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Leitura e produção de textos - UNIDADE 01

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Prévia do material em texto

Leitura e 
Produção de Textos 
PEDAGOGIA 
Curso de Graduação Online | UNISUAM 
 
 
 U
N
ID
A
D
E
 1
 
 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
 
 
 
 
 
O Texto e seus 
Diferentes 
Códigos de 
Expressão 
 
 
Objetivo do estudo 
- Conceituar texto e leitura. 
- Identificar a leitura de textos de diferentes códigos: pinturas, charges, cartuns, quadrinhos, 
páginas da internet, e-mail, publicidades etc. 
- Reconhecer os recursos expressivos do texto: conceituação de texto verbal, não verbal e misto. 
- Identificar os recursos comunicacionais: contexto, intertextualidade, ambiguidade, símbolos 
convencionados etc. 
- Relacionar textos verbais e não verbais. 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
Olá! 
Bem vindos à disciplina Leitura e Produção de Textos! 
 
Nesta primeira unidade, apresentaremos a você o conceito de texto e de leitura. Também será 
exposto à leitura de textos de diferentes códigos: pinturas, charges, cartuns, quadrinhos, páginas 
da internet, e-mail, publicidades etc. 
 
Além disso, trataremos dos diferentes recursos expressivos do texto (conceituação de texto 
verbal, não verbal e misto) e os diferentes recursos comunicacionais (contexto, intertextualidade, 
ambiguidade, símbolos convencionados etc.) 
 
Por fim, estabeleceremos a relação entre textos verbais e não verbais. 
Esperamos que você goste dos textos que selecionamos para ilustrar estes conteúdos, se 
divirta e aprenda bastante com essas leituras. 
 
Bom estudo! 
2 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
 
 
 
 T1 
 Conceito de Texto 
Dizem que o brasileiro não gosta de ler e que o preço do livro seria o principal motivo para 
isso. Você concorda? Então, vamos ler um texto e refletir sobre isso. 
 
Ler ou não ler? Eis a questão... 
 
O brasileiro não lê porque o livro é caro? Errado. O brasileiro não lê porque não o acostumaram 
a ler. O preço do CD é equivalente ao do livro e, no entanto, vendem-se CDs aos milhões 
enquanto que uma edição de sucesso de uma obra literária, não ultrapassa, em média, três 
mil exemplares. Não podemos esquecer também das bibliotecas onde um livro não custa 
nada, basta retirá-lo, além dos “sebos”, livrarias de livros usados, onde se pode adquirir 
raridades por preço de banana. 
 
A leitura deveria ser 
passada para a criança e 
os adolescentes como uma 
busca, uma ação lúdica e 
prazerosa 
Na verdade, a grande maioria dos brasileiros não lê porque 
na escola não o ensinaram a ler, no sentido mais profundo 
da palavra, ou seja, apreender o que está escrito, refletir, 
questionar, “viajar” com um texto. (...) 
A indústria da educação brasileira ensina apenas para 
o aluno passar no vestibular. A formação humanística, 
a compreensão do mundo através de sua história, não 
está em questão. A questão é “passar ou passar”, ou 
seja, competir e ganhar a corrida para a glória do canudo 
universitário. 
 
A leitura deveria ser passada para a criança e os 
adolescentes como uma busca, uma ação lúdica e prazerosa, que pode perfeitamente 
substituir com igual grau de prazer uma ida ao cinema, um dia na praia ou um churrasco no 
sítio, sem qualquer remorso. 
 
Todos aqueles que já descobriram o prazer da leitura, o gosto de elaborar, ele mesmo, o 
“seu” personagem, a “sua” paisagem, voltar a página e emocionar-se de novo com aquelas 
cenas que mais os tocaram, jamais abrirão mão dessa “descoberta”. É um vírus que, uma vez 
contraído, não tem mais cura. É um não acabar mais de descobrir; uma leitura vai sempre 
remetendo a outra e a vida torna-se tão curta para tanto livro a ser lido. 
 
Só mesmo o portador desse vírus sabe avaliar a diferença entre a “viagem” da leitura e a 
cena dada pronta, como a daquela via TV. Assistir TV é cômodo e chega a ser hipnótico. 
Não há participação de quem está do lado de cá, o espectador é passivo, recebe o prato 
feito, não tem possibilidade de criar, de imaginar, de “viajar”. A cena que ele está vendo é só 
aquela cena, a mesma cena que outros milhões de telespectadores também estão vendo. Ao 
passo que, no ato de ler a mesma página de um livro, um mesmo poema que tantos outros 
já leram, entra em jogo o nosso poder de imaginar, de recriar, próprio do ser humano e que 
os meios de comunicação de massa encarregaram-se de destruir. (...) 
hábito de leitura 
3 
1 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
 
 
 
Você concorda com as afirmativas da autora? Reflita sobre! 
Para ajudá-lo nessa reflexão, você pode ler uma matéria que saiu publicada, há pouco tempo, 
em uma revista de grande circulação. A matéria intitula-se “Hábito de leitura cai no Brasil, 
revela pesquisa”. 
Saiba mAIS 
 
Para lê-la, acesse o endereço: 
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/ 
habito-de-leitura-no-brasil-cai-ate-entre- 
criancas 
 
 
 
Quando falamos, 
também 
produzimos 
textos ou são 
textos apenas os 
escritos? 
Mas, afinal, o que é um texto? 
 
A noção ampla de texto 
Em casa, na rua, na escola, no clube, no restaurante, todos 
nós, no dia a dia, circulamos entre textos. O que é texto? 
Uma conversa telefônica informal entre amigos é um texto? 
A letra de uma música que ouvimos pelo rádio é um texto? 
Um capítulo de novela, um outdoor, um letreiro de ônibus, 
uma conta de telefone, um debate político, um anúncio 
publicitário, uma notícia de jornal, uma bula de remédio, são 
textos? Quando falamos, também produzimos textos ou são 
textos apenas os escritos? Para que servem os textos? O 
que diferencia um texto do outro? 
 
Em síntese, dizemos que um texto é um todo organizado 
de sentido, que passa uma mensagem ao leitor. Ou seja, 
independentemente do código em que é produzido, se 
passar sua mensagem ao leitor, é considerado como um 
texto de sentido completo. Afinal, é exatamente para isso 
que servem os textos: para passar mensagens ao leitor. 
 
Mas, será que um texto é composto somente por palavras 
escritas? Observe as imagens seguintes e responda: Todas 
elas são textos? 
 
4 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
1 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E então, o que você acha? Os exemplos aqui colocados são textos? 
 
São todos textos, uma vez que passam mensagens ao leitor, independentemente de incluírem 
ou não palavras. E o que diferencia um texto do outro é o objetivo com que ele é elaborado. 
Observe: 
 
► No primeiro caso, temos um parágrafo de uma obra literária. Seu objetivo é contar uma 
história ao leitor, usando palavras como recurso expressivo. 
 
► No segundo, uma placa de aviso de “Não fumar”, facilmente reconhecível e muito usada. 
Como é um texto que precisa ser reconhecido e lido de forma rápida, é usada uma imagem, 
mais fácil de identificar e decodificar (ou seja, entender) do que se fôssemos usar palavras. 
 
