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Apostila Compact Dry

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0 
 
 
1 
O produto Compact Dry 
 
Características Gerais: 
 
Placas acrílicas prontas para o uso contendo meio de cultura desidratado, embaladas em conjunto 
de 4 unidades. Após aberta a embalagem, as placas podem ser utilizadas em até uma semana, 
desde que permaneçam na embalagem original e protegidas de luz, não esquecendo de manter no 
interior da embalagem o dessecador que acompanha o produto. 
 
A validade das placas é de 18 meses após a data de fabricação e o armazenamento é em 
temperatura ambiente (até 30ºC). 
 
Após o uso as placas devem ser esterilizadas e descartadas de acordo com o plano de resíduos da 
empresa. 
 
A apresentação do produto em placas acrílicas possibilita o empilhamento ilimitado das placas na 
estufa e o transporte das placas ao local de coleta. Além disso, esta apresentação em placas 
acrílicas associada à presença de uma tampa protetora impede possível contaminação direta ou 
cruzada. 
 
A presença da tampa permite também a manipulação das colônias em repiques, sem perigo de 
contaminação ou risco ao manipulador, garantindo assim as boas práticas de laboratório. 
 
As placas associam as características e benefícios das contagens pelo método tradicional em placas 
com aspecto moderno e meio desidratado. Esta combinação única reduz o tempo de análise, diminui 
os perigos de contaminação e aumenta a eficiência do laboratório, além de reduzir custos com 
pessoal, vidraria, produtos de limpeza, etc. 
 
Todas as placas acompanham certificado de análise por lote, o que possibilita rastreabilidade e 
confiabilidade aos testes realizados. 
 
 
Procedimentos e Instruções Gerais: 
 
Para que se garanta a obtenção de resultados confiáveis e representativos das características 
microbiológicas do produto sob análise, alguns procedimentos e instruções devem ser seguidos: 
 
 
Metodologias: 
 
As metodologias para amostragem, colheita, acondicionamento, transporte e para análise 
microbiológica de amostras de produtos alimentícios devem obedecer ao disposto pelas seguintes 
instituições de reconhecimento internacional: 
 
- Codex Alimentarius (www.codexalimentaruis.org) 
 
Em 1963, a Organizacão das Nac ̧ ões Unidas para a Alimentac ̧ ão e a Agricultura (FAO) da ̧ 
Organizacão das Nac ̧ ões Unidas e a Organizac ̧ ão Mundial da Saúde (OMS) esta ̧ beleceu uma 
 
 
2 
comissão (Codex Alimentarius Comission) com objetivo de desenvolver e manter uma coletânea ̂de 
padrões reconhecidos internacionalmente, códigos de conduta, orientações e outras 
recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos ̧ e segurança alimentar ̧ – o Codex 
Alimentarium, reconhecido pela Organização Mundial do Comércio como um ponto de referência ̂ 
internacional para a solução de disputas sobre segurança alimentar e proteção do consumidor 
 
 "International Commission on Microbiological Specifications for Foods" (I.C.M.S.F. – www.icmsf.org) 
 
A Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos (ICMSF) foi formada em 
1962 através da ação do Comitê Internacional de Microbiologia de Alimentos e Higiene, uma 
comissão da União Internacional das Sociedades de Microbiologia (IUMS). Através dos IUMS, o 
ICMSF está ligado à União Internacional de Sociedades de Biologia (IUBS) e à Organização Mundial 
de Saúde (OMS) das Nações Unidas. 
 
O principal objetivo é fornecer orientação oportuna e baseada na ciência, para governos e 
indústrias, avaliarem e controlarem a segurança microbiológica de alimentos. 
 
 
- "Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods" e "Standard Methods for 
the Examination of Dairy Products", ambos da “American Public Health Association” (APHA) 
 
- "Bacteriological Analytical Manual" - Food and Drug Administration - Association of Official 
Analytical Chemists (FDA/AOAC) 
 
Deve-se considerar sempre o estabelecido em suas últimas edições e ou revisões, assim como 
outras metodologias internacionalmente reconhecidas. 
 
 
Caso sejam utilizados outros métodos laboratoriais, deve-se validar através de estudos que 
comprovem a equivalência aos métodos citados. (RDC 12/2001 – ANVISA; IN 62/2003; IN62- 
20110). 
 
Os métodos oficiais do Ministério da Agricultura (MAPA – IN 62/2003) foram elaborados com base 
nos métodos internacionais e a orientação do MAPA é a de que podem ser utilizados outros 
métodos, que não oficiais, desde que conhecidos seus desvios e correlações em relação aos 
respectivos métodos de referência internacional. 
 
 
Amostras – alguns conceitos: 
 
Lote: é definido como uma quantidade de alimento de mesma composição e características físicas, 
químicas e sensoriais, produzida e manuseada numa mesma batelada, sob as mesmas condições. 
Na pratica, é a quantidade de alimento produzida dentro de um intervalo de tempo de 
funcionamento de uma linha de produção, sem interrupção. 
 
Amostra de lote: é uma fração do total produzido, retirada ao acaso, para avaliar as condições do 
lote. 
 
No caso de alimentos acondicionados em embalagens individuais, a amostra do lote é um número 
“n” de embalagens, chamadas aqui de unidades de amostra. 
 
 
3 
 
No caso de grandes massas de alimentos não acondicionados em embalagens individuais, a amostra 
do lote é composta de “n” alíquotas do produto 
 
Tanto as unidades de amostra quanto as alíquotas do produto devem ser analisadas 
separadamente. É a partir do conjunto de resultados da análise das “n” unidades de amostra, que 
deduz-se as características do lote como um todo. O resultado da análise de uma única unidade de 
amostra (embalagem) ou de uma única alíquota não pode ser tomado como representativo do lote. 
 
As unidades de amostra, assim como as alíquotas, devem conter uma quantidade de produto maior 
do que a(s) necessária(s) para a(s) análise(s). Esta quantidade necessária para cada análise é 
denominada “unidade analítica”. Desta forma, cada unidade de amostra ou alíquota é composta 
de uma ou mais unidades analíticas, dependendo do número ou tipo de análises que serão 
realizados. O recomendado é: 
 
1 para os ensaios gerais de quantificação (contagem total de aeróbios mesófilos, contagem de 
bolores e leveduras, contagem de coliformes totais e/ou E.coli, contagem de S.aureus, contagem 
de B.cereus, contagem de C.perfringens) 
 
1 para cada ensaio de presença/ausência (Listeria monocytogenes., Salmonella spp. Ou outros que 
requeiram enriquecimento em caldo específico) 
 
1 para cada outro ensaio que requeira tratamento diferenciado (contagem de esporos, contagem 
de bolores termorresistentes, entre outros) 
 
 
Deve-se tomar o cuidado de coletar quantidades suficientes ainda para estocagem de contraprovas 
e prevenção de perdas por acidente. 
 
 
De acordo com a RDC 12/2003 (ANVISA): 
 
5.2. Deve-se proceder a colheita de amostras dos alimentos em suas embalagens originais não 
violadas, observando a quantidade mínima de 200g ou 200mL por unidade amostral. 
 
Quando se tratar de produtos a granel, ou de porções não embaladas na origem, ̧ deve-se cumprir 
as Boas Práticas de Colheita, respeitando-se a quantidade mínima necessária. 
 
Boas Práticas de Colheita de amostras a granel: 
 
- utilizar frascos ou bolsas com tampa, sem vazamento, de material aprovado para contato com 
alimento, autoclavados ou pré-esterilizados, de preferência não vidro, de tamanho adequado 
para o volume de amostra necessário. 
- Homogeneizar toda a massa antes da coleta das amostras. Se não for possível, coletar de 
diferentes partes afim de ser obter frações representativas do todo 
 
 
Aceitam-se exceções para os casos relacionados a elucidação de DTA, e de rastreamento de ̧ 
microrganismos patogênicos. No caso de investigação de DTA devem ser colhidas as sobras dos ̧ 
alimentos efetivamente consumidos pelo(s) afetado(s). 
 
 
4 
 
5.2.1.No caso de alimentos comercialmente estéreis, cada unidade da amostra indicativa deve ser 
composta de no mínimo 3 (três) unidades do mesmo lote, para fins analíticos. Da mesma ̂ forma, 
quando se tratar da aplicação do plano de amostragem estatística, deve ̧ -se efetuar a colheita de, 
no mínimo, 3 conjuntos de unidades amostrais. 
 
