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3 - Periodontia Matéria Completa

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Periodontia 1 
 
O QUE É PERIODONTO? 
 É nome dado a todos os tecidos envolvidos na fixação do dente ao osso (maxila 
ou mandíbula). 
O periodonto é uma estrutura dinâmica composta por tecidos que apoiam e 
envolvem o dente. Esses tecidos incluem a gengiva, o ligamento periodontal, o cemento 
e o osso alveolar. Os suprimentos vasculares e o nervoso dos tecidos também são vitais 
ao funcionamento normal dos tecidos periodontais. 
A estrutura e função dos tecidos componentes do periodonto são mutuamente 
dependentes, seus processos de renovação e adaptação biológicos dinâmicos mantêm 
uma relação harmoniosa sob condições normais. 
 
O QUE É PERIODONTITE? 
 
A periodontite é comum, mas bastante evitável. Geralmente, é causada por má 
higiene oral. A periodontite pode levar à perda do dente. É um fator de risco para 
doenças cardíacas e pulmonares. 
Os sintomas incluem gengivas inchadas, vermelhas e sensíveis. 
O tratamento inclui limpeza profissional das bolsas ao redor dos dentes para 
evitar danos ao osso circundante. Casos avançados podem exigir cirurgia. 
 
ESTRUTURAS QUE COMPÕEM O PERIODONTO 
 
1. Periodonto de proteção: (1) lábio (2) bochecha (3) dorso da língua (4) gengiva. 
A gengiva é a parte da mucosa mastigatória que recobre o processo alveolar. 
Mucosa mastigatória – a gengiva firme, inserida, resiliente. 
Mucosa especializada – dorso da língua especializada por papilas. 
Mucosa de revestimento – restante da boca (ex.: palato mole). 
 
2. Periodonto de sustentação: (1) osso alveolar (2) cemento (3) fibras 
dentogengivais. 
 
Gengiva marginal livre, é a que circunda o dente e não está aderida a ele. Tem 
início na margem gengival e tem término no início do epitélio juncional. Não possui uma 
medida exata (aprox.. 1,8mm). Equivale a profundidade do sulco gengival. Possui cor 
opaca, lisa, sem aspecto pontilhado. É delimitada internamente com o epitélio juncional. 
Possui ranhuras gengivais, devido a força exercida pelas fibras dentogengivais. 
Margem gengival, ???? 
Periodontia 2 
 
Zênite gengival, é o contorno parabólico que macroscopicamente define uma 
estética harmônica ou não harmônica. Sendo assim uma estética satisfatória ou não. 
Sulco gengival, é um espaço entre o epitélio juncional e a margem gengival. A 
avaliação de profundidade é de aproximadamente 1,8mm com variação. Bolsa 
periodontal falsa é quando há um aumento de profundidade que pode não estar 
associada a uma bolsa periodontal. Ao sondar os dentes é necessário comparar uns 
aos outros, para concluir se há ou não bolsa periodontal (que existe quando há um 
aumento da profundidade do sulco. 
Gengiva inserida, ela se inicia na ranhura gengival até o início da mucosa alveolar, 
ligada ao periósteo. 
Papila, tem formato piramidal, e depende do ponto de contato entre os dentes para 
que seja bem definida. Possui queratina que serve como defesa do tecido. 
Área do “col”, é uma depressão anatômica, côncava, que une a papila lingual a 
papila vestibular. 
Mucosa alveolar, é contínua com a gengiva inserida pela linha mucogengival. Essa 
mucosa é mais irrigada, consequentemente mais avermelhada. 
Retração gengival, quando há exposição da dentina radicular. Pode ser ocasionada 
por má escovação (acúmulo de bactérias), estresse ou força durante a escovação. 
 
TECIDOS GENGIVAIS 
 
 Epitélio Oral Externo, é todo o tecido onde a língua percorre. Ele é 
predominantemente celular. 
 Cristas epiteliais, estão intimamente fixas ao epitélio oral. 
 Tecido conjuntivo está logo abaixo do tecido epitelial, é menos celular e 
composto principalmente de fibras colágenas, substância fundamental amorfa e este 
tecido é ricamente vascularizado e inervado. Ele é aderido ao periósteo. 
 Epitélio Oral Interno, está localizado onde o fio dental penetra. 
 
EPITÉLIO ORAL EXTERNO 
 
 É composto por: 
 Melanócitos – ainda não se sabe a função correta dos melanócitos. As 
pigmentações mias escuras presentes no epitélio são conferidas pelos melanócitos. 
Então, apresentam em maior quantidade em indivíduos de pele negra. Ao executas a 
técnica de “peeling gengival” a camada de melanócitos é removida deste tecido. 
Periodontia 3 
 
 Células de Langerhans – tem função de defesa deste tecido, ou seja, elas 
apresentam as bactérias e corpos estranhos aos linfonodos. *** Os neutrófilos fagocitam 
as bactérias estranhas do meio bucal e as células de langerhans fazem a apresentam 
das mesmas. 
 Células de Merkel – tem a função sensitiva. Servem como pontem de estímulos 
nervosos, por exemplo, ao cair um fio de cabelo em nossa boca, as células de merkel 
que “avisam” o sistema nervoso tal sensação. 
 Queratinócitos – produzem queratina e estão presentes em maior quantidade 
no epitélio oral externo. Apresentam-se em camadas – Camada basal, camada 
espinhosa, camada granulosa, camada ceratinizada (esta camada é esfoliada em forma 
de queratina). 
 Processo Turn Over – quanto maior o estímulo físico, maior será a produção 
de queratinócito no epitélio oral externo. Consequentemente, maior será a migração 
destas células da camada basal em direção às camadas superiores, onde se esfoliarão 
como queratina. Essa esfoliação favorece a NÃO ADESÃO de placas bacterianas na 
gengiva. Por isso, recomenda-se escovas de cerdas mais macias para não acelerar o 
processo de turn over e para que o indivíduo não desenvolva retração gengival. 
 
SULCO GENGIVAL 
 
 É um espaço localizado entre o epitélio oral interno que está adjacente ao 
esmalte dental e que delimita com o epitélio juncional. Tem geralmente de 1 a 2mm. 
 
EPITÉLIO ORAL INTERNO 
 
Todo epitélio oral externo pode se regenerar e se diferenciar em epitélio oral 
interno do sulco e em epitélio juncional, desde que não haja reabsorção óssea ou uma 
bolsa periodontal verdadeira. 
 
EPITÉLIO SULCULAR E EPITÉLIO JUNCIONAL 
 
 Com a presença de bactérias e com a ação dos neutrófilos, acontece uma 
liberação de histamina no tecido conjuntivo gengival, onde acarretará no 
extravasamento de plasma (fluido sulcular) e esta gengiva se apresentará edemaciada. 
 Se o sulco gengival estiver machucado, avermelhado e ao passar o fio dental a 
mesma apresentar sangramento o individuo possivelmente está com gengivite. Esse 
processo inflamatório, se não tratado de forma correta, pode resultar em periodontite ou 
até mesmo reabsorção óssea. 
Periodontia 4 
 
ESPAÇO BIOLÓGICO 
 
 É a parte da gengiva que não está fixa ao periósteo, é a porção que “cola” e 
“descola” durante a sondagem, alimentação e utilização de fios dentais. Esse espaço é 
imutável e por isso deve ser preservado por todas as áreas da odontologia e ser muito 
bem limpo por todos nós. 
 Esse espaço entre o epitélio juncional e 1mm de inserção conjuntiva. 
 
FIBRAS GENGIVAIS 
 
 As fibras gengivais são colágenas e tem capacidade de regeneração. Elas são 
sintetizadas por fibroblastos e recebem os seguintes nomes: 
1. Fibras circulares (estão circundando o dente em forma de um anel). 
2. Fibras dentogengivais (estão ligadas entre o dente e a gengiva). 
3. Fibras dentoperiostais (estão ligadas entre o dente e a crista óssea alveolar). 
4. Fibras transseptais (estão ligadas de um dente ao outro nas faces proximais). 
No caso de gengivites, as fibras se rompem o que irá gerar uma inflamação 
acompanhada de edema, no caso de reversão de quadro, a ação dos fibroblatos farão 
com que o periodonto se torne novamente saudável. 
 
Periodontia 5 
 
CORRELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍ. CLÍNICAS E HISTOLÓGICAS DA GENGIVA 
 
1. Cor – rósea coral 
2. Tamanho – visualmente adequado 
3. Textura – aspecto casca de laranja (dependendo da quantidade de fibras) 
4. Contorno – parabólico com papilas piramidais. 
 
LIGAMENTO PERIODONTAL 
 
 É o espaço localizado entre a cortical óssea e o cemento radicular. Constituídos 
por fibras, vasos sanguíneos, nervos e células. Tem a função principal de conectar o 
dente aoosso, com tamanho aproximado de 0,25mm. 
 A espessura do ligamento periodontal, pode diminuir ou aumentar de acordo com 
a idade do paciente ou se houver um contato traumático excessivo na região. Importante 
atentar que a inflamação do ligamento periodontal pode induzir a mobilidade dentária, 
sendo ela mobilidade aumentada ou mobilidade aumentando. 
 Mobilidade aumentada – é transitória e se retirarmos o fator causados, esse 
periodonto retornará ao equilíbrio. 
 Mobilidade aumentando – é progressiva e deve ser um sinal de alerta, pois 
o indivíduo poderá perder os ligamentos, apresentar redução do tecido ósseo 
e/ou retração gengival. 
 