► A história em quadrinhos também passa uma mensagem, e bem engraçada, ao leitor, 
apenas através de suas imagens e da expressão facial das personagens, Cascão e Cebolinha. 
 
► Já a foto passa uma mensagem de amizade e descoberta de novos horizontes. Neste caso, 
os elementos usados para passar a mensagem foram a posição dos dois personagens (a 
criança e o cãozinho) e o gesto que a criança faz, ao apontar para o horizonte, sugerindo que 
está vivendo aquela experiência, de ir à praia, pela primeira vez e que a está compartilhando 
com seu melhor amigo 
 
Você sabia? 
Que é possível conseguir livros de graça na 
internet? Há alguns sites nos quais pode acessar 
e-books (livro em formato digital). Segue a dica de 
alguns, para que você possa começar a montar 
sua ciberbiblioteca: 
Domínio público (site do governo com obras grátis para 
serem baixadas): http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ 
PesquisaObraForm.jsp 
 
Obras e biografias de centenas de autores brasileiros e 
portugueses também para baixar gratuitamente: 
http://www.biblio.com.br/ 
 
Obras de autores nacionais e daliteratura mundial em 
português: http://portugues.free-ebooks.net/ 
 
5 
3 
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4 
4 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
 
 
 
Conceito e Reflexão sobre Leitura 
 
O tipo de texto em que costumamos encontrar mais dificuldades, tanto para realizar a leitura 
quanto para elaborá-lo, é o texto escrito. Leia as considerações que a autora faz no texto 
que se segue e veja se concorda com ele. 
 
O texto escrito 
A luta que os alunos enfrentam com relação à produção de textos escritos é muito especial. 
Em geral, eles não apresentam dificuldades em se expressar através da fala coloquial. Os 
problemas começam a surgir quando este aluno tem necessidade de se expressar formalmente 
e se agravam no momento de produzir um texto escrito. 
Nesta última situação ele deve ter claro que há diferenças 
Escrever não é apenas 
traduzir a fala 
em sinais gráficos 
marcantes entre falar e escrever. 
 
Na linguagem oral o falante tem claro com quem 
fala e em que contexto. O conhecimento da situação 
facilita a produção oral. Nela o interlocutor, presente 
fisicamente, é ativo, tendo possibilidade de intervir, de pedir 
esclarecimentos, ou até de mudar o curso da conversação. 
O falante pode ainda recorrer a recursos que não são propriamente linguísticos, como gestos 
ou expressões faciais. Na linguagem escrita a falta desses elementos extratextuais precisa 
ser suprimida pelo texto, que se deve organizar de forma a garantir a sua inteligibilidade. 
 
Escrever não é apenas traduzir a fala em sinais gráficos. O fato de um texto escrito não ser 
satisfatório não significa que seu produtor tenha dificuldades quanto ao manejo da linguagem 
cotidiana e sim que ele não domina os recursos específicos da modalidade escrita. 
 
A escrita tem normas próprias, tais como regras de ortografia - que, evidentemente, não é 
marcada na fala - de pontuação, de concordância, de uso de tempos verbais. Entretanto, a 
simples utilização de tais regras e de outros recursos da norma culta não garante o sucesso 
de um texto escrito. Não basta, também, saber que escrever é diferente de falar. É necessário 
preocupar-se com a constituição de um discurso, entendido aqui como um ato de linguagem 
que representa uma interação entre o produtor do texto e seu receptor; além disso, é preciso 
ter em mente a figura do interlocutor e a finalidade para a qual o texto foi produzido. 
 
Para que esse discurso seja bem sucedido deve constituir um todo significativo e não 
fragmentos isolados justapostos. No interior de um texto devem existir elementos que 
estabeleçam uma ligação entre as partes, isto é, elos significativos que confiram coesão ao 
discurso. Considera-se coeso o texto em que as partes referem-se mutuamente, só fazendo 
sentido quando consideradas em relação umas com as outras. 
 
(Fonte: DURIGAN, Regina H. de Almeida et al. A magia da mudança. Vestibular Unicamp -Língua e Literatura. Ed. da 
Unicamp. 1987. p. 13) 
6 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
7 
 
 
 
 
 
Captou o que a autora pretendeu nos apresentar? Logo no primeiro parágrafo do texto, 
percebemos que o tema do texto é a dificuldade dos alunos produzirem textos escritos. A 
autora discorre que essa dificuldade é mais experimentada quando o aluno vai produzir um 
texto escrito, porque é nesse momento que ele percebe a diferença entre falar e escrever. 
 
O primeiro parágrafo, já se constitui como texto, é uma unidade semântica apoiada no tema: 
dificuldade dos alunos produzirem textos escritos. E os parágrafos seguintes formam um texto 
contínuo apresentando informações sobre o mesmo tema. Para que o texto tenha unidade é 
preciso que essas informações estejam relacionadas entre si e, também, que certos elementos 
do texto tenham referência com o mundo real. 
 
Vamos ver como isto se realiza na prática? 
 
 
 
 
Vejamos o texto abaixo. Observe como uma leitura apressada pode fazer com que não 
captemos sua real mensagem. 
 
CRIME 
Tiro certeiro 
Estado americano limita porte de armas. 
 
No começo de 1981, um jovem de 25 anos chamado John Hincley Jr. Entrou numa loja de 
armas em Dallas, no Texas, preencheu um formulário do governo com endereço falso e, 
poucos minutos depois, saiu com Saturday Night Special – nome criado na década de 60 
para chamar um tipo de revólver pequeno, barato e de baixa qualidade. Foi com essa arma 
que Hinckley, no dia 30 de março daquele ano, acertou uma bala no pulmão do presidente 
Ronald Reagan e outra na cabeça de seu porta-voz, James Brady. Reagan recuperou-se 
totalmente, mas Brady desde então está preso a uma cadeira de rodas. (...) 
 
 
Se você fizer uma leitura apressada, pode supor que o texto fale apenas sobre um atentado 
sofrido por um presidente americano. Mas, se ler com atenção, vai ver que a verdadeira 
mensagem, o verdadeiro objetivo que o texto deseja atingir não é esse. 
 
Seguramente, por trás da notícia, existe, como pressuposto, um pronunciamento contra o 
risco de vender arma para qualquer pessoa, indiscriminadamente. Seu verdadeiro objetivo, 
portanto, é denunciar o absurdo que seria permitir a venda indiscriminada de armas para 
qualquer pessoa, sem nenhum tipo de comprovação acerca de seus antecedentes ou mesmo 
de sua saúde mental. Para comprovar essa constatação, basta pensar que os fabricantes 
de revólveres, se pudessem, não permitiriam a veiculação dessa notícia. re
al
 m
en
sa
ge
m
 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
8 
 
 
 
 
 
O exemplo escolhido deixa claro que qualquer texto, por mais objetivo e neutro que pareça, 
manifesta sempre um posicionamento frente a uma questão qualquer posta em debate. 
 
Até aqui devem estar bem claras estas conclusões! 
 