5.3. Dispensa-se a colheita da amostra sempre que o produto estiver alterado e ou deteriorado. 
Entende-se por produto alterado ou deteriorado o que apresenta alteração(ões) e ou̧ 
deterioração(ões) físicas, químicas e ou organolépticas, em decorrência da ação de ̧ microrganismo 
e ou por reações químicas e ou físicas. 
 
5.3.1.Nestes casos, as intervenções legais e penalidades cabíveis não dependem das análises e ̧ de 
laudos laboratoriais. Excetuam-se os casos em que a amostra estiver implicada em casos de DTA 
para rastreamento de microrganismos patogênicos ou toxinas. 
 
 
Plano de amostragem de lotes: 
 
De acordo com RDC 12/2003 – ANVISA: 
 
5.8.2. Tipos de plano: 
 
a) Duas classes: quando a unidade amostral a ser analisada pode ser classificada como aceitável 
ou inaceitável, em função de um ̧ limite (designado por M). Aplicável para limites qualitativos. 
 
b) Três classes: quando a unidade amostral a ser analisada pode ser classificada como aceitável, 
qualidade intermediária aceitável ou inaceitável, em função de dois limites (designados por m 
e M). 
 
Neste plano de amostragem, estabelece-se um número máximo aceitável de unidades de amostra 
com contagem “intermediária aceitável” (entre os limites m e M). Este número é designado por c. 
 
As demais unidades (n menos c), devem apresentar valores menores ou iguais a m. Nenhuma das 
unidades n pode apresentar valores superiores ao M. 
 
5.8.3. Situações de aplicação dos planos de amostragem: 
 
5.8.3.1. Para os produtos relacionados no Anexo I do presente Regulamento no caso de avaliação ̧ 
de lotes e ou partidas, adotam-se os planos estatísticos mínimos (planos de três classes), ̂conforme 
constam no referido Anexo. 
 
5.8.3.3. Quando nos pontos de venda ou de qualquer forma de exposição ao consumo, o ̧ lote ou 
partida do produto alimentício estiver fracionado ou de alguma forma não disponível na sua 
totalidade ou quando o número total de unidades do lote for igual ou inferior a 100 (cem) 
unidades, ou ainda, o produto estiver a granel, pode-se dispensar a amostragem estatística e 
proceder a colheita de uma amostra indicativa, aplicando-se o plano de duas classes. 
 
5.8.3.4. Quando da existência do plano de duas classes onde o ̂ c igual a zero, o resultado positivo 
de uma amostra indicativa é interpretado para todo o lote ou partida. O mesmo se aplica 
quando for detectada a presença de toxinas em quantidades suficientes para causar ̧ doença no 
consumidor. 
 
 
5 
 
IN 62/2011 - REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE PASTEURIZADO: 
 
 
 
 
5.8. Planos de amostragem 
 
5.8.1. Para fins de aplicação de plano de amostragem entende-se: 
 
a) m: é o limite que, em um plano de três classes, separa o lote aceitável do produto ou lote 
com qualidade intermediária aceitável. 
 
b) M: é o limite que, em plano de duas classes, separa o produto aceitável do inaceitável. Em 
um plano de três classes, M separa o lote com qualidade intermediária aceitável do lote inaceitável. 
Valores acima de M são inaceitáveis 
 
c) n: é o número de unidades a serem colhidas aleatoriamente de um mesmo lote e analisadas 
individualmente. Nos casos nos quais o padrão estabelecido é ausência em 25g, como para 
Salmonella sp e Listeria monocytogenes e outros patógenos, é possível a mistura das alíquotas 
retiradas de cada unidade amostral, respeitando-se a proporção p/v (uma parte em peso da 
amostra, para 10 partes em volume do meio de cultura em caldo). 
 
d) c: é o número máximo aceitável de unidades de amostras com contagens entre os limites de 
m e M (plano de três classes). Nos casos em que o padrão microbiológico seja expresso por 
"ausência", c é igual a zero, aplica-se o plano de duas classes. 
 
 
Preparo das unidades analíticas para análise: 
 
De acordo com a Instrução Normativa número 62, de 26 de agosto de 2003, do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para alimentos deve-se pesar 25 ± 0,2g ou pipetar 25 ± 
0,2mL da amostra, de acordo com as instruções contidas no Anexo V – “Procedimentos para o 
preparo, pesagem e descarte de amostras”. 
 
 
 
 
6 
- Prepare um frasco com 225mL de solução para diluição (água peptonada, por exemplo), para 
cada amostra a ser analisada. 
 
 
 
Se usar água peptonada Sigma código 77185, pese 73g para 1.000mL de água destilada ou 
16,42g para 225mL de água destilada 
 
 
 
Pode-se usar soluções para diluição contendo citrato, bissulfito ou tiosulfato, SEM QUE HAJA 
INIBIÇÃO DE CRESCIMENTO MICROBIANO 
 
 
 
- Acrescente à amostra pesada, os 225mL da solução para diluição preparada previamente ou 
adquirida pronta e homogeneíze. 
 
 
Esta bag com 225mL de solução para diluição + 25g da amostra será a diluição 10-1 
 
 
Ainda de acordo com a Instrução Normativa número 62, de 26 de agosto de 2003, do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, deve-se usar no mínimo duas diluições 
decimais ou duplicatas da mesma diluição. Cabe ao analista 
estabelecer diluições que possibilitem a contagem de colônias 
dentro do intervalo de precisão e repetibilidade que, no caso 
das placas Compact Dry é de 15 a 150 colônias. 
 
Para alimentos com expectativa de crescimento bacteriano baixo, devido ao seu processo de 
fabricação e de conservação, as inoculações deverão ser efetuadas a partir da diluição inicial 10 ̧ 0 
para líquidos ou 10-1 para sólidos ou pastosos, com no mínimo, duas diluições sucessivas. 
 
Por outro lado, para alimentos que se desconhece o número aproximado de microrganismos 
existentes, as diluições a serem preparadas deverão garantir condições de realização das 
contagens. Usualmente, nesses casos, utilizam-se as diluições 10 ̧ -1 a 10-6. 
 
 
PONTOS CRÍTICOS DO PROCESSO DE DILUICÃO DE AMOSTRAS DE ALIMENTOS ̧ : 
 
Homogeneização da amostra e suas diluições ̧: 
 
A homogeneização inadequada da diluição inicial, e das sub ̧ sequentes, poderá acarretar diferenças 
muito grandes na contagem das colônias e resultados incoerentes quando do uso de duas ou mais 
diluições sucessivas. 
 
 
 
7 
Para a obtenção de resultados corretos de contagem de microrganismos em amostras de alimentos, 
a homogeneização de todas as diluições é ponto fundamental. 
 
A homogeneização da diluição inicia̧l (amostra/diluente) deverá ser realizada em “stomacher” entre 
30 segundos a 2 minutos, dependendo do tipo de amostra. 
 
 
A homogeneização das diluições subsequentes deverá ser realizada com o auxílio de agitador de ̈ 
tubos, por um período de tempo não superior a 1 minuto. 
 
Evitar a homogeneização manual das diluições, pois o processo manual resulta, a cada vez, em 
diferentes graus de homogeneidade. 
 
 
- Prepare diluições decimais da amostra de acordo com sua rotina (diluição de uso) em fluxo laminar 
ou capela asséptica. No caso de leite pasteurizado ou de amostras líquidas de baixa contaminação, 
pode-se utilizar diretamente 1mL da amostra. 
 
 
Como preparar suas diluições seriais: 
 
 
- Prepare tubos com 9mL da mesma solução para diluição usada no bag com 225mL. 
 
 
- Acrescente 1mL da diluição 10-1 (bag) em um tubo com 9mL. 
 
Este tubo com 9mL + 1mL da diluição 10-1 será a diluição 10-2 
 
 
- Acrescente 1mL da diluição 10-2 em um outro tubo com 9mL. 
 
 
Este tubo com 9mL + 1mL da diluição 10-2 será a diluição 10-3, e assim por diante, 
por quantas diluições forem necessárias para obtermos placas com contagens entre 15 
e 150 colônias. 
 
 
COSMÉTICOS E MATÉRIAS-PRIMAS:- Prepare um frasco com 90mL de solução para diluição com agente neutralizante de substâncias 
interferentes para cada amostra a ser analisada. 
 
- Pese 10g em uma bag ou produto similar. 
 
- Acrescente à amostra pesada, os 90mL da solução para diluição com agente neutralizante de 
substâncias interferentes, preparada previamente ou adquirida pronta e homogeneíze. 
 
