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Tratamento cirúrgico de cistos e Pseudocistos

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Tratamento cirúrgico de cistos e Pseudocistos .
OBJETIVOS CIRURGICOS BÁSICOS:
Erradicação da condição patológica:
O objetivo terapêutico de qualquer procedimento cirúrgico ablativo é remover completamente a lesão e não deixar células que poderiam proliferar gerando uma recidiva. Os métodos usados para atingir esse objetivo variam e dependem da natureza da condição patológica.
Portanto, é imperativo que identifique a lesão histopatologicamente através de biópsia, previamente a condução de qualquer procedimento cirúrgico. Somente assim o procedimento cirúrgico apropriado pode ser escolhido para erradicar a lesão com mínima destruição dos tecidos normais adjacentes.
- Reabilitação funcional do paciente.
Tratamento cirúrgico de Pseudocistos e Lesões císticas da Maxila e Mandíbula:
O tratamento cirúrgico das lesões patológicas da boca pode ser mais bem discutido classificando-as amplamente as lesões patológicas nas seguintes categorias: lesões pseudocísticas e cistos dos ossos maxilares, tumores benignos dos ossos gnáticos, tumores malignos e lesões benignas dos tecidos moles da boca.
Um cisto pode ser definido como uma cavidade patológica revestida por epitélio e preenchida por fluido ou por material de consistência mole.
A prevalência de cistos nos ossos gnáticos pode estar relacionada com a abundância de epitélio que prolifera no osso durante o processo de formação dos dentes e ao longo das linhas onde as superfícies dos processos embrionários dos ossos gnáticos fusionam.
Fragmentos residuais da membrana cística tendem a produzir cistos recorrentes, o que exige a excisão completa do seu revestimento epitelial no momento da cirurgia. Os cistos são conhecidos por destruírem grandes porções dos ossos e por deslocarem os dentes para áreas remotas dos ossos maxilares.
O crescimento dos cistos e causado por expansão gradual e a maioria é descoberta por meio de radiografias odontológicas de rotina. Os cistos geralmente são assintomáticos, a menos que estejam infectados secundariamente. A mucosa sobrejacente possui coloração e consistência normais e não há deficiências de sensibilidade em decorrência do envolvimento de nervos.
Se o cisto não expandiu ou adelgaçou a cortical óssea, notam-se o contorno e a firmeza normais da área. A palpação com firme pressão pode provocar depressões na superfície de um osso expandido com característica resiliência de rebote. Se o cisto erodiu através da cortical óssea, nota-se flutuação á palpação.
Os cistos geralmente não causam reabsorção das raízes dos dentes; portanto, quando se identifica a reabsorção, o clínico deve suspeitar de uma neoplasia. O revestimento epitelial dos cistos, em raras ocasiões, sofre alterações ameloblásticas ou malignas. Portanto, todo tecido cístico excisado deve ser submetido a exame histopatológico.
Os cistos dos ossos gnáticos são tratados por meio de um dos seguintes quatro métodos:
(1) Enucleação.
(2) Marsupialização.
(3) Uma combinação em estágio dos dois procedimentos.
(4) Enucleação e curetagem.
ENUCLEAÇÃO:
A enucleação é o processo através do qual se consegue a remoção total de uma lesão cística.
Um cisto se presta a técnica de enucleação devido a camada de tecido conjuntivo entre o componente epitelial (que reveste a face interna do cisto) e a parede óssea da cavidade cística.  Essa camada permite que haja um plano de clivagem para separar o cisto da cavidade óssea e torna a enucleação similar a separação do periósteo do osso.
A enucleação deve ser realizada com cuidado na tentativa de remover o cisto em uma peça única, sem fragmentar, o que reduz as chances de recidivas.
Indicações:
É o tratamento de escolha para remoção dos cistos gnáticos desde que o mesmo possa ser removido de forma segura sem sacrificar estruturas adjacentes.
Vantagens:
Possibilidade da realização do exame histopatológico de todo o cisto, outra vantagem é que a biopsia excisional (ou seja, a enucleação) também serve para tratar adequadamente a lesão.
