de coração, como um marca-passo (ROCHA, 2008)
A Terapia de Ressincronização Cardíaca é uma opção de tratamento clinicamente provada para alguns indivíduos com insuficiência cardíaca. Ele envia pequenos pulsos elétricos a ambas as câmaras inferiores do seu coração para ajudá-las a baterem em um padrão mais sincronizado. Isso pode melhorar a capacidade do coração para bombear o sangue e o oxigênio para o corpo (ROCHA, 2008)
Mudanças no Estilo de Vida
Seu médico pode recomendar mudanças de estilo de vida, tais como parar de fumar, limitar sua ingestão de sódio, perda de peso ou reduzir seu nível de estresse. Estas mudanças podem ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados com insuficiência cardíaca e reduzir a pressão sobre seu coração (ROCHA, 2008)
Medicamentos
Muitos tipos de medicamentos são utilizados para tratar a insuficiência cardíaca.Seu médico pode prescrever inibidores ECA, betabloqueadores, anticoagulantes e diuréticos, entre outros. Em geral, uma combinação de medicamentos para o coração é normalmente usada (ROCHA, 2008)
Cirurgia Cardíaca
Se a sua insuficiência cardíaca é causada ou agravada por uma válvula fraca, seu médico pode considerar cirurgia cardíaca para reparar ou substituir a válvula. Se a sua insuficiência cardíaca for grave e irreversível, a cirurgia de transplante de coração pode ser considerada (ROCHA, 2008)
2.2.7 Prevenção
10
17
Assim como as demais doenças do coração, a prevenção da insuficiência cardíaca acontece por meio da adoção de um estilo de vida saudável, com a prática regular de atividade física, alimentação balanceada, não fumar e evitar o estresse. É preciso também adotar o hábito de visitar um cardiologista anualmente. Com essa regularidade, é possível avaliar a pressão arterial e identificar a presença de fatores de risco que possam desencadear ao desenvolvimento da doença (ROCHA, 2008)
3. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
3.1 ANAMNESE
3.1.1. Dados de identificação
Paciente P.A.S.C, 63 anos do sexo masculino, nasceu em 25 de março de 1956, natural de Caxias do Sul, casado, alfabetizado com ensino fundamental incompleto, católico.
3.1.2. História pregressa
Paciente relata ser ex fumante há 8 anos. Histórico de pneumonia com derrame pleural a 3 meses, hipertensão arterial sistêmica, enfisema pulmonar, choque elétrico com parada cardiorespiratória a 8 anos. Sem filhos. Pais falecidos.
3.1.3	História atual
Paciente nega alergia a medicação. Paciente interna por insuficiência cardíaca congestiva para tratamento em um hospital de médio porte da serra gaúcha.
3.2 EXAME FÍSICO
Paciente lúcido, orientado, consciente, dispneico; peso 87 kg, altura 1,70m, de pele hidratada com hematomas de punções anteriores, temperatura mantida, pouca elasticidade e turgor diminuído; mucosas úmidas, coradas e sem lesões; cabelos curtos; pêlos preservados; unhas com brilho, curtas; crânio simétrico, arredondado e sem alterações; face simétrica, expressão facial tranquilo, sem alterações; olhos escuros, pupilas isocóricas e fotoreagentes; ouvidos íntegros, com boa higiene sem sujidade; nariz sem deformidades, sem pólipos e sem desvio de septo; boca com mucosas coradas, dentes permanentes preservados; pescoço simétrico, sem nódulos e pulso carotídeo palpável; tórax simétrico íntegro; abdômen flácido, plano, indolor à palpação, ruídos hidroaéreos audíveis sem anormalidades; região pubiana íntegras; membros simétricos, com normalidade de movimentos.
4. TERAPÊUTICA INSTITUÍDA NO CASO
4.1 PRESCRIÇÃO MÉDICA
Prescrição do dia 11/02/2020.	Válida até segunda ordem médica.
1. Dieta oral com consistência normal hipossódica;
2. Controle de sinais vitais 6/6hs
