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APOSTILA OBREIRO É SUA FAMÍLIA

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1 
Apostila do obreiro é sua família 
 
 2 
 
 
1( OBREIRO É SUA FAMÍLIA 
2( CRITÉRIOS DA CONSAGRAÇÃO 
DE OBREIROS 
3 ) OBREIROS NO EXERCÍCIO NO 
MINISTÉRIO DE DEUS 
4) O obreiro e a igreja local 
5) O que é ser um obreiro da igreja 
 
CONTATO (11)95725-5927 
Data 04/09/2009 
AGRADEÇO A DEUS 
QUE TODOS IRMÃOS POSSA SER ABENÇOADO EM NOME DE JESUS 
PASTOR CARLOS DA ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTÉRIO DO AVIVAMENTO 
 
 
 
 3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nestes dias em que vivemos, muitos são os obreiros do Senhor que 
tem deixado uma brecha em relação ao cuidado da família, e através 
desta, o inimigo de nossas almas tem destruído muitos lares. Sabemos 
que a obra de Deus precisa de obreiros esforçados, mas não adianta 
estar empenhado na obra e deixar a família à mercê do inimigo. 
O obreiro precisa saber administrar bem o seu tempo, e cuidar 
corretamente da sua esposa e filhos, pois na verdade o homem é o 
“chefe da casa”. E como pode o chefe abandonar a sua tarefa? Quem 
irá fazer? São essas perguntas que precisa refletir o obreiro do Senhor, 
para que possa saber da importância do seu dever com sua família. Já 
tomei conhecimento de esposa de obreiro que não se agrada do 
ministério de seu esposo, pois é muita dedicação à obra de Deus e 
pouca a família. Afinal Deus se agrada disto? 
Por esta dedicação excessiva fora dos parâmetros das sagradas 
escrituras, o casamento vai por água abaixo e os filhos vão deixando a 
igreja e caminhando para o mundo, o inimigo precisa apenas de uma 
pequena brecha como esta, para destruir as famílias, por isso o servo 
de Deus, deve ter o tempo correto para dialogar com a esposa assuntos 
sobre a relação íntima do casal, administração do lar e a boa educação 
bíblica e social dos filhos, e também tempo para dialogar com os filhos 
assuntos que competem à vida espiritual como ordena a Palavra de 
Deus (Pv 22.6). 
O obreiro deve ser o exemplo da família, a esposa e os filhos devem 
afirmar que ele é: “homem de Deus”. E será que eles têm esta 
perspectiva de você? Vale a pena lembrar que depois de Deus as 
melhores pessoas para avaliarem a vida espiritual do “chefe da casa”, é 
a esposa e os filhos, que convivem diariamente e sabem as atitudes 
com as circunstâncias que enfrenta na vida cotidiana. Recentemente 
 
 4 
ouvi de um pregador, que certo obreiro ouviu o seguinte de seu filho: 
“Pai, vamos morar na igreja, pois lá o senhor é tão bonzinho…”. Não 
adianta subir no púlpito e pregar um belo sermão, quando em casa as 
coisas não vão muito bem, por isso o apóstolo Paulo disse a Timóteo: 
“… se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua 
família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Tm 5.8). 
Se o obreiro do Senhor quer ter um ministério bem sucedido, precisa 
fazer a obra de Deus com afinco, mas nunca pode esquecer da família 
que o Senhor o deu. O que adianta ganhar pessoas no mundo para 
Cristo, e enquanto os de dentro da sua casa se perdem? É preciso 
avaliar as atitudes em relação a esse assunto que é de suma 
importância para o ministério. Será que você, obreiro do Senhor, pode 
dizer para sua esposa o que Elcana disse para Ana: “… não te sou 
melhor do que dez filhos?” (1 Sm 1.8), ou ainda pode dizer que estar 
enquadrado no que Paulo disse da responsabilidade dos pais para com 
os filhos? “E vós pais não provoqueis a irá a vossos filhos, mas criai-os 
na doutrina e admoestação do Senhor. (Ef 6.4)”. Pense nisso! 
A comunhão com Deus é necessária e a harmonia com a família 
também, estes dois pontos indo bem, darão ao obreiro autoridade para 
pregar a palavra de Deus e ter um ministério vitorioso, pois já vi muitas 
vezes pregadores pregando a palavra e seus familiares de cabeça 
baixa, o acusando de não viver o que está pregando. Não quero através 
deste artigo dizer que o obreiro deve fazer a obra de Deus 
relaxadamente, Não, mas aconselhar segundo a Bíblia, a 
responsabilidade com a Família que na verdade é uma obra primária de 
Deus, que teve o seu início no jardim do Edém, e sempre em toda a 
história bíblica o propósito de Deus é que os lares fossem verdadeiros 
ambientes em que honrasse o seu nome e vivessem em união para que 
a benção fosse derramada (Cf. Sl 133). 
Leia com atenção: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus 
filhos em sujeição, com toda modéstia: (Porque, se alguém não sabe 
 
 5 
governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” (1 Tm 
3..4,5). 
1 ) O OBREIRO E SUA FAMÍLIA 
 
 
Ser obreiro do Senhor é a tarefa mais gloriosa na face da Terra. Além 
dos galardões a que todo crente tem direito, é previsto um, específico 
para o obreiro: A coroa de glória (1 Pe 5.2-4). Por outro lado, é a tarefa 
mais pesada, mais incompreendida e a que exige mais 
responsabilidade diante de Deus. Ele precisa ser exemplo do rebanho 
(1 Pe 5.3), exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12). 
 
I - O OBREIRO: UM CONTRADITADO 
 
Perante as pessoas, mesmo na igreja, é difícil ser obreiro. Certo artigo, 
de autoria desconhecida diz: "Se o pastor é ativo, é ambicioso; se é 
calmo, é preguiçoso; se o pastor é exigente, é intolerante. Se não exige, 
é displiscente. Se fica com os jovens, é imaturo. Se fica com os adultos, 
é atiquado. Se procura atualizar-se, é mundano. Se não se atualiza, é 
de mente fechada. Se prega muito, é prolixo, cansativo. Se prega 
pouco, é que não tem mensagem. Se se veste bem, é vaidoso. Se se 
veste mal, é relaxado. Se o pastor sorri, é irreverente. Se não sorri, é 
cara dura". O que o pastor fizer, alguém pensa que faria melhor. 
 
 
II - AS QUALIDADES DO OBREIRO E A FAMÍLIA 
 
Na lista de nada menos de 16 qualificações que se exigem para um 
obreiro (Bispo, Pastor, Presbítero), conforme 1 Tm 3.1-7, temos 
destaque para o relacionamento familiar: "marido de uma mulher...que 
governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com 
toda a modéstia; porque, se alguém não sabe governar a sua própria 
casa, terá cuidado da igreja de Deus?". Nas qualificações previstas 
para o presbítero, temos igual referência(Tt 1.6). Se ponderarmos, 
veremos que há um peso muito forte das qualidades familiares no meio 
das listas de qualificações para ser obreiro. 
 
 
 6 
III - O OBREIRO E O RELACIONAMENTO FAMILIAR 
 
1. O OBREIRO COMO ESPOSO O ministério não dispensa o obreiro 
dos deveres de esposo. Como tal, ele deve agir da melhor maneira 
possível. Nenhuma outra atividade exige da família identificação com o 
trabalho do esposo como a atividade de obreiro. 
 
Como o obreiro pode (e deve) comportar-se como esposo? 
 
1) Amando a esposa. (Ef 5.25-29). 
 
Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto. (Pv 31.29; Ct 
4.1; 1.16), através de palavras, gestos (cf. 1 Jo 3.18). Para muitos, as 
expressões "eu te amo", "gosto de você" e outras são coisas do 
passado. Sem essas pequenas coisas, o casamento do obreiro torna-se 
azedo, sem graça, e pode abrir brecha para a ação do inimigo. 
 