A) Ao ler apenas um fragmento do texto, você pode acabar captando uma 
mensagem que não corresponde à real intenção do autor, é preciso, portanto, 
conhecer o contexto em que ele foi escrito. Muitas vezes, com a desculpa da falta 
de tempo, o aluno lê apenas uma pequena parte do texto, em geral sua introdução, 
e procura “adivinhar” o restante de seu conteúdo. É claro que, na prática, isso tem 
tudo para dar errado. 
 
B) Quando se produz um texto, o autor marca a sua posição frente a uma questão 
qualquer, por isso, é fundamental apreender o que está contido por trás dele. É o 
famoso “ler nas entrelinhas”, ler além da superfície do texto. 
 
 
 T2 
Recursos Expressivos do Texto: Conceituação de 
Texto Verbal, Não Verbal e Misto 
 
 
Leia esta tira, de Luís Fernando Veríssimo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - A tira cria o humor a partir de uma situação que retrata as novas formas de relacionamento 
amoroso e familiar nos tempos de hoje. Que novidade existe no comunicado que a filha traz 
à família? 
 
2 - A fala da moça provoca uma reação no namorado. O que ele faz e fala como reação ao 
que ela disse? 
 
3 - Compare as falas do rapaz e do pai da moça ao se cumprimentarem. A fala do pai 
surpreende e causa humor. 
 
a) O que era esperado que o pai da moça dissesse nesse momento ? 
 
b) Considerando que o namorado da filha vai morar com a família e que o apelido 
dele é Boca, que sentido tem a fala do pai da moça nessa situação ? 
 
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/_1mAReBmWjQQ/ 
S9AqKcqs1aI/AAAAAAAANL4/Fv_L3H80ORE/s1600/ 
Imagem-3.jpg> 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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Possíveis respostas para estas perguntas 
 
1. Que ela tem um novo namorado (e, se é um novo, houve um ou mais antes...) e que ele 
vai morar com a família. 
 
2. Ele se apressa em se apresentar ao pai da garota, estendendo a mão e dizendo o próprio 
nome ou, no caso, o apelido, “Boca”. 
 
3. a. Quando se é apresentado a alguém, espera-se que, após ouvir o nome da pessoa que 
está se apresentando, nós digamos nosso próprio nome, respondendo ao cumprimento. 
 
3. b. É claro que o nomedo pai não é “bolso”. O que ele pretendeu com essa reposta irônica 
foi dizer que será o bolso que sustentará mais essa boca. 
 
 
Na situação retratada pela tirinha, as pessoas se comunicam 
e interagem entre si, ou seja, o que uma pessoa diz acaba 
provocando uma reação na outra pessoa e vice-versa. O 
trocadilho que o pai faz é responsável pelo humor da tira. 
Contrapondo Boca a bolso, o pai dá a entender que vai ter 
de arcar com as despesas de mais uma boca, a do genro. 
 
Entre a filha e o pai, ou entre o sogro e o genro, houve uma 
comunicação, pois, além de as pessoas se compreenderem, 
elas também interagem, ou seja, o que uma pessoa 
diz interfere no comportamento da outra. Esta troca de 
informações entre as pessoas caracteriza o processo 
comunicacional. 
 
Assim, a comunicação ocorre quando interagimos com 
outras pessoas utilizando linguagem. Para se comunicar, 
as personagens da tira não utilizam apenas a linguagem 
verbal, isto é, as palavras. Elas também gesticulam, se 
movimentam, fazem expressões corporais e faciais. Tudo 
isso – palavras, gestos, movimentos, expressões corporais 
e faciais – é linguagem. 
 
Linguagem é um processo comunicativo pelo qual as 
pessoas interagem entre si. Além da linguagem verbal, 
cuja unidade básica é a palavra (falada ou escrita), existem 
também as linguagens não verbais, como a música, a dança, 
a mímica, a pintura, a fotografia, a escultura etc. Há ainda, 
as linguagens mistas, como as histórias em quadrinhos, o 
cinema, o teatro e os programas de TV, que podem reunir 
diferentes linguagens, como o desenho, a palavra, o figurino, 
a música, o cenário etc. 
 
Chamamos de Recursos expressivos os elementos 
utilizados pelo autor para compor seu texto. Se ele utilizar 
apenas palavras, produzirá um texto verbal. Se utilizar 
outros elementos, como imagens, símbolos, sons, mas não 
empregar palavras, produzirá um texto não verbal. Se utilizar 
tanto palavras quanto imagens, produzirá um texto misto. 
po
ss
ív
ei
s r
es
po
st
as
 O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recursos expressivos 
 
Texto elaborado com palavras: VERBAL 
Texto elaborado com outros elementos (imagens, 
símbolos, etc.), mas não com palavras 
 
NÃO VERBAL 
Texto elaborado unindo imagem e palavras MISTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO VERBAL 
Furto de Flor 
Carlos Drummond de Andrade 
 
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava 
e eu furtei a flor. 
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo 
senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e 
flor não é para ser bebida. 
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, 
revelando melhor sua delicada composição. Quantas 
novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. 
Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá- 
la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por 
sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para 
o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. 
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a 
docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. 
O porteiro estava atento e repreendeu-me: 
- Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim! 
(Fonte: Contos Plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 
2012, p. 85.) 
 
Analisando a mensagem do texto: 
 
Este texto verbal se trata de um pequeno conto, de autoria 
de Carlos Drummond de Andrade. Valendo-se apenas 
de palavras, ele é capaz de passar ao leitor toda a carta 
emocional vivida pelo personagem, a partir de um ato 
aparentemente banal, ou seja, de colher uma flor em um 
jardim alheio e ser repreendido ao tentar devolvê-la, após 
a flor ter murchado. Uma vez perdida a beleza, a flor é lida 
pelo porteiro não mais como um antigo bem daquele jardim, 
mas como simples lixo doméstico. 
TEXTO NÃO VERBAL 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://www.chargeonline.com.br/doano.htm> 
Samuca - Diário de Pernambuco - (10/08/2007) 
 
Analisando a mensagem do texto: 
 
Esta charge, de autoria de Samuca, faz uma crítica à 
corrupção política em nosso país. Para tanto, reúne duas 
imagens. A primeira é a do Congresso Nacional, em 
Brasília, prédio cuja silhueta, com suas duas torres e duas 
cúpulas, uma em posição normal e a outra invertida, é muito 
conhecida. 
 
A segunda imagem é de metades de laranja no lugar das 
cúpulas. Na gíria política, “laranja” é o nome que se dá à 
pessoa cujo nome é usado para se desviar verbas. Muitas 
vezes, a pessoa nem sabe que seus dados foram clonados 
e utilizados para tal fim. Ao colocar laranjas gigantescas no 
lugar das cúpulas do Congresso Nacional, a mensagem que 
o chargista passa ao leitor é que a corrupção em nosso meio 
político é também desmesurada. 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
aprofundando 
 
 
TEXTO misto 
 
Se quiser saber mais sobre como os 
conhecimentos prévios do leitor influenciam 
em sua capacidade de leitura, há um artigo 
muito interessante, “Leitura e Conhecimento 
Prévio”, da professora Eunice Maria Castegnaro 
Trevisan, da Universidade Federal de Santa Maria 
(RS), que pode aprofundar seus conhecimentos 
no tema. Você pode acessá-lo no endereço: 
 
http://w3.ufsm.br/revistaletras/artigos_r2/ 
revista2_3.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
Vol tem os aos e l em entos 
do processo comunicacional... 
 