3. Controlar glicemia com frequência de 6 em 6 horas, se hipoglicemia (abaixo de 70): glicose 50%-100 ml injetável
Se hiperglicemia: insulina regular humana 100 UI/ML, conforme glicemia capilar (160-220 = 2UI; 221-280 = 4UI; 281-340 = 6UI; 341-400 = 8UI; 401-500 = 10UI)
4. Nebulização soro fisiológico 0,9% 3ml + Atrovent 5 gotas - em ar comprimido via inalatória;
5. Atenolol 50mg 1 comprimido via oral por dia;
6. Enalapril 10mg 1 comprimido via ora por dia ;
7. Hidroclorotiazida 25mg 1 comprimido via oral.
4.2 FUNDAMENTAÇÃO FARMACOLÓGICA
Todas as medicações utilizadas neste referido estudo de caso serão fundamentadas segundo Administração de Medicamentos na Enfermagem - AME (2013).
20
19
4.2.1. Atenolol
4.2.1.1. Indicação
O atenolol é indicado para o controle da hipertensão arterial (pressão alta), controle da angina pectoris (dor no peito ao esforço), controle de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e tratamento precoce e tardio após infarto do miocárdio.
4.2.1.2. Contraindicação
Você não deve utilizar este medicamento nas seguintes situações: Conhecida hipersensibilidade (alergia) ao atenolol ou a qualquer um dos componentes da fórmula, bradicardia (batimentos lentos do coração), choque cardiogênico (comprometimento importante da função do coração em bombear sangue aos tecidos), hipotensão (pressão arterial baixa ou muito baixa), acidose metabólica (alteração metabólica na qual o pH do sangue é baixo), problemas graves de circulação arterial periférica (nas extremidades), bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau (tipo de arritmia que causa bloqueio de impulsos elétricos para o coração), síndrome do nodo sinusal (doença no local de origem dos impulsos elétricos do coração), portadores de feocromocitoma (tumor benigno da glândula adrenal ou suprarrenal) não tratado, insuficiência cardíaca descompensada.
4.2.2.3. Reações adversas
Bradicardia, mãos e pés frios, alterações gastrointestinais e fadiga.
4.2.2.4 Interações medicamentosas
O atenolol deve ser utilizado com cuidado em pacientes que estão tomando os seguintes medicamentos: verapamil, diltiazem, nifedipino, glicosídeos digitálicos, clonidina, disopiramida, amiodarona, adrenalina (agentes simpatomiméticos), indometacina ou ibuprofeno (para alívio da dor) e anestésicos. O resultado do tratamento poderá ser alterado se o atenolol for tomado ao mesmo tempo que estes medicamentos.
4.2.2. Enalapril
4.2.2.1. Indicação
O maleato de enalapril é indicado no tratamento de todos os graus de hipertensão essencial, hipertensão renovascular e todos os graus de insuficiência cardíaca. Além disso, também é indicado para a prevenção da insuficiência cardíaca sintomática em pacientes assintomáticos com disfunção ventricular esquerda e prevenção de eventos isquêmicos coronarianos em pessoas com disfunção ventricular esquerda.
4.2.2.2. Contraindicação
O maleato de enalapril é contra-indicado para pessoas com hipersensibilidade a qualquer componente do produto e com história de edema angioneurótico relacionado a tratamento prévio com inibidores de enzima conversora de angiotensina.
4.2.2.3. Reações adversas
Os efeitos adversos mais comuns que podem ocorrer com o uso de maleato de enalapril comprimidos são tonturas e dor de cabeça. Além disso, embora seja mais raro, pode também ocorrer cansaço, hipotensão, hipotensão ortostática, síncope, náuseas, diarréia, câimbras musculares, erupção cutânea, tosse, disfunção renal, insuficiência renal e oligúria.
4.2.2.4. Interações Medicamentosas
