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Visão geral Apresentação do curso: Por meio de uma linguagem clara, didática e atual, conhecer e entender todo os conceitos inerentes ao tema, bem como o processo de gestão por competências e coaching, que por meio do recurso humano assume de forma crescente a função de principal ativo propulsor de uma empresa. Ainda dentro deste contexto, serão estudadas as melhores práticas para o seu desenvolvimento, gestão e aplicação das técnicas dentro do contexto organizacional. Objetivos: Orientar um estudo aprofundado dos principais motivos que fazem da gestão por competências e coaching, ferramentas de grande valia para que as empresas criem seus diferenciais competitivos. Permitir a identificação e mapeamento das competências organizacionais, dando vida a elas e tornando-as úteis para o desenvolvimento das organizacionações. Aumentar a competitividade das organizações por meio da valorização de seus bens intangíveis. Conteúdo Programático: 1. INTRODUÇÃO AO TEMA PRINCIPAL: Conceituação e Alinhamentos Necessários sobre o tema Gestão por Competências - Competências Técnicas e Comportamentais, definições e exemplos. 2. FASES DE IMPLEMENTAÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS. 3. A EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS: definição e descrição dos modelos. 4. FORMAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS COM FOCO NO ALINHAMENTO AS ESTRATÉGIAS ORGANIZACIONAIS. 5. OS BENEFICÍCIO DA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS. 6. CUIDADOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS – pessoas envolvidas, processos, recursos envolvidos. 7. COACHING: definição, papel e competências desenvolvidas pela metodologia. Metodologia: Nas webaulas utilizaremos todos os recursos necessários e disponíveis para o desenvolvimento da discussão do conteúdo, sendo assim, faremos uso de: • Textos da própria Web Aula e de outros sites que possam contribuir para a discussão; • Vídeos que possam esclarecer ou aprofundar determinados conteúdos; • Avaliações virtuais onde será realizada a verificação do aprendizado; • Entre outros recursos que poderão ser utilizados visando maior entendimento da matéria. Habilidades e Competências Espera-se que no final do curso os alunos possam: Ter um entendimento claro sobre os conceitos que permeiam esse assunto. Entender a importância do estudo, discussão e prática das diversas atividades que compreendem a prática da Gestão por Competências e Coaching. Tenham capacidade de articular em suas empresas e/ou grupos de trabalho a aplicação do processo de Gestão por Competências e Coaching, sem perder de vista o seu maior objetivo, o alinhamento desta atividade aos grandes objetivos estratégicos e organizacionais. Avaliação Prevista: Cada Web Aula conterá uma avaliação virtual composta de 5 questões (sendo assim, temos 2 Web Aulas com 5 questões cada). WEBAULA 1 Gestão por Competências e Coaching Antes de iniciarmos a discussão sobre o tema alvo da aula, vamos entender alguns conceitos. Dentro do processo de Gestão de Competências, encontramos uma peça fundamental, o Gestor de Pessoas, muitas vezes recebendo definições não corretas dada à contemporaneidade do termo gestão. Gestor de pessoas não é aquele profissional que detém uma equipe, mas sim aquele que alinha as necessidades organizacionais às atividades operacionais. O gestor de pessoas é aquele que possui uma visão sistêmica e estratégica do negócio, apoia e provê os recursos necessários para que seu time desenvolva suas atividades diárias (ARAÚJO, 2010). Na administração de empresas, a terminologia gestão pode ser definida como administração, ou seja, o “[...] conjunto de esforços que tem por objetivo: planejar, organizar, dirigir ou liderar, coordenar e controlar as atividades de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado comum” (LACOMBE, 2004, p. 8), e sempre considerando as variáveis internas (organizacionais) e externas, sejam elas interativas ou não. Independentemente da área que seja, o gestor deve pensar na empresa, ou seja, nos seus objetivos estratégicos, pois só assim esse terá o comprometimento necessário para que suas ações excedam as suas atividades e atendam a todo o contexto organizacional e mercadológico. Mercadológico, porque além dos objetivos estratégicos da organização, esse deve ainda atender as necessidades do seu mercado de atuação. Dentro da perspectiva de gestão, o gestor de pessoas então deve administrar os recursos humanos para apoiar a empresa na condução do seus negócios e obtenção dos