 
 
8 
 
Esta bag com 90mL de solução para diluição + 10g da amostra será a diluição 10-1 
 
 
Se usar o caldo “Casein Peptone Lecithin Polysorbate” (TAT) Sigma código 22089, pese: 
 
- 25g para 960mL de água destilada (não autoclave e acrescente 40mL de Tween®20 para amostras 
imiscíveis). 
 
- 26,04g para 1000mL de água destilada (amostras miscíveis). 
 
 
OUTROS AGENTES NEUTRALIZANTES COMUMENTE UTILIZADOS PARA INTERFERENTES, 
segundo Farmacopéia Americana (USP): 
 
Bissulfato (para glutaraldeídos, mercúrios) 
Apenas diluição (para fenóis, álcool, aldeídos, sorbato) 
Glicina (para aldeídos) 
Lecitina (para quartenários de amônio QACs, parahidroxibenzoatos, bis-biguanidas) 
Polisorbato (para QAC, iodetos, parahidroxibenzoatos) 
Tioglicolato (para mercúrios) 
Tisulfato (para mercúrios, halogenicos, aldeídos) 
Íons MG+2, Ca+2 (para EDTA) 
 
 
Como aplicar a amostra nas placas: 
 
 
- Abra a embalagem de Compact Dry, retire as placas e identifique-as com o tipo de amostra, 
diluição utilizada, data, etc. 
 
 
- Abra a placa e adicione 1mL da amostra ou da diluição selecionada. A amostra absorve-se 
imediatamente, sem uso de delimitador e a solidificação do meio é imediata. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Verifique que nas placas Compact Dry existe uma “aba 
acrílica” que lhe auxiliará no momento de abertura da placa 
para aplicação da amostra. 
 
 
 
- Incube em posição invertida (exceto as placas YM para bolores e leveduras), em estufa 
regulada, conforme a temperatura indicada para cada teste: 
 
 
 Tempo Temperatura 
 Compact Dry TC 48h 35 – 37ºC 
 Compact Dry TC (bactérias láticas) 48h 30ºC 
 Compact Dry TC (pseudomonas) 24h 35ºC 
Compact Dry TC (psicotróficos) 10 dias 7ºC 
 Compact Dry EC 24h 35 – 37ºC 
 Compact Dry CF 18 - 24h 35 – 37ºC 
 Compact Dry CF (termotolerantes) 18 - 24h 45ºC 
 Compact Dry YM 3 - 5 dias 25 – 30ºC 
 Compact Dry ETB 24 - 48h 35 – 37ºC 
 Compact Dry XSA 24h 35 – 37ºC 
 Compact Dry XBC 24h 35 – 37ºC 
 Compact Dry VP 24h 35 – 37ºC 
 Compact Dry SL 24h* 41 - 43ºC 
 Compact Dry ETC 24h 35 – 37ºC 
 Compact Dry LS 24h 35 – 37ºC 
*após pré-enriquecimento 
 
- Após a incubação, realize a contagem das colônias utilizando um papel branco para melhorar o 
contraste. 
 
 
Contagem e expressão dos resultados: 
 
De acordo com a Instrução Normativa número 62, de 26 de agosto de 2003, do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Anexo IV – Procedimento para contagem de colônias, deve-
se selecionar somente placas que contenham um número de colônias que se encontre 
dentro do intervalo de precisão e repetibilidade estabelecido 
pelo método em uso: de 15 a 150 colônias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
0 
 
Resultados estimados: caso a placa contenha um número muito grande de colônias, utilizar a parte 
quadriculada do fundo das plaquinhas. Contar as colônias de um quadrado e multiplicar o resultado 
obtido por 20 (a placa possui 20 quadrados de 1cm cada). Caso queira contar mais de um quadrado, 
o resultado deve ser somado e dividido pelo número de quadrados contados e só depois, o resultado 
é multiplicado por 20. 
 
 
Exemplos: 
 
1. Na diluição 10-2, a contagem foi 35, portanto: 35 x 100 = 3.500 = 3,5 x 103 UFC/mL ou g 
 
2. Na diluição 10-2 não foi observada nenhuma colônia, portanto o resultado é <1,0 x 102 UFC/mL 
ou g 
 
3. Na diluição 10-1, a contagem foi 7, que é um número menor que 15 e FORA do intervalo de 
precisão e repetibilidade estabelecido pelo método, portanto o resultado é < 15 x 10-1 UFC/mL 
ou g 
 
4. Na diluição 10-2 havia muitas colônias, então uma opção é contar um quadrado. Neste quadrado 
havia 10 colônias, então, multiplicar 10 x 20 x 100 (diluição). Dessa forma o resultado será: 
20.000, ou seja, 2,0 x 104 UFC/mL ou g. 
 
 
 
Para análise de potabilidade de água ou para análise de 
bebidas(exceto lácteas), proceder da seguinte maneira: 
 
- Pré hidratar as placas com 1mL de água estéril. 
 
- FILTRAR 100mL da amostra: usar membrana filtrante de nitrato de celulose, de preferência 
quadriculada para facilitar a leitura (membranas de 47cm de diâmetro e 0,45µm de porosidade). 
 
- Aplicar a membrana filtrante na placa Compact Dry já hidratada e incubar nas condições pré 
estabelecidas para cada tipo de placa. As colônias crescerão sobre a membrana. 
 
 
Para o monitoramento de ambientes e controle da carga 
microbiana ambiental, algumas técnicas podem ser aplicadas como por exemplo uso 
de amostradores de ar (técnica de captação), avaliação direta de pontos críticos através da 
aplicação de placas de contato para detecção e contagem de organismos viáveis (Replicate 
Organism Detection and Counting - RODAC) ou através do plaqueamento de material coletado por 
meio dos COMPACT DRY SWAB. 
 
Caso seja realizada a coleta de material em superfície previamente sanitizada, 
lembre-se de usar caldos neutralizantes para que não haja inibição de crescimento por 
 
 
1
1 
 
meio da ação de traços de sanitizantes. Uma opção é o uso do caldo DE Neutralizing Sigma código 
D3435 (39g/L). 
 
 
Outra técnica é a de exposição de placas (técnica de sedimentação). Para esta técnica, 
pré-hidrate as Placas Compact Dry (YM, TC, LS, etc) com 1mL de água estéril e deixe as placas em 
exposição nos pontos críticos previamente selecionados, por 15 minutos. Incube as placas de 
acordo com as instruções para cada tipo de placa (Compact Dry TC: 35-37ºC / 48h; Compact Dry 
YM: 25-30ºC / 3 a 5 dias; Compact Dry LS: 35-37ºC / 24h) e realize as leituras. O resultado será 
em UFCxcm2xsemana-1 e será calculado da seguinte forma: 
 
 
n° de UFC contado em15minutos x 4 x 24 x 7 
 (15 minutos = 1⁄4 de hora) (para obter o n° em 1 hora) (para obter o n° em 1 dia) (para obter o n° em 1 
semana) 
_______________________________________________________________________________ 
 20 (área da placa Compact Dry em cm2) 
 
 
 
 
 
 
 
A tabela abaixo mostra algumas especificações microbiológicas para alguns pontos de avaliação 
comuns em indústrias de alimentos. 
 
 
1
2 
 
 
 
Pode-se realizar também monitoramento ambiental por meio 
de swabs prontos para uso, para detecção de coliformes e 
Listeria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
3 
 
COMPACT DRY SWAB 
 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS 
 
Composição da solução/mL: Peptona 0,001 g, Cloreto de Sódio 0,0043 g, Diidrogeno fosfato de 
potássio 0,00356 g, Fosfato dissódico (anídrico) 0,00723 g. pH 7.0 ± 0.1. Temperatura de 
armazenagem: 5 - 30 °C Validade: 2 anos após data de fabricação 
 
 
INSTRUÇÕES DE USO 
 
1. Desenrosque a tampa de cor laranja e passe o Swab em uma determinada área. 
Observação: Essa área é determinada pelo estabelecimento utilizador do produto. O 
Swab Compact Dry pode ter aplicabilidade para equipamentos, superfície de bancadas, 
ambientes no geral, manipuladores, etc. 
 