2)Comunicando-se com a esposa. 
 
a) TEMPO PARA A ESPOSA. O obreiro precisa dar tempo para 
conversar com a esposa; ter diálogo com ela: saber ouvir (Tg 1.19; Pv 
18.23). 
b) Pensar antes de falar (Pv 21.23). Só falar a verdade (Ef 4.15,25). 
c) Desenvolver a Comunicação Significativa. Evitar a comunicação 
rotineira. Não responder com raiva (Pv 14.29). Não dá silêncio como 
resposta: é pirraça; não é para crente. Evitar aborrecer(Pv 10.19). 
d) Quando errar, PEDIR PERDÃO.(Tg 5.16). PERDOAR (Cl 3.13; 1 Pe 
4.8). Não discutir em público. Não discutir diante dos filhos. 
 
3) Zelando pela esposa (Ef 5.29) 
 
Há obreiros que só querem zelo para si.. 
 
4) União com a esposa (1 Co 1.10) 
 
5) Cuidar da parte sexual ( 1 Co 7.3,5). 
 
É importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do obreiro e 
sua esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o diabo procura 
prejudicar o relacionamento, a fim de destruir o ministério e a família. 
 
 7 
 
6) Honrandoa esposa (1 Pe 3.7) 
 
Há obreiros que se envergonham de suas esposas. Isso não é de Deus. 
 
7) Compreendendo seu papel de líder no lar. (Ef 5.22; 1 Co 11.3) 
 
É a liderança fundada no amor, "NO SENHOR", e não no autoritarismo. 
Deve ser exemplo para os lares. 
 
2. O OBREIRO E SEUS FILHOS 
 
1) Vantagens de ser filho de obreiro: 
 
Estão debaixo das bênçãos do ministério do pai. É preciso, no entando, 
que os pais ensinem que os filhos dos pastores não devem ter 
privilégios na igreja. Há jovens que se prevalecem da condição de filhos 
de pastor para cometerem abusos, irreverência. Por vezes, o pai "passa 
a mão por cima". Isso é ruim. 
 
2) Desvantagens de ser fiho de obreiro: 
 
Dos filhos do obreiro se exige mais do que dos filhos dos outros; são 
muito olhados; parece que são mais tentados! Daí, a importância da 
atenção aos filhos. 
 
3) Ataques do inimigo: 
 
a) Comportamento dúbio do pai: 
Na igreja é um santo; em casa, neurastênico, violento, sem amor. Isso 
destrói o lar. Exemplo da família do pastor que quis mudar-se para a 
igreja. 
 
b) Escândalos na vida do obreiro: 
Assassina a confiança dos filhos. 
 
c) Escândalos na vida dos crentes: 
Os filhos duvidam da fé, da igreja. 
 
d) Ingratidão da igreja: 
 
 8 
Tratamento injusto ao obreiro; mau salário; humilhações. 
 
4) RELACIONAMENTO COM OS FILHOS: 
 
Deve ser o que de todo pai cristão.(Ao lado da esposa). 
 
a) Afeto. (Fp 2.1,2; Sl 2.12; Os 11.1a,4a); 
 
b) Cuidados espirituais. (Dt 11.18-21; Ef 6.4). O culto doméstico é 
indispensável. 
c)Cuidados gerais: Alimento, educação, saúde e demais necesidades. 
d) Comunicação: É preciso dar tempo para conversar com os filhos. 
Não provocá-los à ira (Ef 6.4); não irritá-los (Cl 3.21). PEDIR PERDÃO, 
quando errar. 
 
e) Disciplina (Hb 12.7; Pv 19.18). Ver Jr 31.20. 
 
3. PRIORIDADES NA VIDA DO OBREIRO E A FAMÍLIA 
 
O obreiro precisa ter visão correta das prioridades do seu ministério. É 
saber definir o que deve ser feito primeiro numa série de atitudes ou 
comportamentos. É uma questão de ordem nas coisas. 
 
3.1. Visão equivocada. Normalmente, há muitos obreiros que colocam 
suas atenções na seguinte ordem: 
 
1)DEUS, 2) IGREJA, 3) OBREIRO, 4) ESPOSA, 5) FILHOS. 
Qual o equívoco nessa ordem de coisas? A Bíblia não diz "...em 
primeiro lugar o reino de Deus?"(Mt 6.33). É verdade. Mas é necessário 
entender o que deve em primeiro lugar, em segundo, etc., não em 
importância, mas na ordem das coisas. 
O Pastor Paul de Seul, na Coréia do Sul, teve uma experiência com 
Deus muito séria nesse assunto. Numa vida de viagens e campanhas 
evangelísticas, mal tinha tempo para conversar com a esposa. Quase 
desfaz o seu lar. Orou a Deus e o Senhor disse que ele estava errado e 
sua esposa estava certa, quando reclamava sua maneira de tratá-la: 
"Se perderes tua mulher, ninguém mais dará ouvidos ao que disseres. 
Podes construir uma grande igreja, mas se o teu lar se despedaçar, 
perderás o teu ministério...a igreja depende de tua vida familiar. Trarás 
mais desgraça ao ministério com teu divórcio do que todos os outros 
 
 9 
benefícios...ademais, todos os crentes estão olhando para teus 
filhos....teu ministério primário deve ser teus filhos. Eles devem ser os 
membros principais de tua igreja. Então, juntos, tu, tua esposa e teus 
filhos edificareis a igreja. CONSIDERA TUA ESPOSA COMO PARTE 
MUITO IMPORTANTE DO TEU MINISTÉRIO E ALIMENTA TEU 
RELACIONAMENTO COM ELA". O Pr. Cho reformulou sua vida. Tirou 
UM DIA para estar só voltado para sua esposa (àquele tempo não tinha 
filhos). Passou a ORAR JUNTO COM ELA, planejar junto com ela. Os 
resultados, segundo ele, foram excelentes. O ministério progrediu mais 
ainda. 
Deve ter acontecido o que S. Pedro recomenda em 1 Pe 3.7. 3.2. 
 
Visão correta: 
 
1) DEUS, 2) OBREIRO, 3) ESPOSA, 4) FILHOS, 5)IGREJA. 
A igreja por último? Exatamente. Ela é MUITO IMPORTANTE. Para 
cuidar dela, é necessário: 
 
Primeiro: buscar a Deus (Mt 6.33); Isso é indiscutível. 
 
Segundo: cuidar da própria vida de obreiro(1 Tm 4.16) para ser 
exemplo (1 Tm 4.12b; Tg 2.12); 
 
Terceiro: cuidar da esposa(1 Tm 3.2a; Tt 1.5,6a; 1 Tm 3.12); A falta 
desse cuidado tem dado brecha para o Diabo destruir muitos 
ministérios, outrora tão promissores. 
 
Quarto: cuidar dos seus próprios filhos (antes de cuidar dos filhos dos 
outros)(1 Tm 3.4-5;5.8). É triste procurar ganhar os filhos dos outros e 
perder toda a família. 
 
Quinto: CUIDAR DA IGREJA. Ela é o alvo mais importante. Sem as 
pré-condições, há muito insucesso. No Brasil, já se conhecem diversos 
casos de obreiros que perderam seu ministério de prestígio nacional e 
internacional por não entenderem esse assunto. Que Deus nos ajude a 
compreendê-lo bem e colocar em prática a orientação baseada na 
Bíblia. 
 