 
 
Fonte: <http://www.chargeonline.com.br/doano.htm> 
Orlandeli - A Charge Online - (10/07/07) 
 
Analisando a mensagem do texto: 
 
Esta charge, de autoria de Orlandeli, foi publicada na época 
em que o Cristo Redentor foi eleito uma das sete maravilhas 
do mundo moderno. Segundo as autoridades, isto provocaria 
um aumento do fluxo de turistas ao nosso país. A charge, 
porém, faz uma crítica à falta de segurança da cidade. De 
que adianta contar com pontos turísticos fantásticos, se nem 
os habitantes conseguem circular em segurança? 
 
Interessante observar ainda que o veículo que aparece na 
charge é um ônibus de turismo blindado, como está escrito 
em sua lateral. Mas os leitores cariocas sempre identificam 
o veículo como sendo um “caveirão”, já que este faz parte de 
sua vivência. Mas cumpre ressaltar que o chargista não é do 
Rio de Janeiro. Isto mostra como a percepção da mensagem 
de um texto é influenciada também pelos conhecimentos 
anteriores possuídos pelo leitor. 
 
Notou como os conhecimentos prévios (que, naturalmente, 
aumenta com a idade) do leitor influenciam em sua 
capacidade de leitura? Quanto mais organizados forem 
esses conhecimentos, melhor será o nosso desempenho 
na leitura e na interpretação de um texto. 
Na tira de Veríssimo, que vimos anteriormente, os 
participantes se inter-relacionam e interagem por meio da 
linguagem. A filha, ao apresentar o namorado, provoca nele 
a reação de se apressar em estender o braço e dizer seu 
apelido. Diante da fala do rapaz, o pai da moça também 
estende o braço e, ironicamente, responde: “Prazer. Bolso”. 
Assim, pode-se dizer que a comunicação nascida da 
interação entre essas pessoas foi construída solidariamente 
por elas, que são interlocutores no processo comunicativo. 
 
Dá-se o nome de comunicação solidária àquela em que 
todos os envolvidos podem interagir. Ou seja, todos podem 
falar, ouvir, responder etc. Meios comunicacionais como a 
televisão, o rádio e o cinema, por exemplo, se tratam de 
meios não solidários, já que, até o momento, através deles 
o espectador apenas recebe a mensagem, mas não tem 
como dar um retorno imediato a ela. 
 
Interlocutores são as pessoas que participam do processo 
de interação por meio da linguagem. Aquele que produz a 
linguagem – aquele que fala, que pinta, que compõe uma 
música, que dança – é chamado de locutor, e aquele que 
recebe a linguagem é chamado de locutário. No processo 
de comunicação e interação, ambos são interlocutores. Mas 
é bom ressaltar que os papéis de locutor e locutário não são 
fixos, permanentes.Quando conversamos com alguém, 
por exemplo, alternamos esses papéis, uma vez que ora 
falamos, ora ouvimos. 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
12 
 
 
 
 
 
1. Você sabe ler com eficiência, captando de fato as informações contidas no texto? Topa 
fazer este desafio? Mas atenção: não vale ver a resposta antes de realmente tentar preencher 
as lacunas do quadro. 
 
Desafio de leitura 
 
Sabe ler com eficiência é muito mais do que simplesmente passar os olhos pelo papel, 
decodificando superficialmente símbolos gráficos. Ler bem é saber, antes de mais nada, 
apreender em profundidade a mensagem contida no texto. 
O exercício que se segue, para ser resolvido, exige que o leitor compreenda bem as 
informações contidas nas “dicas” que são dadas, mesmo em suas entrelinhas. Só a partir de 
uma leitura eficiente é que se torna possível apreender os dados que permitirão a resolução 
do enigma. Para ajudar, segue, na parte inferior da tela, o quadro a ser preenchido segundo 
as informações fornecidas. O desafio está lançado! 
 
Happy hour 
 
Numa grande cidade, muita gente que trabalha durante o dia inteiro procura divertir-se um 
pouco após o expediente, criando uma verdadeira “happy hour” antes de voltar para casa. 
Este é o caso de Ângelo, Bernardo, Conrado, Daniel, Valter e o de suas mulheres. 
 
Apesar de trabalharem em áreas totalmente diferentes, os cinco homens são amigos e há 
anos frequentam o mesmo bar, onde cada um deles procura diversão à sua maneira: dançar, 
beber cerveja, cantar, conversar e tocar violão. No que se refere às mulheres, uma outra 
situação acontece: as cinco trabalham juntas, no mesmo escritório, embora desempenhem 
cada qual sua função. 
 
Com base nas dicas e informações fornecidas abaixo, tente descobrir qual a profissão, a 
diversão preferida de cada um dos homens e qual a função de cada uma das mulheres no 
escritório onde trabalham, além de determinar quem é casado com quem. 
 
 
• Ângelo, Daniel e Valter vão para o bar que frequentam antes do vendedor e do 
cozinheiro. 
• Os maridos da digitadora e da auxiliar de contabilidade vão para o bar com o 
objetivo de conversar e de beber cerveja (não necessariamente nesta ordem). 
• O advogado, o engenheiro e o cozinheiro se dedicam à música nessa hora de lazer. 
 
• A auxiliar de departamento pessoal e a digitadora são irmãs, sendo também muito 
amigas das mulheres de Bernardo, Conrado e Valter. 
• Enquanto Valter toca violão no conjunto que produz o som ao vivo no bar, o 
marido da secretária e o engenheiro se divertem de maneira diversa: um deles 
canta no conjunto e o outro sempre chama a mulher para dançar. 
• A mulher de Bernardo não é secretária. 
 
• As duas irmãs são casadas uma com o homem que gosta de dançar e a outra 
com Daniel. 
• O técnico químico não bebe, nem é casado com a recepcionista. 
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Nome do homem Profissão Forma de lazer Cargo da esposa 
Ângelo 
Bernardo 
Conrado 
Daniel 
Valter 
respostas deste desafio 
 
 
“E formou o Senhor Deus 
 T3 
o homem do pó da terra, e 
soprou-lhe nas narinas o 
fôlego da vida; e o homem 
tornou-se alma vivente.” 
(Gênesis 2:7) 
 
 
 
 
 
 
Já sabemos o que é um texto, como ele é classificado de 
acordo com os recursos expressivos que emprega para 
passar sua mensagem ao leitor e quais os elementos 
envolvidos em um processo comunicacional. Que tal, agora, 
ampliarmos um pouco mais nosso universo de leitura, 
conhecendo/analisando diversos tipos de textos? 
 
a) Pintura e Escultura (Artes Plásticas) 
 
Você já viu esta pintura, anteriormente? O que ela representa? 
 