 
 
 
2. Volte a colocar a tampa contendo o Swab dentro do tubo e rosque novamente. 
Agite e inverta o tubo várias vezes. 
Observação: A tampa deve estar bem fechada, para que nas inversões não ocorra o 
extravase da solução presente no tubo.3. Desenrosque a tampa (transparente) da ponta comprimindo o 
centro do tubo. Esprema toda a solução presente no tubo (1ml) para o 
centro das placas Compact Dry. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Caso seja necessário, prepare outras 
séries de décimas diluições da amostra e 
posteriormente inocule (1 ml) no centro de 
cada placa Compact Dry. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
4 
 
 
 
COMPACT DRY LISTERIA SWAB 
 
COMPACT DRY COLIFORMES SWAB 
 
 
 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS 
 
O Listeria Swab foi desenvolvido para detectar bactérias do gênero Listeria através da capacidade 
de hidrólise de esculina presente no meio. A presença de bactérias deste gênero ocasiona mudança 
na coloração e precipitação no meio de cultura presente no tubo, em 24 horas. 
 
Já o Coliformes Swab foi desenvolvido para detectar bactérias do grupo coliformes através da 
capacidade de acidificação do meio de cultura presente no tubo 
 
 
 
 
INSTRUÇÕES DE USO 
 
 
1) Remover o swab da embalagem, e coletar a amostra da área de 
interesse; 
 
2) Remover e descartar a tampa onde encontra-se o meio de cultura; 
 
3) Inserir o swab dentro do tubo onde encontra-se o meio e fechá-lo 
utilizando a tampa do próprio swab; 
 
 
4) Incubar: 
Coliformes Swab: 37°C por 18 a 24 horas 
Listeria Swab: 37°C por 24 a 48* horas 
 
 
INTERPRETAÇÃO E RESULTADOS 
 
LISTERIA SWAB COLIFORMES SWAB 
 negativo 
positivo negativo positivo 
 
 
1
5 
 
ler em 24 horas e casa não haja alteração de cor, incubar 
 
por 
mais 24 horas. Havendo alteração na coloração, 
realizar um teste de catalase e considerar o resultado como 
 
positivo para Listeria apenas os catalase positiva 
 
 
Caso queira confirmar o resultado, use a placa Compact Dry Listeria da seguinte forma: 
 
- estrie a placa com o swab após o crescimento 
- hidrate a placa com 1mL de água estéril ou uma solução de diluição ̧- incube a placa conforme 
instruções (24h / 35 - 37°C) 
 
 
 
LISTERIA SWAB: Padrão de crescimento para cepas padrão 
 
 Listeria monocytogenes NCTC 11994 Preto Serratia liquefacens Sem alteração 
 Listeria monocytogenes NCTC 5214 Preto Serratia marcescens Sem alteração 
 Listeria monocytogenes NCTC 7973 Preto Yersinia enterolytica Sem alteração 
 Listeria ivanovii Preto Enterobacter cloacae Sem alteração 
 Listeria innocua NCTC 11288 Preto Salmonella typhimurium NCTC 74 Sem alteração 
 Listeria seeligeri Preto Shigella flexenri Sem alteração 
 Listeria welshimeri NCTC 11857 Preto Pseudomonas aeruginosa Sem alteração 
 Listeria murrayi Preto Pseudomonas putida NCTC 10936 Sem alteração 
 Listeria grayii Preto Pseudomonas flourescens NCTC 10038 Sem alteração 
 Staphylococcus aureus NTCT 6571 Sem alteração Pseudomonas maltophillia NCTC 102157 Sem alteração 
 Streptococcus faecalis NCTC 775 Sem alteração Pseudomonas vesicularis NCTC 10900 Sem alteração 
 Aeromonas hydrophi la NCTC 1767 Sem alteração Pseudomonas cepacia NCTC 10743 Sem alteração 
 Bacillus subtilis NCTC 10400 Sem alteração Pseudomonas putrefaciens NCTC 10735 Sem alteração 
 Bacillus pumilis NCTC 10327 Sem alteração Candida albicans Sem alteração 
 Bacillus cereus NCTC 10320 Sem alteração Citrobacter freundii Sem alteração 
 Escherichia coli NCTC 9001 Sem alteração Citrobacter diversus Sem alteração 
 Escherichia coli NCTC 10418 Sem alteração Enterobacter agglomerans Sem alteração 
 Klebsiella pneumoniae Sem alteração Morganella morgani Sem alteração 
 Klebsiella aerogenes NCTC 7418 Sem alteração Proteus vulgaris NCTC 1683 Sem alteração 
 Klebsiella aerogenes NCTC 11228 Sem alteração Proteus mirabilis NCTC 841 Sem alteração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
6 
 
 
COMPACT DRY TC (Contagem Total) 
contagem total de microrganismos aeróbios mesófilos 
 
APROVAÇÕES 
 
Microval Certificate MV0703-001LR – método de referência ISO4833:2003 Microbiologia de 
alimentos e ração animal. Método de enumeração de microrganismos. Técnica de contagem de 
colônias a 30ºC 
 
AOAC-RI Performance Tested Method 010404 – teste de desempenho de acordo com 
especificações do fabricante 
 
Health Canada MFLP-10 – Placas para uso para testes em matérias primas assim como em 
produtos acabados como alimentos, bebidas, carnes, cosméticos entre outros. As placas Compact 
Dry podem ser usadas como placas de contato para áreas de difícil acesso, por meio do Compact 
Dry Swab 
 
 
 
 
 
O produto Compact Dry TC: 
 
- Composto por meio de cultura para contagem similar ao Plate Count Agar (PCA) ou ágar nutriente 
padrão. As colônias que crescem no Compact Dry TC são vermelhas devido ao indicador de oxido-
redução tetrazolina (TTC). 
 
De acordo com a Instrução Normativa número 62, de 26 de agosto de 2003 (MAPA), para ̧ contagem 
padrão de micro-organismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis (Anexo – Capítulo I), 
incubar as placas por 48 horas a 36 ± 1oC. 
 
A contagem total de aeróbios mesófilos em placas é também denominada contagem padrão em 
placas ou contagem de bactérias heterotróficas mesófilas. É o método mais utilizado como indicador 
geral de populações bacterianas em alimentos, água ou bebidas (não diferencia tipos bacterianos, 
apenas mostra informações gerais sobre a qualidade do produto, boas práticas de produção e 
manipulação, matérias primas, etc). 
 
 
 
1
7 
 
Não é um indicador de segurança, pois não está diretamente relacionada à presença de patógenos 
ou toxinas. 
 
Observação: Produtos fermentados apresentam naturalmente contagens altas de 
mesófilos. 
 
 Classificação dos micro-organismos em função da temperatura de 
crescimento: 
 
Mesófilos: microrganismos que crescem em temperaturas próximas a 35ºC. 
 
Psicrotróficos: microrganismos que crescem em alimentos sob refrigeração (0 a 7ºC) 
independente da temperatura ótima de crescimento. Importantes deteriorantes de alimentos 
(principalmente leite e derivados), pois produzem enzimas proteolíticas e lipolíticas que são 
termoestáveis (não destruídas pela temperatura apesar de os microrganismos morrerem). 
 
Termófilos: microrganismos que crescem em temperaturas próximas a 45ºC. 
 
 
Outras definições: 
 
Heterotróficas: bactérias que são capazes de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na 
presença de compostos orgânicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condições pré-
estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5ºC por 48 horas 
 
 
Contagem de micro-organismos mesófilos aeróbios viáveis capazes de causar 
alteração em produtos lácteos líquidos UHT: 
 
 
De acordo com a Instrução Normativa número 62, de 26 de agosto de 2003 (MAPA – Anexo, 
Capítulo III), esta análise tem por objetivo estabelecer procedimento para a contagem de 
microrganismos mesófilos aeróbios viáveis em produtos UHT, com exclusão daqueles 
comprovadamente não patogênicos e não causadores de alterações físicas, químicas e 
organolépticas do produto. 
 
Tem ainda por objetivo, detectar a presença de Bacillus sporothermodurans para 
diferenciá-lo dos demais microrganismos mesófilos aeróbios viáveis. 
 
Diferentemente do descrito na mesma legislação, no Capítulo I do Anexo, aplica-se a amostras de 
produtos lácteos líquidos, tratados pelo processo UHT. 
 
Baseia-se na incubação das amostras em estufa a 36 ± 1oC por 7 dias e posterior 
verificação da ocorrência de alterações das características do produto. 
 
A amostra e suas diluições devem ser semeadas em ágar cérebro-coração em ágar nutrienteisento 
de extrato de levedura, e incubadas a 30 ± 1oC por 72 horas, com posterior identificação dos 
microrganismos presentes. 
 