O ligamento periodontal possui diversas funções, dentre elas: 
Função FÍSICA – que é determinada por fibras, vasos e substância amorfa que 
permitem a mobilidade funcional do dente (aprox.. 0,05mm). **Implantes não tem 
mobilidade, pois está ósseointegrado na cavidade bucal e não possui ligamentos. 
Função SENSORIAL – presente em corpúsculos de Rufinni, esses corpúsculos 
são responsáveis pelas sensações. Um dente que passou por um tratamento 
endodôntico perde a sensação da polpa, porém continua com a sensação vinda destes 
corpúsculos. 
Função de FORMAÇÃO e REMODELAGEM – durante um trauma, se o 
indivíduo não perdeu cemento radicular e tecido ósseo, as fibras tem a capacidade de 
se regenerarem. 
Função NUTRICIONAL – através das fibras e com a presença de vasos 
sanguíneos é possível haver a troca de nutrientes. 
 
 
 
Periodontia 6 
 
DESENVOLVIMENTO DO LIGAMENTO PERIODONTAL 
 
 Fibras de Sharpey se desenvolvem a partir do cemento e cristas ósseas e com 
o momento da erupção dentária, essas fibras irão fusionar formando as fibras principais. 
Em uma agressão/trauma, se não houver perda de cemento é possível que essas fibras 
se regenerem. Com um trauma agressivo, chegando ao ponto do dente sair do alvéolo, 
pode-se realizar a esplintagem caso não tenha danificado o cemento e esse dente será 
“amarrado”, preso, aos dentes proximais para que haja regeneração das fibras. 
 Fibras da crista alveolar – estão em 45º no sentido coronal. 
 Fibras horizontais – estão logo abaixo das fibras da crista e tem a função de 
impedir a mesialização e distalização dentária. 
 Fibras oblíquas – apresentam-se em maio número e estão em 45º no sentido 
apical. 
 Fibras apicais – como o nome já diz, estão no ápice radicular. 
 Fibras interradiculares – estão presentes apenas em dentes com mais de 
uma raiz e próximas à área de furca. 
 
CEMENTO RADICULAR 
 
 É um tecido mineralizado, não invervado e não vascularizado, que reveste a 
dentina radicular. Tem a função principal de inserir fibras e realizar reparos na raiz. 
 Desde que durante um trauma ou agressão, não tenha perda de cemento, é 
possível que ele aumente de volume. Em uma retração gengival não é possível ter o 
tecido ósseo de volta, somente tecido gengival recobrindo a área que foi exposta. 
 
OSSO ALVEOLAR 
 
 É um revestimento de osso compacto, perfurado por canais de Volkman e 
resvestido ainda com osso fasciculado (camada óssea onde inserem-se as fibras de 
Sharpey. 
 Sua remodelação pode ocorrer por reabsorção óssea, influência de fatores locais 
e ou fatores sistêmicos (ex.: doenças), deiscências e fenestrações, perda dentária, 
doenças periodontais ou outras condições herdadas ou adquiridas. (** em caso de 
deiscências há perda óssea mas a gengiva permanece em seu lugar com o contorno 
parabólico não modificado). 
 
 
 
Periodontia 7 
 
EXAMES CLÍNICOS 
 
 Para fechar um diagnóstico é necessário exercer uma série de exames clínicos 
e não apenas observar. 
 Inicialmente, se faz a avaliação geral do paciente lhe fazendo perguntas (ex.: 
idade), observando o estado mental, averiguando o histórico médico, dentre outras 
perguntas... 
 Posteriormente realiza-se o exame clínico oral propriamente dito e adiciona-se 
informações juntamente com exames complementares para que assim possa fechar 
um diagnóstico. 
 A complexidade do exame clínico periodontal pode ser explicada em função de 
que as doenças periodontais apresentam características clínicas peculiares. Como: 
 Doença infecciosa polimicrobiana; 
 Caráter multifatorial; 
 Mudança de caráter crônico para agudo; 
 Doença sítio específica. 
Durante o exame clínico visual é preciso observar a COR, FORMA, 
CONTORNO, VOLUME e TEXTURA das gengivas. É preciso principalmente sondar, 
não apenas visualizar! 
 Utilizam-se evidenciadores de placa, para avaliar a higiene oral e colaboração 
do paciente com a higiene oral, esses parâmetros ajudam no diagnóstico final. 
 A sondagem do sangramento gengival é uma técnica que deve ser realizada 
com o objetivo de se saber, se o paciente tem gengivite. Às vezes, visualmente a 
gengiva está saudável, mas pode sangrar se submetida à sondagem. 
 A profundidade clínica de sondagem deve ser verificada, com objetivo de 
saber sobre existência de bolsas periodontais. Bolsas com perda óssea, são bolsas 
verdadeiras. Bolsas sem perda óssea, são bolsas falsas. 
 
SONDAS PERIODONTAIS 
 Sonda OMS – não é utilizada para diagnóstico, é utilizada para verificar o índice 
INTPC ou PSR. 
 Sonda Willians – é a mais utilizada, é graduada em milímetros (1mm, 2mm, 3mm, 
5mm, 7mm, 8mm, 9mm, 10mm). O objetivo da utilização é sondar para saber se há 
bolsas periodontais verdadeiras ou falsa, qual o tamanho do sulco gengival e qual o 
tamanho da gengiva inserida. 
Bolsas 
Periodontais 
Verdadeiras 
3 a <5mm LEVES 
5 a <7mm MODERADAS 
7mm ou mais SEVERAS 
 
Periodontia 8 
 
 Três técnicas que são realizadas simultaneamente: 
1. Sondagem ao sangramento gengival – exame clínico com objetivo de 
diagnosticar gengivite e/ou bolsas periodontais, onde os vasos irão se romper o 
sangramento poderá ser observado a olho nú. 
 
2. Profundidade clínica de sondagem – exame clínico com o objetivo de detectar 
bolsas periodontais de nível leve, moderada ou severas. 
 
 
3. Sangramento após sondagem – exame clínico onde o sangramento 
permanecerá somente na medição de bolsas periodontais, indica o status 
inflamatório: onde a presença do sangramento significa a evolução da doença 
periodontal e a ausência do sangramento indica o controle da doença 
periodontal. 
 
Bolsa Periodontal Ativa – apresentará sangramento interno com tecido conjuntivo 
e cemento contaminados. 
Bolsa Periodontal Controlada/Passiva – à sondagem apresenta bolsa, porém, 
não apresenta sangramento. 
Bolsas periodontais ***podem estar acompanhadas de retração gengival. 
Sangramento Bolsa Periodontal Reabsorção Óssea Diagnóstico 
SIM - - Gengivite 
SIM SIM SIM Periodontite 
- SIM SIM Periodontite com bolsa ativa 
SIM SIM SIM Periodontite com bolsa passiva 
 
 
RETRAÇÃO GENGIVAL 
 
 É quando há uma exposição de dentina radicular com a migração de inserção 
juncional, margem gengival e inserção conjuntiva. TODA VEZ QUE TIVER RETRAÇÃO 
GENGIVAL, TEM REABSORÇÃO ÓSSEA. 
 Acontece devido um processo inflamatório ou trauma. Porém, o trauma PODE 
SER OU NÃO o fator causador da retração, isso depende da morfologia do tecido e da 
intensidade do trauma. 
 Etiologia – bactérias oportunistas nativas da microbiota bucal. 
 Parâmetros anatômicos para a medição – margem gengival até a junção 
cemento esmalte. 
 
Periodontia 9 
 
 Classificação das retrações gengivais: 
 
Classe I 
Há retração da margem gengival aquém a linha mucogengival e NÃO há 
perda de tecidos interproximais. (Pode ser 100% resolvida, com fácil 
cobrimento). 
 
Classe II 
Está até ou além a linha mucogengival e NÃO há perda de tecidos 
interproximais. (Pode ser 100% resolvida, usa-se tecido do palato para 
recobrimento). 
 
Classe III 
Há retração da margem gengival a qualquer ponto e HÁ perda de tecidos 
interproximais, o qual estará aquém da margem gengival. (JAMAIS terá 
recobrimento total). 
 
Classe IV 
Há retração gengivalda margem gengival e o tecido interproximal retrai 
até o nível que a margem gengival retraiu. (Impossível resultado de 
recobrimento). 
 
A retração gengival é sítio específica, pode acometer apenas um elemento. 
 
PERDA DO NÍVEL DE INSERÇÃO 
 
 Nível de inserção se dá por uma estrutura que é o epitélio juncional, mostrando 
onde a gengiva está inserida. 
 É a migração apical do epitélio juncional e inserção conjuntiva. É a distância em 
milímetros correspondente a cemento/esmalte e o epitélio juncional. 
 Bolsa periodontal = perda do nível de inserção (se não houver retração gengival). 
 
TIPOS DE DEFEITOS ÓSSEOS (REABSORÇÃO) 
 
 Classificado conforma paredes ósseas: 
1. Vertical ou angular – quando restam pelo menos 1, 2 ou 3 paredes ósseas 
adjacentes a bolsa. 
2. Horizontal ou uniforme – quando não há paredes ósseas adjacentes à bolsa. 
Examina-se então TODAS as faces do dente com a sonda milimetrada e para um 
diagnostico fidedigno é necessário a realização de exames complementares. 
 
QUANTIDADE DE GENGIVA INSERIDA 
 
 Gengiva inserida é a distância entre epitélio juncional e junção mucogengival. 
Contra indica-se retalhos e procedimentos cirúrgicos em pacientes que não tem gengiva 
inserida. 
Periodontia 10 
 
MOBILIDADE DENTAL 
 
 Classifica-se a mobilidade dental através de palpação digital com a ajuda do 
cabo de espelho. A mobilidade dental também é classificada em diferentes graus. 
GRAU I 0,5mm a 1mm de mobilidade horizontal 
GRAU II 1mm a 2mm de mobilidade horizontal 
GRAU III Acima de 2mm de mobilidade horizontal podendo ter mobilidade vertical. 
 