A técnica é a mesma da biopsia excisional.
MARSUPIALIZAÇÃO:
A marsupialização, a descompressão e a operação de Partsch referem-se a criação de uma janela cirúrgica na parede do cisto, com o esvaziamento do seu conteúdo e com a manutenção da continuidade entre o cisto e a cavidade oral, ou seio maxilar ou a cavidade nasal.
Esse processo diminui a pressão intracística e promove a diminuição e o preenchimento ósseo. A marsupialização pode ser usada como terapia isolada para um cisto ou como uma etapa preliminar no tratamento, com a enucleação adiada para um segundo momento.
Indicações:
Os seguintes fatores devem ser observados antes de decidir se remove ou não um cisto através da marsupialização:
1 - Qualidade da lesão tecidual:
A proximidade de um cisto com as estruturas vitais pode conduzir ao sacrifício desnecessário de tecido se a enucleação for aplicada.
Ex: se a enucleação de um cisto criar uma fístula oroantral, ou provocar danos ás estruturas neurovasculares principais (ex: nervo alveolar inferior) ou a desvitalização de dentes saudáveis, a marsupialização deve ser considerada.
2 - Acesso cirúrgico:
Se o acesso a todas as porções do cisto for difícil, partes da parede cística podem ser deixadas no local, o que pode resultar em recidiva, a marsupialização deve ser considerada.
3 - Auxílio na erupção do dente:
Se um dente não irrompido, necessário ao arco dentário, estiver envolvido com o cisto (um cisto dentígero), a marsupialização pode permitir a continuidade da erupção em direção a cavidade bucal.
4 - Extensão da cirurgia:
Em um paciente não-saudável ou debilitado, a marsupialização é uma alternativa razoável á enucleação, pois é um procedimento simples e pode ser menos estressante para o paciente.
5 - Tamanho do cisto:
Em cistos muito grandes, há a possibilidade de fratura mandibular durante a enucleação. Pode ser melhor fazer a marsupialização cística e adiar a enucleação até que haja considerável preenchimento ósseo da cavidade.
ENUCLEAÇÃO E CURETAGEM:
Após a enucleação uma cureta ou uma broca são usadas para remover de 1 2 mm de osso ao redor de toda a periferia da cavidade cística. Isso é feito para remover qualquer remanescente das células epiteliais que possa estar presente na periferia da parede cística ou da cavidade óssea. Essas células podem proliferar, gerando uma recidiva do cisto.
Indicações:
O profissional deve realizar a curetagem com enucleação em duas situações: a primeira situação refere-se a remoção de um ceratocisto odontogênico. Nesse caso, a abordagem mais agressiva de enucleação seguida de curetagem deve ser usada, já que os ceratocistos odontogênicos exibem um comportamento clínico agressivo e uma taxa consideravelmente alta de recidivas. As razões para o comportamento localmente agressivo baseiam-se na atividade mitótica e celularidade aumentadas do epitélio c do ceratocisto odontogênico. Cistos filhotes ou satélites encontrados na periferia da lesão cística principal podem ser incompletamente removidos, o que contribui para aumentar os índices de recidiva.
A segunda instância em que a enucleação com curetagem é indicada é com qualquer cisto que recidive após o que tenha sido considerada uma remoção completa.
Vantagens:
Se a enucleação deixar remanescentes epiteliais, a curetagem pode removê-las, diminuindo, portanto, a probabilidade de recidivas.
Desvantagens:
A polpa dentária pode ser destituída de seu suprimento neurovascular quando a curetagem é realizada em região próxima as extremidades das raízes, os feixes neurovasculares adjacentes também podem ser danificados. A curetagem deve, sempre, ser realizada com grande cuidado para evitar esses danos.
Técnica:
Após a enucleação e remoção do cisto, a cavidade óssea deve ser inspecionada procurando-se avaliar a proximidade com estruturas adjacentes. Uma cureta amolada ou uma broca para osso com irrigação estéril pode ser usada para remover uma camada de 1 a 2 mm de osso ao redor de toda a periferia da cavidade cística.
Tratamento cirúrgico de cistos e 
Pseudocistos
 