 
Fonte: <http://galeriadefotos.universia.com.br/uploads/2012_08_21_22_46_460.jpg> 
Leitura de Textos de Diferentes 
Códigos: pinturas, charges, 
cartuns, quadrinhos, páginas da 
internet, e-mail, publicidades etc. 
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Uma das obras mais famosas de Michelangelo, A criação do homem (1511-1512) está 
pintada no teto da Capela Sistina, em Roma, e representa Deus criando Adão, que, segundo 
o Cristianismo, foi o primeiro ser humano. Assim como outras obras renascentistas, o tema 
presente é a questão religiosa, bem como o ideal humanista e o conhecimento científico. 
 
 
“E formou o Senhor Deus 
o homem do pó da terra, e 
soprou-lhe nas narinas o 
fôlego da vida; e o homem 
tornou-se alma vivente.” 
(Gênesis 2:7) 
A narrativa original deste episódio se trata de um texto 
verbal, já que está inserido na Bíblia. O que Michelangelo 
faz é tornar não verbal um texto verbal. Se você observar 
com atenção, verá que a pintura de Michelangelo reproduz, 
com imagens, o texto bíblico. Veja o texto verbal seguinte 
e compare com a representação feita pelo pintor: 
 
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou- 
lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma 
vivente." (Gênesis 2:7) 
 
Vamos ver outro exemplo de obra de arte que se torna, 
desde que o espectador saiba reconhecer sua mensagem, 
um texto não verbal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://comeramaredecorar. 
files.wordpress.com/2013/04/o- 
beijo-de-rodin.jpg> 
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15 
 
 
 
aprofundando 
Se você quiser ver charges sempre atualizadas, 
tratando dos assuntos do momento, acesso o site 
da Charge Online: 
 
http://www.chargeonline.com.br/: 
 
 
 
Executada em mármore branco em 1886, a escultura O beijo representa dois amantes 
absorvidos num intenso beijo. Realizada por Auguste Rodin, transmite uma força emotiva e 
sensual que tornou esta obra uma das mais famosas esculturas de todos os tempos. 
 
Se o leitor souber decifrar a mensagem, esta estátua nos transmite toda uma história de 
amor, que culmina no beijo em questão. Considerada ousada na época em que foi concluída, 
ainda hoje fascina pela delicadeza dos gestos das figuras de pedra. 
 
b) Charge 
 
Ao trabalharmos as noções de texto misto e não verbal, travamos contato com um tipo de 
texto muito especial: a charge. A charge é um tipo de texto que satiriza um fato específico, 
situado no tempo e no espaço. Quando a charge retrata personagens, muitas vezes são 
personalidades públicas – um político ou artista, por 
exemplo. Veja o exemplo a seguir. 
O beijo representa dois 
amantes absorvidos num 
intenso beijo 
 
Esta charge foi publicada em janeiro de 2014, quanto foi 
denunciado que os Estados Unidos espionariam vários 
países, incluindo o Brasil. É fácil reconhecer, nas figuras da 
charge, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e Barack 
Obama, presidente americano. 
 
Uma charge pode usar a linguagem verbal, a não verbal, ou as duas ao mesmo tempo, como 
no exemplo acima. Na verdade, a base da charge é não verbal, já que existem charge sem 
texto verbal, mas não sem imagem. Finalmente, ela costuma ser publicada em veículos de 
comunicação de massa, como jornais ou revistas. 
 
Em francês, a palavra charge significa “carga”. De fato, o chargista “vai à carga”, atacando, 
com ironia e mordacidade, uma situação política ou social. Mas, para que o leitor entenda de 
fato o assunto tratado na charge, ele tem de estar atualizado com os assuntos tratados por 
ela. Nesse sentido, quem não ouviu falar, por exemplo, sobrew a denúncia de espionagem 
por parte dos Estados Unidos, não vai entender o teor da charge. 
 
 
 
 
 
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c) História em Quadrinhos 
 
Embora muitas vezes as histórias em quadrinho sejam vistas apenas como “coisa de criança”, o 
quadrinista pode nos transmitir mensagens importantes por meio da linguagem dos quadrinhos, 
empregando tambémo humor. Leia os quadrinhos seguintes e observe. 
 
 
 
No texto, os autores desenvolvem uma narrativa com 
diálogos colocados em balões da fala. 
 
 
 
 
As falas são indicadas, em 
geral, por meio de balões 
 
 
Enquanto a charge costuma transmitir a sua mensagem 
em uma única imagem, as histórias em quadrinhos podem 
ser definidas como arte sequencial, pois são desenhos em 
sequência que narram uma história. A charge tem geralmente 
conteúdo humorístico, e as histórias em quadrinhos podem 
ou não ter o humor como efeito de sentido. 
 
Na arte sequencial, a comunicação se faz por intermédio de 
imagens que o emissor e o receptor identificam. Para “ler” 
uma história em quadrinhos, é preciso interpretar imagens, 
relacionar estas com as palavras e perceber relações de 
causa e efeito. 
 
 
texto complementar 
 
A história em quadrinhos (HQ) em geral envolve várias 
técnicas narrativas através dos canais: imagem e texto. 
Para compreender a mensagem, o leitor precisa relacionar 
os elementos de imagem (icônicos) com os de texto 
(linguísticos). 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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O diálogo na HQ é apresentado na forma direta; no entanto, não é transcrito do mesmo 
modo que, por exemplo, o diálogo em contos ou peças teatrais. As falas são indicadas, 
em geral, por meio de balões, estabelecendo-se uma comunicação mais imediata entre os 
personagens e o leitor, já que o texto é incorporado à imagem. 
 
Conheça alguns elementos das histórias em quadrinhos. 
 
Localização dos balões: indica a ordem em que se sucedem as falas (de cima pra baixo, da 
esquerda para a direita). 
 
Contorno dos balões: varia conforme o desenhista; no entanto, alguns são comuns, como 
os que apresentam linha contínua (fala pronunciada em tom normal); linhas interrompidas 
(fala sussurrada); um ziguezague (um grito, uma fala de personagem falando alto, ou som 
de rádio ou televisão); em forma de nuvem (pensamento). 
 
Veja alguns exemplos de balões e símbolos usados nas histórias em quadrinhos: 
 
Há ainda as Onomatopeias, que conferem 
movimento à história, imitando sons do ambiente 
(crash para uma batida, ou buuuum para uma 
explosão, por exemplo) ou produzidos por 
pessoas e animais (zzzz, para sono, rrrrrr, para 
o rosnado de um cão etc.). 
 
Os quadrinhos estão por toda a parte. Servem 
para entreter, mas podem veicular uma 
mensagem instrucional – podem ser usados 
para uma campanha de economia de água, para 
alertar sobre riscos de doenças ou para transmitir 
informativos de trânsito, por exemplo. 
 
Retomando a história em quadrinhos 
acima responda: 
 
Em que se baseia o humor nesses quadrinhos? 
Qual foi a intenção dos quadrinistas na criação 
desse trabalho? 
 
Que recursos os autores utilizaram para enfatizar 
a conduta errada do motorista? 
 