resultados esperados. Dentro das várias estratégias de gestão das pessoas, as duas modalidades ou práticas mais discutidas e em expansão nos últimos anos estão a Gestão por Competências e Coaching. Agora que já entendemos o significado da palavra gestão, para compreendermos o significado de Gestão por Competências, faz-se necessário entender o significado da terminologia Competências. Competência pode ser entendida como um conjunto de conhecimentos especializados e diferenciados de alguém sobre um determinado assunto, bem como as suas habilidades e destrezas, atitudes e comportamentos que somadas venham a aumentar a probabilidade de obtenção de sucesso na execução de determinadas atividades. Nessa mesma época, seguindo a teoria de Taylor (taylorismo) em que era por meio da seleção e do treinamento do colaborador que as empresas desenvolviam ou melhoravam em seus colaboradores os conhecimentos necessários para o exercício de atividades específicas, restringindo-se, então, às questões técnicas do trabalho e do cargo ocupado. Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=T-BpE8j09u4 APROFUNDANDO CONHECIMENTO Leia: ARAÚJO, Luís César G. de; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de pessoas: edição compacta. São Paulo: Atlas, 2010. https://www.youtube.com/watch?v=T-BpE8j09u4 Frederick Winslow Taylor Após alguns anos, em virtude de transformações sociais e principalmente da complexidade das relações de trabalho, as organizações foram sendo forçadas a incluir no processo de desenvolvimento dos seus colaboradores, não apenas nas questões técnicas, como também nos aspectos comportamentais. Reflexão: Como a sua empresa vê a necessidade de se apoiar os colaboradores no desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais? Chega-se, então, às 3 dimensões das competências: • Conhecimento e Habilidade que são consideradas competências técnicas • Atitude que é considerada uma competência comportamental VIDEOAULA 1 O Plugin Silverlight está desabilitado ou não foi instalado em seu browser, faça o download clicando aqui ou ative o mesmo. CONHECENDO OS TIPOS DE COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS TÉCNICAS Essas competências são adquiridas por meio de atividades que apoiam profissionais no desenvolvimento das suas atribuições. Dentre elas podemos citar: PERSPECTIVA DO SABER Escolaridade – Nível de escolaridade formal exigida para o pleno desenvolvimento das atribuições do cargo. Conhecimento sobre determinadas disciplinas: • Marketing; • Financeiro; • Recursos Humanos; http://www.microsoft.com/getsilverlight/Get-Started/Install/Default.aspx • Línguas; • Informática, dentre outros. Treinamento e Desenvolvimento – Atividades, cursos in-company, especializações, e outros necessários para obter melhores resultados no desempenho do cargo. Intelectual – São as competências necessárias para racionalizar problemas, pensar estrategicamente, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos. • Aplicar conhecimento – Significa usar o conhecimento adquirido para desempenhar da melhor forma possível às suas atividades do cotidiano. • Transferir conhecimento – É ter as habilidades necessárias para disseminar o conhecimento adquirido para pessoas e profissionais com o quais tenha algum tipo de relacionamentoorganizacional. • Generalizar conhecimento – É ser o elo e o meio de comunicação e tradução do conhecimento e das metas organizacionais vindas do grupo gestor para o grupo operacional. PERSPECTIVA DO SABER FAZER Habilidades sobre determinadas atividades • Liderar – Significa ser reconhecido por pessoas ou grupos formados como aquele que conduz, direciona, ordena, cria uma perspectiva de trabalho em equipe em que todos possuem papéis, responsabilidades, deveres e direitos. A atividade de liderar deve trazer novas perspectivas de atuação para seus times, e que a eficiência e a eficácia tornam-se constantes e complementares. • Comunicação – É a capacidade de receber, entender e transferir informações junto aos diversos grupos de relacionamento: clientes internos, clientes externos, fornecedores, chefias e subordinados. o Comunicação verbal e escrita – saber se expressar e traduzir seus conhecimentos técnicos para os acionistas, clientes, fornecedores, parceiros, líderes e liderados de forma eficaz. • Negociação – É a capacidade de encontrar meios, caminhos de alinhamento e convergência com terceiros e entre terceiros. Essa habilidade proporciona uma melhor adaptação do indivíduo e das organizações. Pessoas flexíveis criam empresas flexíveis e adaptáveis. • Gerenciar Tempo – Define prioridades, determina prazos e otimiza a utilização do tempo disponível para o desempenho das atividades diárias. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=OjuvRb1a4Lk • Gerenciar Recursos – Ter o controle dos recursos disponíveis, tanto pessoais quanto financeiros (orçamentos/budget) e criar políticas/práticas de melhor uso e aplicação para que não haja dispersão de energia (pessoas) e tão pouco desperdício de recursos financeiros. • Planejamento e Organização das próprias atividades e da equipe de sua liderança. Dentro desta perspectiva podem ser adotadas ferramentas como: cronogramas, distribuição/alocação de trabalhos desenvolvidos e recursos necessários. • Atuar estrategicamente – Ser agente de convergência das oportunidades e ameaças do mercado com as forças e fraquezas do negócio. É estabelecer um equilíbrio entre o que o mercado deseja e o que a empresa pode oferecer. Serviços e produtos não desejados devem ser descartados, assim como serviços e https://www.youtube.com/watch?v=OjuvRb1a4Lk produtos desejados devem ser amplamente estudados para se verificar a viabilidade de oferta. DENTRE OS NÍVEIS DE COMPETÊNCIAS TÉCNICAS TEMOS: • Nível elementar – corresponde à fase inicial do profissional, em que este possui conhecimento suficiente para interagir e compreender as orientações recebidas e consequentemente se comunicar dentro do ambiente de trabalho. O conhecimento técnico é diretamente proporcional ao nível de dificuldade das suas atividades. Por isso é que este nível se adquire ainda no nível fundamental e em experiências profissionais de pequena duração. • Nível básico – Neste nível o profissional consegue compreender e gerenciar informações diversas. Seu conhecimento permite o levantamento de informações, o registro, bem como a compreensão delas. Suas tarefas possuem algum grau de repetitividade ou a uma polivalência horizontal (realização de tarefas de outros postos ou empregos próximos). • Nível fundamental – Presume um nível de conhecimento que permite o colaborador entender a relação e os níveis de interdependência entre fenômenos organizacionais. Neste nível é necessário o conhecimento teórico somado ao conhecimento prático. Além disso, o indivíduo já deve ter condições de discutir, apresentar questionamentos, compreender as respostas e negociar diferentes formas de abordar um problema. Suas atividades já podem envolver algum tipo de autonomia tanto na sua realização quanto em decisões de rotina. • Nível avançada/sólida – Neste nível os profissionais estão aptos a fazer análises de resultados, conhecer métodos e instrumentos de gestão. Trata-se de possuir um domínio de conhecimentos científicos e técnicos que lhe permitam desenvolver atividades de concepção e de gestão com autonomia e encontrar soluções para situações diversas. • Nível profundo – Trata-se de um nível em que o profissional acompanhe a evolução dos conceitos, métodos e instrumentos existentes de gestão com uma visão crítica capaz de fazer inovações a eles. Nesta fase do conhecimento o profissional deve ter domínio completo sobre a sua área de atuação, tanto sobre questões teóricas quanto práticas. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Qsm4YrgnWUU APROFUNDANDO CONHECIMENTO Leia: BRANDÃO, Hugo Pena; GUIMARÃES, Tomás de Aquino. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? RAE, São Paulo, v. 41, n. 1, jan./mar. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a02.pdf>. Acesso em: dez. 2012. Reflexão: A sua empresa investe no desenvolvimento de competências técnicas? Competências Comportamentais Competências comportamentais são aquelas que definem a forma como as competências técnicas serão aplicadas. Esse grupo de competências é inerente à personalidade da pessoa e, portanto, determina de que forma as atividades e responsabilidade serão conduzidas. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tPs60KMB6XI • Relacionamento Interpessoal – Privar pelo bom relacionamento com as pessoas que fazer parte do grupo organizacional, sejam eles lideres ou liderados, pares, clientes internos ou externos. Faz-se necessário estar sempre alerta aos https://www.youtube.com/watch?v=Qsm4YrgnWUU http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a02.pdf https://www.youtube.com/watch?v=tPs60KMB6XI acontecimentos para que ações que contribuam para as boas relações sejam adotadas. • Motivação: Trata-se de uma condição individual em manter-se caminhando e realizando independentemente das iniciativas e estímulos externos, tais como treinamentos, bonificações, feedbacks positivos, dentre