Em geral, maleato de enalapril pode ser tomado com outros medicamentos, no entanto é importante informar ao seu médico ou dentista os outros medicamentos que estiver tomando, incluindo os que são vendidos sem receita, pois alguns medicamentos podem afetar a ação dos outros. Para prescrever a dose correta de maleato de enalapril, é muito importante que seu médico saiba se você está tomando outros medicamentos para controlar a pressão, diuréticos, medicamentos que contenham potássio (incluindo substitutos do sal da dieta), medicamentos para diabetes (incluindo antidiabéticos orais e insulina), lítio (medicamento utilizado para tratar um tipo de depressão) ou certos medicamentos para dor em geral e dor nas articulações, incluindo terapia com ouro. Também informe ao médico sobre o seu consumo de álcool.
4.2.3. Hidroclorotiazida
4.2.3.1. Indicação
Este medicamento é destinado ao tratamento da pressão alta, quer isoladamente ou em associação com outros fármacos anti-hipertensivos (medicamentos que tratam a pressão alta). Pode ser ainda utilizado no tratamento dos inchaços associados com insuficiência cardíaca congestiva (condição em que o coração é ncapaz de bombear sangue suficiente para satisfazer as necessidades do corpo), cirrose hepática (condição ocasionada por certas doenças crônicas do fígado que destroem suas células) e com a terapia por corticosteroides ou estrógenos (hormônios). Também é eficaz no inchaço relacionado a várias formas de disfunção renal, como síndrome nefrótica (condição caracterizada por presença de proteína na urina), glomerulonefrite aguda (inflamação dos glomérulos dos rins) e insuficiência renal crônica (condição nas quais os rins apresentam atividade abaixo dos níveis normais).4.2.3.2. Contraindicação
Hidroclorotiazida é contraindicado para os pacientes com hipersensibilidade (alergia) à hidroclorotiazida ou a qualquer um dos excipientes, com comprometimento grave da função renal (depuração da creatinina abaixo de 30 mL/min), com distúrbio hepático (do fígado) grave, icterícia em crianças, com distúrbio grave do equilíbrio de eletrólitos (equilíbrio de líquidos no corpo), anúria (ausência de formação de urina).
4.2.3.3. Reações adversas
Sede (aparece em doses elevadas devido à diurese excessiva), fadiga (principalmente redução da ingestão de potássio e/ou aumento da perda de potássio extrarrenal [por exemplo, vômito ou diarreia crônica] pode causar hipocalemia que pode se manifestar, entre outros, por fraqueza muscular, fadiga).
4.2.3.4. Interações Medicamentosas
Álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos, pode ocorrer potenciação da hipotensão ortostática.
5. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Os cuidados de enfermagem foram realizados durante o período de três dias de acompanhamento no estágio com paciente P.A.S.C.
5.1. AFERIR SINAIS VITAIS
Segundo Smeltzer e Bare (2009) o corpo humano apresenta alterações quando algo não está indo bem com ele, para poder identificar sintomas anormais, implantaram-se os sinais vitais (SSVV), que são verificados dentro da área hospitalar em torno de cada 4 a 6 horas ou sempre que necessário. Estes sinais servem como base para saber se há alguma mudança na função fisiológica, função circulatória e função respiratória do paciente. Qualquer alteração destes sinais vitais sinaliza uma intervenção médica ou da equipe de enfermagem, para tentar normalizar o quadro, por isto que cada anotação destes parâmetros deve ser exata, para assegurar ao paciente conforto e bem-estar, estes sinais incluem:
Frequência cardíaca: verificada através do movimento de contração e expansão das artérias, que podem ser aferidas através das: Artéria radial (pulsos), Artéria carótida (pescoço), Artéria temporal (cabeça), Artéria braquial (região do meio do braço), Ápice cardíaco (entre os mamilos), Artéria femural, Artéria poplítea (atrás dos joelhos), Artéria pediosa (dorso do pé). Estes batimentos são contados durante 1 minuto e pode-se verificar frequência, ritmo e tensão das artérias. Em faixa normal, estes batimentos em adultos são em torno de 60 a 80 batimentos por minuto, porém há literaturas que consideram até 100bpm normais, quando esta pulsação se encontra acima dos valores de referência chama-se taquicardia; abaixo bradicardia; quando indica redução da força ou do volume recebe o nome de pulso filiforme; pulso irregular quando os batimentos estão irregulares e dicrótico quando se têm a impressão de dois batimentos ao mesmo tempo.
Temperatura corporal: verificado através do termômetro analógico ou digital. A temperatura normal se enquadra entre 35º e 37º, abaixo de 35º chama-se hipotermia (redução da temperatura corporal), acima de 37,1º até 37,7º chama-se febrícula e acima de 37,8º hipertermia (aumento da temperatura corporal), para verificar esta temperatura o modo mais
comum é na região axilar, mas pode-se verificar também na região inguinal, bucal e retal. A temperatura demonstra o equilíbrio entre produção e perda de calor no organismo, que através do hipotálamo (região localizada no cérebro) as regulariza.
Frequência respiratória: outra aferição de extrema importância, no qual se realiza a contagem dentro de 1 minuto da quantidade de movimentos completos respiratórios analisados visualmente na parede torácica do paciente. A frequência respiratória normal fica entre 16 a 20 bpm, quando está acima deste valor, chamamos de taquipnéia; abaixo bradpnéia; quando há uma parada na respiração, apneia e se houver dificuldade ou dor ao respirar, se diz que o paciente está com dispneia. É importante salientar que no momento da averiguação da FR, o paciente não perceba a averiguação, para não influenciar na avaliação, já que a respiração pode ser controlada, então sugere-se que enquanto se verifica o pulso, se demore um pouco mais e se observe os movimentos respiratórios discretamente, para que assim não haja interferência na análise do cliente.
Pressão arterial: para realizar este procedimento, é necessário que o paciente não tenha realizado esforço físico, orienta-se que o mesmo esteja por no mínimo um período de 5 min de repouso, o ambiente deve ser calmo e bem arejado, o braço a ser verificada o Pressão Arterial deve estar apoiado em lugar confortável e ao nível do coração, a palma da mão deve estar virada para cima, o manguito deve estar posicionado em torno de 3cm acima da artéria braquial e deve ser utilizada no tamanho adequado em relação a circunferência do paciente, o manômetro precisa estar visível para a verificação e o profissional precisa treinar bem os ouvidos para não confundir os sons auscultados.
Dor: para se avaliar a dor, usa-se do próprio relato do paciente, expressão facial, qualquer outra alteração de sinais vitais e através da escala numérica de 0 à 10, sendo número 0 para sem dor e quanto mais for intensificando a dor sentida pelo paciente, vai aumentando a escala numérica. Muitas vezes medidas terapêuticas de conforto já são suficientes para amenizar o estado do paciente, como por exemplo, a forma ao deitar-se no leito, acomodamento correto dos membros superiores e inferiores, uso de compressas frias ou mornas, entre várias outras maneiras, no entanto, o não funcionamento destas técnicas implica na utilização de interação medicamentosa, caso esteja prescrito ou então, o acionamento do médico para analisar o caso da melhor forma possível.