 
PRESENÇA DE LESÃO DE FURCA 
 
 É quando a doença periodontal acomete a área de furca, sendo denominada 
reabsorção óssea na área de furca. Nesse tipo de lesão a descontaminação é 
complicada, principalmente quando o procedimento não for cirúrgico. Para esse teste 
se utiliza a Sonda Nabens Curva ou a própria Sonda Willians. Classificação: 
GRAU I Penetração da sonda no máximo 1/3 da área de furca 
GRAU II Penetração da sonda mais que 1/3 e menos que 2/3 da área de furca 
GRAU III A sonda ultrapassa totalmente a área de furca, não há tecido interradic. 
 
 
TESTE DE SENSIBILIDADE A PERCURSÃO 
 
 Em um processo inflamatório agudo no ligamento periodontal, o paciente pode 
demonstrar ou não estar sentindo dores. 
 Pressiona-se o cabo do espelho na gengiva vestibular, lingual e palatina para 
diagnosticar o paciente em positivo (presença de dor) ou negativo (ausência de dor). 
 ***Pericementite e pericementite apical são as doenças diagnosticadas por essa 
técnica. Para realizar o tratamento, deve-se ministrar analgésicos, anti-inflamatório e 
remover o possível trauma que está causando a doença, por exemplo, uma restauração 
alta. 
 
SUPURAÇÃO 
 
 É a presença de pus na bolsa periodontal (doença aguda que evolui 
rapidamente). Para diagnosticar bolsa com pus, faz-se pressão sobre a bolsa em forma 
de ordenha. Para o tratamento cirúrgico, faz-se o retalho, realiza-se a limpeza com 
tetraciclina e clorexidina, sutura e acompanha a recuperação deste paciente. 
Periodontia 11 
 
TESTE DE SENSIBILIDADE E HIPERSENSIBILIDADE 
 
No teste de sensibilidade, a intenção final é verificar se a polpa dental está vital 
ou necrosada. Utiliza-se spray de nitrogênio e observa-se a reação do paciente. 
No teste de hipersensibilidade, a intenção final é verificar a hipersensibilidade à 
variações térmicas nos dentes, causadas por exposição peritubular em áreas de 
retração gengival. Deve realizar o teste com jato de ar e o tratamento é realizado com 
verniz cavitário, selantes, oxalato de potássio resina, adesivo e selamento. 
 
PRESENÇA DE ÁREAS RETENTIVAS DE PLACA 
 
 Existem fatores locais que podem facilitar a retenção de placas dentárias, como 
por exemplo: cálculos dentais, presença de lesões cariosas, cáries próximas à margem 
gengival, coroas protéticas com sobrecontorno. 
 
RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS 
 
 Em radiografias periapicais, deve-se atentar para: 
 Altura da crista óssea; 
 Continuidade de lâmina dura; 
 Configuração do osso alveolar; 
 Superfície do dente; 
 Ligamento periodontal e 
 Septo interradicular. 
 
 
ÍNDICES PERIODONTAIS 
 
Epidemiologia é o estudo da distribuição de doenças ou condições fisiológicas 
nas populações humanas e dos fatores que influenciam esta distribuição. 
Avaliação da inflamação de tecidos gengivais: 
 Índice Gengival 
 Índice de Placas Bacterianas 
 
Avaliação da perda o tecido de sustentação: 
 Índice Periodontal 
 Índice de Doença Periodontal 
Periodontia 12 
 
O Índice Gengival, tem a finalidade de quantificar o status de gengivite de uma 
determinada amostra. Analisando se a pessoa tem gengivite e qual a severidade da 
doença periodontal. 
0 - Ausência total de sinais de inflamação. 
1 – Ligeira alteração na cor e textura da gengiva. 
2 – Sangramento após leve sondagem. 
3 – Sangramento espontâneo. 
 
 O Índice de Placas é realizado de maneira a estabelecer condutas e resguardar 
a cavidade bucal para problemas futuros. Utiliza-se fucsina para averiguar melhor, para 
que as placas fiquem mais visíveis. Neste índice, atribui-se um registro à face mais 
corada. É aceitável que o paciente tenha até 30% de placa bacteriana aderida à 
superfície dental, se a porcentagem for maior que 30 este paciente deverá ser 
submetido à tratamento. O índice de placa mais utilizado, é o proposto por O’Leary, 
onde todos os dentes são analisados em suas 4 faces (exceto a face oclusal, devido ser 
a face mais longe de tecidos moles). 
 0 – Nenhuma placa bacteriana presente. 
 1 – Placa bacteriana em até 1/3 da superfície dental. 
 2 – Placa bacteriana em mais de 1/3 e menos de 2/3 da superfície dental. 
 3 – Placa bacteriana cobrindo mais que 2/3 da superfície dental. 
 
 
 O INTPC ou CPITN ou PSP – Índice de Necessidade de Tratamento 
Periodontal Comunitário, este índice é proposto pela OMS, onde utiliza-se a sonda 
criada pela mesma organização. Este índice estabelece uma condição do periodonto 
analisado, sendo ele normal ou patológico. É necessário indicar o dente com a condição 
mais grave do sextante. 
 0 – Gengiva sadia (manutenção). 
 1 – Sem bolsas, cálculos, restaurações em excesso, sangramento à sondagem 
delicada (PHO, RPC, com remoção de fatores retentivos da placa). 
 2 – Bolsas que não ultrapassam 3mm, cálculos, fatores retentivos de placa e 
sangramento. (PHO, RPC radicular e remoção de fatores retentivos da placa). 
 3 – Bolsas de 4mm a 5mm (PHO, RPC radicular e remoção de fatores retentivos 
da placa). 
 4 – Bolsas de 6mm ou mais. (onde há a necessidade de uma tratamento 
específico). 
 
Periodontia 13 
 
FATORES QUE DETERMINAM A FORMAÇÃO DO BIOFILME DENTAL 
 
Fatores Físico-Químicos 
 Temperatura bucal (aproximadamente 37º, onde a bactéria precisa resistir 
temperaturas de -5º a 65ºC). 
 Tensões de oxigênio (anaeróbicas, aeróbicas, facultativas – sendo as 
anaeróbicas mais susceptíveis a causar doenças periodontais e estão presentes 
em bolsas periodontais, sulcos gengivais, gengivites, aderidas à excesso de 
materiais restauradores...) Periodonto patogênico, quanto maior a doença 
periodontal, maior o número de bactérias anaeróbicas. 
 Concentração de íons de H+ (buffer ou susbtâncias tamponantes); 
 Viabilidade de nutrientes (saliva / fluido crevicular – o fluído é um meio propício 
onde permite a multiplicação de algumas bactérias.) 
 
Fatores do Hospedeiro 
 Baixa produção de saliva; 
 Composição salivar desregulada; 
 Fatores que influenciam no fluxo salivar (ex.: medicamentos). 
 
Formação da placa dental 
1. Formação da película adquirida; 
2. Colonização inicial das superfícies dentárias; 
3. Colonização secundária e maturação da placa dental. 
É possível observar macroscopicamente a formação da placa bacteriana, após 2 
dias de má escovação do paciente. A fucsina é umcorante de escolha do cirurgião 
dentista para melhor visualizar as placas. 
O biofilme dental é um fator etiológico primário das doenças periodontais e 
gengivais. Sem biofilme NÃO HÁ doenças periodontais e gengivais. O Trauma de 
oclusão NÃO causa doença periodontal e CÁLCULO DENTAL NÃO causa gengivite. 
Em casos que é necessário recitar uma medicação, deve-se ficar atento. 
Medicamento potente é aqueles que tem potente ação e efeitos colaterais reduzidos ao 
máximo. 
Para doenças periodontais indica-se recitar ANAEROBICIDAS. Pois esses 
antibióticos têm amplo espectro (atingindo Gram positiva e Gram negativa). Na 
periodontite há a presença de bactérias subgengivais e supragengivais sendo 90% 
delas anaeróbicas. 
As terapias preventiva, anti-infecciosa e medicamentosa têm como principal função 
educar o paciente quanto às práticas corretas de escovação e minimizar a quantidades 
de bactérias patogênicas da cavidade bucal. 
Periodontia 14 
 
TERMOS CORRETOS QUE DEVEM SER UTILIZADOS 
 Neutralização séptica do canal radicular e curativo provisório para posterior 
restauração. 
 Remoção de cárie e restauração provisória com ionômero de vidro. 
 Cimentação de coroas provisórias. 
 