outros. • Humor: É a capacidade de lidar com as adversidades do dia a dia, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, sem perder a alegria de viver e o bom estado emocional. • Trabalhar em equipe – é a capacidade que as pessoas têm em se relacionar e atuar em grupos, de trabalhar com as pessoas ou por meio delas. É capacidade de liderar e buscar por meio do grupo os alinhamentos necessários para se atingir os interesses das pessoas, do grupo e da organização. • Pró-atividade – Assim como o termo já define, trata-se da postura de antever, de agir com antecedência sem que haja a necessidade da organização por meio dos seus profissionais, cobrar atitudes e ações esperadas para o cumprimento de atividades ou tarefas delegadas. Profissionais com pró-ativos assumem responsabilidades e não dependem de terceiros para a definição de metas e roteiros de atividades para o cumprimento das suas tarefas. • Criatividade – Compreende a habilidade de se fazer diferente, de criar alternativas para se fazer mais com menos e ainda assim atender às necessidades específicas de seus clientes por meio de seus produtos e serviços. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=2g6STHqOdWo • Adaptabilidade – Conviver de forma positiva e produtiva em cenários sociais, econômicos, ambientais, ou de qualquer natureza, sejam eles positivos ou negativos. • Consciência da qualidade – É o discernimento e entendimento sobre a necessidade de se estabelecer práticas e processos de qualidade para atender às necessidades e exigências estabelecidas pelo seu cliente. • Ética – Ter um padrão de conduta que esteja alinhado aos seus valores, sem perder de vista os padrões éticos estabelecidos pela sociedade, para melhor atender e se relacionar com os seus stakeholders. • Coerência – Manter na prática, as diretrizes corporativas definidas. Muitas vezes as diretrizes corporativasestão explicitadas no Manual de Conduta, na Visão, Missão e Valores, mas algumas delas não estão registradas, ou seja, são comumente verbalizadas pelos seus líderes que devem estar muito atentos as suas promessas. • Compromisso com Resultados – Busca a entrega dos objetivos determinados pela organização. Uma vez perseguido pelo líder, será percebido pelo seu time e naturalmente servirá de modelo para o mesmo, criando assim um ambiente de comprometimento e foco com os resultados e metas https://www.youtube.com/watch?v=2g6STHqOdWo organizacionais. • Consciência Ambiental – Não é apenas a preocupação, mas o comportamento de cuidado e preservação do meio ambiente. Cada vez mais empresas são cobradas e avaliadas pelas suas práticas de sustentabilidade. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pjCWbiKmEFM APROFUNDANDO CONHECIMENTO Leia: LEME, Rogério. Avaliação de desempenho com foco em competência: a base para a remuneração por competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. p. 31-43. Reflexão: Qual é o nível de cuidado e importância dada pela sua empresa na busca por profissionais com competências comportamentais, alinhados às necessidades e a sua cultura organizacional? “Portanto, para gerir as competências das pessoas, é necessário observá-las por meio de comportamentos, avaliá-las dentro de padrões mensuráveis e desenvolvê-las por meio de um processo de treinamento e aprendizagem” (MENDES, 2012, p. 1, grifo do autor). APROFUNDANDO CONHECIMENTO https://www.youtube.com/watch?v=pjCWbiKmEFM Leia: MENDES, Ricardo. Gestão por competências: o que é? Por que utilizar? Disponível em: <http://www.gestaoporcompetencias.com.br/artigo- recursos-humanos/gestao-por-competencias-o-que-e/>. Acesso em: dez. 2012. A modalidade de Gestão por Competências é a ferramenta que busca identificar dentro de um grupo pessoas que possuem determinados conhecimentos, habilidades e comportamentos que sejam mais adequados ao desenvolvimento de determinadas atividades. O propósito de se monitorar e gerir as competências é permitir que as organizações façam o planejamento do seu futuro, vinculando os objetivos e estratégias do negócio com as competências pertinentes ao seu desenvolvimento. Essa prática viabiliza que as empresas façam a análise de quais são os pontos fortes e fracos dos colaboradores, tornando-se possível dar prioridade ao desenvolvimento das competências necessárias para o negócio. VIDEOAULA 2 O Plugin Silverlight está desabilitado ou não foi instalado em seu browser, faça o download clicando aqui ou ative o mesmo. Mas quais são as técnicas para se implementar o Modelo de Gestão por Competências? Segundo Ienaga (1998) uma das técnicas é a identificação