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Segundo GD Fatores de Riscos na Gestação; Desvios nutricionais na Gestação 1) Defina gestação de risco. Cite fatores de risco habitual, médio, alto e muito alto risco na gestação. (3 de cada). GESTAÇÃO DE RISCO é a gravidez em que a mãe e/ou o concepto correm riscos de complicações ou morte maior que numa gravidez normal. Os critérios normalmente utilizados para a estratificação do risco gestacional referem-se a: idade, paridade, situação socioeconômica, estado nutricional, antecedentes familiares, antecedentes obstétricos, doença atual como anemia, HIV, Pré-eclâmpsia, diabetes e outras. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS FAVORÁVEIS · Risco habitual: idade entre 16 a 34 anos, gravidez planejada ou desejada. idade entre 16 a 34 anos, gravidez planejada ou desejada. · Risco Médio: Ocupação: esforço físico, carga horaria, rotatividade de horário. IMC < 19 ou > 30. Situação de conjugal insegura. · Alto Risco: Dependência química de drogas HISTÓRIA PRODUTIVA ANTERIOR · Risco habitual: intervalo interpartal maior que 1 ano. · Risco Médio: desnutrição fetal ou malformação, nuliparidade e multiparidade, cirurgia uterina anterior. · Alto Risco: Morte perinatal explicada e inexplicada, abortamento habitual, esterilidade/infertilidade AUSÊNCIA DE INTERCORRÊNCIAS CLINICAS E/OU OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ E/OU NA ATUAL · Risco médio: Infecção urinaria. DOENÇA OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ ATUAL CONTROLADA · Alto risco: Ganho ponderal inadequado, diabetes gestacional, hemorragias na gestação INTERCORRÊNCIAS CLINICAS (PATOLOGIAS CONTROLADAS) · Alto risco: Infecção urinaria de repetição, hipertensão arterial, cardiopatias, pneumopatias FATORES DE RISCO GESTACIONAL · Muito alto risco: Doença obstétrica na gravidez atual, intercorrências clinicas, malformações fetais, isoimunização 2) Qual o objetivo de se avaliar o risco durante a gestação, no pré-natal? A avaliação do risco durante o pré-natal permite: prevenção de complicações na gestação; detecção e tratamento precoces das intercorrências que possam levar ao aborto espontâneo, parto prematuro, morte fetal e aumento da morbimortalidade neonatal. 3) Quais os riscos de uma gestante com sobrepeso/obesidade? • Está associado a maior risco de diabetes gestacional, de SHG (óbito materno e fetal), RN macrossômico (> risco de obesidade na adolescência e síndrome metabólica na idade adulta), parto prematuro, edema, polidrâmnio (>2L), dificuldade para amamentar. • No início da gravidez: aborto precoce, abortos recorrentes, filho com DTN (mecanismos desconhecidos, IMC elevado associou-se com baixos níveis séricos de folato; defeitos cardíacos, onfalocele (cordão umbilical e intestino fora do abdome, revestidos pelo peritônio – condição grave). Diagnóstico de malformações congênitas via ultrassonografia pode ser prejudicado em gestantes obesas, em mulheres com IMC>36, há uma redução da visualização, principalmente do coração e coluna vertebral fetal). • No final da gestação: Hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, controle rigoroso da glicemia materna faz-se necessário, para reduzir os riscos. • A taxa de cesarianas é consistentemente maior em obesas (as complicações pré-parto da obesidade contribuem para o aumento desta taxa). • Mães obesas têm filhos grandes para a idade gestacional. • A incidência de morte perinatal de bebês de mulheres obesas excede a de mulheres com peso normal. Complicações maternas e partos prematuros contribuíram amplamente para essa alta mortalidade. • No pós-parto, mães obesas estão mais propensas a ter complicações urinárias, como incontinência. • O ganho de peso gestacional excessivo pode levar à obesidade futura (retenção de peso pós-parto). 4) Quais os riscos de uma gestante com ganho deficiente de peso? Mulheres que apresentam baixo ganho de peso na gestação tendem a ter bebês nascidos com peso e tamanho abaixo do considerado ideal e, em muitos casos, prematuros. Pode causar diminuição do tamanho placentário, diminuição das reservas de Fe, Vit A, Crescimento intra uterino restrito - CIUR, baixo peso ao nascer, maior índice de morbimortalidade neonatal. 5) Quais as orientações nutricionais para uma gestante de baixo peso ou que tenha resistência a ganhar peso? • Esclarecer a importância do ganho de peso semanal adequado peso do feto, placenta, membranas e líquido amniótico, mamas, tec. adiposo, vol. sanguíneo. • Apresentar o GET recomendado. • Investigar: sintomatologia digestiva, infecções (TMB), problemas familiares, atividade física excessiva. • Adequar a dieta conforme as queixas, intercorrências, condição sociodemográfica, tabus e erros alimentares. Caso a alimentação contemple todos os grupos de alimentos, aumentar a quantidade total dos alimentos a serem consumidos. • Aumentar o fracionamento da dieta, com menor volume. • Aumentar a densidade calórica das preparações utilizando óleo, azeite, creme de leite, açúcar, leite condensado (se não diabética), com reforço para se evitar a formação de hábito alimentar. • Recomendar a inclusão de sobremesas. • Incentivar o consumo de alimentos fortificados com vitaminas e minerais. Se necessário, prescrever os suplementos nutricionais. • Quando possível, encaminhar para Programas de Suplementação Alimentar vigente. 