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1 Capa e folha de rosto abnt 2020


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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO PSICOLOGIA
JOYCE DE SOUZA SANTOS
AUTOBIOGRAFIA DE FREUD
Niterói-RJ
2020
JOYCE DE SOUZA SANTOS
AUTOBIOGRAFIA DE FREUD
Trabalho apresentado no curso de
Graduação da Universidade Estácio de Sá.
Professor: Pedro Mattos Beranger
Niterói-RJ
2020
OBRAS COMPLETAS VOLUME 16: O EU E O ID, “AUTOBIOGRAFIA” E OUTROS TEXTOS (1923-1925)
FREUD, Sigmund. Obras completas volume 16: o eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). 4. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
 Judeu, Freud nasceu em 06 de maio de 1856 na região de Freiberg, na Morávia onde hoje é a Tchecoslováquia. Ainda criança se mudou para Viena, onde recebeu toda a sua educação. Sempre um estudante exemplar, teve todo o apoio do pai para seguir as próprias inclinações e, desde muito cedo, interessou -se pelas ciências humanas, teorias como as de Darwin e Goethe, apesar de não sentir preferência especial pela medicina em seus anos de juventude tornou-se estudante de medicina. Quando ingressou na faculdade em 1873, deparou-se com a discriminação que os judeus sofriam, que deveriam se sentir inferiores e estrangeiros. Mas jamais compreendera porque deveria se envergonhar e o motivo da segregação, enfrentando sem maiores dificuldades esta fase.
 Encontrou-se no laboratório de Ernst Brücke, quando passou a estudar o sistema nervoso até 1882. Neste período, por dificuldades financeiras, Freud se viu obrigado a abandonar sua carreira teórica, ingressando no Hospital Geral como assistente clínico. Tão breve, foi promovido a médico interno, desenvolvendo pesquisas sobre as medulas oblongas e doenças nervosas, tornando-se ativo no Instituto de Anatomia Cerebral. Porém, haviam poucos estudiosos de doenças nervosas em Viena, o material era pouco em vários departamentos do hospital, sendo assim, Freud recebeu a partir da recomendação de Brücke, uma boa bolsa de estudos para o exterior em Paris para continuar seus estudos. Nos anos seguintes, publicou diversos estudos sobre doenças nervosas, sendo capaz de determinar diagnósticos confirmados “post-mortem” e, em 1885, foi nomeado conferencista de neuropatologia, o que lhe rendeu uma bolsa que viabilizou sua viagem à Paris.
 Tornou-se aluno na Salpêtrière, de início pouco foi recebido, logo mais tornou-se tradutor de Charcot, o que impressionou Freud foram seus estudos sobre histeria, especialista em histeria, que defendia que também ocorria em homens, tratando com hipnose. Antes de retornar a Viena, decidiu passar algumas semanas no Instituto Kassowitz em Berlim para estudar doenças nervosas em crianças, publicando vários artigos sobre paralisias cerebrais em crianças. Em 1886 estabeleceu-se em Viena como especialista em doenças nervosas. Lhe cabia a responsabilidade de apresentar a Sociedade de Medicina o que aprendera com Charcot sobre a histeria, mas perdeu toda sua credibilidade com pessoas de autoridade ao afirmar que a histeria também ocorria em homens e, foi desacreditado mesmo comprovando a teoria, a rejeição ao seu trabalho continuou. Nesta época foi interditado o laboratório de Anatomia Cerebral e por muito tempo não teve onde pronunciar suas conferências, assim se afastou da vida acadêmica.
 Para tratar pacientes nervosos, eram usados dois métodos terapêuticos: eletroterapia e o hipnotismo. A eletroterapia não era válida, deixando o campo aberto para o hipnotismo. Este, em Paris, era utilizado comumente para produzir sintomas em pacientes e então removê-los, passando assim ser, a sugestão hipnótica, a principal ferramenta de trabalho de Freud. Como consequência abandonou o tratamento de doenças nervosas orgânicas. Freud concluiu também, que não era capaz de hipnotizar todos os pacientes como esperado e, ao visitar Nancy em 1889, observou Bernheim, concluindo que haviam poderosos processos mentais que estavam escondidos na consciência dos homens.