Esperamos que Deus, o criador da Família, antes mesmo de criar a 
Igreja ou o Ministério, nos faça entender pelo Espírito Santo, o 
 
 10 
Professor Excelente, que Ele fez tudo a seu tempo (prioridade) e há 
tempo para todo o propósito debaixo do céu (oportunidade) e mais 
ainda que a família tem um importante lugar nas prioridades de Deus. 
Ela não pode nem deve ser negligenciada. É alto o preço a pagar por 
aqueles que, em nome da Obra ou da Igreja, não levam em conta o 
valor da esposa, dos filhos ou da família. Que Deus nos ajude a 
entender que o primeiro púlpito deve ser o do Culto Doméstico; que as 
primeiras almas que temos o dever de ganhar para Jesus são nossos 
queridos familiares. 
 
2) Critérios da consagração de obreiros. 
 
"A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes 
dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro." 
(1 Timóteo 5.22) 
 
Separar obreiros é uma tarefa do pastor da Igreja. Não é algo fácil 
de se fazer, pois, o pastor não é onisciente e está sujeito a erros. 
Escolhas erradas trazem grandes prejuízos à Igreja e podem 
prejudicar o próprio obreiro escolhido, pois, se ele não tiver 
chamada para o Ministério ou não estiver preparado, pode se 
decepcionar e até morrer espiritualmente. 
Devido a muitos problemas enfrentados ao longo de sua história 
centenária e pensando em melhorar o perfil dos seus obreiros, o 
Ministério do Belém estabeleceu alguns critérios, para a separação 
de obreiros, a partir de diácono. Infelizmente, nem todos os 
pastores seguem estas recomendações e usam o famoso 'jeitinho 
brasileiro', para burlarem as regras. Mas, bom seria se todos 
seguissem estes critérios, para benefício da própria Igreja. 
 
1) Deve ter pelo menos três anos como membro da Igreja. 
Uma das recomendações bíblicas de Paulo a Timóteo para a 
ordenação de Presbíteros, é que este não fosse 'neófito'. Esta 
palavra vem de duas palavras gregas: neo (novo) e fide (fé). 
Portanto, significa 'novo na fé' ou novo convertido. É preciso um 
certo tempo de conversão, para que o novo crente saiba o que 
significa ser cristão e seja lapidado pelas provações, para que 
possa pensar em ser um obreiro. 
 
 11 
 
2) Deve ser batizado no Espírito Santo. 
A Assembléia de Deus é uma Igreja pentecostal, ou seja, 
acreditamos na atualidade dos dons do Espírito Santo. Entendemos 
que o Batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder, que 
capacita o crente para fazer a obra do Senhor com fé e ousadia. O 
próprio Jesus, antes de subir ao céu, ordenou aos seus discípulos 
que ficassem em Jerusalém, aguardando o revestimento de poder, 
para depois saírem pelo mundo pregando o Evangelho. Sendo 
assim, não faz sentido consagrar um obreiro que ainda não teve 
esta experiência com Deus. 
 
3) Deve ter pelo menos o curso básico em teologia. 
Uma das principais tarefas do obreiro é pregar o Evangelho. Para 
fazer isso, evidentemente, ele deve conhecer a Palavra de Deus. O 
curso básico em teologia ensina o básico das doutrinas 
fundamentais da fé cristã. O correto seria que todo obreiro 
concluísse pelo menos o curso médio,pois, este nível tem matérias 
relacionadas ao exercício do ministério. Mas, devido às 
dificuldades, o ministério exige apenas o básico. Mesmo assim, 
alguns pastores vinham aceitando que o candidato apenas 
estivesse matriculado na escola teológica. O problema é que alguns 
se matriculavam e após a consagração, nunca mais apareciam na 
escola. Isso além de nos trazer obreiros despreparados, trouxe 
dificuldades para os nossos seminários, que investiam em 
instalações e materiais para novos alunos, que desistiam logo em 
seguida. 
 
4) Deve ser casado e ter uma carta da esposa, atestando a sua 
conduta cristã. 
O apostolo Paulo falou que tem não tem cuidado da sua família não 
pode cuidar da Igreja de Deus. (1 Timóteo 3.5). Há muitos crentes 
que na Igreja são uma pessoa e em casa são outra. Na Igreja são 
exemplos de amor e simpatia. Mas, em casa são um terror para a 
esposa e filhos. Pensando nisso, o Ministério resolveu envolver a 
esposa na escolha do obreiro, pois, é a pessoa que mais o 
conhece. Além disso, há esposas que não querem que o esposo 
seja obreiro e se tornarão uma pedra de tropeço para o ministério 
dele. Um obreiro precisa ser bem casado. 
 
 
 12 
5) Deve ter o nome limpo na praça. 
O Ministério pede uma certidão negativa do cartório da cidade onde 
o candidato a obreiro reside e dos cartórios da região. Se ele tiver 
problemas com o SPC e SERASA, a sua consagração não é 
aprovada. É justo que se faça isso, pois, o crente deve ser honesto. 
Se o obreiro compra e não paga trará problemas e escândalo para 
a Igreja. 
 
6) Deve ser dizimista. 
Todo o patrimônio das nossas Igrejas e as despesas de 
funcionamento destas são pagos com dizimos e ofertas. Seria, 
portanto, injusto e incorente, alguém que não contribui exercer 
cargos na Igreja e usar a estes recursos, com os quais ele não 
concorda. 
 
Estes são os principais requisitos que precisam ser comprovados 
para o Ministério, para evitar que maus obreiros sejam 
consagrados. Porém, há muitos outros, que devem ser 
considerados pelo pastor local, comos vida de oração e santidade, 
frequência regular nos cultos, principalmente na Escola Dominical e 
cultos de ensino, evidência da chamada de Deus, submissão à 
liderança da Igreja, etc. Para que tenhamos Igrejas sadias e a 
pregação do Evangelho avance, necessitamos urgente de bons 
obreiros. Os critérios acima, certamente ajudarão o Ministério a 
selecionar melhor os seus obreiros. Entretanto, o mais importante é 
orar, para que o Senhor que conhece os corações, mostre à nossa 
liderança, quem deve ser consagrado e quem não deve. 
Que cada um de nós seja fiel ao Senhor da Seara, pois, o nosso 
trabalho na obra do Senhor não é em vao. 
 
3 ) OBREIROS NO EXERCÍCIO NO 
MINISTÉRIO DE DEUS 
 
Como obreiros do Senhor, separados para o santo ministério de 
Deus, fomos chamados para servir a sua amada igreja. Este fato 
constitui-se, em um alto privilégio que e grande responsabilidade. 
 
 13 
Por Isso, precisamos a cada dia está nos aperfeiçoando para que 
venhamos realizar um trabalho que glorifique o excelso nome de 
Jesus. Portanto, nesta singela apostila, trataremos de assuntos que 
julgamos importantes e necessários, e que com certeza ajudará o 
obreiro no exercício de seu ministério. Assim, 
ESFERAS DE ATUAÇÃO DO OBREIRO NO EXÉRCICIO DE SEU 
MINISTÉRIO, 
procura de forma humilde, orientar o obreiro nas esferas: social, 
moral, ética, emocional e espiritual. Destarte, espero que cada um 
daqueles que tiverem acesso a este opúsculo possa ser 
grandemente abençoado, tendo a consciência de que procuram 
fazer sempre, o melhor para Deus. 
 
A estabilidade familiar constitui um dos elementos chaves, 
 
para o sucesso do obreiro no exercício de seu ministério. 
 
“Por esta causa te deixei que pusesse em boa ordem as coisas que 
ainda restam e de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, 
 
como já te mandei. 
 
Aquele que for marido de uma só mulher que tenham filhos fiéis, 
 
que não possam ser acusados de dissimulações, nem são 
desobedientes 
 
(Tt 1.5-6)” . 
 