6) Quais as orientações nutricionais para uma gestante com sobrepeso/ obesidade ou com ganho de peso excessivo? • Orientação com base no GET recomendado, esclarecendo a importância do ganho de peso semanal adequado. • Investigar possíveis causas: dieta inadequada, ansiedade, edema, erro na pesagem; • Adequar a dieta conforme as queixas, intercorrências, condição sociodemográfica, tabus e erros alimentares. CUIDADO NUTRICIONAL • Aumentar o fracionamento da dieta (intervalo de 3 em 3h) e reduzir o volume. • Estimular o uso de preparações culinárias simples (alimentos assados, cozidos, grelhados, ensopados). • Orientar quanto ao adequado consumo de CHO complexos (substituições) e estimular o consumo de fibras (cereais integrais, hortaliças e frutas) • Restringir o uso de azeite e estimular o uso de limão, vinagre, sal, cheiro-verde e ervas aromáticas para temperar as saladas. (ervas cruas: mais aroma, cozidas: mais sabor). • Reduzir o óleo de cocção dos alimentos; • evitar alimentos gordurosos, frituras (pasteis, coxinhas, pizza portuguesa e outras); • evitar preparações ricas em CHO simples: doces e guloseimas, chocolates, refrigerantes Importante: Programas visando a mudanças comportamentais para mulheres em idade fértil Redução de peso, controle de glicemia e melhores condições de saúde na preconcepção Gravidez na adolescência 1) Baseando-se no filme “Meninas”, cite e comente os aspectos psicossociais que favorecem a gravidez na adolescência. Maior (in)dependência: as adolescentes gravidas costumam acreditar que isso as tornará mais independentes, que a partir disso se tornaram ‘adultas’, mas ao contrário disso, elas acabam ficando mais dependentes do auxílio dos seus familiares, para cuidar delas próprias e também do bebê. Exclusão social: o taboo da gravidez na adolescência acaba por afastar amigos, que a enxergam como um exemplo a não ser seguido, sendo tida como uma má influência, alguém que já não faz parte do mesmo círculo que eles, o afastamento da escola que geralmente ocorre também contribui para tal situação. Escolaridade incompleta: Pouca perspectiva do futuro. Limitação das oportunidades de trabalho e ascensão: sem estudo as adolescentes não tem oportunidade de evoluir econômica e socialmente. Conflitos familiares: A falta de apoio as adolescentes agrava a situação, e torna ainda mais difícil 2) Por que uma gravidez na adolescência leva a gestante a uma maior vulnerabilidade à morbimortalidade? Fatores bio-fisiológicos inerentes as adolescentes tornam o processo da gestação e parto mais complicados. Há prejuízo do ganho estatural; síndromes hipertensivas gestacionais - SHG; anemia; parto prematuro; parto cesáreo e fórceps; abortos e agravos; mortalidade. Necessidadesenergéticas e nutricionais aumentadas para além do crescimento e desenvolvimento da própria adolescente, imaturidade biológica, aspectos físicos (corpo pode não estar desenvolvido suficientemente para a realização do parto natural) tornam a gestação mais complexa, requerendo maiores cuidados para o desenvolvimento adequado da mãe e do bebê. 3) Qual o risco para o concepto de uma gravidez na adolescência? BPN (peso < 2.500 g); Crescimento intra uterino restrito - CIUR; Prematuridade (IG ao nascer < 37 sem); Baixo índice de APGAR: é um teste feito no recém-nascido logo após o nascimento que avalia o seu estado geral e vitalidade, ajudando a identificar se é necessário qualquer tipo de tratamento ou cuidado médico extra após o nascimento.Tendo em consideração características do bebê como tônus muscular, batimento cardíaco, cor, respiração e reflexos naturais. Avaliando – os de 0 a 2; Morbidade e mortalidade perinatal; Mortalidade infantil; Anomalias congênitas; Distúrbios neurológicos e de comportamento; 4) Quais as referências utilizar para a classificação do estado nutricional pré-gestacional e atual de uma gestante adolescente? Peso Pré-gestacional: IMC (PPG) Classificar pela TABELA DE IMC da WHO, 2007 (Z-escore) Peso Atual: IMC TABELA E CURVA DE ATALAH (mesma usada para mulheres adultas) Adolescentes com idade ginecológica menor que 2: normalmente são classificadas como baixo peso. É importante observar o traçado da curva de Atalah (crescente) Reforçar as orientações nutricionais e aumentar o número de consultas. Gestantes adolescentes com estatura <1,47 m: limite mínimo de ganho de peso. Ganho inferior a 300 g/sem está relacionado com parto prematuro em gestantes obesas. Observar o ganho mínimo de peso, caso a gestante já tenha atingido o ganho de peso total, mas ainda se encontra no 2º trimestre. 