Veja possíveis respostas sobre este texto 
e verifique se você acertou! 
Fonte: <http://culturadigital.br/roteiro/files/2013/09/images.jpg> 
Fonte: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/ 
aulas/732/imagens/onoma1.gif> 
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a. Novamente, o humor se processa pela quebra da expectativa do leitor. Espera-se do 
personagem acidentado que ele assuma a culpa pelo acidente, já que estava tomando café, 
lendo o jornal, mexendo no laptop e falando ao telefone enquanto dirigia. Em vez disso, ele 
atribui a responsabilidade aos “motoristas idiotas” que andam por aí, sem se incluir entre eles. 
 
b. A intenção aqui é lançar um alerta sobre direção segura. Com certeza, se ocupar de outras 
tarefas (como falar ao celular, por exemplo) enquanto se dirige aumenta em muito o risco 
de um acidente. 
 
c. Neste caso, há o texto não verbal, representado pelas imagens dos quadrinhos, pela 
expressão facial dos personagens e por símbolos, como é o caso da estrelinha do primeiro 
quadrinho que, no código desse tipo de texto, indica dor. Há também o código verbal, nas 
falas inscritas nos balões e na onomatopeia (ou seja, palavra que imita sons, como é o caso 
do “crash”) que aparece no primeiro quadrinho. Como vai ser trabalhado mais adiante, outro 
tipo de texto não verbal empregado nas histórias em quadrinhos é o formato dos balões. 
 
aprofundando 
Leia o texto “Trabalhando com quadrinhos em 
sala de aula”, de Juliana Carvalho, sobre as 
possibilidades da utilização das histórias em 
quadrinhos em sala de aula. Acesse o site: 
 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/ 
suavoz/0116.html 
d) Cartum 
Outro tipo de texto humorístico de base não verbal é o 
Cartum. Espécie de anedota gráfica sobre o comportamento 
humano, o cartum pode usar apenas linguagens não verbal 
ou misturá-la com a verbal. Em geral, aborda situações 
atemporais e universais, isto é, que poderiam acontecer em 
qualquer tempo ou lugar. 
 
O ponto forte do cartum é a sátira a comportamentos das 
pessoas na sociedade. Veja o exemplo a seguir. 
 
Este cartum toca em um ponto bem atual do comportamento 
humano, o vício em acessar redes sociais. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://www.escolakids.com/public/upload/image/cartum.jpg> Cartum 
de Glasbergen - americano cartunista e ilustrador humorístico 
 
e) Páginas da Internet 
 
Já que estamos comentando sobre redes sociais, vamos aproveitar para trabalhar um 
pouco um tipo de texto que está cada vez mais presente em nossas vidas. Estamos falando 
daqueles veiculados através da internet, que costumam ser multissemióticos. Calma, não 
estamos xingando ninguém! 
 
Saiba mAIS 
O nome Cartum veio de um fato ocorrido em 
1841, em Londres: para redecorar o Palácio de 
Westminster, o príncipe Albert promoveu um 
concurso de desenhos, feitos em grandes cartões 
(cartoons, em inglês) que seriam colados às 
paredes. Para satirizar os desenhos oficiais, a 
revista inglesa Punch, a primeira revista humorística 
do mundo, resolveu publicar seus próprios 
cartoons, dando novo significado à palavra. 
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19 
 
 
Mas como se estrutura um e-mail? Observe a imagem abaixo: 
Fo 
mi 
p t 
ma 
a0 
 
 
 
A semiótica é a ciência que estuda o significado dos signos, aqui entendidos como elementos 
que permitem a comunicação, como palavras, imagens, símbolos, etc. Chama-se de 
multissemiótico a todo texto que emprega uma grande variedade de signos, e é exatamente 
isso que a internet faz. É só observar uma página de um site, para perceber isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://guiaavare.com/ 
img/upload/images/uol-pagina- 
do-site.jpg> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em uma página da web, podemos perceber quantos elementos diferentes foram utilizados. 
Há textos verbais, fotos, logotipos, vídeos, desenhos e assim por diante. Grande parte 
deles se constitui ainda em hipertextos, ou seja, nele há hiperlinks ou simplesmente links, 
mecanismos de acesso para outros textos. Você reconhece um link porque, ao se colocar 
o cursor do mouse sobre ele, sua forma muda: de uma seta, que é o formato mais comum, 
ele se torna uma mãozinha, cujo dedo indicador assinala que, clicando ali, você terá acesso 
a uma nova informação. 
 
f) E-mail 
Outro tipo de texto que faz parte do universo da internet é o e-mail, cuja disseminação 
provocou, de certa forma, o quase desaparecimento de outras formas de textos comunicativos, 
como cartas e telegramas, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
nte: <http://res2.windows. 
crosoft.com/resbox/ 
- p t b / w i n d o w s % 2 0 7 / 
in/05b04a57-94b2-4dc1-bbbd- 
cfebdd8e2a_0.jpg> 
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a) Intertextualidade 
 
Observe a charge que se segue. 
 
Ela não lembra a você nenhum outro texto que 
vimos antes, aqui mesmo, neste material? Isso 
mesmo, ela faz referência, ou seja, copia alguns 
elementos da pintura de Michelangelo, A criação 
do homem. Leia-as comatenção e procure 
responder as questões que se seguem: 
 
A) Que pontos de contato há entre as duas 
imagens? 
 
B) Em sua opinião, o que o autor da charge 
pretendia, quando se inspirou na pintura de 
Michelangelo? Que mensagem queria passar 
aos leitores? 
 
C) Se a pessoa nunca tivesse visto a pintura 
original, entenderia a mensagem da charge? 
 
 
 
Como você pode observar, no cabeçalho do e-mail há um espaço destinado ao endereço 
eletrônico do destinatário, a pessoa que vai receber a mensagem. Não é necessário se colocar 
o endereço eletrônico do remetente, o computador faz isso automaticamente. 
 
Mas tanto o endereço do destinatário quanto o do remetente obedecem à mesma estrutura, 
como aparece na mensagem acima: alguém@exemplo.com, onde “alguém” é a identificação 
do usuário e @ (símbolo chamado em português de “arroba”) é o sinal que identifica, na 
linguagem da internet, que se trata de um endereço eletrônico. O termo “exemplo” está 
no lugar do nome do provedor, que é como é chamada a empresa que permite o acesso à 
internet e a troca de e-mails. Por fim, o “com” indica tratar-se de um endereço de caráter 
comercial ou geral. Há variações disso, como “org” (órgãos públicos), “edu” (ligados à área 
de educação), e assim por diante. 
 
No campo Assunto em geral se coloca sobre o que aquele e-mail trata e, no campo destinado 
à mensagem, o remetente tem espaço para digitar o que desejar, fazendo uso também de 
recursos multissemióticos, como imagens, fotos etc. Além disso, é possível anexar ao e-mail 
os mais variados tipos de arquivos, como textos, planilhas, apresentações em PowerPoint etc. 
 
 
 
 T4 
Esse caráter de praticidade do e-mail aliado à rapidez com que chega ao destinatário faz 
com que se torne talvez o maior recurso comunicacional de nosso tempo. Isso sem falar das 
redes sociais, que permitem o acesso a familiares e conhecidos em tempo real. 
 