Paulo ordenou que Tito, seu filho na fé (Tt 1.4) 
 
que estabelecesse obreiros em todas as cidades por onde andasse. 
No entanto, deixou uma recomendação, esse obreiro deveria ter 
uma família estável, totalmente arraigada na vontade do Senhor. 
Essa regra não se limita apenas à eleição de novos obreiros, mas a 
sua permanência nele 
 
 
O obreiro, o matrimônio e a família. 
 
 
 14 
O matrimônio é uma benção de Deus, foi estabelecido pelo próprio 
Senhor, para múltiplas finalidades (Gn 1.26-28). 
As responsabilidades no casamento são recíprocas e individuais ao 
mesmo tempo. 
 
Tanto o marido quanto a esposa, 
 
são exortados a fazer sua parte (1 Co 7.1-40; Ef 5.22-33; Cl 3.18-
25), 
mas, quando se trata de obreiros da casa de Deus, parece que a 
responsabilidade recai em maior intensidade sobre ele mesmo. 
 
1.1. O obreiro e o isolamento 
 
 
A Bíblia diz em Gênesis 2.18, que “não é bom que homem esteja 
só”. É bem verdade que esse texto fala literalmente acerca da 
importância da vida a dois no casamento. Contudo, ele serve-
nos de um princípio que se aplica, também, a outras áreas, na 
vida do ser humano. Por isso acreditamos e a própria 
experiência comprova, que o obreiro cristão não pode viver 
isolado. Quando o obreiro se isola, ele perde a oportunidade de 
comunicar o Evangelho de Cristo às pessoas, pois foi 
exatamente para isso que ele foi chamado, ademais, o 
isolamento pode trazer consequências nocivas para o servo de 
Deus, como a tristeza, o sentimento de abandono podendo 
desencadear, inclusive, uma depressão (I Rs 19. 3-7). Já dizia 
um veterano apresentador de televisão: “quem não se comunica 
se trumbica”. 
 
1.2. O obreiro e as “relações públicas” 
 
Aquele que foi chamado por Deus para exercer o nobre ofício de 
pregar o Evangelho da Salvação, deve, além de viver em “meio” 
ao povo, procurar manter boas relações com todos, para que, 
dessa forma, continue gozando do privilégio de poder falar-lhes 
do amor de Jesus. Não estou dizendo com isso, que devemos 
compactuar com os seus erros, fazer o que eles fazem ou viver 
como eles vivem. Não, de forma nenhuma! Devemos, sim, ser 
sábios e prudentes, para que, de alguma maneira venhamos 
 
 15 
ganhá-los para Cristo. Expressões como: bom dia, boa noite, 
obrigado, por favor, com licença etc, abre portas e criam 
verdadeiras pontes que facilitam a nossa missão como 
pregadores 
 
 
ATUAÇÃO DO OBREIRO NA ESFERA MORAL 
 
 
2.1. A vida conjugal do obreiro 
 
 
O apóstolo Paulo escrevendo a sua primeira epístola a Timóteo, 
no capítulo 3 e versículo, 2, disse que aquele que deseja o 
episcopado precisa ser, entre tantas outras coisas,“marido de 
uma só mulher”. O que o grande apóstolo estava ensinando com 
estas palavras, era, com toda certeza, a importância da 
fidelidade conjugal na vida do obreiro. 
 
Vivemos hoje uma grave crise moral com relação a isso, 
inclusive, no seio da Igreja. É alarmante o número de 
separações e divórcios - na maioria dos casos a alegação para 
tal, é que o (a) parceiro (a), foi traído (a) -, até mesmo entre 
crentes. Certamente, Deus não está satisfeito com o que vem 
acontecendo. (Ml 2. 14-16). O obreiro do Senhor precisa ser 
exemplo, também, na sua vida conjugal. 
 
 
2.2. O obreiro e o aborto 
 
 
A vida é sagrada e começa na concepção. Deus é o supremo 
autor da vida e somente ele tem o direito de tirá-la (I Sm 2. 6; Dt 
32. 39). Ele diz em sua palavra: “não matarás” (Ex 20. 13). O 
aborto é uma atitude criminosa e covarde contra um ser 
indefeso. Por isso, como cristãos, conhecedores da palavra de 
Deus, somos tenazmente contra toda e qualquer forma de 
aborto 
2.3. O obreiro e a eutanásia 
 
 
 16 
A palavra eutanásia vem de dois vocábulos gregos: eu, que 
significa bom e thanatos, morte. Portanto, boa morte. 
 
Partindo daí, os defensores dessaidéia macabra, argumentam a 
favor da descriminalização da eutanásia. Dizem eles, que, 
aqueles que possuem doenças terminais, e vivem, por exemplo, 
dependendo de aparelhos para continuarem vivos, caso a 
eutanásia fosse legal – em alguns países já é -, eles deixariam 
de sofrer. Porém, entendemos que esses argumentos são 
falaciosos, pois, a vida do homem está nas mãos de Deus e ele 
pode perfeitamente restaurar, aquele que se encontra 
desenganado pela medicina, como já tem acontecido com 
muitas pessoas. Assim, nossa posição como defensores da vida, 
é contrária a esse pensamento. 
 
2.4. O obreiro e as práticas homossexuais 
 
No princípio Deus fez macho e fêmea (Gn 1. 27). Na “queda” o 
homem perdeu sua comunhão com Deus (Gn 3. 7-11) e ficou 
corrompido (Gn 6. 5-7, 13). Em Sodoma e Gomorra, a prática da 
homossexualidade já tinha atingido proporções tão altas que o 
Eterno resolveu destruir com fogo aquelas ímpias cidades (Gn 
19. 24-29). Nos dias da igreja primitiva esse comportamento era 
largamente praticado, inclusive, por muitos que tinham feito suas 
decisões por Cristo (I Co 6. 10,11). Paulo, de forma sábia e 
contundente mostra o tamanho erro das práticas homossexuais 
e as consequências advindas de tais atos (Rm 1. 26-32). Agora, 
o que dizer dos dias atuais? Vemos em alguns lugares, 
infelizmente, o apoio a essas aberrações como se fosse algo 
comum e normal. E pasmem, há convenções que já consagram 
homossexuais para o ministério de pastor. Misericórdia! 
 
O homossexual seja: gay, lésbica, bissexual, transexual enfim, 
deve como ser humano, ser tratado com respeito e amado por 
todos nós. Agora, a prática homossexual pode sim, e deve ser 
repudiada, pois é contrária à natureza e a Bíblia condena 
veementemente (Lv 18. 22). 
 
ATUAÇÃO DO OBREIRO NA ESFERA ÉTICA 
 
 
 17 
3.1. A linguagem do obreiro 
 
O obreiro cristão é um comunicador da mensagem divina. Pois 
deve usar a sua boca com sabedoria e graça para proclamar a 
“boa notícia”, e assim, conduzir vidas aos pés de Jesus. Outrora, 
ele apresentava os seus “membros ao pecado por instrumento 
de iniqüidade”, agora, porém, os seus membros são 
apresentados “a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6. 
13). Portanto, deve, ele, evitar as gírias, e as palavras torpes (Ef 
4. 29 ) e obscenas. Ao servo do Senhor não convém palavras de 
baixo calão. A nossa palavra deve ser “sempre agradável, 
temperada com sal, para que saibais como vos convém 
responder a cada um” (Cl 4. 6). É requerido dos obreiros, uma 
“linguagem sã e irrepreensível” (Tt 2. 8). 
 
3.2. Sua relação com os colegas de ministério 
 
É um alto privilégio fazer parte do ministério cristão. Não há 
nada na terra que se compare a esta nobre missão. Assim, um 
bom relacionamento entre os colegas de ministério, se faz 
necessário. A honra, o respeito e a consideração mútuas, é 
salutar para ambos, inclusive para a igreja num sentido mais 
amplo. Por isso, ao sermos transferidos para um novo campo de 
trabalho, precisamos falar bem à igreja, daquele que vai nos 
substituí. Nunca devemos dar informações negativas do nosso 
colega. Como também, ao assumirmos uma nova igreja 
devemos ter o máximo cuidado de não denegrirmos a imagem 
do nosso antecessor. Não devemos fazer aos outros, aquilo que 
não queremos para nós. 
 