OUTROS ACÚMULOS SOBRE A SUPERFÍCIE DO DENTE 
 Matéria Alba – é um acúmulo de restos de alimentos que são aderidos de forma 
frouxa na superfície dental, juntamente com restos celulares que foram descamados. 
Podem ser facilmente removidos com jato de ar/água e está presente em pacientes com 
higiene bucal ruim. Apresenta-se com cor esbranquiçada. 
 Manchas extrínsecas – é a pigmentação da placa bacteriana, formando 
manchas. Pode ser tratada com jato de bicabornato, polimento coronário e materiais 
abrasivos. Essa pigmentação é causada por bactérias cromógenas e se apresentam 
nas faces linguais e regiões cervicais. OBS.: O uso contínuo de clorexidina 0,12% em 
interação com as bactérias da cavidade bucal derivam a LIXIVIA, pigmentando assim a 
superfície onde há a presença de biofilme. 
 Manchas intrínsecas – é a pigmentação a nível de esmalte e dentina. Pode ser 
causada por uso contínuo de Tetraciclina. O clareamento dessa mancha deve ser 
realizado internamente ao dente, o clareamento externo não apresente resultado 
satisfatório. Outro exemplo, são manchas intrínsecas advindas de tratamento 
endodôntico. 
 Cálculo supragengival – é a placa bacteriana mineralizada e fortemente 
aderida ao dente e na superfície deste cálculo existe uma placa bacteriana vital e não 
mineralizada, responsável pelo crescimento deste cálculo. 
 Tártaro – Tem o MESMO significado de cálculo dental. 
 A deposição do cálculo dental sobre a superfície dental ocorre devido: 
 Quantidade de saliva presente na cavidade bucal; 
 Quantidade de sais e cálcio livre no organismo; 
 Dieta realizada pelo indivíduo; 
 Eficiência na escovação. 
O cálculo SEMPRE é formado a partir do biofilme, e a mineralização desse biofilme 
acontece devido: 
 A variação de pH causando precipitação de sais presentes na saliva. 
 Tem início a partir de cristalização de um núcleo. 
A variação de cálculos entre indivíduos depende da: 
 Concentração de íons H+ e variações; 
 Concentração de cálcio e fósforo na saliva; 
 Fatores inibidores de calcificação (pirofosfato/citrato de zinco). 
Periodontia 15 
 
CÁLCULOS SUPRAGENGIVAIS – São perceptíveis a olho nú (visível), diagnóstico 
realizado por exame tátil e radiografias, NÃO tem bolsa periodontal. Coloração que varia 
de amarelo ao marrom – provavelmente na lingual dos anteriores. 
CÁLCULOS SUBGENGIVAIS – NÃO são visíveis a olho nú, então, são perceptíveis à 
sondagem, por meio de radiografias e cirurgias de acesso. TEM a presença de bolsas 
periodontais. Coloração que varia de marrom ao preto – sem prevalência específica. 
FORTEMENTE ADERIDOS. 
 
OBS.: Cálculos são mais incidentes na face lingual de anteriores superiores e 
inferiores e também podem estar aderidos em próteses totais/parciais, em crianças 
e implantes. 
 
INTERAÇÃO ENTRE PARASITA E O HOSPEDEIRO NA DOENÇA PERIODONTAL 
Para entender melhor, é necessário saber como se forma o biofilme, como se forma 
o cálculo, qual a variação de cálculos e saber que a presença de tais fatores influencia 
na inflamação infecciosa em tecidos gengivais. 
O diagnóstico que se aplica a doença periodontal e a doença gengival tem 
nomenclaturas especificas mediante as características histopatológicas. Como por 
exemplo: Gengivite ulceronecrosante e periodondite crônica. 
Para isso é necessário saber e determinar os aspectos e características de uma 
gengiva NORMAL/SADIA até a evolução de uma PERIODONTITE/SEVERA, durante o 
exame clínico. 
A doença periodontal é extremamente relativa, pois, um paciente pode apresentar 
grande incidência de bactérias patogênicas na cavidade bucal e desenvolverem ou não 
determinada doença 
No início há um acúmulo de depósito de placas bacterianas que: 
 Podem permanecer na cavidade bucal por tempo indeterminado; 
 Podem evoluir em uma doença periodontal destrutiva; 
 Doença periodontal relacionada à indivíduos; 
 Progressão contínua com episódios curtos de encubação e remissão em 
sítios localizados. 
Na inflamação AGUDA tem-se o predomínio e neutrófilos e macrófagos e na 
inflamação CRÔNICA há o predomínio de plasmócitos. Porém a fase crônica pode 
sofrer o reagudecimento. 
PERIODONTITE – inflamação gengival de origem infecciosa de tecidos moles e 
REABSORÇÃO dos tecidos de sustentação, com presença de bolsas periodontais 
VERDADEIRAS. O osso perdido na periodontite é substituído por tecido conjuntivo de 
granulação. 
 
Periodontia 16 
 
Doenças posteriormente descritas podem favorecer a formação e desenvolvimento 
de doenças periodontais e gengivite: 
1. Doença de Addison – dificuldade da passagem de leucócitos pelo endotélio. 
2. Diabetes – dificuldade no metabolismo de carboidratos. 
3. AIDS – atirretrovirais estouram fibras periodontais favorecendo o surgimento de 
DP e gengivites. 
4. Osteoporose – quantidade aumentada de cálcio livre no organismo. 
5. Gravidez/Menopausa/Menarca – hormônios que favorecem o processo de 
des/re. 
6. Alcolismo e tabagismo. 
GENGIVITE – inflamação gengival de origem infecciosa nos tecidos moles, onde há 
a INTEGRIDADE dos tecidos de sustentação. 
GENGIVA NORMAL – SADIA 
- Fluido crevicular normal. 
- Microbiota bucal em equilíbrio. 
- Gengiva clinicamente normal (aspecto de casca de laranja e rosa coral). 
- Epitélio juncional em posição normal. 
- Baixo número de células inflamatórias. 
LESÃO GENGIVAL INICIAL 
- Alteração nas primeiras 24 horas do fluido crevicular com presença de bactérias. 
- Aumento da permeabilidade celular. 
- Atuação de linfócitos para funções imunes. 
- Acontece a marginação epitelial leucocitária. 
- SEM alterações visíveis na gengiva. 
LESÃO GENGIVAL PRECOCE 
- Sangramento, vermelhidão e perda do contorno parabólico. 
- Alterações no aumento de placa bacteriana entre 5 e 7 dias. 
- Aumento da permeabilidade vascular. 
- Fluido crevicular AUMENTADO. 
- Epitélio juncional AINDA aderido. 
LESÃO GENGIVAL ESTABELECIDA 
- Fase que é possível ser visualizada entre 3 a 4 semanas. 
- Fluido crevicular aumentado INTENSAMENTE. 
- Epitélio juncional NÃO se encontra aderido. 
- Aumento considerável na quantidade de plasmócitos (fase crônica instalada). 
LESÃO GENGIVAL PERIODONTAL AVANÇADA 
- Seu avanço rápido pode estar ligado à genética, microbiota e fatores sistêmicos. 
- Há a destruição do osso alveolar (com troca por tecido de granulação). 
- Há perda de fibras de ligamentos. 
- Há a migração de epitélio juncional. 
- Predominância de PLASMÓCITOS. 
- Destruição parcial de tecidos moles. 
 
 
 
Periodontia 17 
 
TRATAMENTO DE DOENÇA PERIODONTAL 
TERAPIA ANTIINFECCIOSA 
TERAPIA ASSOCIADA A CAUSA 
TERAPIA NÃO CIRÚRGICA 
 “São intervenções realizadas pelo paciente e pelo cirurgião dentistapara 
prevenir ou evitar doenças periodontais.” 
 Todos esses nomes estão relacionados a um mesmo significado. O tratamento 
de doenças periodontais envolve condutas preventivas para impedir ou evitar que a 
doença periodontal se instale. 
 A terapias locais, a prevenção, e o uso de medicamentos, se aplicam às 
responsabilidades do cirurgião dentista. 
 
FASES DA TERAPIA PERIODONTAL 
 
 O tratamento periodontal completo constitui 3 fases que sobrepõem. 
 Fase I – Fase inicial da terapia – controlar a cárie, a gengivite e interromper a 
progressão de destruição de tecidos gengivais. 
 Fase II – Fase da terapia adicional – visa estabelecer a estética e função. 
 Fase III – Fase de terapia de suporte – previne a recorrência da doença cárie e 
da doença periodontal. 
 
TERAPIA ASSOCIADA A CAUSA - É o controle ou eliminação do biofilme 
supragengival (mecânico ou químico). 
TERAPIA NÃO CIRÚRGICA – É o controle ou eliminação do fiofilme subgengival (bolsas 
periodontais). 
O controle deve ser iniciado então pelo controle de placas SUPRAGENGIVAIS 
e posteriormente realizar a desinfecção SUBGENGIVAL. 
 
CONTROLE DA PLACA SUPRAGENGIVAL 
 
 Métodos utilizados pelo paciente com orientações profissionais por meio de: 
 Entrevistas motivacionais – aspecto psicomotor, cognitivo e afetivo. 
 Acessórios para escovação – escovas convencionais, escovas elétricas, 
passadores de fio dental, gaze e escovas multitufos. 
*** Enxaguantes bucais são complementares, não obrigatórios. 
Periodontia 18 
 
TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO 
 Stillman – movimentos vibratórios com a escova sobre a gengiva e o dente. 
 Stillmann modificado – movimentos rotatórios com escova na mesma posição. 
 Bass – movimentos vibratórios com as cerdas da escova penetrando no sulco. 
 Bass modificado – movimentos rotatórios com a escova penetrando no sulco. 
O ideal é realizar 15 movimentos por grupo de dentes. A técnica de Bass pode 
ser traumática, causando retração gengival. 
 
AGENTES QUÍMICOS PARA O CONTROLE DO BIOFILME 
 Veículos – creme dental, enxaguante bucal, sprays, irrigadores, verniz e gel. 
 Mecanismos de ação – clorexidina, PVPI e água oxigenada – são agentes 
bactericidas e agentes bacteriostáticos (tem ação antimicrobiano, ação antiplaca 
e ação antigengivite). 
 Limitação do enxaguatório (bochechos). 
 Atividade antiplaca a longo prazo. 5 horas (Listerine, Plax e outros). 
 Ação antiplaca, absorção maior que clorexida. 3 horas (Cepacol). 
 Fluoretos, ação antiplaca e remineralizantes. 
 PVPI – eficácia de 60 minutos, indicado para irrigação de lesões agudas e 
assepsia intraoral. 
 Clorexidina – ação antibactericida. 12 horas (mais utilizado em odontologia). 
 
CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME SUPRA E SUBGENGIVAL 
 São métodos usados pelo cirurgião dentista para descontaminação, onde usa-
se curetas de Gracey e Mccall com suas respectivas numerações para 
descontaminações. 
 Suas funções são: 
 Raspagem – remoção do cálculo dental com curetas e ou aparelhos sônicos e 
ultrasônicos. 
 