5.2 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A administração de medicamentos é um procedimento comum, onde sempre que necessário, o paciente faz uso, estas apenas podem ser prescritas por profissional especializado e capacitado, mas para oferecer a medicação ao paciente é a equipe de enfermagem que realiza, e para isto, devem ser levados em conta cuidados primordiais para que não haja nenhum erro ao oferecer medicação ao paciente, visando tentar evitar ao máximo erros com a medicação, orienta-se a seguir o protocolo dos 5 certos com a medicação, sendo eles: Paciente certo; Medicação certa; Via certa; Dose certa e Hora certa. Portanto, mesmo já verificado uma vez, se orienta a verificar várias vezes estes dados, além de claro, sempre analisar a validade da medicação.
As vias de administração mais comuns são: oral; via sublingual; via retal; via inalatória; via nasal; via ocular; via vaginal; via auricular; vias injetáveis: intradérmica, subcutânea, intramuscular e intravenosa. Cada uma das vias de administração requer cuidados específicos, porém a lavagem de mãos é obrigatória antes do preparo de qualquer medicação. É muito importante respeitar ao máximo o horário prescrito pelo médico para cada medicamento, pois estes têm ação diferente no organismo dependendo da via de acesso, e caso não seja respeitado os horários, a ação esperada pela medicação pode ser alterada (SMELTZER; BARE, 2009).
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5.3 MEDIDAS DE CONFORTO
Este é um cuidado exercido pelos profissionais de enfermagem, de modo que a finalidade, é ofertar ao paciente o máximo possível de conforto e bem-estar, como manter cama sempre limpa e arrumada; local arejado, limpo e bem iluminado; se o paciente não puder realizar sozinho, realizar higiene corporal, higiene oral; disponibilizar material necessário para seu auxílio, como travesseiro, cobertores; realizar mudança de decúbito sempre que necessário ou conforme protocolo. Estes cuidados especiais podem auxiliar muito no tratamento físico e mental do paciente durante sua internação, pois ameniza o momento difícil de estar hospitalizado, além de prevenir futuras doenças (SMELTZER; BARE, 2009).
5.4 MANTER CABECEIRA ELEVADA
A cabeceira elevada 30 ou 45°, atentar com a aspiração de secreções. A implementação dessas recomendações pode auxiliar a pratica assistencial, contribuindo para redução das taxas de melhora na ventilação e desenvolvimento de pneumonia (SMELTZER; BARE, 2009).5.5 CUIDADOS CATETER ACESSO PERIFÉRICO
Sua finalidade permitir administração de medicamento por uma via periférica intravenosa, organizar materiais e lavagem das mãos, dar preferência quando possível para braço não dominante. A fixação do cateter tem que forma estável, as veias do braço são que suportam maior calibre 18 e 16. O cuidado do trajeto da veia, que pode causar flebite e infiltração, verificar a ruptura da veia causada pela infusão de solução contra vaso fechado se cateter está na veia ou contra a parede para prevenir formação de coagulo. Orientar o paciente sobre o procedimento, cuidar da manutenção do cateter, verificar a segurança o gotejo da infusão se precisa ser ajustado (TAYLOR et al, 2007).
6	EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
11/02/2020 às 21h00min. Paciente P.A.S.C, 63 anos, acompanhado de familiar, interna por insuficência cardíaca congestiva. Relata estar sem dor. Paciente lúcido, orientado, comunicativo, corado. Ventilando com auxílio de óculos nasal com 1 litro por minuto, saturando 99%. Aceitando bem dieta via oral. Diusere presente em sonda vesical de demora. Débito de 500ml. Deambulando com auxílio de acompanhante. Aferidos sinais vitais: pressão arterial: 130/90 milímetros de mercúrio; Frequência Cardíaca: 86 batimentos por minuto, Frequência Respiratória: 21 movimentos respiratórios por minuto, Temperatura axilar 35,8ºC. Aguardando resultado de exames de imagem e laboratoriais. Administro medicações conforme prescrição médica. Seguem cuidados de enfermagem. Estagiária do curso Técnico em Enfermagem Mateus Duarte Vargas.
