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Direito Constitucional Letícia Vidal Jaime Política Constitucional Urbana e rural Rural = terra: uso-ocupação-domínio-posse · A CF prevê um direito fundamental que é o direito de propriedade → Regulamentar o uso-ocupação-domínio (título)-posse (exercício) da propriedade 1. Usucapião constitucional de área urbana (Art. 183, CRFB/88) · Art. 183 – Área Urbana · Garantia de justiça social. · Não pode usucapião de terras públicas, ainda que em área urbana. a. Requisitos: · Tempo → 5 anos de permanência ininterruptamente + posse mansa (ninguém pode se opor/abrir processo judicial contra o exercício de posse) + posse pacífica (sem violência – ninguém tentar tirar o indivíduo de lá); · Tamanho da propriedade → terreno de no máximo 245 a 250 m2; · Pessoal → A pessoa que requer a usucapião mão pode ter nenhum título de propriedade urbana ou rural; · Destinação → Tem que ser necessariamente destinado a moradia. b. STF → Marco para cumprimento do requisito tempo → CRFB/88 2. Política Agrícola e fundiária e da reforma agrária (Art. 184, 191, CRFB/88) · Art. 184 – Área Rural · Compatibilizadas com o plano nacional de política agrícola e da reforma agrária. a. Terras públicas → a terra dos entes federativos (união, estados, Distrito Federal, municípios), bem como a terra da administração pública indireta (INSS, Petrobrás, Correios etc.) · Estas terras não podem sofrer usucapião, mas o poder público pode redistribuí-las, fazendo delas objeto de reforma agrária; b. Terras devolutas → São terras (propriedades) grandes de particular, sem destinação econômica social e/ou ambiental (é o “terreno baldio”) → Terras que não cumprem função socioambiental; também fazem parte do plano nacional de reforma agrária; · Não pode ter reforma agrária em terra devoluta que seja pequena e média propriedade (Lei 8.629/93). 2.1. Reforma agrária (Arts. 184 e 185, CRFB/88 + Lei 8.629/93 + Lei 13.001/14) · É previsão constitucional · Quem efetiva a reforma agrária no Brasil? A União. a. Conceito: O que é reforma agrária? É o conjunto de notas e planejamentos estatais (política pública) → Intervenção do estado na economia brasileira → Repartição das terras rurais/renda fundiária b. Competência: Exclusiva da união. c. Procedimento: · União pega terra devoluta e coloca dentro de um Decreto (feito pelo presidente) falando que esta terra devoluta de particular tem interesse social para fins de reforma agrária. · O decreto segue para o proprietário da terra devoluta, que pode fazer sua defesa/a defesa de sua propriedade, alegando ao poder publico que ele está dando uma destinação econômica a propriedade · Se o poder público não se convencer da defesa, a União, por intermédio do presidente, abre uma ação judicial chamada ação de desapropriação para fins de reforma agrária e desapropria a terra devoluta para fazer a reforma agrária. d. Requisitos para fazer a reforma agrária: I. Imóvel que não esteja cumprindo a sua função (destinação) socioambiental; → Expropriação = tirar a propriedade; II. Prévia (antes da transferência) e justa indenização para o proprietário; → O poder público vai pagar a justa e prévia indenização por meio de precatório rural = títulos da dívida rural, que são emitidos ao final da ação de desapropriação → O poder público teria até 20 anos após a emissão, contados a partir do seu 2º ano. Ou seja, o proprietário teria recebimento do valor em até 20 anos (Se o proprietário não concordar com o valor da indenização, não há recurso, não há como reclamar) → É TEORIA, NA PRÁTICA NÃO FUNCIONA → Precatório rural também tem ordem; III. Tudo que o proprietário tiver feito em relação a benfeitorias úteis e necessárias dentro do imóvel, serão pagas em dinheiro e não em precatório; IV. Necessidade do decreto da união declarando a propriedade de interesse social; V. Isenção de pagamento de imposto/tributo para a transferência da propriedade. 2.2. Usucapião constitucional de área rural (art. 191, CRFB/88) · Reforma agrária quem faz é o poder público; · Usucapião de área urbana ou rural quem faz é o particular; a. Requisitos: · Tempo → 5 anos de permanência ininterruptamente; · Tamanho → Não pode ser superior a 50 hectares; · Destinação → Deve ser para moradia ou para fins econômicos; · Aspecto subjetivo → não pode ser proprietário de nenhum outro imóvel (rural ou urbano); · Especial → Tem que tornar produtiva a referida propriedade, ainda que seja produção para a subsistência;
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