 Alisamento gengival – para tornar a superfície radículas lisa, vítria e polida 
(porém quando se remove o cemento, haverá queda da margem gengival). 
 
 Curetagem gengival – é a remoção do tecido epitelial contaminado de uma bolsa 
periodontal, remoção do epitélio ulcerado desta bolsa. 
 
 Debridamento cirúrgico – é a descontaminação de forma completa, 
descontaminar toda a bolsa removendo cálculo, bactérias e tecido ulcerado – 
realizado durante cirurgias periodontais. 
 
 Polimento coronário – polimento da coroa dental com instrumentais rotatórios e 
jateadores abrasivos. 
 
Periodontia 19 
 
O CÁLCULO DENTAL SUBGENGIVAL e o CEMENTO CONTAMINADO são nichos 
de bactérias que também estão contaminando e destruindo constantemente o tecido 
epitelial. Por isso, elimina-se primeiramente o biofilme e cálculo SUPRA e 
posteriormente o SUB. 
 
APARELHOS SÔNICOS E ULTRASÔNICOS 
 Os aparelhos sônicos emitem som produzidos pelo ar e os aparelhos 
ultrasônicos emitem som produzidos por energia. 
 Ao emitirem pequenas vibrações o som é formado advindas de uma força 
específica. Onde as pontas podem aquecem e por isso são refrigerados com água 
durante a execução da técnica. 
 Eles podem ser usados tanto na descontaminação SUPRA, quando na SUB. 
 Deve-se então: 
 Utilizar o aparelho ultrasônico; 
 Realizar a raspagem com curetas e 
 Posteriormente realizar o polimento coronário e alisamento radicular. 
*** Um cálculo subgengival que não foi removido, pode ser encapsulado e formar 
um abcesso. 
Vantagens do Ultrasson 
- Facilidade no trabalho 
- Menor trauma tecidual 
-Menor tempo clínico 
Desvantagens do Ultrasson 
- Custo elevado 
- Não realiza debridamento cirúrgico 
- Gera ranhuras nas superfícies 
Vantagens das curetas 
- Tem maior sensibilidade tátil 
- Realiza debridamento cirúrgico 
Desvantagens das curetas 
- Tempo aumentado de trabalho 
- ocasiona o trauma tecidual gengival 
 
 A RASPAGEM + ALISAMENTO RADICULAR pode ocasionar: dores leves, 
edemas na presença de cálculo residual e hipersensibilidade dentária. Para isso, deve 
ser tratar respectivamente com DIPIRONA, ANTIINFLAMATÓRIO e 
DESENSIBILIZANTES. 
Estruturas lesadas durante a técnica Tempo de reparo 
Tecido Epitelial 5 a 12 dias 
Tecido conjuntivo 20 a 30 dias 
Ligamentos Periodontais 20 a 30 dias 
Osso Alveolar Mínimo de 90 dias 
 
Expectativa de retração 
Tamanho das bolsas Tamanho da retração 
3mm Retração de 0,5 a 1mm 
4 a 6mm Retração de 1mm em média 
7 a 12mm Retração de 3mm em média 
Periodontia 20 
 
PÓS OPERATÓRIO DA TERAPIA CIRURGICA E NÃO CIRÚRGICA 
 A cicatrização dos ocorre da mesma forma que em tecidos periodontais. 
 Haverá cicatrização + reparo + regeneração. Cicatrização em tecido conjuntivo, 
reparo em tecido ósseo e regeneração em tecido epitelial. 
 O tecido de inserção, após o tratamento poderá ter um novo local de inserção, 
como pode acontecer a reinserção desse tecido, sendo que a reinserção poderá ser por 
ANQUILOSE (onde o tecido ósseo penetrará na raiz radicular) e pode se aderir no 
mesmo local (através de hemedesmossomos) e/ou o tecido ósseo poderá sofrer 
reabsorção óssea e conter um epitélio juncional longo. 
 
EXPERIÊNCIA E RESULTADO 
 A experiência foi realizada em macacos, onde dentes foram extraídos e 
recolocados em alvéolo, para posterior análise. 
1. Raiz NÃO alisada, recolocada em alvéolo com altura óssea NORMAL – o 
resultado obtido foi a completa cicatrização de tecidos periodontais. O dente se 
fixou novamente no alvéolo. 
 
2. Raiz ALISADA e recolocada em alvéolo com altura óssea NORMAL – como no 
dente não havia mais fibras periodontais para sustentação, o periodonto realizou 
o processo de anquilose, onde o osso penetrou na superfície radicular. 
 
3. Raiz NÃO alisada, recolocada em alvéolo com altura óssea REDUZIDA – o 
tecido conjuntivo cicatrizou mais rápido que o tecido ósseo, sendo assim, entrou 
em contato com a raiz do dente gerando reabsorção óssea. 
 
4. Raiz ALISADA e recolocada em alvéolo com altura óssea REDUZIDA – o 
epitélio oral migrou até a base da bolsa raspada, ou seja, houve reinserção 
dental somente no ápice radicular. 
 
CICATRIZAÇÃO X TEMPO 
 Epitélio oral – cicatrização de 5 a 12 dias. 
 Tecido conjuntivo – cicatrização de 20 a 30 dias. 
 Ligamento periodontal – cicatrização de 20 a 30 dias. 
 Tecido ósseo – mínimo de 3 meses até 1 ano e 2 meses. 
Em locais onde havia tecido ósseo, será formado TECIDO CONJUNTIVO 
DENSO FIBROSO. 
 
 Em uma bolsa periodontal, o epitélio oral cicatrizará primeiramente, enquanto 
isso o tecido conjuntivo e os ligamentos periodontais também estarão cicatrizando, 
porém o epitélio recobre-os de maneira mais rápida e na parte mais profunda da bolsa 
haverá uma regeneração (devidos os ligamentos estarem parcialmente rompidos) e/ou 
anquilose. 
Periodontia 21UMA CICATRIZAÇÃO PODE APRESENTAR 
A. Nova inserção de fibras periodontais na parte mais profunda da bolsa. 
B. Reinserção de fibras no cemento não afetado. 
C. Novo osso aderido na superfície radicular (anquilose). 
D. Novo tecido conjuntivo aderido na superfície radicular. 
E. Novo tecido epitelial aderido na superfície radicular (através de 
hemedesmossomos, sendo assim pode apresentar uma bolsa periodontal 
PASSIVA). 
Com isso a margem gengival pode ou não retrair, só haverá RETRAÇÃO 
GENGIVAL se apresentar REABSORÇÃO ÓSSEA. 
Expectativa de retração 
Tamanho das bolsas Tamanho da retração 
3mm Retração de 0,5 a 1mm 
4 a 6mm Retração de 1mm em média 
7 a 12mm Retração de 3mm em média 
 
SEQUÊNCIA PARA ATENDIMENTO 
 Terapia Preventiva 
 Terapia Não Cirúrgica 
 Reavaliação 
 Tratamento Cirúrgico 
 
DIAGNÓSTICO 
 É necessário colher algumas informações e reunir fatos para que se possa fechar 
um diagnóstico, sendo assim, é necessário: 
 - anamnese bem feita para conhecer os fatores sistêmicos do paciente. 
 - exames complementares para que se possa saber mais detalhes, que não 
foram possíveis serem vistos somente no exame clínico. 
 - exames intra e extra bucais. 
 Assim, será possível estabelecer o diagnóstico, seguindo a Classificação das 
Doenças Periodontais, proposto por Armitage em 1999. 
 
 
 
 
 
Periodontia 22 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS – ACADEMIA AMERICANA DE 
PERIODONTIA – 1999 – PROPOSTA POR ARMITAGE 
 
1. Gengivite induzida somente por placa bacteriana, sem fatores locais. 
Etiologia – bacteriana. 
Característica Clínica – vermelhidão, inchaço, sem dor, sangrando. 
Diagnóstico – sondagem ao sangramento gengival. 
Característica Radiográfica - tecido ósseo normal, integridade de lâmina dura, 
sem reabsorção. 
Tratamento – Controle de placa bacteriana (escova na clínica, corar, contar, 
profilaxia, instrução, motivação), realizar a terapia preventiva. 
 
 
2. Gengivite induzida por placa bacteriana e modificada por fatores locais. 
Etiologia – bacteriana variada - Actinomisses Actinocetomicomitans e 
Porphyromonas gingivalis. 
Característica Clínica – vermelhidão, inchaço, sem dor, sangrando. 
Diagnóstico – sondagem ao sangramento gengival positiva com algum fator 
modificante em um dente ou em dentes específicos (próteses, peças protéticas, 
tártaro...) 
Característica Radiográfica - tecido ósseo normal, integridade de lâmina dura, 
sem reabsorção. 
Tratamento – remoção do fator local modificador e realizar o tratamento sempre 
do menos invasivo, para o mais invasivo. (ex.: raspagem e alisamento radicular, 
remover excesso de material restaurador, profilaxia com adaptação da prótese, 
restaurações de cárie com ionômero de vidro, somente citar remoção de cálculo 
se houver, caso contrário desconta ponto.) 
 
 
3. Gengivite que pode apresentar placa e é modificada por fator sistêmico – 
associada com sistema endócrino – puberdade, gravidez, menstruação, 
granuloma, diabetes – onde os hormônios eliminados no fluido crevicular 
favorecem a gengivite. 
Etiologia – bacteriana variada - Actinomisses Actinocetomicomitans e 
Porphyromonas gingivalis. 
Característica Clínica – vermelhidão, inchaço, sem dor, sangrando. 
Diagnóstico – sondagem ao sangramento gengival indicando baixo índice de 
placas, porém apresenta gengivite intensa. 
Característica Radiográfica - tecido ósseo normal, integridade de lâmina dura, 
sem reabsorção. 
Tratamento – realizar profilaxia para diminuição de índice de placa, se houver 
necessidade e aguardar a fase de puberdade, o período de menstruação, a 
gravidez, etc... 
 