3.3. Entrando no “campo” alheio 
 
Como ministros da casa de Deus, recebemos do Senhor a 
responsabilidade de cuidarmos do “nosso” campo de ação. Os 
pastores que dirigem igrejas sabem muito bem disso. Portanto, 
precisamos ser cautelosos, prudentes e fiéis para não entrarmos 
“maldosamente”, em atribuições alheias. A ingerência em campo 
de outrem, sem a devida autorização do presidente do campo, 
constitui-se, em grave assédio, “golpe” que nenhum pastor 
gostaria de sofrer. Sejamos leais, também, neste particular! 
 
 18 
 
 
3.4. Saudando seus compromissos 
 
A Bíblia diz que o obreiro deve ter boa reputação para com os 
que estão de fora (Cl 4. 5). Certamente, a questão das dívidas 
está incluída aí. O homem de Deus deve ter muito cuidado com 
essa questão, pois o nosso inimigo - satanás - procura uma 
brecha para expor ao ridículo o obreiro do Senhor e desqualificá-
lo, diante da sociedade. Portanto, especialmente diante da crise 
que a cada dia se avoluma, é preciso equilíbrio quando se for 
comprar, optando somente pelo o necessário e não cair na velha 
armadilha das tais “liquidações” e “promoções”. Igualmente, 
muito cuidado com o cheque especial e o cartão de crédito. 
 
 ATUAÇÃO DO OBREIRO NA ESFERA EMOCIONAL 
 
4.1. O obreiro e a solidão 
 
 
O obreiro de Deus como ser humano, é igual a qualquer outra 
pessoa. Ele não é um super homem como alguém possa 
imaginar. Embora chamado por Deus e preparado para a 
“missão”, ainda assim, tem suas fraquezas e debilidades, pois é 
um ser emocional, carregado de fraquezas. Por isso, vez por 
outra, diante das circunstâncias e adversidades pelas quais está 
a passar, sente-se, tão fragilizado que chega a pensar que está 
só. Isso mesmo; às vezes, mesmo cercado de tantas pessoas, 
inclusive a família, contudo, o sentimento de solidão, impera. 
Sabemos, todavia, que há um propósito maior da parte de Deus 
com relação a esses que estão a vivenciar momentos assim. Por 
isso, ele não deve desfalecer; pois, na verdade, Deus não o 
deixa só (Is 43. 2; Js 1. 5,9). Jesus disse que estaria conosco 
todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28. 20). 
Portanto, descansemos na certeza de que o Senhor é conosco 
(Is 41. 10). 
 
4.2. O obreiro e a tristeza 
 
A tristeza também é um sentimento que o obreiro experimenta! 
 
 19 
Diante de situações e acontecimentos ruins, seja na família, 
igreja ou comunidade na qual trabalha vez por outra o servo de 
Deus está a enfrentar momentos de tristeza. Até Jesus Cristo, o 
nosso Senhor, momentos antes da crucificação, exclamou: “a 
minha alma está triste até a morte…” (Mt 26. 38).Como disse 
alguém certa vez: “na vida passamos por altos e baixos”. A 
experiência também nos diz que o crente atravessa “montes e 
vales”. Portanto, devemos prosseguir firmes e de cabeça 
erguida, pois, “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem 
pela amanhã” (Sl 30. 5). 
 
4.3. O obreiro e a ansiedade 
 
A ansiedade é o mal do século. Quem nunca ficou ansioso em 
algum momento da vida? Pois é, o obreiro do Senhor também 
passa por momentos de ansiedade! Diante das demandas do 
dia a dia, e questões que estão diretamente ligadas ao ministério 
pastoral, facilmente ele pode ser levado a esse temido quadro. 
 
FATORES QUE PODEM LEVAR O OBREIRO À ANSIEDADE 
 
Família: Filhos na adolescência, por exemplo, que muitas vezes 
não tem um bom comportamento devido a fase que está 
atravessando e são cobrados pela igreja, acaba gerando 
preocupações. 
 
Evangelização: Às vezes a “coisa” não acontece como 
planejamos, e aí ficamos a nos cobrar. 
 
Escola Bíblica Dominical: Infelizmente, ainda é mínimo o número 
daqueles que são alunos assíduos, em muitas igrejas. Este fato 
leva os pastores que amam a EBD, a ficarem preocupados. 
 
Evasão: nada mais preocupante, para o obreiro do que ver 
pessoas saindo da igreja... 
 
Construções: O desejo de ver construção A ou construção B, ser 
concluída, e não ter os recursos necessários, gera ansiedade. 
Contudo, a Bíblia diz: “Não estejais inquietos por coisa alguma; 
antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de 
 
 20 
Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Fl 4. 6) e 
“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem 
cuidado de vós” (I Pe 5. 7) 
 
4.4. O obreiro e a angústia 
 
Angústia é aflição, agonia, ânsia, sofrimento, atribulação. 
Portanto, um sentimento ruim. No Jardim do Getsêmani, 
prevendo já, à hora da crucificação, enquanto levava “consigo a 
Pedro e aos dois filhos de Zebedeu” Jesus, “começou a 
entristecer-se e a angustiar-se” (Mt 26.37. Ver Jo 12. 27). Dessa 
forma, nem Jesus foi “poupado” deste sofrimento. Em 2 Co 12. 
10 Paulo fala algo que é tremendo e revela sua postura firme 
diante das adversidades. Ele diz: “Pelo que sinto prazer nas 
fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, 
nas angústias por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, 
então, é que sou forte”. Assim, não podemos ser fracos no dia 
da angústia (Pv 24. 10). O Senhor disse para o salmista: 
“invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” 
(Sl 50. 15). Devemos ter a convicção, de que “Na minha 
angústia, clamo ao Senhor, e ele me ouve” (Sl 120. 1). 
 
4.5. O obreiro e a depressão 
 
Há um personagem na Bíblia, que, sempre que falamos em 
depressão, seu nome vem, automaticamente à nossa mente: 
Elias. O profeta Elias, conhecido como o profeta de fogo, foi 
chamado para profetizar numa das piores épocas da história de 
Israel. O governante naqueles dias era o apóstata, rei Acabe, 
que havia se casado com a ímpia, Jezabel. Pois bem, depois de 
grandes feitos em nome de Jeová, especialmente, sua vitória 
sobre os profetas de Baal (I Rs 18. 21. 40), Elias é confrontado 
por Jezabel, que lhe ameaça tirar-lhe a vida como ele fizera com 
os profetas de Baal (I Rs 19. 2). Diante disso, Elias fica 
amedrontado, procura se isolar e pede pra si, a morte (I Rs 19. 
3-10). Aí estão alguns sintomas daquele que está depressivo. 
Portanto, quem de nós está livre de uma situação como esta? 
Em Tiago 5. 17 está dito que: “Elias era homem semelhante a 
nós, sujeito aos mesmos sentimentos…” Sendo assim, só a 
misericórdia de Deus! 
 