12/02/2020 às 21h00min. Paciente lúcido, orientado, comunicativo, corado. Paciente apresenta fadiga aos minimos esforços. Ventilando espontaneo em ar ambiente, saturando 99%. Aceitando bem dieta via oral. Acesso venoso periférico em membro superior esquerdo. Utilizando eletros para monitorização cardíaca e demais sinais vitais. Diusere bem concentrada, débito de 500ml, presente em sonda vesical de demora. Evacuações presentes. Deambulando com auxílio de acompanhante. Aferidos sinais vitais: pressão arterial: 150/80 milímetros de mercúrio; Frequência Cardíaca: 83 batimentos por minuto, Frequência Respiratória: 18 movimentos respiratórios por minuto, Temperatura axilar 35,7ºC. Paciente foi transferido para o setor 200 as 18 horas na sala de emergência para monitorização e uso de heparina em bomba de infusão 19ml por hora continua. As 19h30min o paciente foi encaminhado para ecocardiograma, após retornou para o quarto. Conforme orientação médica, está sendo feito controle da diurese do paciente por 24horas, sendo medida a cada 6 horas. Administro medicações conforme prescrição médica. Seguem cuidados de enfermagem. Estagiária do curso Técnico em Enfermagem Mateus Duarte Vargas.
13/02/2020 às 21h00min. Paciente retorna ao setor 300. Familiar relatou fezes amolecidas. Lúcido, orientado, comunicativo, corado. Ventilando espontaneo em ar ambiente, saturando 92%. Aceitando bem dieta via oral. Acesso venoso periférico em membro superior esquerdo. Abdomem plano indolor a apalpação. Diusere pouco concentrada, débito de 100ml, presente em sonda vesical de demora. Extremidades aquecidas e perfundidas. Deambulando com auxílio de acompanhante. Aferidos sinais vitais: pressão arterial: 130/80 milímetros de mercúrio; Frequência Cardíaca: 80 batimentos por minuto, Frequência Respiratória: 20 movimentos respiratórios por minuto, Temperatura axilar 35,9ºC. Administro medicações conforme prescrição médica. Seguem cuidados de enfermagem. Estagiária do curso Técnico em Enfermagem Mateus Duarte Vargas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A insuficiência cardíaca acomete qualquer faixa etária e estima-se sua prevalência em 1 a 2% da população, além disso, por se tratar da via final comum de agressões sobre o coração, incide de forma progressiva com o aumento da idade, sendo que após os 70 anos, mais de 10% da população é acometida; após os 55 anos, existe um risco de aproximadamente 30% de desenvolvimento da insuficiência cardíaca (BRASIL, 2010).
Na última década houve uma evolução importante na compreensão do fenômeno da Insuficiência Cardíaca, ancorada dentre outros fatores, no expressivo aumento de sua prevalência e custos sociais. Os estudos revisados apontam para a singularidade das ações do enfermeiro, na contribuição para a melhor evolução clínica e psicossocial do paciente com Insuficiência Cardíaca. A produção científica brasileira sobre Insuficiência Cardíaca na área da enfermagem ainda é muito pequena. É importante que em nosso meio haja estímulo ao desenvolvimento de estudos de diagnóstico e de intervenção junto a estes pacientes, pois é indispensável o reconhecimento das peculiaridades do nosso contexto, para que os programas de atenção à saúde destes sujeitos possam ser delineados, implementados e avaliados de maneira racional (BRASIL, 2010).