 
 
 
Periodontia 23 
 
4. Gengivite induzida por placa e modificada por medicamentos 
Haverá o crescimento gengival (hiperplasia), pelo uso de anticoncepcionais, 
antidepressivos (tricíclicos), drogas (crack e cocaína), quimioterápicos, 
anticonvulsivante (Difenil – Hidantoína), anti-hipertensivos (Nifidipina), 
medicamentos que reduzem a rejeição em implantes (ciclosporina). 
 
Com o crescimento gengival, terá o aumento da profundidade clínica de 
sondagem, ou seja, haverá bolsas periodontais sem reabsorções ósseas. 
No plano de tratamento, além de raspagem, polimentos e alisamentos, deve-se 
realizar gengivectomia (para reduzir o tecido hiperplásico em altura), 
gengivoplastia (para delimitar a forma da gengiva) e realizar junto ao médico o 
reajuste da dose ou a troca do medicamento do paciente. 
 
 
5. Gengivite de origem virótica 
Gengivoestomatite Herpética Primária (comum em mucosa) / Herpes Bucal 
Recorrente (recidiva) / Varicella ou Herpes Zoster (comum em pele). 
 
A gengivoestomatite é uma lesão aguda onde há predomínio de macrófagos e 
neutrófilos. Caracterizada por DOR, FEBRE, INDISPOSIÇÃO. É decorrente da 
imunossupressão do indivíduo, onde há o surgimento de lesões vesículo 
bolhosas com conteúdo líquido e tendência a rompimento expondo o tecido 
ulcerado formado. Possui halo avermelhado (devido a presença de células 
inflamatórias) que separa o tecido normal do tecido ulcerado. 
A característica PATOGNOMÔNICA é o eritema difuso (vermelhidão por toda 
extensão) 
 
A herpes bucal, acomete mais lábios e os sintomas são: DOR, CALOR, MAL 
ESTAR, PERDA DO PALADAR, LINFOADENOPATIA (inflamação de 
linfonodos). Etiologia virótica e o tratamento consiste em fazer com que as lesões 
se tornem assintomáticas, atuando então com medicamento (ACICLOVIR – 
antimicrobiano em forma de pomada ou comprimido), aconselha-se também o 
uso de pomadas anestésicas. 
 
6. Gengivite de origem fúngica 
Candidose 
São lesões esbranquiçadas (pseudo placas) no epitélio oral, onde o indivíduo 
relata ínfima dor. Comumente encontrada em regiões de próteses 
mucosuportadas (pacientes edêntulos). Acomete também pacientes oncológicos 
e HIV positivos. 
 
7. Lesões aftosas 
São ulcerações que acometem vários lugares na boca, raramente encontrada 
nos lábios. Com essas lesões haverá exposição de tecido conjuntivo e sua 
formação pode ser induzida através de traumas (restaurações em excesso, 
próteses mal adaptadas, fios ortodônticos, peróxido de hidrogênio, sistemas 
adesivos). Tratamento – uso de Omcilon a orabase, para que as lesões se 
tornem assintomáticas. 
Periodontia 24 
 
 DOENÇAS NECROSANTES 
 
1. Gengivite Ulceronecrosante 
Sintomas: DOR – LESÃO AGUDA, SITIOESPECÍFICA, FEBRE, MAL ESTAR, 
LINDOADENOPATIA. 
Características Patognomônicas – NECROSE, a necrose acomete tecidos com 
perda de papila e ERITEMA linear é formado devido à perda de papilas. 
É uma lesão pseudomembranosa fibrinosa, devido epitélio necrosado. De cor 
amarelada, esfoliada, que pode ser removível com gaze. 
Hálito fétido é uma característica marcante também, devido a necrose. 
Em casos de lesões ulceronecrosantes, deve-se anestesiar o paciente e 
inclusive pode administrar diazepan para acalmá-lo, irrigação e lavagem com 
soro fisiológico e prescrever analgésico (DIPIRONA) de 6/6 hora se houver dor. 
Antinflamatório se houver edema de face (NIMESULINA) e antibiótico 
(AMOXILINA METRONIDAZOL) se houver lesão generalizada com 
linfoadenopatia (processo inflamatórios em nódulos linfáticos). 
 
2. Periodontite Ulceronecrosante 
Os sintomas e características são os mesmos que a gengivite ulceronecrosante, 
porém nesse quadro há perda de crista óssea. É necessário então pedir o 
hemograma e um teste de coagulação para o paciente, inclusive verificar o teste 
de sorologia do mesmo para que possa desvendar com maior certeza o motivo 
da imunossupressão severa que permitiu a chegar a esse quadro avançado. 
 
FATORES ESPECÍFICOS / PREDISPONENTES QUE LEVAM A IMUNOSUPRESSÃO 
 Gengivite pré existente; 
 Higienização pobre; 
 Sono inadequado; 
 Stress psicológico; 
 Dieta inadequada; 
 Ingestão frequente de álcool e drogas; 
 Doenças como malária, tuberculose e HIV; 
 Fumantes; 
 Adultos jovens; 
 Pacientes homens,caucasianos (brancos). 
Possível plano de tratamento – Anamnese / Ex. clínicos / Ex. intra e extra oral / ex. 
complementares (radiografias) / Periograma (sangramento a sondagem, mobilidade, 
supuração, bolsas periodontais, supuração, apinhamento, cálculos...) / Análise de 
possíveis causas / escovação / análise de escova / instrução / evidenciar (corar) / 
quantificar HO / raspagem supragengival com polimento coronário / raspagem 
subgengival com alisamento radicular / cáries / tratamentos endodônticos. Remarcar 
consulta para as próximas 24 horas em caso de lesões ulceronecrosantes, para 
verificar se as lesões estão cronificando, se houver cronificação iniciar o 
tratamento mediato. Se houver persistência de dor e sintomas, realizar novamente o 
tratamento imediato para somente depois iniciar o tratamento mediato. 
Periodontia 25 
 
PERIODONTITES 
 Características Clínicas – é um processo inflamatório crônico, assintomático, 
com bolsas periodontais verdadeiras, HÁ REABSORÇÃO óssea, epitélio sulcular longo, 
ulcerado, cemento contaminado, diminuição de fibras periodontais e falta de fibras na 
região de migração do epitélio, epitélio juncional migrado apicalmente, fluido crevicular 
aumentado. 
 Sinais Clínicos – sangramento natural ou sangramento após sondagem. Sem 
febre, sem dor (se doer, o processo inflamatório foi agudizado e apresenta abcesso), 
não tem alteração de cor. O diagnóstico pode ser alcançado através de sondagem 
clínica (para visualização se há perda de tecido ósseo horizontalmente e verticalmente) 
e radiografias (onde apresentará características de radiolucidez em áreas de crista 
óssea). 
CLASSIFICAÇÃO DAS PERIODONTITES 
Periodontite Pré Puberal 
Periodontite Agressiva Periodontite Juvenil 
Periodontite Refratária 
Periodontite Crônica do Adulto Periodontite Crônica 
Periodontite Recorrente 
Periodontite com Fator Sistêmico Periodontite com manifestação de Doença Sistêmica 
 
TRATAMENTO 
 O tratamento é comum entre todas elas, é necessário realizar primeiramente o 
controle de placas, executando as técnicas supragengivais – com raspagem 
supragengival e polimento coronário e posteriormente, executar as técnicas 
subgengivais – com raspagem subgengival, debridamento cirúrgico quando necessário 
e alisamento radicular. 
 Durante um exame clínico em um paciente, caso ele apresente diferentes 
diagnósticos, deve-se considerar a doença mais grave, sanando esse problema, 
automaticamente os problemas de menor gravidade também serão sanados. 
 
PERIODONTITE CRÔNICA 
 Localizada – é sitio específica, afeta ATÉ 30% dos dentes (levando em 
consideração o total de dentes na boca do indivíduo). E ainda possui uma 
subclassificação, que para isso considera-se o tamanho da bolsa verdadeira. 
Bolsas 
Periodontais 
Verdadeiras 
3 a <5mm LEVES Periodontite Crônica Localizada Leve 
5 a <7mm MODERADAS Periodontite Crônica Localizada Moderada 
7mm ou mais SEVERAS Periodontite Crônica Localizada Severa 
 Geralmente acomete pessoas acima de 35 anos de idade, com higiene oral 
insatisfatória, podendo ter presença de fatores locais que são compatíveis com a 
reabsorção óssea, progressão lenta (+- 0,05mm/ano) e o acompanhamento deve ser 
realizado com tomadas radiográficas. 
Periodontia 26 
 
 O trauma de oclusão NÃO é um fator que causa periodontite, mas se a pessoa 
possui periodontite previamente, o trauma pode agravar o quadro. 
 Durante o tratamento deve-se realizar a Terapia Preventivo Antiinfecciosa Sub e 
Supra gengival, seguindo uma sequência lógica de atendimento. A reavaliação deve ser 
marcada para 30 dias após o termino da terapia e há a necessidade de realizar o Índice 
de Higiene Oral e Sangramento após sondagem. 
 Pode realizar ao final da terapia um antibiótico – AMOXICILINA por 7 dias e 
METRONIDAZOL por 5 dias. 
 
