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( ) Causada pelo Senecavírus A ou Seneca Valley Virus (SVA) Gênero Enterovírus Moderamente contagiosa e aguda Suínos são os únicos hospedeiros naturais Mortalidade dos leitões varia de 10 a 70% infecção pelo SVA não é uma zoonose e não é problema de saúde pública Sinais clínicos - Febre branda - Produção de vesículas no focinho, boca, língua, pés e tetas - Perda de apetite - Diarreia - Dificuldade de locomoção (devido às vesículas rompidas e/ou lesões ulcerativas localizadas nos cascos) - epitélio da região plantar pode tornar-se frouxo, podendo ocorrer a perda do casco. Principal local de lesões: bandas coronárias Lesões na boca, nos lábios e focinho são menos frequentes - vesículas/aftas no focinho e na boca dificultam a ingestão de alimento Lesões freqüentemente sofrem infecções bacterianas secundárias. Relatos Primeiro relato de SVD foi descrito na Itália, em 1966, e o agente etiológico foi identificado em 1968. Brasil - em função da forma de sua apresentação, foi denominada Perdas Neonatais Epidêmicas Transientes (PNET) e doença vesicular associada com infecção com o Seneca Valley Virus (Senecavírus A). Inicialmente observada no final de 2014 em criações de suínos nos estados de Goiás e Minas Gerais, mas atualmente a doença já foi diagnosticada em sete estados brasileiros. 5 meses de evolução o vírus disseminou-se por rebanhos de todos os principais estados produtores de suínos. Epidemiologia Disseminação de uma propriedade a outra - movimentação de suínos infectados, fômites como veículos contaminados, restos de alimentos e dejetos contaminados. Tecidos de suínos infectados tem grande quantidade de vírus - permanecem infecciosos apesar dos baixos valores de pH associados ao rigor mortis. Vírus tem sobrevivência prolongada em carne suína refrigerada. Altos títulos virais estão presentes no animal, nos seus fluidos corporais e excreções. Viabilidade pode ser mantida após dessecação, congelamento, fermentação e processo de defumação usado para preservar produtos suínos, podendo persistir no material contaminado por longo período de tempo. Patogenicidade Entrada do vírus pela pele lesada ou ingestão - vírus replica-se localmente – se dissemina por via linfática para corrente sanguínea - órgãos e tecidos tornam-se infectados. Disseminação do vírus (maior na primeira semana após a infecção) inicia-se antes de os sinais clínicos tornarem-se evidentes. Desenvolvimento das vesículas ocorre entre 2 e 11 dias após a infecção. Pico da viremia ocorre 2 a 4 dias após a infecção e persiste por, aproximadamente, 7 dias. Recuperação ocorre normalmente em 1 a 3 semanas - mas partículas virais infecciosas podem ser encontradas nas fezes por até três meses em animais portadores. Lesões suínos são clinicamente indistinguíveis das causadas pelo vírus da febre aftosa e outros vírus - características histopatológicas também são muito similares. Diagnóstico Testes laboratoriais - absolutamente necessários para diferenciá-la do vírus da febre aftosa. Amostras a serem enviadas ao laboratório - sangue com anticoagulante para isolamento viral, soro, lesões vesiculares e/ou seu conteúdo (líquido vesicular) Microscopia eletrônica também pode ser utilizada para a visualização de partículas virais no material clínico Exames histopatológicos ELISA - detecção rápida do antígeno do vírus no fluido vesicular ou em tecidos epiteliais - pode produzir falso-positivos Soroneutralização - detecção de anticorpos. Resultados dos testes de ELISA e soroneutralização - disponíveis em 1 a 3 dias. Trabalhadores de laboratório podem tornar-se infectados ao manusear material contaminado. Prevenção Prevenção - evitar introdução do vírus em áreas e rebanhos livres - Controle de animais importados de áreas infectadas - Regulamentação do movimento de animais ou produtos de origem animal. - Inspeção veterinária, testes sorológicos e certificação de propriedades. - Sistemas de detecção e diagnóstico rápidos, vigilância sorológica e sistema de informação sobre a doença. Atualmente, não existem vacinas comerciais disponíveis contra o SVDV. Doença notificável na maioria dos países e políticas de erradicação são obrigatórias, com restrições na importação de suínos e na de carne suína. Medidas de controle após um surto: limpeza e desinfecção completas das instalações, controle da movimentação dos suínos e fervura dos restos de alimento destinados ao consumo pelos suínos. O controle da doença é baseado em medidas de limpeza, desinfecção, vazio sanitário e biosseguridade do rebanho, tanto para entrada de animais, veículos, visitantes e alimentos. Para reduzir a diarreia e mortalidade de leitões, deve-se focar especialmente na ingestão de colostro e fornecimento de ambiente confortável aos leitões.
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