Recursos Comunicacionais: Contexto, 
Intertextualidade, Ambiguidade, Símbolos 
Convencionados etc. 
 
 
Ao elaborar um texto, além dos recursos expressivos de imagem e palavra, o autor pode usar 
alguns mecanismos para tornar seu texto interessante para o leitor. Alguns desses recursos 
vão ser trabalhados por nós agora, como a intertextualidade, a ambiguidade, o contexto e 
assim por diante. 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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Possíveis respostas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este recurso de um texto citar ou, pelo menos, fazer referência a outro recebe o nome de 
intertextualidade. É muito usado nos mais diversos tipos de textos, sejam eles verbais ou 
não verbais, mas é preciso que o leitor conheça o texto citado, para que este recurso surta 
efeito. Portanto, quanto mais textos, sejam verbais ou não verbais, o leitor conheça, mais 
ele vai poder perceber a intertextualidade e entender de modo mais profundo a mensagem 
dos textos. 
 
Na charge que mostrava Dilma Rousseff e Barack Obama também tínhamos um caso de 
intertextualidade, já que a fala de Obama reproduz uma frase de um conhecido comercial 
de TV. Mas não são apenas charges que utilizam este recurso. Qualquer tipo de texto pode 
conter intertextualidade. 
 
b) Contexto 
 
Vamos trabalhar outro conceito, também necessário para que o leitor compreenda bem os 
textos que lê. Veja, por exemplo, esta charge. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://www.chargeonline. 
com.br/doano.htm> Humberto – 
Jornal do Comércio – 21/06/09 
 
a. Os pontos de contato que há entre as duas imagens são, antes de mais nada, a posição das 
figuras, o aproveitamento das cores e o papel desempenhado pelos personagens retratados. 
Repare que, à esquerda do leitor, há sempre um pioneiro, seja Adão ou Obama. À direita, 
um todo-poderoso, que pode ser Deus (no quadro original) ou, em forma de crítica, Fidel 
Castro, todo-poderoso governante de Cuba, na charge. 
 
b. Como foi dito acima, a charge aproveita a ideia de um pioneiro em contato com um todo- 
poderoso. No caso, esta charge publicada por ocasião da eleição de Obama como o primeiro 
presidente negro norte-americano. A charge faz referência a uma possível aproximação 
entre Estados Unidos e Cuba, sendo o capitalismo representado pela lata de Coca-Cola 
que Obama oferece a Fidel. 
 
c. Evidentemente, se o leitor nunca tivesse visto a pintura de Michelangelo, não entenderia 
a charge, muito menos a mensagem que passa. 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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O chargista denuncia um problema político brasileiro que tem sido combatido, mas que ainda 
representa uma questão preocupante. 
 
A charge faz parte do material de opinião, isto é, aquela parte dos jornais e revistas em que 
cada autor expressa seu ponto de vista sobre determinado assunto. Em geral, localiza-se na 
página de editoriais, a página mais nobre da publicação. 
 
A compreensão da crítica feita pelo chargista depende da cumplicidade estabelecida entre 
autor e leitor. Por isso, o leitor precisa ter um conhecimento prévio do assunto abordado e 
conhecer as circunstâncias, os personagens e os fatos retratados. Assim, a charge pode 
perder seu sentido se o acontecimento que a inspirou já tiver sido esquecido pelo público. 
 
No caso desta charge e de vários outros textos que lemos, para serem totalmente entendidos, 
se faz necessário que o leitor conheça os elementos aos quais eles se referem, o chamado 
Contexto. 
 
Por definição, contexto é o universo maior de significados no qual um texto 
se insere. Um leitor que não esteja a par da situação política brasileira, por 
exemplo, não entenderá esta charge do “concurso de quadrilhas”. Um leitor 
que não tenha tomado conhecimento das denúncias que vieram a público no 
início de 2014, de que os Estados Unidos espionariam o Brasil, também não 
entenderia a charge que juntava Dilma Rousseff e Barack Obama. 
 
Que conhecimentos o leitor precisaria ter para entender a charge abaixo? A que contexto ela 
poderia se referir? Há algum outro recurso usado pelo autor da charge? 
 
Fonte: <http://miriamsalles.info/wp/wp-content/gallery/gripe/image001.jpg> 
Resposta: 
Esta charge foi publicada à época da gripe suína, que causou grande preocupação, pela 
facilidade de contágio e pela gravidade da doença. Pessoas cujo organismo estivesse 
debilitado por algum motivo, como uma doença pré-existente, crianças pequenas, idosos e 
grávidas corriam inclusive risco de vida. Daí se justifica o terror do Lobo Mau ao ver um dos 
porquinhos espirrando em sua direção. Cumpre ressaltar que, além do conhecimento do 
contexto, é necessário que o leitor perceba a intertextualidade, para compreender totalmente 
a mensagem do texto. No caso, a intertextualidade se dá com a história infantil dos Três 
Porquinhos, na qual são os porquinhos que fogem do lobo e não o contrário. 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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c) Ambiguidade 
 
Mas repare que o termo quadrilha, na charge anterior, pode ser lido em mais de um sentido. 
Infelizmente, devido ao contexto evocado por Brasília, o primeiro sentido que nos ocorre 
para este termo é o associado a algum tipo de corrupção política. Mas, devido à decoração 
colocada no Congresso Nacional pelo chargista, ou seja, bandeirinhas, balõezinhos etc., o 
termo “quadrilha” também pode remeter à dança típica das festas juninas. 
 
Este uso intencional de um termo em mais de um sentido é chamado de ambiguidade e pode 
ser usado também em qualquer tipo de texto, em geral com efeito humorístico. 
 
Veja o exemplo seguinte, de um anúncio publicitário que se trata, no caso, de um texto misto. 
 
 
 
 
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/_iRkpmV4yl7g/SXHULC8pLDI/AAAAAAAAOsg/34UbvPD- 8/s400/aurelio.jpg> 
 
 
 
 
Este anúncio, da versão eletrônica do dicionário Aurélio, apela para a ambiguidade 
aproveitando a expressão “pra burro”, bastante usada no dia a dia comsentido intensificador 
(“bom pra burro”, por exemplo, significaria muito bom, excelente) e o fato do termo “burro” 
ser empregado também para designar uma pessoa com poucos conhecimentos. Ou seja, 
o dicionário, além de excelente, ajudaria pessoas com pouca instrução a terem mais 
conhecimentos sobre a Língua Portuguesa. 
 
 
Você sabe o que são símbolos convencionados? 
 
Até agora, vimos recursos como intertextualidade, contexto e ambiguidade, que ajudam o 
autor a passar com eficiência a mensagem de seu texto. Mas, devido a certas necessidades 
surgidas a partir de fenômenos do mundo moderno, como é o caso da globalização, sugiu 
recentemente uma nova categoria de texto, os chamados Símbolos Convencionados. Temos 
certeza de que você já os viu por aí, só não percebeu do que se tratava. 
 