PERIODONTITE AGRESSIVA 
 Geralmente acomete adultos jovens com HIGENE ORAL SATISFATÓRIA 
(possui microbiota específica) é assintomática, com REABSORÇÕES PROGRESSIVAS 
e incompatíveis com fatores locais. 
 Há uma prodomínio de especificidade de bactérias, com progressão rápida da 
doença, os níveis de reabsorção pode variar entre uma consulta e outra. 
 Na periodontite agressiva NÃO há necessidade de quantidade específica para 
que ela tenha maior impacto. 
 Periodontite agressiva localizada = - de 30% de acometimento dos dentes 
 Periodontite agressiva localizada = + de 30% de acometimento dos dentes 
 Na periodontite agressiva localizada acomete com maior frequência 2º molares 
superior e inferior e incisivos centrais superiores e inferiores, onde os defeitos ósseos 
apresentam-se BILATERAIS (semelhante entre arcos). 
 TRATAMENTO – Abordagem de controle de placa bacteriana habitual e terapia 
antiinfecciosa (raspagem e alisamento radicular), mesmo sem a presença de tártaros, 
deve-se eliminar todo tecido amolecido presente na bolsa. Em bolsas muito profundas, 
deve-se realizar o debridamento para melhor acesso. Recitar AMOXICILINA 500mg por 
7 dias + METRANIDAZOL 250mg por 5 dias ou TETRACICLINA 500mg 8/8 horas por 
14 dias (é um bacteriostático porém possui efeito colateral estético insatisfatório (dentes 
amarelos). Análgesicos devem ser administrados se houver dor. 
 
PERIODONTITE COM FATORES SISTÊMICOS 
 Nesse caso o paciente apresenta a periodontite após diagnosticado com alguma 
doença sistêmica. Podendo ser: neutropenia, leucemia, Síndrome de Job, Sindrome de 
Papillon Levevre, Osteoporose, outras. 
 
 
 
 
Periodontia 27 
 
ABSCESSOS 
 É um processo agudo com presença de neutrófilos e macrófagos, onde há 
destruição do periodonto, resultando numa coleção de pus em contato com a cavidade 
oral, através de estruturas da cavidade. NÃO TEM RELAÇÃO COM A POLPA DENTAL. 
 Os abcessos podem ser: 
 Abscesso Gengival 
 Abscesso Periodontal (tem reabsorção) 
 Abscesso do Capuz pericoronário 
Os abcessos são acompanhados de DOR, EDEMA, FEBRE, PURULAÇÃO e 
TUMEFAÇÃO. 
Existem alguns fatores predisponentes, que estão SUPER ligados aos quadros de 
abcesso, são eles: STRESS, DIABETES MELITUS, IMPACÇÃO DE ALIMENTOS EM 
BOLSAS PERIODONTAIS CRÔNICAS E RASPAGEM SUBGENGIVAL 
MALREALIZADA SEM IRRIGAÇÃO. 
Não confundir ABSCESSO com ABSCESSO ENDODÔNTICO. No tipo 
endodôntico, ele é formado devido a necrose da polpa. 
O abcesso procura regiões mais friáveis e com menor resistência para se espalhar 
e radiograficamente é possível visualizar uma imagem difusa, esfumaçada, sem 
delimitação. 
TRATAMENTO – deve-se anestesiar a distância, NUNCA no local (LIDOCAÍNA). 
Drenar a coleção purulenta (marsupialização) que pode ser realizada através do sulco 
gengival ou através de incisão no ponto de flutuação do abcesso. Realizar movimentos 
de ordenha e raspagem com alisamento radicular RIGOROSO e posterior irrigação. 
Antibióticos são receitados em caso de edema, linfoadenopatia e abcesso severo. 
Antinflamatório são bastante MUITO BONS. (Nimesulida ou Diclofenaco). 
Análgésicos são receitados de 4/4 horas após a execução até o alívio da dor. 
 REAVALIAÇÃO EM 48 HORAS, SE PERSISTIREM OS SINTOMAS REPETIR. 
 
Abscesso Gengival 
 
Bolsa + tumefação + dor + pus 
Polpa vital e integridade de 
crista óssea em 
radiografias. 
 
 
Abscesso Periodontal 
 
Reabsorção + bolsa + 
tumefação + dor + pus 
Polpa vital e rastreamento 
com cones de guta percha 
indicam que a lesão está 
LATERAL a raiz. 
 
Abscesso Endodôntico 
 
Reabsorção + dor elevada + 
supuração via conduto 
Polpa NECROSADA e 
rastreamento com cones de 
guta percha indicam que a 
lesão está LATERAL a raiz, 
reabsorção no ápice. 
 
Periodontia 28 
 
 ABSCESSO DO CAPUZ CORONÁRIO ou 
PERICORONARITE – acomete na maioria das vezes os 3º 
molares que não erupcionaram completamente. Existem alguns 
fatores que podem agravar o quadro, por exemplo, impacção de 
alimentos no capuz, stress, tabagismo, imunossupressão. 
 Uma característica comum desse tipode abscesso é o 
TRISMO, onde a limitação de abertura da cavidade oral será 
proporcional ao EDEMA. 
 Em casos mais severos de pericoronarite, aconselha-se 
realizar o tratamento medicamentoso anterior a exodontia ou a 
cirurgia para incisão em cunha, a fim de evitar BACTEREMIA ou 
SEPCEMIA. 
 
LESÕES ENDOPÉRIO 
 Esse tipo de lesão, nada mais é que a combinação de uma lesão periodontal 
lateral profunda combinada com uma lesão endodôntica, onde há o envolvimento do 
ápice dentário. 
 Lesão endodôntica é aquela que normalmente provém de uma cárie profunda 
que acomete a polpa do dente, causando necrose e atingindo o ápice. 
Seu diagnóstico pode ser realizado através de TESTES TÉRMICOS, 
ELÉTRICOS e TESTES DE CAVIDADE (onde inicia-se a remoção do tecido 
cariado sem anestesia). Com o tratamento endodôntico bem realizado, o 
prognóstico é extremamente favorável. 
 
 Lesão periodontal provém de um processo inflamatório que se origina na gengiva 
e aumenta progressivamente ao periodonto lateral. 
Na lesão endopério, é preciso ter necessariamente uma BOLSA PERIODONTAL, e 
ela é a união das duas lesões. Sendo uma doença atingindo o periodonto lateral e outra 
doença atingindo o periodonto apical. 
 
1. LESÃO ENDOPÉRIO PERIODONTAL PRIMÁRIA 
Inicialmente tem-se uma doença periodontal que posteriormente acomete a polpa 
dental. Além disso, pode-se ter uma perda de inserção incidental (por impacção 
alimentar ou trauma). 
A polpa estará NECROSADA, o cemento estará CONTAMINADO e o prognóstico é 
duvidoso. Realiza-se então o teste de vitalidade, o teste de profundidade clínica e 
exames radiográficos. 
Tratamento – sempre deve-se realizar tratamento endodônticos quando se envolve 
necrose de polpa. Inicia-se tratamento endodôntico e posteriormente o tratamento 
periodontal. Em casos de perda de inserção incidental, realiza-se o tratamento 
endodôntico e o prognóstico é melhor, se comparado com lesões periodontais. 
Periodontia 29 
 
2. LESÃO ENDOPÉRIO ENDODÔNTICA PRIMÁRIA 
Inicialmente tem-se necrose da polpa. Geralmente acomete apenas 1 dente na 
boca. Sendo que pode: 
 Ficar limitada ao ápice; 
 Afetar o periodonto lateral; 
 Extravasar secreção purulenta via fistula. 
Nestes casos o prognóstico é muito mais favorável. Tratamento – inicialmente 
realiza-se o tratamento endodôntico e posteriormente a raspagem e o alisamento 
radicular. 
Em fraturas de coroa, quando se necessita de tratamento endodôntico, é preciso 
ficar atento ao tamanho do núcleo que se coloca no dente específico. Um núcleo muito 
volumoso, pode não sustentar a coroa e causar uma fratura radicular por excesso de 
força oclusal, resultando em uma lesão endopério endodôntica primária por fratura. 
 
3. LESÃO ENDOPÉRIO COMBINADA VERDADEIRA 
É uma lesão que envolve periodontite crônica ou agressiva + necrose pulpar e as 
duas combinam entre si. O prognóstico é extremamente desfavorável. Pois não haverá 
cemento para inserção e o dente não está vital. Na maioria das vezes o tratamento é a 
EXODONTIA dental. 
Existem casos em que a lesão e a periodontia acomete apenas 1 raiz de um dente 
biradicular, recomenda-se então amputação da raiz condenada e obturação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Periodontia 30 
 
CIRURGIAS PERIODONTAIS - MODALIDADES 
 
Cirurgias de acesso 
São cirurgias para TRATAMENTO DE BOLSAS PERIODONTAIS. 
Ex.: Retalho Original de Widman, Retalho de Widman Modificado e 
ENAP. 
 
Cirurgias Ressectivas 
Tem como finalidade TRATAMENTO ESTÉTICO, onde todas elas 
buscam o aumento da coroa clínica. Ex.: Gengivectomia, Aumento 
de coroa clínica com ostectomia, Cunha distal. 
 
Cirurgias Plásticas 
São cirurgias para realização de ENXERTOS. Ex.: Enxerto gengival 
livre, Reposicionamento coronal do retalho e reposicionamento 
lateral do retalho. 
Cirurgias Regenerativas É uma cirurgia para realizar enxerto ósseo. Ex.: Regeneração 
tecidual guiada. 
 
Condições pré-operatórias – Relativas e Absolutas 
 Índice de placa bacteriano e higiene oral pessoal; 
 Presença de cáries, cálculos dentais e outros fatores modificadores; 
(* esses 2 primeiros itens devem ser adequados antes de se realizar a cirurgia) 
 Condição sistêmica: endocardidte, bacteriana, diabetes mellitus, leucemia, 
hemofilia, hipertensão arterial, etc... 
(*em relação a este item, deve-se controlar as condições ou até mesmo não 
operar). 
 Uso contínuo de medicações como: aspirina, warfarina, heparina, etc... 
 Idade, mal de Parkinson, etc.... 
 Tabagismo. 
Para obter maior sucesso, uma cirurgia deve ser simples, eficaz e previsível. A 
topografia óssea do paciente também influência muito no resultado (como por exemplo 
executar o aumento de coroa clínica em pré-molares e molares – há a necessidade de 
tecido ósseo para que não haja grandes reabsorções). OBS.: Durante uma cirurgia 
NUNCA se deve fazer uma incisão em palato devido a vascularização e a inervação que 
existe na região. 
 