5) Qual a recomendação proteica para as gestantes adolescentes? Emerson et al. Apud FAO, 2007: 1,5g/kg/dia (Peso Atual - gestacional) SEM ADICIONAL ADA, 1989: ≤ 15 anos: 1,7 g/Kg/dia de peso ideal 6) O que deve ser estimulado e desencorajado em relação à dieta da gestante adolescente? Estimular: Ingestão de 2 L de água/dia; Laticínios e derivados fontes de Ca; Carnes em geral (Fe e proteínas); Vegetais folhosos amarelos e vísceras (Fe, Vit A, Folato, Vit C e B12); Frutas, especialmente as cítricas; Alimentos fontes de Vit C + Alimentos fontes de Fe não-heme; Alimentos fortificados; Suplementação medicamentosa se necessário; Desenvolver hábitos alimentares saudáveis; Consumo de uma refeição bem colorida; Aleitamento materno Desencorajar: Dietas restritivas; dietas da moda; Alimentos diet e light; Edulcorantes; Consumo regular de fast foods; Consumo de “calorias vazias” e chocolates; Alimentos ricos em gordura trans; Consumo excessivo de refrigerantes e infusões (chá, mate, café); Alimentos ricos em polifenóis e fitatos nas grandes refeições; 7) L. M. 14 anos, com P.P.G.: 63 Kg, altura 1,54 m, moderadamente ativa, com peso atual de 64,5. DUM: 27/02/2019; data da consulta: 29/04/2019. Relata que não come frutas e que consome salgadinhos e biscoitos recheados entre os lanches. O jantar é substituído por pizzas ou hamburguer, 3 vezes por semana. a) Calcule a DDP e a IG; ID: 8 semanas e 5 dias = 9 semanas 27/02/19 +7 (sempre soma + 7) 28/02/19 +9 (mês: 1 a 3: + 9 | mês: 4 a 12: - 3) +1 28/12/19 DPP b) Classifique o estado nutricional pré-gestacional e atual; IMC (PG) = 63/ (1,54)2 = 23,5 kg/m² Escore - z: ≥ +1 e < + 2 Sobrepeso (Tabela de IMC para adolescentes - WHO, 2007) IMC atual = 64,5/ (1,54)2 = 27,2 kg/m² Sobrepeso (Atalah) Com traçado da curva crescente. c) Explicite sobre o ganho de peso em todos os trimestres; 1° Trim. 0,9 kg 2° Trim. 14 sem. x 0,3= 4,2 kg 3º Trim. 13 sem. x 0,3 kg = 3,9 kg d) Calcule o GET com adicionais da FAO e individualizado; GET + adicional GET = (GEB x NAF) + adicional *GET x 0,01 (para crescimento) TMB (10 a 18 anos): 13,384 x P (Kg) + 692,6 TMB (10 a 18 anos): 13,384 x 63 + 692,6 TMB (10 a 18 anos): 1.535,79 kcal GET = 1.535,79 kcal x 1,75 (NAF) 2.687,63 kcal x 0,01 = 26,88 kcal (para crescimento) GET = 2.714,63 +85 (adicional) = 2.799,63 kcal/dia Eutrofia: PPG ou PI se perto do limite da eutrofia Baixo Peso: PI *Peso ideal obtido a partir do IMC referente ao “Z-escore 0” (Tabela da WHO-2007) Sobrepeso ou Obesidade pré gestacional: PPG e) Calcule a necessidade de proteínas e o % dessa proteína com relação ao GET. 64,5x 1,5g/ptn = 96,75 g/ptn/dia x 4 = 387,0 kcal de ptn 2.799,63 --- 100% 387 ----------- x = 13,82% de ptn (10 a 35%) f) Faça orientações nutricionais para melhorar o consumo alimentar. • Estimular a adoção de cinco a seis refeições diárias: desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia. • Estimular o uso de preparações simples, saladas, refogados, ensopados, cozidos, assados, grelhados, evitando o uso de frituras. • Orientar o uso de temperos naturais: tomate, cebola, alho, louro, limão, vinagre, cheiro-verde, ervas. • Estimular o uso de cereais, pães e tubérculos em todas as refeições, escolhendo pelo menos um tipo de alimento. • Estimular o consumo de hortaliças e frutas diariamente, pois são ricas em vitaminas, minerais e fibras, estimulando o consumo de folhosos crus, frutas com casca e bagaço (daquelas que são comestíveis); • Incentivar o consumo de arroz e feijão • Encorajar o consumo de alimentos fontes de Cálcio, principalmente do leite e derivados para formação de ossos e dentes, assim como manter uma boa higiene oral. • Estimular a ingestão de líquidos: água, sucos de frutas, água de coco, em vez do uso de refrigerantes, água gaseificada e de sucos industrializados. • Desestimular o uso de carnes salgadas e gordurosas, embutidos, tais como, salsicha, linguiça entre outros e industrializados, assim como, salgadinhos, biscoitos recheados e fast-food • Desencorajar o fumo e o uso de bebidas alcoólicas. Anemia na Gestação “é um estado em que a concentração de hemoglobina do sangue é anormalmente baixa em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência” 1) Quais os tipos de anemia podem acometer a gestação, em função da elevada necessidade de nutrientes? Caracterize cada tipo de anemia. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA · Causada por alterações na síntese de DNA, que afeta os precursores hematológicos e células do epitélio gastrointestinal. · A medula óssea produz menor quantidade de hemácias, porém gigantes e imaturas. · Ocorre um desequilíbrio entre crescimento e divisão celular (enquanto o desenvolvimento citoplasmático é normal, a divisão celular é lenta, levando à desproporção observada entre o tamanho do núcleo e do citoplasma) · A consequência é uma eritropoiese ineficaz, com consequente destruição eritrocitária já no meio intramedular · B12 e Folato (B9): responsáveis pela ERITROPOIESE processo de produção de eritrócitos, também denominados como hemácias ou células vermelhas do sangue Vitamina B12 · Envolvida na síntese de TIMINA cromossomos não se duplicam e portanto não há divisão celular · Envolvida na ERITROPOIESE · Envolvida na conversão da homocisteína em metionina (homocisteína elevada no sangue: risco DCV) · Envolvida na síntese da bainha de mielina - deficiência de B12: desmielinização das células nervosas (difusa e progressiva) possivelmente associada à impossibilidade de síntese de metionina ou pelo acúmulo de homocisteína (tóxica ao SN). ANEMIA FERROPRIVA: o tipo de anemia decorrente da privação, deficiência, de ferro dentro do organismo levando à uma diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos vermelhos, hemácias. Etiologia: elevada necessidade deste mineral | baixas reservas pré-concepcionais de ferro | baixo consumo dietético de ferro | ajustes metabólicos insuficientes | parasitoses intestinais 2) Por que as gestantes são propensas a apresentar a anemia ferropriva? As necessidades de Ferro