Veja, por exemplo, o texto seguinte. Ele não parece familiar? 
te
xt
o 
m
is
to
 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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Fonte: <http://thumbs.dreamstime.com/x/macro-real-da-etiqueta-da-roupa-428133.jpg> 
 
 
 
 
 
É isso mesmo, se trata da reprodução de uma etiqueta de roupas, contendo informações 
sobre a composição do tecido, como lavá-lo, secá-lo e passá-lo. Se você está estranhando 
a etiqueta ser chamada de “texto”, lembre-se de que um texto tem por objetivo passar uma 
mensagem ao leitor, e é para isso que esta etiqueta serve. 
 
Você pode perguntar: não seria mais fácil trazer estas instruções em forma de escrita verbal? 
Não no mundo atual, em que uma peça de roupa pode ser fabricada na China, com tecido feito 
na Índia e ser vendida em todo o mundo. Não haveria como fazer etiquetas personalizadas 
na língua de cada país. O uso dos símbolos convencionados permite que as instruções sejam 
passadas aos consumidores de todo o mundo, já que são predominantemente não verbais. 
 
Símbolos convencionados, portanto, compõem um código de base não verbal, destinado a 
ser decodificado, ou seja, lido, compreendido, independentemente da língua empregada por 
cada país em particular. 
 
Agora, propomos um desafio. 
 
Você está vendo uma espécie de “dicionário” de símbolos convencionados. Procure traduzir 
a etiqueta anterior usando os símbolos expostos! 
 
 
Não haveria como fazer 
etiquetas personalizadas na 
língua de cada país. 
Que tal, a partir das informações do quadro seguinte, você 
“traduzir” a etiqueta reproduzida anteriormente? Como 
aquela roupa em particular dever ser conservada pelo seu 
comprador? 
 
 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
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Fonte: <http://ronienfoque.com.br/wp-content/uploads/2012/07/simbolos_lavagem.gif> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os símbolos convencionados não são usados apenas em 
etiquetas de roupas. Há inúmeros usos para eles, inclusive 
de caráter industrial. Conhecê-los pode ser inclusive uma 
questão de segurança pessoal, evitando que alguém se 
aproxime, por exemplo, de uma substância perigosa. Veja 
o quadro seguinte. 
 
 
 
Fonte: <http://www.netresiduos.com/ResourcesUser/Atualidade/Noticias/Rotulos_de_perigo.jpg> 
 
Resposta: 
A roupa em questão é feita 100% de algodão (o que se percebe pela semelhança da palavra 
em espanhol “algodon”, por exemplo), pode ser lavada em água morna, mas com temperatura 
máxima de 40o, não pode ser usado alvejante, não pode ser lavada a seco ou ser colocada 
na secadora, tem de secar pendurada, sem torcer, e por fim tem de ser passada com ferro 
brando, com temperatura máxima de 150º. 
O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
 
 
 
 
Conhecer e saber ler este tipo de texto, portanto, também faz parte de nosso aprimoramento 
enquanto leitores do mundo em que vivemos. 
 
 
 T5 
Outro tipo de símbolos convencionados são os logotipos, que é o nome que se dá a um 
conjunto formado por letras ou imagens que identificam ou simbolizam uma entidade (marca, 
produto, serviço). Garantimos, por exemplo, que você conhece muito bem o logotipo a seguir: 
 
Relação de Conteúdo entre Textos Verbais e Não 
Verbais 
 
 
 
O que temos a propor agora é um exercício por meio de participação em um fórum, em que 
você vai empregar o que aprendeu neste material, para analisar os textos que se seguem e 
responder as perguntas sobre eles. Bom trabalho! 
 
Texto motivador 1: 
 
Sebastião Salgado retrata escolas do mundo inteiro no livro 
 
logotipos, que é o nome que 
se dá a um conjunto formado 
por letras ou imagens 
O berço da desigualdade 
Luiza Villaméa 
 
Algumas são quase-escolas. Não têm teto, não têm parede, 
não têm quase nada. No meio da adversidade, chama 
atenção o brilho nos olhares dos meninos e das meninas. 
São alunos de escolas do mundo inteiro, retratado no livro O 
berço da desigualdade. Com fotografias em preto-e-branco, 
registradas nas últimas três décadas por Sebastião Salgado e emolduradas por textos do 
senador Cristovam Buarque, a obra é mais contundente do que qualquer estatística. Suas 
páginas refletem em profundidade uma fórmula bombástica: a crise mundial da educação 
começa na carência de cada dia e se aguça na desigualdade social. “Por causa do avanço 
técnico para poucos, as crianças de hoje poderão ser os primeiros adultos de uma humanidade 
dividida”, ponderam os autores. O livro, com textos em português, inglês, espanhol e francês, 
foi publicado primeiro em Paris, em exposição sobre as atividades da UNESCO no Brasil. 
Não por acaso, sua capa reflete a imagem de uma escola em um assentamento do MST. 
 
Texto motivador 2: 
Fonte: <http://acertodecontas.blog.br/ 
wp-content/uploads/2013/05/charge- 
descaso-educacao-brasil.gif> 
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O Texto e seus Diferentes Códigos de Expressão Leitura e Produção de Textos | UNISUAM 
 
 
 
 
 
O texto 1 usa como recurso expressivo as palavras. Nele o narrador relata a publicação de 
uma obra do fotógrafo Sebastião Salgado, que focaliza a desigualdade social no mundo 
inteiro, ao retratar escolas sem nenhuma estrutura. Trata-se de um texto em linguagem verbal. 
 
O texto 2 é uma charge que, por meio da linguagem não-verbal e também da verbal, aborda a 
questão da falta de recursos para a educação em nosso país. Para tanto, o chargista mostra 
o estado precário tanto da sala de aula quanto dos recursos disponíveis, o que é percebido 
até pelos próprios alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
O texto é um tecido, uma estrutura construída de tal modo que as frases não têm significado 
autônomo, isolado: num texto, o sentido de uma frase é dado pela correlação que ela mantém 
com as demais. 
 
Uma boa leitura não pode basear-se em fragmentos isolados do texto, já que o significado das 
partes sempre é determinado pelo contexto dentro do qual se encaixam e, também, nunca 
pode deixar de apreender o pronunciamento contido por trás do texto. E o que diferencia um 
texto do outro é o objetivo com que ele é elaborado. 
 
Ao fazermos a leitura de textos de variada tipologia, ao se compor um texto, podem ser 
usados tanto elementos verbais, quanto não verbais. Além disso, há textos não verbais que 
mantêm uma estreita ligação com textos verbais. 
 
Esperamos ter ficado claro o quanto é importante ler e saber ler de fato. Se você quiser 
saber mais sobre a importância da leitura, pode assistir a um pequeno vídeo sobre isso, é 
só acessar o endereço: 
 
http://www.youtube.com/watch?v=zd0VoQRrTGQ 
 
Na próxima unidade, vamos trabalhar Linguagem verbal falada e escrita. 
Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
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O que você irá fazer? Identifique o tema comum aos dois textos lidos e, a partir das informações 
contidas e/ou sugeridas neles, elabore pelo menos um parágrafo, contendo sua própria 
visão do problema abordado pelos dois textos anteriores e comente em nosso fórum. Não 
se esqueça de criar um bom título para sua postagem e comente as postagens doscolegas.

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