BASE CIRÚRGICA - INCISÕES E RETALHOS 
As incisões podem ser HORIZONTAIS ou VERTICAL (só existe 1 tipo), são elas: 
 INCISÃO INTRASULCULAR (horizontal) – é aquela que PRESERVA o máximo 
possível de tecido gengival, usada geralmente em BOLSAS PERIODONTAIS 
LEVES e em regiões que não foram acometidas com periodontite. Tem como 
objetivo principal – PRESERVAR TECIDOS GENGIVAIS. 
 
 INCISÃO EM BISEL INTERNO (horizontal) – é usada em BOLSAS 
PERIODONTAIS MAIS PROFUNDAS e em regiões onde se realiza a 
OSTECTOMIA, onde a finalidade principal é REMOVER A PAREDE INTERNA 
da bolsa inflamada. 
 
Periodontia 31 
 
 INCISÃO EM BISEL EXTERNO (horizontal) – esse tipo de incisão é usado 
SOMENTE EM GENGIVECTOMIA. A lâmina de bisturi será passada 
perpendicular a superfície do dente, formando um ângulo de 45º. 
 
 INCISÃO RELAXANTE (vertical) – são as incisões complementares que 
permitem melhor acesso operatório e melhor visibilidade para o profissional. 
 
A partir dessas incisões, são formados os RETALHOS, que podem ser retalhos de 
ESPESSURA TOTAL ou os retalhos DIVIDIDOS: 
- O retalho de ESPESSURA TOTAL é formado quando o periósteo é rebatido junto 
com o tecido conjuntivo, sendo assim, será possível observar TECIDO ÓSSEO. 
- No retalho DIVIDIDO o periósteo é MANTIDO na sua posição de origem, não 
sendo possível visualizar tecido ósseo. 
 
TÉCNICAS CIRÚRGICAS – PARA TRATAMENTO DE BOLSAS PERIODONTAIS 
 
1. Retalho Original de Widman 
Nessa cirurgia é realizada uma incisão em bisel interno eliminando parte de tecido 
contaminado e com a broca se realiza a OSTECTOMIA (finalizando com a Lima de 
Schluger para OSTEOPLASTIA), que é a remoção do osso contaminado. 
 DESVANTAGEM – grande retração gengival devido a ostectomia. 
 TÉCNICA – Anestesiar, realizar incisão de bisel interno, realizar o rebatimento 
do tecido, promover a descontaminação com raspagem e alisamento radicular, 
*ostectomia e osteoplastia*, realizar a coaptação do retalho, suturar para 
promover a hemostasia. 
 
2. Retalho Original de Widman Modificado 
Nessa cirurgia é realizada uma incisão em bisel interno, onde haverá o rebatimento 
do retalho para descontaminação da bolsa e NÃO se realiza a ostectomia. 
 INDICAÇÃO – tratar bolsas periodontais verdadeiras. 
 CONTRA INDICAÇÃO – quando houver falta de gengiva inserida. 
 VANTAGENS – maior acesso visual e não ter desgaste ósseo. 
 DESVANTAGEM – pode haver um pouco a mais de retração gengival se for 
comparada com a raspagem e alisamento radicular. 
 TÉCNICA – Anestesiar, realizar incisão de bisel interno, realizar o rebatimento 
do tecido, promover a descontaminação com raspagem e alisamento radicular, 
realizar a coaptação do retalho, suturar para promover a hemostasia. 
Essas três cirurgias devem ser realizadas quando, existir bolsa periodontal acima 
de 6mm com grande quantidade de bactérias. Deve-se levar em consideração que 
quanto mais profunda a cirurgia, mais o risco de anaerobiose(proliferação de 
Periodontia 32 
 
microrganismo que não necessitam de oxigênio), por isso deve-se realizar a 
descontaminação de maneira criteriosa. Uma descontaminação incompleta implica na 
recorrência da doença no indivíduo. 
 
3. ENAP 
Nessa técnica não haverá o rebatimento do retalho, sendo assim existe maior 
dificuldade de visualização. É considerada então uma pequena variação da raspagem 
e alisamento radicular. (Durante uma raspagem habitual, se houver o rompimento de 
uma papila, pode-se realizar a técnica ENAP.) 
 INDICAÇÃO – indicada para tratar bolsas periodontais RASAS. 
 CONTRA INDICAÇÃO – contraindicada para bolsas periodontais profundas e 
bolsas com defeitos verticais. 
 VANTAGENS – descontaminação de bolsas rasas com facilidade. 
 DESVANTAGENS – não ter boa visualização. 
 TÉCNICA - Anestesiar, realizar incisão em bisel interno deslocando somente a 
papila com espátula 7, realizar o afastamento da papila, promover o 
debridamento, irrigação, coaptação da papila e sutura. 
 
TÉCNICAS CIRÚRGICAS – CIRURGIAS RESSECTIVAS 
 
Essas cirurgias visam o aumento da coroa clínica! Podem remover capuz 
pericoronário, remover tecido hiperplasiado, remover tecido gengival para melhor 
adaptação de próteses, gengivectomia, aumento da coroa clínica com ostectomia, 
cunha distal, dente outros. 
Ao realizar a colocação de peças protéticas, é necessário respeitar o ESPAÇO 
BIOLÓGICO, quando há invasão nesse espaço o organismo pode responder com uma 
gengivite ou até mesmo uma periodontite. 
A real invasão do espaço biológico pode ser confirmada através do EXAME DE 
SONDAGEM, além disso, podem ser realizadas tomadas radiográficas para análise e 
verificação da distância da inserção epitelial até a inserção conjuntiva, que deve ser de 
2mm. Qualquer valor MENOR que 2mm é considerado INVASÃO DE ESPAÇO 
BIOLÓGICO. Para isso é necessário realizar técnicas cirúrgicas ou não cirúrgicas para 
melhor adaptação. 
O aumento da coroa clínica de forma NÃO CIRÚRGICA pode ser por meio de 
profilaxia, escovação com abrasivos, descontaminação de bolsas ou tracionamento 
dental. Lembrando que para qualquer realizar de técnica cirúrgica, deve-se adequar 
primeiramente o meio bucal. 
As cirurgias são: 
 
 
Periodontia 33 
 
1. Gengivectomia 
É uma cirurgia ressectiva com finalidade de aumento da coroa clínica. 
 INDICAÇÃO – remoção de gengiva hiperplásica. 
 CONTRA INDICAÇÂO - presença de bolsas periodontais ou inflamações. 
 VANTAGENS – aumento da coroa clínica. 
 DESVANTAGENS – possível retração gengival. 
TÉCNICA – Anestesiar, delimitar toda extensão da gengiva com pontos sangrantes (3 
pontos por alvéolo), realizar incisão em bisel externo em 45º unindo os pontos 
sangrantes, realizar o debridamento do tecido (remoção do colar tecidual). OBS.: após 
a gengivectomia é necessário realizar a gengivoplastia que consiste na raspagem dos 
bordos com para igualar todo zênite. Neste caso acontecerá a cicatrização por segunda 
intenção, pois não tem bordos proximais. 
2. Aumento de coroa clínica com ostectomia 
Essa cirurgia é realizada para melhor adaptação de próteses, ou seja, quando há 
invasão de espaço biológico (somente realizar quando não tem 2mm sobrando). 
 INDICAÇÃO – aumento da coroa clínica. 
 CONTRA INDICAÇÂO – realização da técnica em dentes anteriores. 
 VANTAGENS – melhor adaptação de próteses. 
 DESVANTAGENS – possível sensibilidade em dentes adjacentes. 
TÉCNICA – Anestesiar, realizar incisão em bisel interno (somente onde for necessário), 
promover o rebatimento do retalho, realizar o debridamento com remoção do colar 
tecidual (aferir com a sonda milimetrada para não errar), promover a ostectomia com 
broca e posterior osteoplastia com a Lima de Schluger, irrigação e sutura. Neste caso 
acontecerá a cicatrização por primeira intenção, pois tem bordos próximos. 
3. Cunha distal 
Cirurgia indicada para região de hiperplasia em região edêntulo, mais comumente 
indicada na remoção de capuz pericoronário. 
 CONTRA INDICAÇÂO – 3º molares sem espaço de erupção, retidos ou 
impactados. 
 TÉCNICA – Anestesiar, realizar incisão em bisel externo em formato de um 
triângulo, onde a base do triândulo está na distal do 2º molar, debridamento do 
tecido hiperplásico, sutura em Y e prescrição de antinflamatório. 
TÉCNICA DE TRACIONAMENTO – Para tracionar uma raiz com objetivo de colocar 
uma coroa protética permanente, anteriormente confecciona-se uma coroa provisória e 
a fixa na raiz a ser tracionada. A ancoragem deve ser feita em no mínimo 6 dentes e no 
dente a ser tracionado o botão deve ser fixado em nível diferente. Há a necessidade de 
realizar FIBROTOMIA semanalmente no dente que está sendo tracionado, para que 
assim a gengiva não acompanhe o dente na movimentação. Para que o tracionamento 
aconteça de maneira correta, o provisório deve ser instalado fora da linha de oclusão do 
paciente. A realização da técnica pode ser de 15 a 30 dias e o aparelho ortodôntico fixo 
deve ser removido somente após a remodelação óssea.

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