 
1
8 
 
 
 
COMPACT DRY TC 
aplicado à contagem de bactérias láticas 
 
O grupo das bactérias láticas inclui seis gêneros de bactérias acidúricas produtoras de ácido lático, 
Gram positivas, catalase negativas e microaerófilas (Lactobacillus, Leuconostoc, Pediococcus, 
Streptococcus, Lactococcus e Enterococcus). São microrganismos relacionados com a produção de 
alimentos de alta e média acidez, podendo participar como coadjuvantes de fabricação (leites 
fermentados, iogurtes, queijos, salames, presuntos, chucrutes, pepinos e outros vegetais 
fermentados) ou como deteriorantes, respondendo por perdas significativas na indústria de sucos 
e polpas de frutas, refrescos, refrigerantes, vegetais acidificados, maionese, etc. 
 
A contagem de bactérias láticas em alimentos é baseada principalmente na seleção de condições 
ótimas para o seu crescimento (microaerofilia em meio enriquecido), havendo pouca ênfase na 
criação de condições seletivas, uma vez que, nos alimentos onde sua enumeração é relevante, 
microbiota competidora restringe-se quase que exclusivamente os bolores e leveduras. 
 
Procedimento: 
Preparar diluições seriadas com o meio caldo MRS pH 5,4 (Sigma código 69966 / 51g para 1.000mL, 
acrescentar 1mL de Tween 80 Sigma código P8074), aplicar 1mL destas diluições já com a amostra, 
nas placas Compact Dry TC, envolver as placas em filme plástico transparente (PVC) em camada 
dupla de forma a dificultar trocas gasosas com o meio ambiente, incubar a 30ºC por 48h. 
 
Este método equivale ao método tradicional em Agar MRS, incubado sob microaerofilia a 30ºC por 
48h 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
9 
 
COMPACT DRY TC 
aplicado à contagem de Pseudomonas 
 
Procedimento: 
Preparar diluições seriadas com o meio caldo Cetrimide (Sigma código C9470 / 25,3g para 
1.000mL), aplicar 1mL destas diluições já com a amostra, nas placas Compact Dry TC, incubar a 
35ºC por 24h. 
 
No caso de cosméticos ou matrizes que necessitem aplicação de agentes neutralizantes, proceder ̧ da 
seguinte forma: 
 
- pesar 10 gramas do produto e diluir em 90mL do caldo neutralizante (TAT ou outro) 
 
Se usar o caldo “Casein Peptone Lecithin Polysorbate” (TAT) Sigma código 22089, pese: 
- 25g para 960mL de água destilada (não autoclave e acrescente 40mL de Tween®20 para 
amostras imiscíveis) 
- 26,04g para 1000mL de água destilada (amostras miscíveis). 
 
- retirar 10mL desta diluição e acrescentar à 100mL de caldo CASOY (Soybean Casein Digest ̧ 
Medium Sigma código 22098, 30g / 1.000mL) e incubar por 18 a 24 horas a 30 - 35°C. Após 
período de incubação, retirar 1mL e diluir em 9mL de caldo Cetrimide. Desta diluição, retirar 1mL ̧ 
e aplicar às placas Compact Dry TC e incubar as placas a 35oC por 24h. 
 
ATENÇÃO: Este método necessita ser validado de acordo com a rotina do laboratório. 
Consulte nossa equipe técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
0 
 
COMPACT DRY EC 
coliformes totais e E. Coli 
 
APROVAÇÕES 
 
Microval Certificate MV0806-004LR – método de referencia ISO 4832 (2006) Microbiologia de 
alimentos e ração animal. Método de enumeração de coliformes. Técnica de contagem de colônias. 
 
Microval Certificate MV0806-005LR – método de referencia ISO 16649-2-2 (2001) 
Microbiologia de alimentos e ração animal. Método de enumeração de Escherichia coli 
betaglucoronidase-positivo – Parte 2: Técnica de contagem de colônias a 44ºC com uso de 5-
bromo-4chloro-3-indolyl beta-D-glucuronide. 
 
AOAC-RI Performance Tested Method 110402 – teste de desempenho de acordo com 
especificações do fabricante. 
 
Nordval Certificate 036 – método de referência ISO 16649-2-2 (2001) Microbiologia de 
alimentos e ração animal. Método de enumeração de Escherichia coli beta-glucoronidase-positiva – 
Parte 2: técnica de contagem de colônias a 44ºC com uso de 5-bromo-4-chloro-3-indolyl beta-D- 
glucuronide” 
 
Nordval Certificate 037 – método de referência ISO 16140 (2003) e ISO 4832 (2006) 
Microbiologia de alimentos e ração animal. Método de enumeração de coliformes. Técnica de 
contagem de colônias. 
 
 
O produto Compact Dry EC: 
 
O meio contém dois tipos de substratos enzimáticos cromogênicos: 
 
X- Gluc: substrato cromogênico hidrolisável pela enzima 
betaglucuronidase, utilizado para a visualização de E.coli, através 
da formação de cor azul. 
Em 1976, Kilian e Bulow descreveram a associação da 
betaglucuronidase com o gênero Escherichia (97% de 
positividade) e sugeriram que um ensaio para detecção desta 
enzima seria um teste de identificação eficaz. Desde então, tal 
ensaio foi adotado para identificação de Escherichia coli em 
amostras clínicas, de alimentos, água entre outras. 
Magenta-GAL: substrato cromogênico hidrolisável pela enzima 
beta-galactosidase, utilizado para visualização das bactérias do 
grupo coliformes, através da formação da cor magenta. 
Por definição, o termo “coliformes” refere-se ao grupo das bactérias Gram-negativas, anaeróbicas 
facultativas, não esporulados, em forma de bastonetes, capazes de fermentar a lactose (lactose 
galactose + glucose), produzindo ácido e gás. 
Pode-se definir também “coliformes” como o grupo das bactérias que possuem a enzima 
betagalactosidase. 
 
 
 
 
2
1 
 
 
 
 
A beta-galactosidase é uma hidrolase que cataliza a hidrólise de beta-galactosídeos em 
monossacarídeos: 
 
 
 
 
 
Como substratos destas beta-galactosidases, temos, dentre outros, a lactose. Neste caso, a 
betagalactosidase é a lactase, uma subclasse do grupo beta-galactosidase, também conhecida 
como lactase-phlorizin hydrolase ou LPH. 
 
 
 
 
 
A lactose, (galactose β-1,4 glucose) é um glicídio, formado por dois carboidratos menores, 
chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo. 
 
Toda bactéria fermentadora da lactose possui a enzima beta-galactosidase, porém, nem toda 
bactéria que possui a enzima beta-galactosidase é fermentadora da lactose. Esta ausência de 
fermentação da lactose é justificada pela composição do sistema operon lac. Algumas bactérias 
codificam o gene beta-D-galactosidase (lacZ) e o gene lactose operon repressor (lacI) porém não 
o gene lacY (high affinity lactose permease) 
 
 
 
 
Desta forma, meios de cultura que baseiem a detecção de coliformes pela detecção da enzima beta-
galactosidase são mais eficientes que meios que detectam apenas pela fermentação da lactose, 
como por exemplo o meio Violet Red Bile, padrão para detecção de coliformes em alimentos. 
 
 
 
 
2
2 
 
 
 
 
 
- As placas devem ser incubadas a 35 - 37°C por 24 horas em posição invertida, em estufa 
regulada 
 
- O meio comporta-se similarmente ao agar Violet Red Bile Lactose, recomendado para detecção 
de coliformes em alimentos, apenas pela visualização da fermentação da lactose. É seletivo para 
bactérias Gram-negativas porém não limita-se à detecção por fermentação da lactose e sim pela 
detecção da enzima beta-galactosidase. 
 
- Assim como no meio Violet Red Bile Lactose, é previsto o crescimento de colônias brancas ou 
bege, não fermentadoras da lactose e não possuidoras de beta-galactosidase, conforme testes 
realizados pelo fabricante, com cepas ATCC: 
 
 
 
2
3 
 
 
Ágar Violet Red Bile Lactose (VRB): contém bile e corante vermelho de violeta para inibição do 
crescimento de bactérias Gram-positivas, neutral red como indicador de pH, cloreto de sódio para 
fornecimento de eletrólitos para transporte e balanço osmótico, peptona como fonte de nitrogênio, 
vitaminas, minerais e aminoácidos, extrato de levedura como fonte de vitaminas e lactose como 
carboidrato para fermentação. Colôniastípicas: vermelho púrpura, com 0,5mm ou mais em 
diâmetro, rodeadas por halo avermelhado de precipitação de sais biliares. 
 