 Desde o início, Freud fez uso da hipnose para fazer perguntas ao paciente sobre a origem de seus sintomas, de forma que em seu estado de vigília, jamais poderia descrevê-los. Enquanto ainda trabalhava com professor Brucke, Freud conheceu D r. Josef Breuer, que havia tratado um caso severo de histeria com hipnose. Tratava-se do caso de Ana O. que adoecera enquanto cuidava do pai. Através da hipnose, concluíram que Ana O. havia suprimido impulsos enquanto cuidava do pai, e estes se transformaram em sintomas. Em seu estado de vigília, jamais conseguira descrever a origem de seus sintomas, no entanto, enquanto hipnotizada, descrevia cada um dos seus sintomas ligando-os a impulsos reprimidos e, de forma alucinatória e sob hipnose, os levava até a solução, libertando a emoção, eliminando definitivamente o sintoma.
 Este método foi denominado catarse e Freud, posteriormente, começou a desenvolvê-lo com seus pacientes também. O método catártico teve seu sucesso, porém Freud, ao continuar seus estudos, concluiu que excitações de natureza sexual desencadeavam as neuroses. Sendo assim, cada neurose tinha uma anormalidade na vida sexual como fator correspondente: a excitação não consumada e a masturbação excessiva. Partindo deste princípio, os sintomas destes pacientes não são determinados ou removíveis pela análise, mas devem ser considerados como consequências de processos químicos sexuais perturbados.
 Freud livrou-se da hipnose, mas teve que adaptar o método catártico. Questionou o fato de os pacientes esquecerem-se de fatos (traumas), mas quando aplicada uma técnica, recordavam-se. Partindo desta premissa, concluiu que tudo o que tinha sido esquecido, em algum momento fora aflitivo para o indivíduo e para torná-lo consciente novamente, alguma barreira precisou ser quebrada/superada. 
 Sendo assim, deu origem a teoria da repressão. A teoria da repressão nada mais é senão o mecanismo de defesa do indivíduo afim de se proteger de alguma lembrança ruim, deixando esta adormecida na mente. A psicanálise considera tudo o que seja de ordem mental como “inconsciente”. Este inconsciente produz efeito sobre o sujeito. Freud denominou libido a energia que vem do corpo (sexual), e catexia a capacidade de fazer investimentos da libido. Ao contrário dos mais profundos preconceitos humanos, Freud defendia que a sexualidade se desenvolve desde os primeiros anos da vida do indivíduo. A maioria dos pacientes reproduziam cenas de sua infância em que supostamente foram seduzidos sexualmente por algum adulto. E quase sempre relacionadas aos pais. Alguns dos casos até eram reais, no entanto, a maior parte não passava de fantasia, porém, ainda assim, realidade psíquica. Durante os primeiros anos, a sexualidade é descentralizada e autoerótica. A primeira fase é oral, quando o prazer se dá com a relação com a mãe. Ao ser alimentada, a criança obtém prazer pela boca em contato com o seio materno. A seguir, existe a fase anal, definida pelo controle do corpo, o ato de represar a urina e fezes, a manipulação do corpo e genitais a autonomia. Por seguinte a fase fálica, ser portador do falo ou a castração. A representação do poder/autoridade, complexo de Édipo, paixão pela referência ativa da casa. Então, a fase de latência, sublimação, escoar a libido para outras coisas além do corpo. E por fim, a fase genital, quando ocorre a definição sexual, a busca por um parceiro. Freud defende a teoria de que todo o indivíduo nasce bissexual e desenvolve sua sexualidade ao longo do seu amadurecimento.
 Como pode ser observado, Freud contribuiu para o melhor entendimento humano na Psicologia. Bernheim, Brücke e Breuer influenciaram muito no rumo que tomaram seus estudos, apesar de na maioria das vezes perder sua credibilidade e ser criticado.
 Freud teve grande importância no surgimento da Psicologia naquela época já que a psicologia estava interessada na alma dos seres humanos. O interesse da psicologia em fenômenos cognitivos como memória, inteligência e percepção é uma herança desta perspectiva centrada na alma. Ao criar a psicanálise no final do século XX, Freud modificou essa perspectivaque existia até então. Uma disciplina, que antes se interessava apenas por um extrato seleto e relativamente puro da existência humana, viu-se, de repente, diante do todo da vida humana.
Os mais profundos sentimentos de homens e mulheres, acima de tudo seus impulsos sexuais, claramente excluídos da filosofia por Platão como forma de corrupção intelectual, foram então postos como tema central desta nova ciência: a psicanálise. O enorme apelo de uma forma de psicologia que nos coloca de frente com um dos assuntos mais fascinantes que há não deve ser subestimado: nossa herança animal e, acima de tudo, a natureza do desejo sexual humano, assim como a variedade de comportamentos sexuais.
Referências Bibliográficas
● FREUD, Sigmund. Obras completas volume 16: o eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). 4. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.