estão elevadas devido a: · expansão da massaeritrocitária materna · produção da Hb fetal a partir do ferro materno · desenvolvimento fetal, da placenta e do cordão umbilical · compensação das perdas por ocasião do parto e puerpério · constituição da reserva fetal 3) Quais as consequências da anemia para a mãe e para o concepto? Para mãe: · comprometimento do desempenho físico e mental, · pré-eclâmpsia, · alterações cardiovasculares, · diminuição da função imunológica, · alterações da função da tireóide e catecolaminas, · queda de cabelos, enfraquecimento das unhas, · aumento da mortalidade materna, · menor tolerabilidade às perdas sanguíneas no parto, conduzindo ao maior risco de anemia pós-parto e necessidade de hemotransfusão. Para o concepto: · perdas gestacionais (abortamento, óbito intrauterino) · hipoxemia fetal · prematuridade · baixo peso ao nascimento · ruptura prematura das membranas ovulares · quadros infecciosos · restrição de crescimento fetal · alterações neurológicas · anemia no primeiro ano de vida devido às baixas reservas de ferro 4) Cite as principais fontes alimentares de ferro, ácido fólico, e vitamina B12 e suas recomendações (RDA) na gestação. Ferro: Mulher adolescente (> 13) não grávida: 15 mg dia. Mulher adulta não grávida: 18 mg dia. Mulheres grávidas (adultas e adolescentes): 27 mg/dia. Lactantes: adolescentes: 10 mg/dia, Adultas: 9 mg/dia. UL: 45 mg/dia (para todas) Folato: Levedo de cerveja, vegetais verdes-escuros, feijão branco, soja germe de trigo, repolho cru, laranja, abacate, banana, milho, carnes vermelhas, alimentos fortificados. Recomendação dietética (RDA): 600 µg na gestação 500 µg na lactação. Vitamina B12: leite e derivados, carnes em geral, vísceras (fígado, coração, rins) frutos do mar (mexilhões, ostras), embutidos e ovos. Recomendação: Gestação: 2,6 µg/dia; Lactação: 2,8 µg/dia 5) Descreva os estágios da deficiência de ferro. 1° estagio: ↓ Taxa de Ferritina 2° estágio: ↓ Taxa de Ferritina | ↓ Ferro sérico | ↑ Capacidade de ligação do Ferro 3° estagio: ↓ Taxa de Ferritina | ↓ Ferro sérico | ↓ Taxa de Hb e VCM | ↑ PEL- protoporfirina livre (precursor do Heme da Hb) | ↑ Capacidade de ligação do Ferro 6) Cite os facilitadores e inibidores da ABSORÇÃO DO FERRO e modo de atuação. NUTRIENTES FACILITADORES: Vitamina A e beta-caroteno: envolvidos no mecanismo de liberação do ferro de depósito. Também podem formar um complexo com o ferro, que mantém a sua solubilidade no lúmen intestinal e anula ou diminui os efeitos inibitórios dos fitatos e polifenóis na absorção de ferro. Vitamina C: É agente quelador e redutor, ou seja, promove liberação do ferro do complexo ferro-transferrina, formando ascorbato de ferro, ou seja, transforma a forma férrica (3+) em ferrosa (2+) que é mais solúvel e por isso, melhor absorvida. O mesmo papel têm os ác. cítrico, málico, tartárico, lático. Cisteína (aa): parece duplicar a absorção de ferro principalmente de alimentos que contenham fatores inibidores (ex: fitato da aveia). Fontes: Carnes, aves, ovos, peixes, laticínios, semente de girassol, nozes, soja, brócolis, pimentão vermelho e amarelo. COMPONENTES INIBIDORES: Polifenóis: O ferro liga-se aos taninos no lúmen intestinal formando um complexo insolúvel. O efeito inibitório dos taninos é dose-dependente e é reduzido pela adição de ácido ascórbico. Fontes de polifenóis: espinafre, berinjela, lentilha, orégano, linhaça, cacau, uva vermelha, ameixa, morango, maçã, castanhas, anis estrelado, nozes, chá preto e verde, café. Chá e café: reduzem a absorção em 35% e 50% respectivamente. Fitatos: Formam complexos insolúveis (também com o Zinco) Fontes: cereais integrais e sementes (soja, feijões, lentilhas, grão de bico, trigo, milho, aveia, cevada, centeio, gergelim, linhaça). Deixar de remolho em água, antes No remolho de um dia para o outro, a quantidade de fitatos pode ser reduzida em 90%. A germinação de sementes (brotos de feijão, alfafa, etc) elimina os fitatos, pela ação da fitase. O efeito dos fitatos na absorção do ferro pode ser diminuído com o consumo na mesma refeição, de alimentos fontes de vitamina C e de vitamina A. Medicamentos: difosfonatos para redução da secreção ácida gástrica; bicarbonatos 7) Faça 10 orientações nutricionais para uma gestante com anemia ferropriva. 1. Fracionar a dieta (6 refeições/dia). Selecionar alimentos saudáveis para compor o cardápio. 2. Consumir carne vermelha ou derivados com sangue diariamente: fígado bovino, coração, carne bovina e suína (ferro e Vit B12) 3. Consumir vegetais verde-escuros: brócolis (folhas e flores), folhas de beterraba, couve, agrião, almeirão, bertalha e outros (fe-não heme, ácido fólico). 4. Consumir concomitantemente alimentos fontes de vit C: acerola, goiaba, limão, caju, laranja, pimentão, tomate e outros. 5. Consumir alimentos ricos em Vit A e betacaroteno: gema de ovo, manteiga, cenoura, mamão e outros. 6. Evitar consumo excessivo de café e/ou chá. 7. Evitar consumo excessivo de orégano. 8. Evitar consumo de alimentos fontes de cálcio (leite, queijo, etc.) concomitante ao consumo de ferro. 9. Evitar o consumo de alimentos ricos em fitatos (aveia, arroz integral, farelo de trigo, etc.) concomitante ao consumo de ferro. 10. Incluir alimentos fortificados com ferro e ácido fólico no cardápio diário. 