Colônias atípicas devem ser repicadas para um caldo Verde Brilhante Bile 2% e incubadas a 35 24 
– 48h. Considerar como colônia confirmada onde houver crescimento com produção de gás, sem 
película superficial. Havendo gás e película superficial, submeter à coloração de Gram e teste de 
oxidase, considerando confirmado coliforme as em forma de bastonetes Gram negativo, oxidase 
negativo 
 
Morfologia de colônias (VRB) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
4 
 
Compact Dry EC: Padrão de crescimento para cepas padrão 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
5 
 
Crescimento inibido para: 
Bacillus cereus ATCC 19637 Bacillus subtilis ATCC 6633 
Bacillus licheniformis ATCC 14580 Corynebacterium renale ATCC 19412 
Corynebacterium minutissium ATCC 23348 Corynebacterium xerisus ATCC 373 
Enterococcus faecalis ATCC 19433 Enterococcus faecium ATCC 19434 
Enterococcus avium ATCC 14025 Enterococcus durans ATCC 19432 
Lactobacillus delbrueckii subsp. lactis ATCC 12315 Micrococcus luteus ATCC 29070 
Staphylococcus auricularis ATCC 33753 Staphylococcus aureus ATCC 12600 
Staphylococcus aureus ATCC 25923 Staphylococcus aureus ATCC 229213 
Staphylococcus aureus ATCC 6538 Staphylococcus aureus MRSA 
Staphylococcus capitis ATCC 27840 Staphylococcus haemolyticus ATCC 29970 
Staphylococcus hominis ATCC 27844 Staphylococcus lentus ATCC 29070 
Staphylococcus epidermidis ATCC 14990 Saccharomyces cereviseae NHL 10010 
Staphylococcus saprophyticus ATCC 15305 Staphylococcus sciuri ATCC 29062 
Staphylococcus simulans ATCC 27848 Staphylococcus warneri ATCC 27836 
Staphylococcus xylosus ATCC 29971 Streptococcus thermophilus ATCC 14485 
Staphylococcus epidermidis ATCC 12228 Candida albicans ATCC 10231 
 
 
Placas em filme para detecção de coliformes e E.coli: o produto é uma versão pronta para 
uso do meio Violet Red Bile suplementado com um substrato cromogênico para detecção de beta 
glucuronidase, um indicador facilitador de visualização de colônias (corante vermelho / TTC). O 
crescimento de coliformes nas placas produz ácido que leva o indicador de pH a tornar o gel 
vermelho escuro. A produção de gás, capturado pelo filme confirma a colônia como coliforme. Não 
há nada descrito sobre detecção de coliformes por beta-galactosidase. Espera-se que todas as 
colônias, devido ao meio possuir um corante, cresçam da mesma cor, vermelha, não devido à beta-
galactosidase e sim ao corante do meio. 
Nestas placas não há diferenciação de colônias por morfologia nem há visualização das colônias 
lactose negativa (colônias atípicas). Apenas considera-se coliforme ou não coliforme à partir da 
formação de gás 
 
E. coli também é um coliforme. Para expressar corretamente os resultados para 
coliformes totais, somar as colônias azuis e vermelhas. A indicação da presença do 
microrganismos é dada somente pela cor das colônias, não pela formação de 
bolhas de ar associadas, que não são detectadas nas placas Compact Dry. 
 
O meio de cultura VRB (Violet Red Bile) e sua versão em filme (Petrifilm EC), detectam 
a presença de coliformes por um processo de fementação - utilizam em sua 
composição a lactose como substrato fermentável, com consequente formação de gás. 
As placas Compact Dry EC detectam a presença de coliformes por um processo 
enzimático – utiliza em sua composição um análogo cromogênico à lactose 
(magenta-gal), que ao ser degradado pela enzima beta-galactosidase, libera um 
composto de cor vermelha/magenta 
 
Para a detecção de coliformes totais e fecais, a produção de ácido e gás é a base de 
muitos métodos, entretanto, a constatação da existência de coliformes beta- 
galactosidase positivas, em particular E.coli, em alguns casos não produtoras de gás, 
devido à perda ou falta da enzima formato-hidrogênio lyase, levou pesquisadores a 
proporem uma nova definição para este grupo e uma nova base bioquímica para a 
 
 
2
6 
 
detecção: a presença das enzimas beta-galactosidase para coliformes e de 
betaglucoronidase para E.coli especificamente. 
 
 
 
Trabalhando com matrizes lácteas fermentadas: 
 
Em produtos fermentados, principalmente em iogurtes, há grande produção de beta galactosidase 
extracelular pelas bactérias láticas do fermento. Esta beta galactosidade extracelular, ou seja, livre 
na matriz a ser analisada, ao ser aplicada nas placas Compact Dry EC ou CF, reagirão com o substrato 
cromogênico do meio e tingirão o meio de cultura da placa e ̂m tons róseos (placas EC) ou tons de 
azul (placas CF). Desta forma, a quantidade de substrato cromogênico disponível para “colorir” as 
células bacterianas de coliformes é diminuída, fato que levará à formação de unidades formadoras 
de colônia em tons “desbotados” róseos / bege ou azulados / bege 
 
Placa Compact Dry EC – matriz láctea fermentada: 
 
 
 
 
 
 
A contagem de coliformes totais e Escherichia coli em placas é o método utilizado como indicador 
de contaminação fecal. O grupo de coliformes totais inclui cerca de 20 espécies, dentre as quais 
encontram-se tanto bactérias originárias do trato gastrointestinal de humanos e outros animais de 
sangue quente, como também diversos gêneros e espécies de bactérias não entéricas como por 
exemplo Serratia e Aeromonas. Por esta razão, sua enumeração em água e alimentos é menos 
representativa, como indicação de contaminação fecal, que a enumeração de coliformes 
termotolerantes ou E.coli, porém a presença de membros deste grupo em alimentos processados 
é considerada uma indicação útil de contaminação pós-sanitização ou pós-processo (principalmente 
no caso de pasteurização), evidenciando práticas de higienização fora dos padrões requeridos para 
o processamento de alimentos 
 
 
Placas que permanecem mais que 24h em estufa podem fornecer resultados 
inadequados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Colônias róseas/bege com 
tingimento rosado do meio 
Todas as colônias com esta mo rfologia são confirmadas como 
 
coliformes Estas colônias se diluídas em salina e colocadas 
, novamente na placa retornam à morfologia e coloração típicas 
e portanto, devem ser contados como coliformes 
 
 
2
7 
 
As beta-galactosidases são enzimas classificadas como hidrolases e responsáveis por 
catalisar o resíduo terminal beta-galactopiranosil do dissacarídeo lactose (Galb1 – 4Glc) 
para formar os monossacarídeos glicose e galactose. 
 
 
São enzimas naturalmente presentes em alguns alimentos e podem ser produzidas por 
grande quantidade de microrganismos, entre estes, alguns presentes em culturas lácteas 
utilizadas na fabricação de queijos. 
 
 
 
A interpretação de métodos de análises de alimentos que utilizam meios cromogênicos 
que identificam a enzima beta-galactosidase, amplamente utilizados na identificação e 
enumeração de coliformes, deve levar em consideração a presença de bactérias láticas 
na amostra. 
 
 
Apesar de a base dos meios de cultura cromogênicos utilizar substancias capazes de 
inibir o crescimento de bactérias Gram positivas (culturas lácteas), a presença de 
enzima pré-formada no alimento pode levar ao desenvolvimento de cor. Esta 
interferência é facilmente contornável com o aumento das diluições decimais seriadas 
(quando os limites de detecção permitem) ou com treinamento 
 
 
A beta-galactosidase é também naturalmente encontrada em vegetais, particularmente 
em amêndoas, pêssego, damasco, maçã, e em órgãos de animais, como intestino, 
cérebro, testículos, placenta. Também são produzidas por grande quantidade de 
microrganismos como fungos filamentosos e leveduras2
8 
 
 
COMPACT DRY CF 
coliformes totais ou termotolerantes 
 
APROVAÇÕES 
 
Microval Certificate MV0806-003LR – método de referência ISO 4832 (2006) Microbiologia de 
alimentos e ração animal“Microbiology of foods and animal feeding stuffs. Horizontal method for 
the enumeration of coliforms. Colony count technique” 
 
AOAC-RI Performance Tested Method 110401 – teste de desempenho de acordo com 
especificações do fabricante 
 
Nordval Certificate 035 – método de referência ISO 4832 (2006) Microbiologia de alimentos e 
ração animal. Método de enumeração de coliformes. Técnica de contagem de colônias 
 
 
 
 
 
O produto Compact Dry CF: 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico: 
 
X-GAL: indicador da produção de beta-galactosidase (coliformes totais – colônias azuis). 
 