 21 
 
4.5. O obreiro e a gratidão 
 
A gratidão é um sentimento nobre, que como tal, deveria ser a 
“marca registrada” na vida de todo obreiro do Senhor. 
Infelizmente, há muita gente ingrata por aí! (Lc 17. 11-19). Não 
há duvidas de que Deus, nosso pai, deseja que sejamos 
agradecidos. Ele tem cuidado de nós nos mínimos detalhes. 
Vinte e quatro horas por dia está a nos proteger. Deu-nos uma 
família e amigos para compartilharmos momentos felizes aqui na 
terra. Salvou as nossas almas da condenação eterna. Chamou-
nos para o seu santo ministério, sendo nós indignos. Prometeu 
levar-nos para o seu reino celestial para gozarmos para sempre 
com ele (Jo 14. 2,3). Não podemos ser ingratos! Devemos, sim, 
obedecer ao mandamento que diz: “Em tudo, dai graças, porque 
esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 
5. 18). E também: “dando sempre graças por tudo a nosso Deus 
e pai, em nome de nosso senhor Jesus Cristo” (Ef 5. 20). A 
exortação continua: “... e sede agradecidos” (Cl 3. 15) 
 
4.6. O obreiro e a alegria 
 
Em Gálatas 5. 22 o apóstolo Paulo, cita as qualidades que 
formam o Fruto do Espírito. Dentre eles, está a “alegria”. Esta 
alegria independe de circunstancias. Ou seja, quem a possui é 
alegre em qualquer situação (Hc 3. 17-19). Tiago em seu livro 
diz: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias 
tentações” (Tg 1. 2). Pedro disse que não devemos estranhar “a 
ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se 
coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de 
serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na 
revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis” (I Pe 4. 12,13). 
Jesus disse que são “bem aventurados os que sofrem 
perseguição por causa da justiça” e os que são injuriados, 
perseguidos e caluniados por sua causa. Ele completa: “Exultai 
e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; 
porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” 
(Mt 5. 10-12). Os apóstolos, depois de severa perseguição das 
autoridades religiosas em Jerusalém, “retiraram-se, pois, da 
presença do conselho, regozijando-se de terem sidos julgados 
 
 22 
dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus” (At 5. 41) Paulo 
e Silas depois de açoitados com vara na cidade de Filipos, foram 
lançados na prisão como se fossem malfeitores, contudo, “Perto 
da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e 
os outros presos os escutavam” (At 16. 25). Assim, Paulo podia 
dizer: “Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha 
carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que 
é a igreja” (Cl 1. 24). Ele nos aconselha: “Regozijai-vos sempre” 
(I Ts 5. 16) 
 
ATUAÇÃO DO OBREIRO NA ESFERA ESPIRITUAL 
 
5.1. O obreiro e a oração 
 
A oração é uma arma poderosa na vida do obreiro (Tg 5. 17,18; 
2 Co 10. 4). Por isso, a Bíblia nos exorta a orarmos sempre (Lc 
18. 1) e em todo tempo (Ef 6. 18), ou seja, sem cessar (I Ts 5. 
17) pois Jesus, nosso exemplo por excelência, passava noites 
em oração. Assim, deve o obreiro ser um homem de oração, 
pois dessa forma obterá sucesso na sua vida ministerial. A 
oração é a chave da vitória! 
 
5.2. O obreiro e a Bíblia 
 
A Bíblia Sagrada é o principal instrumento de trabalho do 
obreiro. Por isso, deve este: Amá-la com todas as suas forças 
(Sl 119. 97). Lê-la, diligentemente (Is 34. 16; I Tm 4. 13). Estudá-
la, metódica e sistematicamente (2 Tm 3. 16,17). Meditar nela, 
pacientemente (Js 1. 8; Sl 1. 2), para que, dessa forma, possa: 
Pregá-la (Mc 16. 15; I Co 9. 16). Anunciá-la (Na 1. 15), enfim. A 
Palavra pregada não voltará “vazia, antes fará o que me apraz, e 
prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55. 11) 
 
5.3. O obreiro e a piedade 
 
Uso esse termo aqui, para me referir àquelas qualidades que 
são imprescindíveis à vida do obreiro, tais como: prática da 
piedade cristã que resulta numa vida de total dedicação a Deus 
e ao seu serviço (Rm 12. 1), que é baseado em um 
conhecimento apropriado do Senhor (Os 6. 3) objetivando, no 
 
 23 
desenvolvimento da nossa consciência para com Deus, fato que 
se caracterize, numa busca constante pela justiça, a fé, o amor, 
a paciência e a mansidão (I Tm 6. 11; II Pe 1. 6). O obreiro do 
Senhor deve exercer a piedade com contentamento (I Tm 6. 6). 
 
5.4. O obreiro e a fidelidade 
 
Paulo dava graças a Deus na pessoa do Senhor Jesus Cristo, 
porque foi tido por fiel, e admitido ao Santo Ministério (I Tm 1. 
12). (Grifo nosso). Realmente, a fidelidade é um dos principais 
requisitos, requerido por Deus para a vida do seu servo (Sl 101. 
6). A infidelidade, que é o contrário do que estamos falando, é 
uma característica negativa, que desqualifica a qualquer um que 
tente se achegar a Deus para servi-lo. Na primeira epístola aos 
Coríntios, capítulo 4 e versículo 2 está dito: “Além disso, requer-
se nos despenseiros que cada um se ache fiel (I Co 4. 2). (Grifo 
nosso). Devemos, portanto, sermos fiéis até a morte (Ap 2. 10). 
 
 
4) O obreiro e a igreja local 
 
 
Sempre que nos propomos a analisar um tema que se refere à 
Bíblia devemos partir dos princípios estabelecidos pela própria 
Palavra de Deus. Portanto, leiamos as seguintes palavras do 
apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios 4.11-12: 
 
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e 
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 
querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, 
para edificação do corpo de Cristo. 
 
Muitas são as lições que podem ser extraídas desse texto, porém, 
destaco duas: a primeira é que o apóstolo enfatiza que é o Senhor 
Jesus quem dá obreiros à Igreja; e a segunda é que se é Ele quem 
dá obreiros à Sua Igreja, então ele é o proprietário desses obreiros, 
já que ninguém pode dar algo que não lhe pertence. Sendo assim, o 
 
 24 
obreiro deve esperar em Deus o tempo, a forma e o lugar para 
desenvolver seu ministério, já que é o Senhor quem possui a 
autoridade de apresenta-lo à Sua Igreja, e isso implica também na 
necessidade do obreiro ter uma vida que evidencie que de fato ele é 
uma propriedade de Deus, podendo assim ser dado ao Corpo de 
Cristo. 
 
Paulo destaca também que a finalidade para a qual o Senhor dá 
obreiros à Sua igreja é o “aperfeiçoamentodos santos” visando “a 
edificação de Seu Corpo”. O que se percebe é que os que os 
obreiros trabalham para treinar os santos que deverão trabalhar 
para a edificação do Corpo de Cristo. 
 
Não é propósito divino limitar a tarefa da edificação dos santos aos 
chamados “obreiros oficiais”, mas que toda a Igreja esteja envolvida 
na tarefa interna de treinamento e preparação para o cumprimento 
de sua missão na terra. E o que se deve destacar é que tudo isso 
ocorre em função e em favor da Igreja local, isto é, todo esse 
trabalho desemboca na Igreja. 
 
Uma das máximas do ministério cristão é: Ele deve ser exercido sob 
o princípio do serviço, e o significado disso é colocar-se no lugar da 
outra pessoa. Jesus nos deu exemplo e também falou que em Seu 
Reino o maior é o que serve e não o que é servido (Mt 20.27-28). 
Conclui-se que o obreiro deve sempre ter a vívida consciência que 
ele não é somente servo de Deus, mas também da Igreja, afinal, ele 
é dado para trabalhar em favor da Igreja e não o contrário. 
 
Chamado para Ele e por Ele 
 
Na chamada de Moisés (Ex 3.10) e na de Paulo (At 9.15), 
percebemos semelhança em alguns aspectos, principalmente no 
que diz respeito às palavras do Senhor que demonstra a dinâmica 
da chamada de um homem para o cumprimento de Seu propósito. 
Encontramos as seguintes expressões nos textos: “vem”; “te 
enviarei”; “é para mim... escolhido”; para levar”. 
 