11. Fazer uso diário do sulfato ferroso (40 mg de Fe elementar/drágea) e ácido fólico (400 µg) cerca de 1 hora antes das grandes refeições. 8) Como é feito o tratamento medicamentoso das anemias leve, moderada e grave? Orientações Nutricionais · Fracionar a dieta (6 refeições/dia). · Selecionar alimentos saudáveis para compor o cardápio. · Consumir carne vermelha ou derivados com sangue diariamente: fígado bovino, coração, carne bovina e suína (ferro e Vit B12) · Consumir vegetais verde-escuros: brócolis (folhas e flores), folhas de beterraba, couve, agrião, almeirão, bertalha e outros (fe-não heme, ácido fólico). · Consumir concomitantemente alimentos fontes de vit C: acerola, goiaba, limão, caju, laranja, pimentão, tomate e outros. · Consumir alimentos ricos em Vit A e betacaroteno: gema de ovo, manteiga, cenoura, mamão e outros. · Evitar consumo excessivo de café e/ou chá. · Evitar consumo excessivo de orégano. · Evitar consumo de alimentos fontes de cálcio (leite, queijo, etc.) concomitante ao consumo de ferro. · Evitar o consumo de alimentos ricos em fitatos (aveia, arroz integral, farelo de trigo, etc.) concomitante ao consumo de ferro. · Incluir alimentos fortificados com ferro e ácido fólico no cardápio diário. · Fazer uso diário do sulfato ferroso (40 mg de Fe elementar/drágea) e ácido fólico (400 µg) cerca de 1 hora antes das grandes refeições. · Incentivar o aleitamento materno. O leite materno é o alimento que apresenta maior biodisponibilidade de ferro (50% a 70%), sendo fundamental o estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida. Posologia Fe: · Se hemoglobina maior ou igual a 11g/dL (sem anemia): prescrever 1 drágea de sulfato ferroso/dia (200mg), que corresponde a 40mg de ferro elementar, durante toda a gestação · Se hemoglobina inferior a 11g/dL (anemia): prescrever 3 (três) drágeas/dia de sulfato ferroso, totalizando uma oferta de 120 mg de ferro elementar/dia, a qual deve ser mantida por três meses, sendo necessária reavaliação após este período para adequação ou continuidade da oferta · Ingerir 1 hora ante do almoço e/ou jantar · Mulheres no pós-parto e pós-aborto devem receber diariamente 40mg de ferro elementar até o 3º mês pós-parto e até o 3º mês pós-aborto. HIV na gestação CUIDADO NUTRICIONAL: manutenção ou melhora do quadro nutricional do paciente, proporcionando-lhe melhor qualidade de vida. • Na avaliação laboratorial devem ser incluídos, além da bioquímica sanguínea, o hemograma completo, o exame de urina, a contagem de LT-CD4+ e a carga viral • As necessidades nutricionais e energéticas podem variar segundo o estado nutricional pré-gestacional, o estágio da infecção pelo HIV, as comorbidades (como diabetes, hipertensão ou obesidade), o estilo de vida e a atividade física habitual• Orientações específicas devem ser dadas às gestantes em uso de antirretrovirais a fim de evitar transtornos gastrintestinais, que podem agravar os sintomas próprios da gestação. No caso do esquema mais frequentemente indicado, AZT + 3TC + LPV/r, recomenda-se que sua administração seja acompanhada de alimentos com baixo teor de gordura. *AUMENTAM TGL Recomendações Nutricionais • Energia: - Fase assintomática: aumento de 10% do GET - Fase sintomática e durante a AIDS: + 20 a 30% do GET (GET + adicional para gestação) + Adicional para HIV *A previsão de ganho de peso durante a gestação será a mesma para gestantes não infectadas. Se a gestante portadora de HIV estiver grávida de gêmeos, aumentar 1.000 Kcal (no GET com o adicional para a gestação). • Lipídios: dieta normolipídica (25 a 30%). • Carboidratos: para completar o GET • Proteínas: mesma recomendação p/ gestante de baixo risco ou 71g/d (ANVISA,2005) 1) Fale sobre os fatores maternos, obstétricos e fetais que influenciam na transmissão vertical (TV) do HIV. • As taxas de transmissão vertical do HIV, sem qualquer intervenção durante a gestação/puerpério, situam-se entre 25 e 30%. Desse percentual, 25% referem-se à transmissão intra-útero e 75% à transmissão intraparto. • Em situações em que a grávida segue todas as recomendações médicas, a possibilidade de infecção do bebê reduz para níveis menores que 1%. Fatores obstétricos • A transmissão do HIV por via intra-útero é maior no 3º trim da gestação, mas toda gestante deve receber tratamento nesse período. • A realização de procedimentos invasivos durante a gestação, (amniocentese, cordocentese) pode acarretar maior risco de TV, devido à lesão placentária. • O tempo de ruptura das membranas amnióticas também está associado ao risco de transmissão vertical, particularmente quando superior a 4 horas. • Fatores associados ao trabalho de parto interferem diretamente no risco de transmissão. A presença de contratilidade uterina desencadeia microtransfusões placentárias • A maior duração do trabalho de parto está associada a maior risco de transmissão vertical do HIV • Manobras invasivas como amniotomia, episiotomia e uso de fórceps aumentam o risco de exposição a maior volume de sangue materno, elevando o risco de transmissão vertical • Em relação à via de parto, a cesárea eletiva reduz o risco de transmissão vertical do HIV Via de Parto Quanto à escolha da via de parto, o Ministério da Saúde determina: • Parto vaginal se a carga viral do terceiro trimestre for < 1.000 cópias/mL, (conforme condições obstétricas, não se realizando