Apesar da grande importância do tratamento farmacológico para o manejo bem-sucedido, as pessoas com Insuficiência Cardíaca, seus cuidadores e suas famílias devem estar igualmente atentos para as medidas não farmacológicas contidas no plano terapêutico, principalmente as que envolvem medidas dietéticas. Famílias que consomem muito sal, por exemplo, podem ser orientadas a preparar seus alimentos sem sal, adicionando-o depois à mesa, de acordo com as necessidades individuais e respeitando a restrição sódica da pessoa com Insuficiência Cardíaca (BRASIL, 2010).
 Programas baseados em educação em saúde, cuidados de enfermagem e equipes multidisciplinares reduziram mortalidade, número de internações e melhoraram a qualidade de vida de pessoas com insuficiência cardíaca em 12 meses. No ambulatório, deve-se rever os pacientes descompensados a intervalos de poucos dias, propondo-lhes consultas mais espaçadas, de mensais a trimestrais, de acordo com seu grau de estabilidade. (BRASIL, 2010)
REFERÊNCIAS
AME: dicionário de administração de medicamentos na enfermagem 2012/2013. 9. Ed. Rio de Janeiro: EPUB, 2012.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SÁUDE. DATASUS. Morbidade hospitalar do SUS [Internet]. Brasília: MS; 2008 [capturado em 05 abril. 2020]. Disponível em: www.datasus.gov.br.
 FREITAS, M.T.S.; PÜSSCHEL, V.A.A. Insuficiência cardíaca: expressões do conhecimento das pessoas sobre a doença. Rev Esc Enferm USP, v. 47, n.4, p. 922-929, 2013.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia medica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
POSADA, W. A. Cuidados em enfermagem clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
ROCHA, A.F; CARNEIRO, K.G. Medicina Clínica. Porto Alegre: Artmed, 2008.
SMELTZER, S. C.; BARE, B. C. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. V. 2.
SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgico. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2009. V.1.
TORTORA. G.J. Corpo humano: fundamento de anatomia e fisiologia. 6ª. Ed. São Paulo: Artmed, 2006.
ANEXO A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Dados de Identificação:
Nome: 					Idade: Sexo: 	Data de Nascimento: 	/ 		/	 Estado Civil: 	Religião:					 Escolaridade: 		Naturalidade:					 Profissão: 			Ocupação:				 Endereço Atual: 								 
Entrevista:
· Como tem sido a sua saúde nos últimos tempos?
· É fumante? 	Quantos cigarros / dia? 	
· Ingere bebida alcoólica? 	Quantos ml / dia? 	
· Utiliza outras drogas? 	Qual (is)? 	
· Tem alergia (s)? 	A que? 	
· Utiliza algum medicamento? 	Qual (is)? 	
· Para que? 	
· Toma-os sobre prescrição ou por conta própria? 	
· Quem os indicou? 	
· Usa chás caseiros? 	Qual (is)? 	
· Para que servem estes chás? 	
· Consegue tomar os remédios? 	Toma conforme indicado? 	
· Tem dificuldade para enxergar? 	Qual? 	
· Utiliza alguma órtese? Qual? 	
· Tem dificuldade para ouvir? 	
· Utiliza alguma órtese? 	
· Sente dificuldade para aprender coisas novas? 	
· Sente algum desconforto físico? 	Qual (is)? 	
· O que faz para aliviar?· Nasceu de parto normal? 	Em casa ou no hospital? 	
· Teve algum problema ao nascer? 	Quais? 	
· Quantos quilos pesou ao nascer? 	
· Tomou as vacinas da infância? 	Quais? 	
· Quais outras doenças que já teve? 	
· Já internou alguma vez? 	Quando? 	
· Por quê? 	
· Como é o desempenho escolar? 	
· Idade da menarca? 	Ciclo menstrual (dias): 	
· Fluxo? 	Controle ginecológico? 	Periodicidade? 	
· Início da atividade sexual (idade)? 	Usa preservativo? 	
· Usa qual contraceptivo? 	Já engravidou? 	
· Número de gestações? 	Número de partos? 	
· Número de abortos? 	Idade do climatério? 	
· Manifestações: estresse 	calor 	vermelhidão 	irritação 	
· Idade da menopausa? 	
· Já teve alguma doença sexualmente transmissível? 	Qual? 	
· Pais vivos? 	Morreram com que idade? 	Qual o motivo? 	
· Possui irmãos? 	Quantos? 	Alguma com doença crônica? 	
Necessidade de Nutrição / Hidratação:
	Horário
	