- As placas devem ser incubadas a 35ºC por 18 a 24 horas em posição invertida, em estufa regulada 
(para coliformes totais) ou a 45ºC por 18 a 24h em posição invertida em estufa regulada (para 
coliformes termotolerantes). 
 
 
Coliformes totais: subgrupo da família Enterobacteriaceae que inclui 44 gêneros e 176 espécies. 
Neste grupo estão apenas as enterobactérias capazes de fermentar a lactose em 24 a 48 horas, a 
35ºC. Esta capacidade de fermentação da lactose pode ser verificada pela atividade da enzima 
beta-galactosidase, através de substratos cromogênicos incorporados aos meios de cultura. Um 
destes substratos é o magenta-GAL, que, quando degradado, resulta em produto de reação 
magenta / vermelho. Use para coliformes totais as placas Compact Dry CF (colônias azuis) ou EC 
(colônias vermelhas + azuis) 
 
Coliformes termotolerantes: comumente chamado de coliformes fecais, é um subgrupo dos 
coliformes totais, restrito aos membros capazes de fermentar a lactose em 24 horas, a 44,5 – 
45,5ºC. Use para coliformes termotolerantes as placas Compact Dry CF (colônias azuis) ou EC 
(colônias vermelhas + azuis) 
 
 
 
Atenção: a diferença entre coliformes totais e termotolerantes é feita pela temperatura 
de incubação / crescimento e não pelo meio utilizado, verifique a calibração das estufas 
e monitore oscilações de temperatura 
 
 
2
9 
 
 
E.coli: está incluída tanto no grupo dos coliformes totais quanto no grupo dos coliformes 
termotolerantes. Podem ser diferenciadas através da verificação da atividade da enzima 
betaglucoronidase produzida por 96% das cepas, por meio de substratos cromogênicos 
incorporados aos meios de cultura. Um destes substratos é o X-GLUC, que, quando degradado, 
resulta em produto de reação azul. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gram - 
 
 
 
 
 coliformes termotolerantes Salmonella spp 
 
 
 coliformes totais E.coli Enterobacteriaceae 
 
 
 
 
Pseudomonas 
 
 
 
 
3
0 
 
 
COMPACT DRY ETB 
enterobactérias 
 
APROVAÇÕES 
 
Microval Certificate MV0806-002LR – método de referência ISO 21528-2 (2004) Microbiologia 
de alimentos e ração animal. Método de detecção e enumeração de Enterobacteriaceae – método 
de contagem de colônias – Parte 2: método de contagem de colônias 
 
Nordval Certificate 034 – método de referência ISO 21528-2 (2004) Microbiologia de alimentos 
e ração animal. Método de detecção e enumeração de Enterobacteriaceae - Parte 2: método de 
contagem de colônias 
 
 
 
 
O produto Compact Dry ETB: 
 
- O meio contém glucose e agentes seletivos para detecção e enumeração de enterobactérias 
 
- As placas devem ser incubadas a 35ºC por 24 a 48 horas em posição invertida, em estufa 
regulada. Observar o crescimento de colônias vermelhas. 
 
 
 
Enterobactérias é o nome comum dos membros da família Enterobacteriaceae que inclui as 
bactérias Gram negativas na forma de bastonetes, não esporogênicas, anaeróbias facultativas e 
oxidase negativa (exceto o gênero Plesiomonas, recentemente transferido para esta família). A 
maioria produz ácido e gás na fermentação da glicose e outros carboidratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
1 
 
 
COMPACT DRY YM 
Bolores e leveduras 
 
APROVAÇÕES 
 
AOAC-RI Performance Tested Method 100401 – teste de desempenho de 
acordo com especificações do fabricante 
 
 
 
 
 
O produto Compact Dry YM: 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico (X-phos), que cora em azul 
as leveduras e permite o crescimento dos bolores na sua forma e cor características. A presença 
de antibióticos inibe o crescimento bacteriano. 
 
- É possível o crescimento tridimensional das colônias devido à apresentação das placas. 
 
- As placas devem ser incubadas a 30ºC por 3 a 5 dias em posição normal, em estufa regulada. 
 
 
Bolores e leveduras são importantes indicadores da eficiência de práticas de sanitização de 
equipamentos e utensílios durante a produção e beneficiamento de alimentos. Podem ser também 
indicadores de condições ambientais adequadas à produção e armazenamento de alimentos e 
matérias primas. 
 
A presença de bolores e leveduras em ambientes pode estar associada à deterioração e contaminação 
de alimentos com possível produção de metabólitos tóxicos (micotoxinas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
2 
 
 
 
COMPACT DRY XSA 
Staphylococcus aureus 
 
APROVAÇÕES 
 
AOAC-RI Performance Tested Method 081001 – teste de desempenho de 
acordo com especificações do fabricante 
 
Microval Certificate MV2008-LR14 – método de referência ISO 6888-1 (1999) Microbiologia 
de alimentos e ração animal. Método horizontal para enumeração de Staphylococcus coagulase 
positiva (Staphylococcus aureus e outras espécies) – Parte 1: técnica usando Agar Baird Parker 
 
 
O produto Compact Dry XSA: 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico, que cora em azul as colônias 
de S. aureus. Outros Staphylococcus sp podem formar pequenas colônias brancas, atípicas, que 
não devem ser consideradas ou contadas. 
 
- Pode haver crescimento de outras colônias brancas ou magenta, que não S.aureus. 
 
- Alguns Bacillus sp. (especialmente B.cereus e B.thuringiensis) têm seus crescimento parcialmente 
suprimido, porém pode haver formação de colônias azul claras foscas vitrificadas, todas atípicas. 
 
- As placas devem ser incubadas a 35ºC por 24h em posição invertida, em estufa regulada. 
 
A contagem de S. aureus em alimentos pode ser feita com dois objetivos diferentes: um relacionado 
à saúde publica, para confirmar o envolvimento em surtos de intoxicação alimentar e outro 
relacionado ao controle da qualidade higiênico-sanitária dos processos de produção de alimentos. 
 
Nesta última, S.aureus servem como indicador de contaminação pós-processo ou mesmo por 
manipulação, principalmente pelo fato de Staphylococcus terem como habitat freqüente pele e 
nasofaringe do ser humano. 
 
Outro objetivo da detecção de S. Aureus, principalmente em leite cru é o pré-diagnóstico de possível 
agente etiológico causador de mastite em bovinos. 
 
A mastite é a enfermidade mais prevalente nas fazendas leiteiras e considerada a mais difícil de ser 
controlada. Onera os produtores com gastos significativos na aquisição de medicamentos, honorários 
de veterinários, perda de tetos e diminuição no volume de leite produzido. 
 
É importante ressaltar que alimentos submetidos a tratamentos térmicos podem não apresentar 
contagens para S. aureus, porém podem ainda assim conter as toxinas estafilocóccicas, que são 
altamente resistentes ao calor. 
 
 
 
 
 
3
3 
 
 
 
 colônias típicas colônias atípicas 
(pequenas / puntiformes)3
4 
 
 
COMPACT DRY XBC 
Bacillus cereus 
 
 
O produto Compact Dry XBC: 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico, que cora em verde as 
colônias de B. cereus 
 
- As placas devem ser incubadas a 35ºC por 24h em posição invertida, em estufa regulada. 
 
 
B. cereus é um gram-positivo, facultativamente aeróbico, formador de esporos e produtor de dois 
tipos de toxina - diarréica (termo-lábil) e emética (termo-estável). Este bacilo é encontrado no solo 
e é um contaminante comum de cereais e outros alimentos. Alguns esporos podem sobreviver à 
tratamentos térmicos e tomar forma vegetativa capaz de crescer e produzir toxina. 
 
Os alimentos mais implicados em provocar intoxicação são: alimentos com amido (arroz, batatas, 
legumes, feijão, etc), leite em pó, cremes à base de leite e farinhas. 
 
Da mesma forma que para S.aureus, é importante ressaltar que alimentos submetidos a tratamentos 
térmicos podem não apresentar contagens para B. cereus, porém podem ainda assim conter suas 
toxinas termo-estáveis. 
 