episiotomia, amniotomia ou instrumentação.) • Cesariana eletiva: se a carga viral de terceiro trimestre for ≥ 1.000 cópias/mL ou desconhecida Fatores relacionados ao recém-nascido • A prematuridade e o baixo peso são fatores de risco associados à transmissão vertical do HIV. Fatores relacionados ao aleitamento materno • A amamentação está associada a um risco adicional de 7 a 22% de transmissão. Em casos de infecção materna aguda, o aleitamento natural aumenta a TV do HIV para 29%. • O fato de a mãe utilizar ARV não controla a eliminação do HIV-1 pelo leite Fatores virais • Estudos têm demonstrado correlação entre a magnitude da carga viral e o risco de transmissão vertical do HIV • Em relação aos subtipos virais, alguns estudos realizados na África sugerem que o subtipo C esteja associado a um maior risco de transmissão intra-útero. Fatores clínicos e imunológicos • doenças oportunistas (hepatites virais e a tuberculose) que aumentam a complexidade do manejo clínico da gestante, interferindo nas intervenções que reduzem o risco de transmissão vertical. A sífilis, por exemplo, pode acarretar dano placentário, aumentando o risco de transmissão intra-útero do HIV 2) Por que o bom estado nutricional materno é um fator protetor da TV? A baixa carga viral reduz significativamente a chance de TV, e um bom estado nutricional é essencial para isso. A alimentação saudável fornece os alimentos necessários ao funcionamento do organismo, preserva o sistema imunológico, melhora a tolerância e absorção dos antirretrovirais, previne e auxilia a controlar os efeitos adversos dos medicamentos, além de promover a saúde da gestante e do concepto. 3) Uma gestante portadora do HIV apresentou hemoglobina=9,8g/dL. Faça a prescrição medicamentosa e suplemento de ferro para o tratamento da gestante em questão. São utilizados como critério para avaliar a anemia em gestantes os níveis de hemoglobina < 11g/dL · Prescrevo suplementação com 180 mg (120 a 240mg) de Fe elementar 4 drágeas/dia. 4) Cite três efeitos colaterais da terapia com antirretrovirais e o cuidado nutricional pertinente a cada efeito colateral. Náuseas • Evitar alimentos gordurosos, com odor forte, bebidas gasosos e líquidos durante as refeições; • Alimentos mais secos ao acordar; • Alimentos de fácil digestão e dieta branda; • Evitar deitar-se após as refeições e cabeceira elevada; • Evitar o jejum prolongado; • Preferir alimentos frios ou à T° ambiente • Aumentar o fracionamento; • Se vômitos: aumentar os líquidos, em pequenas porções (água de coco, isotônicos gelados, sucos naturais e outros). Anemia mais comum e mais grave nas gestantes HIV+ (Hb: ≤7,0 mg/dL) É preditora da progressão da doença, mortalidade e TV • Conduta igual a das gestantes de baixo risco: 120 a 240 mg de Fe elementar para tratamento (3 a 6 comprimidos/dia de sulfato ferroso) · PREVENÇÃO: 40 mg de Fe elementar + 5mg de folato (a partir da 20ª sem) + fontes de Fe-heme e não-heme (+ Vit C e outros facilitadores e evitar inibidores da absorção de Ferro). Úlceras Orais - Podem causar dor, dificuldade de mastigação e deglutição • Suplementação com 20 a 30 mg de zinco (sulfato de Zn); • Alimentos de fácil digestão e consistência líquida e pastosa, fria; • Evitar alimentos condimentados, ácidos, com textura aderente; • Aumento da densidade energética da dieta; • Utilização de canudos e copos; • Inclinar a cabeça para trás ao comer; Esofagite Disfagia e dor retroesternal • Causa mais frequente: candidíase • Orientações iguais às de úlceras orais Hipercolesterolemia • Reduzir o óleo de preparo dos alimentos; • Orientar o consumo de alimentos cozidos, assados ou grelhados; • Reduzir frituras; • Reduzir alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol; • Aumentar o consumo de fibras solúveis; • Utilizar o azeite extra-virgeme não aquecido. • Evitar gordura trans; Hipertrigliceridemia • Evitar açúcares e doces, guloseimas, salgadinhos, chocolate, refrigerantes, • Evitar alimentos gordurosos; • Aumentar o consumo de fibras; • Usar adoçantes que são mais seguros na gestação e lactação: aspartame, sucralose, acesulfame K e neotame • Evitar o álcool; • Estimular atividade física regular por 30-45 min, supervisionada Lipodistrofia (descrita em 1998) • Perda de gordura cutânea da face, braços e pernas; • Deposição de gordura no pescoço e parte superior das costas (GIBA); • Etiologia atribuída ao efeito da TARV, estágio da doença e predisposição do indivíduo; • Pode ser acompanhada de dislipidemia, resistência à insulina e hiperglicemia. • Intervenções dietéticas para dislipidemia • Se hiperglicemia: insulina (gestação) ou hipoglicemiante; • Exercícios físicos regulares. Baixo consumo alimentar • Aumentar a densidade energética com óleo vegetal e/ou CHO; • Adequar a consistência da dieta à tolerância individual, conforme a condição da cavidade oral. • Se grave: possibilidade de terapia nutricional enteral complementar à nutrição oral Diarreia • Aumentar o consumo de líquidos e eletrólitos (K, Cl, Na);água, água de coco, suco coado, chá e soro. • Dieta branda: alimentos cozidos, refinados e com fibra reduzida e modificada, tubérculos e raízes, legumes sem sementes e cascas, carnes magras, feijão batido e coado, frutas cruas ou cozidas sem cascas; • Fracionamento da dieta (de 2/2 h). • Evitar açúcar, doces e alimentos