da diferença entre competências existentes em uma organização e as necessárias para que essa atinja seus objetivos estratégicos. O objetivo é que as organizações “[...] eliminem as lacunas entre o que podem fazer e o que os clientes esperam que eles façam” (STEWART, 1998, p. 84). Figura - Identificação do Gap (Lacuna) de competências. http://www.gestaoporcompetencias.com.br/artigo-recursos-humanos/gestao-por-competencias-o-que-e/ http://www.gestaoporcompetencias.com.br/artigo-recursos-humanos/gestao-por-competencias-o-que-e/ http://www.microsoft.com/getsilverlight/Get-Started/Install/Default.aspx Fonte: Adaptado de Ienaga (1998, p. 13). Com esse gráfico fica fácil perceber que mercados evoluem e as suas técnicas podem se tornam obsoletas aos olhos do mercado e das necessidades organizações. Neste sentido, as competências passam a integrar e a participar de um contexto estratégico para as organizações, fazendo dos Subsistemas de RH uma ferramenta valiosa para se cumprir com essa necessidade. Figura - Subsistemas de Pessoas. Fonte: Adaptado de Chiavenato (2008, p. 146). Após identificação dos GAPS deve-se seguir para a segunda fase, a de definição dos mecanismos de desenvolvimento das competências. Nesta fase serão definidos programas de treinamento para os colaboradores que necessitarem desenvolver novas ou melhorar as competências atuais, revisão das competências requisitadas durante os processos seletivos, dentre outros. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pjCWbiKmEFM APROFUNDANDO CONHECIMENTO Leia: MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Saraiva, 2009. Todos os esforços realizados neste sentido devem ser avaliados, dessa forma, faz-se necessário aplicar a técnica de monitoramento. É nesta fase que as empresas avaliam se suas ações e investimentos vêm se transformando em competências para a organização. Dentre as formas de avaliação, podemos citar 3, porém, em uma perspectiva evolutiva, em que a técnica inicialmente utilizada era a de mão única, por meio da qual o chefe fazia um diagnóstico unilateral de pontos positivos e negativos do subordinado, depois surgiu a avaliação 180º ou bilateral, em que o “[...] chefe e subordinado discutem em conjunto o desempenho deste último, e [por fim], mais recentemente, a avaliação 360°, que propõe a utilização de múltiplas fontes, ou seja, a avaliação do empregado por clientes, pares, chefe e subordinados, conforme proposto por Edwards e Ewen (1996 apud BRANDÃO; GUIMARÃES, 2001, p. 12)”. OS PRINCIPAIS MODELOS DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS https://www.youtube.com/watch?v=pjCWbiKmEFM McLagan (1980, p. 22-26) define os modelos de Gestão por Competências como “[...] ferramentas de decisão que definem capacitações-chave para desenvolver um trabalho”. Rothwell e Lindholm (1999, p. 91) definem o conceito da seguinte forma: [...] um modelo de competência é normalmente uma descrição narrativa de competências ocupacionais para um grupo identificável, como uma categoria ocupacional, um departamento ou uma ocupação. Ele distingue performances exemplares (best-in-class) de outras performances. Figura - Avaliação 360º. Fonte: Do Autor (2012). Reflexão: A sua empresa aplica as pessoas certas às atividades certas? Existe uma preocupação em alinhar as competências profissionais às atividades desempenhadas? NA EVOLUÇÃO DOS MODELOS, PODEMOS IDENTIFICAR QUATRO GERAÇÕES: • Visão comportamental; • Competência como input; • Incorporação da complexidade; • Visão abrangente. Na visão comportamental desenvolvida por McClelland e da consultoria McBer, existe um entendimento que ao se identificar profissionais out-standing (fora da curva ou acima da média), as suas competências devem ser mapeadas e entendidas para que essas sejam aplicadas para o restante da organização. Este modelo tem foco no comportamento e busca padronizar o grupo funcional da organização. A segunda geração, competência como input, é o modelo em que são mapeados competências que quando avaliados do ponto de vista de aplicação prática (desenvolvimento de atividades), mantém uma relação de causa e efeito. Neste modelo pessoas são agrupadas conforme suas atividades e competências, criando alguma diferenciação a partir da singularidade do cargo ocupado. A terceira geração incorpora o conceito de complexidade. A Unilever, empresa inglesa de bens de consumo é um exemplo de organização que buscou esse tipo de modelo em 1994 como forma para identificação de “high potentials” (pessoas com alto potencial) em seus processos de recrutamento e seleção, e desde 1998, esse