	Descrição
	
	Café da manhã
	
	
	Almoço
	
	
	Jantar
	
	
	Lanches
	
Sente algum problema para alimenta-se? 	Qual? 	
Tabus / Intolerâncias? 	Padrão do Apetite? 	
Necessidade de Eliminação:
1. Descreva o funcionamento do intestino quanto a:
· Freqüência das eliminações: 	
· Características das fezes: 	
· Problemas para evacuar: 	
2. Descreva o funcionamento da bexiga quanto a:
· Freqüência das micções: 	
· Levanta-se a noite para urinar: 	
· Problemas para urinar: 	
Necessidade de exercício / atividade física / recreação:
Sente que sua energia é suficiente para as atividades que realiza? 	Por quê? 	
Pratica algum exercício físico? 	Qual? 	
O que costuma fazer no tempo livre? 	
Das atividades seguintes qual (is) tem dificuldade para fazer sozinho:
	Atividades
	Sim
	Não
	Especificar
	Alimenta-se
	
	
	
	Ir ao banheiro
	
	
	
	Tomar banho
	
	
	
	Vestir-se
	
	
	
	Trabalhos domésticos
	
	
	
	Outras
	
	
	
Necessidade de sono e repouso:
Dorme, em média, quantas/ dia/ noite? 	
Após o sono sente-se repousado e pronto para as atividades diárias? 	Por quê? 	
Necessidade de auto conceito/ auto imagem:
Como descreveria sua maneira de ser? 	
Há alguma coisa em si que gostaria que fosse diferente? 	
Necessidade de segurança emocional:
Quando você está nervoso o que faz para aliviar? 	
Necessidade gregária:
Com quem vive? 	
Número de dependentes: 	Como é o relacionamento? 	
Tem algum problema na sua família? 	
Necessidade de comunicação:
Características observadas: objetivo? 	expressivo? 	monossilábico? 	
Perde se nas perguntas / respostas? 	nervoso? 	relaxado? 	passivo? 	
Exame Físico:
Estado Geral:
Decúbito preferido no leito:
Atitude (ativa / passiva):
Postura (boa / ruim / sofrível): Movimentos involuntários: Apresentação pessoal:
Nível de consciência:
Grau de cooperação (cooperativo / não cooperativo): Dados Antropométricos: Peso / Altura
	Pele
	Coloração, umidade, textura, espessura, temperatura, elasticidade, turgor, sensibilidade, integridade, lesões, seqüelas.
	Mucosas
	Coloração, umidade e presença de lesões.
	Cabelos
	Quantidade, coloração, brilho, quebradiço, umidade, distribuição, tipo de
implantação, alterações, presença de parasitas.
	Pelos
	Homem: barba, axilares, tronco, pernas.
Mulher: ausência, presença em que locais.
	Unhas
	Coloração,	brilho,	superfície,	comprimento,	forma,	implantação,
alterações.
	Crânio
	Tamanho,	forma,	movimentos,	suturas,	fontanelas,	parte	óssea,
alterações.
	Face
	Forma, expressão fisionômica, simetria, movimentos, alterações.
	Olhos
	Sobrancelhas, pálpebras, reflexo palpebral, conjuntiva, escleróticas, cílios
/ implantação, contração pupilar, íris/cor, movimentos, alterações.
	Ouvidos
	Integridade, condições higiênicas, forma, simetria, cor, presença de dor,
cerúmen, alterações, tímpano.
	Nariz
	Superfície externa (deformidade, edema, hiperemia), cavidade nasal (lisa,
úmida, pólipos, sangramento), septo nasal (desvios), olfato.
	Boca
	Mucosa labial, gengivas, dentes, palato, língua, sensibilidade gustativa,
higiene, alterações.
	Pescoço
	Simetria, rigidez de nuca, movimentação, nódulos, cicatriz, pulso
carotídeo,
	Tórax
	Forma, integridade, alterações, mamas (simetria, tamanho, forma, alterações), ritmo respiratório, amplitude respiratória, expansibilidade nos
ápices e bases pulmonares, ausculta pulmonar, freqüência dos pulsos, alterações cardíacas.
	Abdômen / Pelve
	Forma,	cicatriz	umbilical,	retrações,	abaulamento,	movimentos
peristálticos, ausculta, alterações, palpação superficial (sensibilidade, resistência), continuidade da parede abdominal.
	Órgãos Genitais /
Externos
	Presença de lesões, características, presença de pelos coloração, inspeção,
hiperemia, alterações.
	Membros
	Queixas de dores articulares (tipo, rigidez) restrição de movimentos, modo de acometimento, condições de locomoção (marcha, forma de
locomoção), postura, alterações, simetria.