gordurosos; • Evitar alimentos flatulentos (repolho, brócolis, couve-flor,milho, cebola, batata-doce e outros). • Diarreias intensas: excluir lactose (avaliar individualmente). • Considerar o uso de pré-bióticos 5) Quais os cuidados que uma gestante portadora do HIV deverá ter com os alimentos que deverão ser consumidos in natura? Por quê? Devido a maior susceptibilidade a infecções, os cuidados com a Segurança Alimentar devem ser mais rigorosos para minimizar o risco de infecções. • Água filtrada ou fervida por 5-10 min; • Higienização das mãos; • Higienização e conservação de alimentos; • Reaproveitamento/Reaquecimento de alimentos • Data de validade de produtos; • Evitar contaminação cruzada entre utensílios e alimentos; • Cozinhar bem os alimentos; • Proteger os alimentos de insetos; Diabetes Gestacional CUIDADO NUTRICIONAL NO DMG: Manter a normoglicemia favorecendo o nascimento de concepto, com peso adequado, com menor risco de distúrbios respiratórios e malformações congênitas. 1) Descreva as alterações fisiológicas e metabólicas da primeira e segunda metades da gestação (separadamente), que levam ao estado diabetogênico FISIOLÓGICO da gestação. Alterações fisiologicas · Primeira metade da gestação: ANABOLISMO (síntese) Aumento dos depósitos maternos de TGL e proteínas Os hormônios Estrogênio e Progesterona levam a uma Hiperplasia de células beta-pancreáticas e células β mais sensíveis ao estímulo da glicose para uma maior produção de insulina, e assim possibilitar a Formação de tecidos maternos e fetais (Tecido adiposo, glândula mamária, líquido amniótico, placenta e outros) *Desvio da insulina para a formação tecidual e não para a captação da glicose sanguinea HIPERINSULINEMIA Lipogênese, glicogênese, aumento dos depósitos de proteína. · Segunda metade da gestação: CATABOLISMO Acredita-se que o principal fator desencadeante seja a incapacidade da gestante com DMG produzir quantidades suficientes de insulina para compensar a intolerância fisiológica à glicose desencadeada principalmente pela ação do Hormônio Lactogênio Placentário (hPL), que é produzido a partir da terceira semana de gravidez, que visa disponibilizar maior aporte energético ao concepto a partir da segunda metade da gestação através do seu efeito anti-insulínico e da ativação das vias metabólicas maternas relacionadas à lipólise e à glicogenólise hepática. A sua concentração no sangue materno aumenta progressivamente até o final da gestação e é proporcional à massa placentária ↑ Hormônios contra-insulínicos: cortisol, glucagon, progesterona, hPL, prolactina, ↑ Resistência tecidual periférica à insulina – Hiperinsulinemia e Hiperglicemia – ↑ Glicemia pós-prandial que nas não-grávidas · Ocorre para que haja um maior aporte energético/glicose para o feto · Tecido adiposo é mobilizado para fornecer energia à mãe •Gestantes normais: revertem o quadro com o aumento ainda maior de insulina, normalizando a glicemia. •Gestantes predispostas ao DG: por apresentarem baixas reservas de insulina, ou por deficiência nos receptores, não conseguem reverter o quadro diabetogênico fisiológico e desenvolvem a intolerância aos carboidratos. Alterações metabólicas - Suposições: 1- Redução na secreção pancreática de insulina pela falta de expansão dessas células β ou insuficiente reserva de insulina; (não conseguem produzir uma quantidade extra de insulina) 2- Ação de hormônios contrainsulínicos (cortisol, glucagon, hPL, estrogênio, prolactina, TNF-alfa e leptina) e alteração dos receptores de insulina (insuficiência de receptores para a insulina) 3- Relação molar insulina:glucagon alterada (gestantes com DMG podem ter níveis elevados de hormônios contra-insulínicos) A gestação é reconhecida como um estado diabetogênico, pois a presença ou o aumento na produção de determinados hormônios induz à hiperglicemia (efeito diabetogênico). Hormônio Lactogênio Placentário (HLP) – apresenta ação anabólica, glicogênica, lipolítica-materno e promove glicogenólise hepática. 2) Por que uma gestante se torna diabética? Explique as prováveis causas. Diabetes mellitus gestacional (DMG) É uma intolerância a carboidratos de gravidade variável, que se inicia durante a gestação atual e não preenche os critérios diagnósticos de diabetes mellitus franco. A condição está presente quando os valores da glicemia de jejum estão acima do normal, mas ainda abaixo dos diagnósticos de diabetes. · As gestantes com DMG não conseguem produzir uma quantidade extra de insulina, que seja suficiente para diminuir a glicemia, por terem baixas reservas de insulina. · As gestantes com DMG podem apresentar insuficiência de receptores para a insulina. · As gestantes com DMG podem ter níveis elevados de hormônios contra-insulínicos · Redução na secreção pancreática de insulina pela falta de expansão dessas células β ou insuficiente reserva de insulina; · Ação de hormônios contrainsulínicos (cortisol, glucagon, hPL, estrogênio, prolactina, TNF-alfa e leptina) e alteração dos receptores de insulina; · Relação molar insulina:glucagon alterada. · Na gestação normal ocorre redução de 40 a 70% da sensibilidade periférica à ação da insulina. · 3) Cite 5 fatores de risco para o DG. · Idade materna avançada · Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atua · Deposição central excessiva de gordura corporal · História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau · Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual · Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, macrossomia ou DMG · Síndrome de ovários policísticos · Baixa estatura (menos de 1,5 m) 4) Fale sobre a importância da triagem precoce do diabetes em gestantes, do(s) exame(s) que deve(m) ser realizado(s) e os valores de glicemia adotados como pontos de corte para diagnóstico do DG. 1ª consulta pré-natal: triagem: Mulheres com diabetes gestacional estão em maior risco de algumas complicações durante a gravidez e parto, assim como seus bebês. Na primeira consulta de pré-natal, recomenda-se avaliar as mulheres quanto à presença de DM prévio, não diagnosticado e francamente manifesto. O diagnóstico de DM será feito se um dos testes a seguir apresentar-se alterado: • Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL; • Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL;* • HbA1c ≥ 6,5% (HbA1c ≥ 6,5 tem associação aumentada com malformações.); • Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL na presença de sintomas; • Confirmação será feita pela repetição dos exames alterados, na ausência de sintomas. - Sugere-se que seja feita dosagem de glicemia de jejum em todas as mulheres na primeira consulta de pré-natal. - Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem receber diagnóstico de DMG. Entre a 24a e 28a semanas de gestação, e toda mulher com glicemia de jejum < 92 mg/dL inicial deve deve-se realizar o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com dieta com, no mínimo, 150 g de carboidratos nos 3 dias anteriores ao teste, e com jejum de 8 horas no dia do teste / 75 g de glicose oral. 5) Como deve ser distribuída a recomendação energética diária nas refeições de uma gestante portadora de DG? 30 a 45 kcal/kg - peso Ideal/dia Baixo peso 25 Kcal/Kg - peso Atual/dia Eutróficas, obesas e com sobrepeso 1800 a 2200 Kcal/dia · CHO: 45 a 65% (mínimo de 175 g) · Proteínas: 15 a 20% (ANVISA: 71 g/dia) · Lipídios: 20 a 35% do VET Desjejum: 10 a 15% | Lanche: 10 a 15% | Jantar: 20 a 30| Colação: 5 a 10% | Almoço: 20 a 30% | Ceia: 5 a 10% 6) Faça 5 orientações nutricionais específicas para gestantes com DG. • Fracionar as refeições (3/ 3h) para evitar hiper/hipoglicemia; • Os carboidratos devem ser fracionados em 3 refeições principais e 2 a 4 pequenos lanches; • A quantidade de açúcar simples (glicose, frutose, sacarose) não deve ultrapassar 10% a 15% da quantidade total de carboidratos, dentro do contexto de uma dieta saudável. • Estimular a ingestão de Vit A de fontes animais, pela alteração na conversão da pró-vitamina A em Vit A ativa em Diabéticostipo 1. • Aumentar o consumo de antioxidantes: Vits A, C, E, e selênio, devido ao aumento do estresse oxidativo que ocorre no DM. • Deve-se programar um mínimo de 175g de carboidratos por dia, considerando sempre os resultados clínicos (sensações de fome, níveis de glicose plasmática, ganho de peso, níveis de corpos cetônicos) • Atenção a dietas hipocalóricas que podem levar a cetonemia e cetonúria. • Antes de dormir é necessário um pequeno lanche para evitar a cetose noturna • O sódio não deve ser restrito. A suplementação de CROMO reduz a resistência à insulina no diabetes gestacional Tratamento 1º: Dieta balanceada que atenda às necessidades da gestante + Atividade física (por duas semanas) Se não normalizar a glicemia prescrição medicamentosa Insulinoterapia Hipoglicemiante oral (uso recente) - As doses iniciais de insulina devem ser de 0,3 a 0,5 U/Kg/dia, preferencialmente em mais de uma dose diária. - Dividir o total de unidades em duas ou três doses iguais de insulina NPH (ação intermediária), aplicadas às 7h e 22h, ou às 7h, 12h e 22h (MS, 2012). Controle da Glicemia - Pós parto · Observar os níveis de glicemia nos primeiros dias após o parto. · A maior parte das mulheres não necessita mais da insulina. · Orientar a manutenção de uma dieta saudável · Aleitamento materno na primeira hora. · Reavaliar a glicemia 6 semanas após o parto CONDUTA NUTRICIONAL 1° Trim.: 1° sem. – 13° sem. 2° Trim.: 14° sem. – 27° sem. 3° Trim.: 28° sem. – 40° sem. PESO PRÉ-GESTACIONAL (PPG) gestantes Eutróficas, com Sobrepeso ou Obesas Peso até 2 meses antes da gestação ou o Peso até a 13ª semana (1º Trim.) PESO IDEAL (PI) gestantes de Baixo Peso · PI = IMC desejado x A (m)² · IMC desejado é aquele que não representará risco de doenças; · Encontra-se entre 18,50 a 24,99 kg/m² (média: 21,7 kg/m²). · GET = (GEB x NAF) + Adicional (kcal) 1° Trim.: 85 kcal/dia 2° Trim.: 285 kcal/dia 3° Trim.: 475 kcal/dia · PTN=1g/kg/dia + Adicional 1° Trim.: 1g/dia 2° Trim.: 9g/dia 3° Trim.: 31g/dia DUM Início do mês: dia 5 | Metade do mês: dia 15 | Fim do mês: 25 A partir da DUM, contar o número de semanas até a data da consulta Se o resultado for 4 sem + 1, 2 ou 3 dias, então a IG = 4 semanas Se o resultado for 4 sem + 4, 5 ou 6 dias, então a IG = 5 semanas IMC (PPG) kg/semana no 2° e 3° Trimestre kg/Total na gestação BAIXO PESO 0,5 (0,44 – 0,58) 12,5- 18,0 EUTRÓFICA 0,4 (0,35 – 0,50) 11,5 – 16,0 SOBREPESO 0,3 (0,23 – 0,33) 7,0 – 11,5 OBESIDADE 0,2 (0,12 – 0,27) 5,0 – 9,0 BAIXO PESO 2,3 kg EUTRÓFICA 1,6 kgPeso ganho no 1° Trimestre SOBREPESO 0,9 kg OBESIDADE x
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