mesmo modelo é empregado como referencial para gestão de pessoas. Assista ao Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=fmVuS63Igz0 Neste modelo são escolhidas competências que por sua vez são descritas em seu nível de complexidade. No modelo são escolhidas competências e, a seguir, cada competência é descrita no seu nível de complexidade. Na sequência, o modelo aplica o colaborador conforme as suas descrições de competência e nível de trabalhoa desempenhar. A quarta e última geração, a visão abrangente, pode ser vislumbrada no modelo de Dutra (2004). Nessa geração a noção de competências é associada a requisitos (inputs) e entrega (outputs). Vale lembrar que competências são mutáveis e passivas de evolução. A medida que alguém se desenvolve, esse assume responsabilidades mais complexas, aumentando assim o seu espectro de atuação e https://www.youtube.com/watch?v=fmVuS63Igz0 consequentemente, o valor que este agrega ao negócio. Desta forma, esta evolução está diretamente ligada ao nível de complexidade das atividades desempenhadas pelo colaborador. APROFUNDANDO CONHECIMENTO Leia o artigo: FERNANDES, Bruno H. Rocha; FLEURY, Maria Tereza. Modelos de gestão por competência: evolução e teste de um sistema. Análise, v. 18, n. 2, p. 103-110, 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/viewFil e/2676/2041>. Acesso em: dez. 2012. VIDEOAULA 3 O Plugin Silverlight está desabilitado ou não foi instalado em seu browser, faça o download clicando aqui ou ative o mesmo. Resumo da Unidade Gestão de competências é uma forma atual da empresa se relacionar com o seu colaborador, em que esse deixa de ser um agente produtivo para ser um agente de mudanças e desenvolvimento organizacional apoiado no conhecimento (competências técnicas) e comportamento. ARAÚJO, Luís César G. de; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de pessoas: edição compacta. São Paulo: Atlas, 2010. BRANDÃO, Hugo Pena; GUIMARÃES, Tomás de Aquino. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? RAE, São Paulo, v. 41, n. 1, jan./mar. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a02.pdf>. Acesso em: dez. 2012. CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano nas organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2008. DUTRA, J. S. Competências: conceitos e Instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004. IENAGA, C. H. Competence-based management: seminário executivo. São Paulo: Dextron Consultoria Empresarial, 1998. http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/viewFile/2676/2041 http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/viewFile/2676/2041 http://www.microsoft.com/getsilverlight/Get-Started/Install/Default.aspx http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a02.pdf LACOMBE, Francisco José. Dicionário de administração. São Paulo: Saraiva, 2004. McLAGAN, P. A. Competency models. Training and Development Journal, Alexandria VA, v. 34, n. 12, p. 22-26, dec. 1980. MENDES, Ricardo. Gestão por competências: o que é? Por que utilizar? Disponível em: <http://www.gestaoporcompetencias.com.br/artigo-recursos- humanos/gestao-por-competencias-o-que-e/>. Acesso em: dez. 2012. ROTHWELL, W.; LINDHOLM, J. Competency identification, modeling and assessment inthe USA. International Journal of Training and Development, v. 3, n. 2, p. 90-105, jun.1999. STEWART, Thomas A. Capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998. ANGELONI, Maria Teresinha (Org.). Organizações do conhecimento: infraestrutura, pessoas e tecnologias. São Paulo: Saraiva, 2005. ARAÚJO, Luís César G. de. Gestão de pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos na empresa. São Paulo: Atlas, 1989. FERNANDES, Bruno H. Rocha; FLEURY, Maria Tereza. Modelos de gestão por competência: evolução e teste de um sistema. Análise, v. 18, n. 2, 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/viewFil e/2676/2041>. Acesso em: dez. 2012. LEME, Rogério. Avaliação de desempenho com foco em competência: a base para a remuneração por competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Saraiva, 2009. RUAS, Roberto Lima. Apresentação. In: BITENCOURT, Cláudia (Org.). Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. Porto Alegre: Bookman http://www.gestaoporcompetencias.com.br/artigo-recursos-humanos/gestao-por-competencias-o-que-e/ http://www.gestaoporcompetencias.com.br/artigo-recursos-humanos/gestao-por-competencias-o-que-e/ http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/viewFile/2676/2041 http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/viewFile/2676/2041