 
 
 
 
 
3
5 
 
 
COMPACT DRY SL 
Salmonella 
 
 
O Produto Compact Dry SL: 
 
Para detecção através de metodologia mais sensível e, seguindo normas do Ministério 
da Agricultura (IN62), seguir os procedimentos indicados abaixo: 
PROCEDIMENTOS 
 Pesar 25 ± 0,2 g ou pipetar 25 ± 0,2 mL da amostra e adicionar 225 mL de solução salina peptonada 
1% tamponada. Homogeneizar por aproximadamente 60 segundos no “stomacher”. 
 Deixar 1 hora em temperatura ambiente. 
 
OBS: Para leite em pó e soro de leite em pó, utilizar como diluente água destilada e adicionar 5 mL de 
verde brilhante solução aquosa 0,1%. 
Para produtos gordurosos (creme e manteiga) utilizar como diluente solução salina peptonada 
1% tamponada com 1% de Tween 80. 
Para os demais alimentos, utilizar solução salina peptonada 1% tamponada. 
O pré-enriquecimento se realiza por meio da incubação das alíquotas das amostras preparadas, 
a 36 ± 1ºC por, no mínimo, 16 horas e não mais que 20 horas. 
 
Protocolo para aumentar a sensibilidade de detecção em amostras ambientais: 
 
ESPONJAS: Utilizar uma esponja pré-umedecida em 10 mL de Caldo DE ou equivalente. Coletar a 
amostra em uma area de 10x10 cm. 
Área de produto acabado – Colocar a esponja em 225 mL de Caldo Lactosado, pré-aquecido (35°C). 
Incubar a 35°C por 22-26 horas. 
Área de produtos crú – Colocar a esponja em 225 mL de Água Peptonada Tamponada, pré aquecida 
(35°C). Incubar por 22 -26 horas a 35 ±1°C 
 
SWABS: Umedecer o swab com 300-500μL do caldo neutralizante (DE) ou equivalente, em seguida 
coletar a amostra em uma área de 2.5 x 2.5 cm. Colocar o swab em 10 mL de água peptonada 
tamponada, pré aquecido a 35°C. Incubar a 35°C por 22-26 horas. 
 
 
 
 
 
- O meio contém substrato cromogênico e novobiocina e a presença de Salmonella é detectada através 
da combinação de alguns diferentes testes e princípios: 
 
 
 
 
3
6 
 
* alcalinização do meio pela 
descarboxilação da lisina (o meio 
muda de azul púrpura para 
amarelo) 
 
* decomposição do substrato enzimático cromogênico específico 
(formação de colônias esverdeadas) 
 
* produção de sulfito (formação de colônias 
pretas) 
 
* fusão de colônias pela capacidade de mobilidade (formação de 
pontos de fusão de colônias além da área de inoculação) 
 
 
 
 
Coliformes formam colônias vermelho púrpura devido à fermentação da lactose e/ou sucrose presentes 
no meio 
 
As placas devem ser incubadas na faixa de 41 a 43ºC por 24h em posição invertida, em estufa regulada. 
 
 
ATENÇÃO: 
A amostra deve ser pré-enriquecida em água peptonada tamponada, por 24h a 37ºC 
 
 
APENAS PARA PLACAS COMPACT DRY SL, deve-se aplicar 0,1mL da amostra pré-enriquecida na 
placa, na seguinte sequência: 
 
 
 
 1. aplicar 0,1mL da amostra pré-enriquecida, 
 2. aplicar 1mL de água estéril na região numa região à 1cm da borda da placa OPOSTA à região 
aplicada a amostra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
7 
 
 
COMPACT DRY VP 
Vibrio parahaemolyticus 
 
 
 
 
O produto Compact Dry VP: 
 
Vibrio parahaemolyticus é uma bactéria capaz de causar infecção gastroentérica (cólera), 
geralmente encontrada em águas costeiras durante o verão. É uma bactéria halófila capaz de 
contaminar frutos do mar e pescados. 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico, que cora em verde azulado 
as colônias de Vibrio parahaemolyticus. V. vulnificus, V. cholareae e V.mimicus desenvolverão 
colônias com coloração magenta. 
 
- Outras espécies, Vibrio SSP desenvolverão coloração branca. 
 
- As placas devem ser incubadas a 35ºC por 18 a 20h em posição invertida, em estufa regulada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
8 
 
COMPACT DRY ETC 
Enterococcus 
 
 
 
 
O produto Compact Dry ETC: 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico, que cora em verde azulado 
as colônias de Enterococcus 
 
- As placas devem ser incubadas a 35ºC por 24h em posição invertida, em estufa regulada. 
 
 
 
Bactérias do gênero Enterococcus ocorrem naturalmente como microbiota lática numa variedade de 
queijos produzidos a partir de leite de vaca, cabra, ovelha ou búfala; cru ou pasteurizado. 
 
A presença destas bactérias em queijo ou mesmo no leite pode ser relacionada à contaminação fecal 
por manipulação ou mesmo pela água. Esta contaminação pode ainda ter origem ambiental (ar, solo) 
ou em equipamentos de ordenha e armazenamento através de possível formação de biofilme ou 
falhas nos processos de higienização. 
 
Em queijo, bactérias do gênero Enterococcus podem ter caráter positivo devido às propriedades 
tecnológicas descritas para o gênero como atividade acidificante, proteolítica, lipolítica, utilização de 
citrato e produção de diacetil, porém fato importante é que atualmente tais bactérias são 
relacionadas à infecções hospitalares, sendo incluídas no grupo de patógenos humanos oportunistas 
emergentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
9 
 
 
COMPACT DRY LS 
Listeria 
 
 
O produto Compact Dry LS: 
 
- O meio contém apenas um tipo de substrato enzimático cromogênico, que cora em verde as 
colônias de Listeria 
 
- As placas devem ser incubadas a 37ºC por 24h em posição invertida, em estufa regulada 
 
- Não há necessidade de pré enriquecimentos para amostras de produto acabado ou superfícies 
 
- Método baseado na detecção de Listeria com uso de meio de cultura ALOA modificado, de acordo 
 
com ISO 11290 
 
 
Para detecção através de metodologia mais sensível e, seguindo normas do Ministério 
da Agricultura (IN62), seguir os procedimentos indicados abaixo: 
 
PROCEDIMENTOS 
1 - Preparo da Amostra: Acrescentar à alíquota de 25 ± 0,2 g ou mL da amostra preparada, 225 
mL de caldo UVM adicionado de seu suplemento. 
OBS: Verificar a formulação do Caldo UVM ou LEB. Algumas marcas de caldo UVM já contêm em sua 
formulação ácido nalidíxico e acriflavina. O caldo LEB já contém ácido nalidíxico, bastando a 
suplementação com 0,25 mL de solução 1% de acriflavina. 
2 - Procedimentos de controle: Aplicar os procedimentos de controle específicos estabelecidos 
pelo laboratório. 
 3 - Primeiro enriquecimento seletivo: Homogeneizar as alíquotas preparadas conforme item 1 
e incubar a 30 ± 1ºC por 24 horas. 
4 - Segundo enriquecimento seletivo: Após a incubação, transferir 0,1 mL da cultura para um 
tubo contendo 10mL de caldo Fraser suplementando-o, se necessário, com 0,1 mL do vial diluído 
conforme a indicação do fabricante. 
 
OBS1: Alguns fabricantes de caldo Fraser fornecem o meio já pronto para o uso; outros fornecem o meio 
adicionado de ácido nalidíxico e de acriflavina, bastando a suplementação com citrato de amônioe ferro 
III (0,1 mL de solução a 5% equivalente a 250 mg/0,5L de meio). 
Incubar a 30 ± 1ºC por 24 a 48 horas. 
 
->Após os enriquecimentos, fazer uma diluição de 0,1 ml do caldo de enriquecimento para 0,9 ml de 
água peptonada e incubar na placa Compact Dry Listeria à 37 ºC por 24h. Caso necessário, é possível 
fazer essa diluição diretamente do caldo do primeiro enriquecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
0 
 
 
Protocolo para aumentar a sensibilidade de detecção em amostras ambientais: 
 
ESPONJAS: Umedecer a esponja com 10 mL do caldo neutralizante (DE) ou equivalente, em seguida, 
colete a amostra em uma área de 10 x 10 cm. Colocar a esponja em 190 mL do caldo UVM, pré 
aquecido a 36°C. Incubar a 36°C por 26-30 horas. 
 
SWABS: Umedecer o swab com 300-500μL do caldo neutralizante (DE) ou equivalente, em seguida 
coletar a amostra em uma área de 2.5 x 2.5 cm. Colocar o swab em 10 mL do caldo UVM, pré aquecido 
a 36°C. Incubar a 36°C por 22-26 horas.

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