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OBJETIVOS CIRURGICOS BÁSICOS:Erradicação da condição patológica:
 
O objetivo terapêutico de qualquer procedimento cirúrgico ablativo é r
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lesão e não deixar células que poderiam proliferar gerando uma recidiva. Os métodos usados 
para atingir esse objetivo variam e dependem da n
atureza da condição patológica.
 
 
Portanto, é imperativo que identifique a lesão histopatologi
camente através de biópsia, 
previamente a condução de qualquer procedimento cirúrgico. Somente assim o procedimento 
cirúrgico apropriado pode ser escolhido para erradicar a lesão com mínima destruição dos 
tecidos normais adjacentes.
 
 
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Reabilitação funcion
al do paciente.
 
 
Tratamento cirúrgico de Pseudocistos e Lesões císticas da Maxila e Mandíbula:
 
O tratamento cirúrgico das lesões patológicas da boca pode ser mais bem discutido 
classificando
-
as amplamente as lesões patológicas nas seguintes categorias:
 
les
ões 
pseudocísticas e cistos dos ossos maxilares, tumores benignos dos ossos gnáticos, tumores 
malignos e lesões benignas dos tecidos moles da boca.
 
 
Um cisto pode ser definido como uma cavidade patológica revestida por epitélio e preenchida 
por fluido ou p
or material de consistência mole.
 
 
A prevalência de cistos nos ossos gnáticos pode estar relacionada com a abundância de 
epitélio que prolifera no osso durante o processo de formação dos dentes e ao longo das linhas 
onde as superfícies dos processos embrio
nários dos ossos gnáticos fusionam.
 
 
Fragmentos residuais da membrana cística tendem a produzir cistos recorrentes, o que exige a 
excisão completa do seu revestimento epitelial no momento da cirurgia. Os cistos são 
conhecidos por destruírem 
grandes porções
 
dos ossos e por deslocarem os dentes para áreas 
remotas 
dos ossos
 
maxilares.
 
 
O crescimento dos cistos e causado por expansão gradual e a maioria é descoberta por meio 
de radiografias odontológicas de rotina. Os cistos geralmente são assintomáticos, a menos
 
que 
estejam infectados secundariamente. A mucosa sobrejacente possui coloração e consistência 
normais e não há deficiências de sensibilidade em decorrência do envolvimento de nervos.
 
 
Se o cisto não expandiu ou adelgaçou a cortical óssea, notam
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se o conto
rno e a firmeza 
normais da área. A palpação com firme pressão pode provocar depressões na superfície de um 
osso expandido com característica resiliência de rebote. Se o cisto erodiu através da cortical 
Tratamento cirúrgico de cistos e Pseudocistos . 
 
OBJETIVOS CIRURGICOS BÁSICOS: 
Erradicação da condição patológica: 
O objetivo terapêutico de qualquer procedimento cirúrgico ablativo é remover completamente a 
lesão e não deixar células que poderiam proliferar gerando uma recidiva. Os métodos usados 
para atingir esse objetivo variam e dependem da natureza da condição patológica. 
 
Portanto, é imperativo que identifique a lesão histopatologicamente através de biópsia, 
previamente a condução de qualquer procedimento cirúrgico. Somente assim o procedimento 
cirúrgico apropriado pode ser escolhido para erradicar a lesão com mínima destruição dos 
tecidos normais adjacentes. 
 
- Reabilitação funcional do paciente. 
 
Tratamento cirúrgico de Pseudocistos e Lesões císticas da Maxila e Mandíbula: 
O tratamento cirúrgico das lesões patológicas da boca pode ser mais bem discutido 
classificando-as amplamente as lesões patológicas nas seguintes categorias: lesões 
pseudocísticas e cistos dos ossos maxilares, tumores benignos dos ossos gnáticos, tumores 
malignos e lesões benignas dos tecidos moles da boca. 
 
Um cisto pode ser definido como uma cavidade patológica revestida por epitélio e preenchida 
por fluido ou por material de consistência mole. 
 
A prevalência de cistos nos ossos gnáticos pode estar relacionada com a abundância de 
epitélio que prolifera no osso durante o processo de formação dos dentes e ao longo das linhas 
onde as superfícies dos processos embrionários dos ossos gnáticos fusionam. 
 
Fragmentos residuais da membrana cística tendem a produzir cistos recorrentes, o que exige a 
excisão completa do seu revestimento epitelial no momento da cirurgia. Os cistos são 
conhecidos por destruírem grandes porções dos ossos e por deslocarem os dentes para áreas 
remotas dos ossos maxilares. 
 
O crescimento dos cistos e causado por expansão gradual e a maioria é descoberta por meio 
de radiografias odontológicas de rotina. Os cistos geralmente são assintomáticos, a menos que 
estejam infectados secundariamente. A mucosa sobrejacente possui coloração e consistência 
normais e não há deficiências de sensibilidade em decorrência do envolvimento de nervos. 
 
Se o cisto não expandiu ou adelgaçou a cortical óssea, notam-se o contorno e a firmeza 
normais da área. A palpação com firme pressão pode provocar depressões na superfície de um 
osso expandido com característica resiliência de rebote. Se o cisto erodiu através da cortical

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