Antes de ser chamado para a obra do Senhor, o obreiro é chamado 
para o Senhor da obra. A eficácia na obra do Senhor depende 
diretamente do quanto o obreiro conhece o Senhor da obra, por 
 
 25 
isso, antes de atender ao chamado ministerial, devemos atender o 
chamado à comunhão com Cristo. 
 
A obra é do Senhor e é Ele quem a conduz e a realiza, e esta é a 
principal razão pela qual o obreiro necessariamente deve atender 
ao chamado à comunhão com o Senhor antes de trabalhar em Sua 
obra. Sendo assim, a obra será realizada em cooperação com o 
Senhor e sempre objetivando o bem estar da Igreja, já que o 
Senhor Jesus decidiu realizar Suas obras e tornar-se conhecido por 
meio de Sua Igreja. 
 
O comprometimento do obreiro com a Igreja local depende 
diretamente do quanto ele está em comunhão com o Senhor da 
Igreja, isto é, quanto mais consciente de sua necessidade de estar 
perto de Deus, mais o obreiro executará seu ministério pensando 
em servir à Igreja e não a si mesmo. 
 
Igreja e Obreiro, uma relação de dependência 
 
De acordo com as palavras de Paulo no texto base de nossa 
meditação, os obreiros são os responsáveis em preparar a Igreja 
para aquilo para o qual ela foi edificada, e isso nos coloca diante de 
duas grandes verdades: 1) o sentido do ministério está em servir a 
Igreja e trabalhar para ela; 2) de certa forma a Igreja depende de 
seus obreiros para sua manutenção e preparação para o 
cumprimento de seus deveres como Corpo de Cristo na terra. 
 
A satisfação do obreiro só é possível quando for desenvolvido com 
o propósito de servir a Igreja, afinal, esta é a 
razão e propósito de sua existência. Sobre a relação do obreiro com 
a Igreja, Richard Baxter escreveu: 
 
Ele precisa deleitar-se em sua beleza, anelar por sua felicidade, 
buscar o seu bem e se regozijar em seu bem estar. Ele deve estar 
disposto a gastar-se e ser gasto em benefício da igreja. 
 
 
 26 
Partindo desta premissa, concluímos que o desenvolvimento de um 
ministério só terá valor diante de Deus quando o mesmo ocorrer em 
favor e dentro dos limites da Igreja local. 
 
Infelizmente, o número daqueles que têm se distanciado do 
convívio com a Igreja local e ainda são chamados evangélicos, 
cresce assustadoramente, e isso tem sido considerado um 
fenômeno e que por sua vez recebe o nome de “Os Desigrejados”. 
Esses descomprometidos com a Igreja local se declaram 
evangélicos, afirmam crer no nascimento virginal de Cristo, na sua 
morte vicária, na ressurreição, na Segunda Vinda, e na vida eterna 
dos fiéis, além de terem se submetido ao batismo e, por incrível que 
pareça, participam da Santa Ceia do Senhor; no entanto, não 
acreditam na relevância e necessidade da igreja institucional. De 
acordo com o IBGE, numa pesquisa feita, em 2010, já eram mais de 
quatro milhões de evangélicos nessa condição. 
 
Tragicamente, esse fenômeno tem afetado também muitos dos 
chamados obreiros ou ainda aqueles que se consideram assim, e 
fatalmente a Igreja tem sofrido, pois de acordo com o padrão 
bíblico, ministério é serviço à Igreja, mas quando isso não acontece, 
a tendência é a busca por interesses pessoais, de onde vêm os 
grandes escândalos, tornando assim pedra de tropeço à pregação 
do Evangelho. 
 
O obreiro comprometido com a Igreja local é muito menos propenso 
a trabalhar em causa própria que aquele que não possui ligação 
com ela. A Igreja local é capaz de revelar os propósitos do coração 
de um obreiro, ou seja, ela é eficaz em manifestar os verdadeiros 
sentimentos daqueles que a servem no exercício ministerial. 
 
No exercício de seu ministério na Igreja local, o obreiro 
constantemente é submetido a desafios que são eficazes em testar 
seu verdadeiro propósito e real motivação e somente os de puro 
sentimento permanecerão em servir ao Corpo de Cristo. 
 
Sou verdadeiramente chamado? 
 
Nesse ponto, devemos pontuar algumas questões fundamentais: 
Como saber se verdadeiramente sou chamado? Quais as marcas 
 
 27 
de um obreiro verdadeiramente chamado? Quem é habilitado para 
confirmar um obreiro verdadeiramente chamado? 
 
Quanto à questão se a pessoa que exerce ministério é de fato ou 
não chamada por Deus é algo inevitável e fundamental, 
principalmente porque isso é que dá peso de autoridade ou não ao 
exercício desse ministério, afinal, nenhum membro de Igreja quer 
ser ministrado por alguém que não seja verdadeiramente chamado 
por Deus. Sendo assim, podemos considerar que, a confirmação de 
um chamado ministerial é o principal, e talvez o maior requisito para 
o exercício ministerial na Igreja local. 
 
Sobre o ministério de alguém e sua chamada, o puritano William 
Perkins acreditava que existem dois sinais que autenticam e 
atestam um obreiro verdadeiramente chamado por Deus, sendo 
eles: sinal interno e sinal externo. Sobre o assunto Perkins 
escreveu: 
 
Saberás tu se Deus te enviaria ou não? Então tu deves perguntar à 
tua consciência e perguntar à Igreja. Tua consciência deve julgar a 
tua disposição e a Igreja, a tua capacidade. Da mesma forma que tu 
não podes confiar em outros homens para julgar a tua inclinação ou 
afeição, assim também tu não podes confiar no teu próprio 
julgamento para julgar a tua suficiência ou o teu valor. Se a tua 
consciência testifica a ti que o teu desejo de servir a Deus e à Sua 
Igreja acima de qualquer outro desejo, e se em provas feitas dos 
teus dons e aprendizado a Igreja... aprova o teu desejo e a tua 
capacidade de trabalhar a serviço de Deus no Seu ministério, e 
portanto através de um chamado público te permitem seguir; então 
Deus, ele próprio te permitiu seguir. 
 
A responsabilidade a respeito de quem verdadeiramente chamou 
determinada pessoa para o ministério recai sobre o próprio 
candidato e sobre a Igreja onde ele exercerá seu ofício ministerial, 
caso haja essa confirmação. De uma forma mais prática, a 
responsabilidade do obreiro é de discernir o seu próprio desejo, 
enquanto que para a Igreja fica a responsabilidade de discernir 
acerca dos dons e da capacidade do obreiro. 
 
 28 
 
Ao procurarmos saber o que a Bíblia tem a nos ensinar sobre isso, 
percebemos que essa visão está bem próxima daquilo que a 
Palavra de Deus nos orienta. No Antigo Testamento, encontramos 
que todos da casa de Arão e da casa de Levi eram chamados para 
o serviço do altar, todavia, para que exercessem oficialmente esse 
ministério deveria antes ser ungido e purificado publicamente (Ex 
28.35); já no Novo Testamento, encontramos Pedro sendo enviado 
por Deus à casa de Cornélioque por sua vez mandou chamar o 
apóstolo (At 10), ou seja, por mais que o obreiro tenha convicção de 
sua vocação e chamada ministeriais, ele deve sempre esperar o 
testemunho da Igreja local que, identificando esse chamado, o 
confirmará. 
 
Sendo assim, podemos mais uma vez perceber o papel 
fundamental da Igreja local, e nesse caso na identificação e 
confirmação do chamado do obreiro, mesmo porque, todo o 
exercício ministerial, conforme temos visto, deve desembocar nela, 
isto é, todo esforço, talento e dons devem trabalhar em benefício do 
Corpo de Cristo. 
 
A Última Palavra 
 
Pudemos notar que, se tratando da confirmação do chamado de 
alguém, existem dois sinais, o interno (pessoal do obreiro) e externo 
(da Igreja local). No entanto, estamos tratando de assuntos 
espirituais, que dizem respeito àqueles que são chamados para 
conduzirem e orientarem a Igreja do Senhor Jesus, cuja batalha é 
estritamente espiritual (Ef 6.12), por isso, todos esses dois sinais 
são importantes e fundamentais, mas a última palavra sempre deve 
ser do Espírito Santo, quando o assunto é a confirmação ministerial. 
 
Tomaremos como base, dois textos sagrados que serão 
suficientemente capazes de atestar essa verdade: 
 
E, pensando Pedro, naquela visão, disse-lhe o Espírito Eis que três 
varões te buscam. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles, não 
duvidando; porque eu os enviei. (At 10.19,20 – grifo do autor). 
 
 29 
E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: 
Apartai-me a Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado. 
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os 
despediram. (At 13.2,3 – grifo do autor) 
 
Nas duas passagens bíblicas podemos perceber o mesmo princípio 
e a mesma dinâmica. O alvo é a evangelização, a necessidade e a 
preocupação recai sobre quem será usado para tal tarefa, a 
necessidade está em pessoas que precisam ouvir o Evangelho e 
em tudo isso encontramos o Espírito Santo determinando à Igreja 
quem e de que forma isso deveria ser realizado. 
 
No episódio que envolveu Pedro e Cornélio, o Espírito Santo é claro 
em dizer ao apóstolo que Ele havia enviado aqueles homens a 
busca-lo para que ele se encontrasse com o centurião. A dinâmica 
é conduzida pelo Espírito de Deus, é Ele quem leva, traz e conduz 
todas as coisas, executando o tralho pelas vias por Ele 
estabelecidas, ou seja, usando pessoas a fim de servirem à outros 
com o Evangelho, cumprindo assim Seu propósito. 
 
Já no caso da Igreja que estava em Antioquia, percebemos algo 
semelhante, pois encontramos uma lista de homens capacitados e 
chamados por Deus (v. 1), mas todos eles tiveram a preocupação 
em receber do Espírito Santo a direção concernente àqueles que 
haviam sido designados a realizarem aquela tarefa específica. 
Mediante a busca daquele grupo de líderes daquela Igreja, o 
Espírito de Deus determinou que separassem Barnabé e Saulo, 
mas mesmo após isso, por meio daquele mesmo grupo, esses dois 
missionários receberam a imposição de mãos e forma então, com o 
respaldo de Deus e da Igreja que realizaram sua primeira viagem 
missionária. 
 
É formidável quando a Igreja caminha em plena comunhão com o 
Espírito Santo em suas tarefas, principalmente quando se trata de 
separação e confirmação de obreiros, porque de certa forma, disso 
depende o seu sucesso. O obreiro que recebe de Deus a 
confirmação interna, será confirmado por sinais externos dados à 
Igreja local, e será confirmado pelo Espírito Santo que, de alguma 
 
 30 
forma comunicará à Igreja que não terá dúvida sobre o chamado 
desse obreiro. 
 
Desse modo, o obreiro deve conservar o fervor de sempre servir 
sempre à Igreja de Deus, pois para isso ele foi chamado. 
 
 
 
O exercício do obreiro da igreja é de grande importância para o 
desenvolvimento e acolhimento dos irmãos que buscam na casa do 
Senhor a força, os ensinamentos e as bênçãos de Deus. O principal 
dever do escolhido é servir ao Senhor, atendendo ao seu chamado 
prontamente e de coração aberto. 
Para ajudá-lo a compreender quais são seus deveres e 
compromissos nessa função, preparamos este artigo. Aqui você vai 
entender melhor o que é ser um obreiro da igreja, como deve ser 
seu comportamento, o que é inadequado para esse posto e quais 
os principais deveres a serem cumpridos. 
Acompanhe e prepare-se para viver em plenitude esse chamado! 
 
5) O que é ser um obreiro da igreja 
 
A resposta para o que Deus espera dos seus escolhidos para 
obreiros está na Bíblia. Jó é claro em suas palavras sobre o 
significado de desempenhar esse papel: obreiro é aquele que se 
descobre como serviçal do SENHOR e atende sem tardar o seu 
chamado.( Jó 15.16) 
O obreiro é, antes de mais nada, um servidor de Deus. Ele contribui 
e coopera para a realização de um projeto, uma campanha ou 
apostolado. Ser obreiro é estar atento às suas tarefas e sempre 
primar pela polidez e discrição. É entender que está ali para servir e 
não para ser servido. 
Ser obreiro é ter o coração humilde para executar as ordens do 
Senhor e acolher os irmãos que estão juntos nessa trajetória. Ser 
obreiro é ser exemplo para a comunidade e auxiliar a todos a 
encontrar os caminhos do Senhor. 
https://blog.seifa.com.br/voce-sabe-como-desenvolver-dons-espirituais/
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Quais são os deveres do obreiro 
O obreiro é o escolhido para laborar nas obras do Senhor. Por isso, 
ele deve observar algumas regras de conduta e posicionamento 
frente ao exercício do chamado. 
É importante que o obreiro tenha em mente que essa função 
exige equilíbrio emocional. Ou seja, o obreiro deve ser capaz de 
aceitar críticas, sugestões e correções com o coração aberto e sem 
a interferência do ego. É preciso maturidade emocional e espiritual. 
Ele deve ser cuidadoso no seu exercício, evitando atitudes que 
chamem atenção ou que vão em desacordo com os preceitos do 
Senhor. É preciso que sua vida esteja sempre em conformidade 
com os ensinamentos bíblicos, afinal ele deve ser exemplo para a 
comunidade. 
É fundamental conhecer a palavra do Senhor para agir e ajudar na 
condução dos irmãos rumo à Verdade. Por isso, um dos deveres do 
obreiro é estar sempre em evolução sobre os ensinamentos de 
Cristo. 
Abaixo, selecionamos mais alguns deveres que devem fazer parte 
do exercício do obreiro da igreja: 
1) ser fiel aos ensinamentos; 
2) ter pontualidade e assiduidade nos cultos; 
3) buscar sempre as orientações do pastor para vencer os 
desafios e limitações de forma a honrar o Senhor; 
4) honrar sua família e conduzi-la no caminho do Senhor. (O 
relacionamento familiar é muito importante para o sucesso do 
obreiro!); 
5) adequar-se nas vestimentas e posturas, tanto durante o culto 
quanto na vivência do cotidiano; 
6) ser obediente, humilde e caridoso na condução da sua obra. 
Em suma, ser obreiro da igreja é uma grande honra e glória para os 
escolhidos. Conhecer seus deveres e entender o que o Senhor 
espera é fundamental para que o obreiro alcance o sucesso em sua 
tarefa. 
Quer saber mais sobre como vivenciar a vocação pastoral? Veja 
como se qualificar para ser membro do ministério. 
https://blog.seifa.com.br/veja-6-dicas-para-te-ajudar-a-interpretar-a-biblia/
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https://blog.seifa.com.br/conheca-os-homens-evangelicos-de-sucesso-na-midia/
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https://blog.seifa.com.br/vocacao-pastoral-qualificar-os-membros-ao-ministerio/
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 32 
 
	2) Critérios da consagração de obreiros.
	3 ) OBREIROS NO EXERCÍCIO NO MINISTÉRIO DE DEUS
	Chamado para Ele e por Ele
	Igreja e Obreiro, uma relação de dependência
	Sou verdadeiramente chamado?
	A Última Palavra
	5) O que é ser um obreiro da igreja
	Quais são os deveres do obreiro

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