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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL DO ESTADO Y RAFAELA, nacionalidade, naturalidade, menor impúbere, representada por sua genitora MELINA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Identidade n°..., inscrito no CPF sob o n°..., residente e domiciliado à Rua..., n°..., bairro ..., Cidade/Estado, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n° ..., vem por meu de seu advogado, (procuração anexo 01), residente e domiciliado à Rua..., n°..., bairro ..., Cidade/Estado, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n° ..., inconformado com a decisão interlocutória que INDEFERIU o pedido de tutela provisória da fixação de alimentos inaudita altera parte às fls..., proferida pelo juiz de direito da 1° Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y, nos autos da AÇÃO DE ALIMENTOS, processo n°..., movida em face de EMERSON, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Identidade n°..., inscrito no CPF sob o n°..., residente e domiciliado à Rua..., n°..., bairro ..., Cidade/Estado, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n° ..., sem advogado constituído até o presente momento, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com o fulcro nos artigos 1015, I do Código de Processo Civil, tempestivamente, (Declaração de hipossuficiência, anexo 02). interpor o presente: AGRAVO DE INSTUMENTO COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL Não satisfeito com a decisão interlocutória negativa, a agravante interpõe o presente recurso, facultando-se ao juízo a quo o exercício da retratação, tão logo seja comunicado da interposição deste recurso, nos termos do artigo 1018 do Código de Processo Civil. Requerendo a Vossa Excelência que se digne em recebê-lo e processá-lo, distribuindo o presente a uma das Colendas Câmaras deste Egrégio Tribunal, apresentando as razões, em anexo. DO NOME E ENDEREÇO COMPLETO DO ADVOGADO A fim de cumprir o disposto no artigo 1016, IV do Código de Processo Civil, deve ser intimado por parte da Agravante, seu advogado, (anexo 01). PATRONO DO AGRAVANTE: Nome: XXX, inscrito na OAB/UF sob o n° ..., com escritório profissional estabelecido à Rua..., n°..., bairro ..., Cidade/Estado, CEP: ..., e-mail: ...@... . PATRONO DO AGRAVADO: Não citado/intimado nos autos do processo. DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS Também, nos termos do artigo 1017, I do Código de Processo Civil, lista as peças integrantes do traslado, no qual consta a integralidade dos autos originários, podendo- se verificar as peças essenciais, segue as cópias dos seguintes documentos como: 1 - petição inicial; 2 - petição que ensejou a decisão agravada; 3 - decisão impugnada; 4 - certidão de publicação da decisão agravada; 5 - procuração outorgada pelo Agravante ao seu advogado; 6 - contestação e Procuração do Agravado ausente, por motivos da não citação nos autos do processo, requerendo desde já a intimação do Agravado pessoalmente; e 7 - demais documentos essenciais para a compreensão da causa. Todos anexos (doc. 02) Nestes termos, Pede deferimento Local e Data Advogado OAB/UF EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA .... TURMA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL DO ESTADO Y Processo n°: .... Apelante: RAFAELA Advogado: ... Apelado: EMERSON Advogado: .... (ausente) Ação: DE ALIMENTO Origem: 1° Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA COLENDA CÂMARA NOBRES JULGADORES A Respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que proferida em franco conforto com os interesses da Agravante, já que o mantém em situação de risco pela irresponsabilidade do Agravado. Ora, nobres julgadores, não merece prosperar a decisão interlocutória pelo Juiz de Direito da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: I - DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO O agravante é parte legitima, portanto, preenchido os requisitos legais e os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade. I.I - DA TEMPESTIVIDADE A decisão interlocutória foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico no dia...., e sendo o prazo de 15 dias úteis para a interposição do recurso de Agravo de Instrumento, logo, este presente recurso é tempestivo. Conforme o artigo, 1003 do NCPC. I.II - DA JUSTIÇA GRATUITA A agravante, menor impúbere, representada por sua genitora, na qual encontra-se desempregada, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família, requereu pedido a Gratuidade da Justiça na instância de primeiro grau, conforme fls... . Por tais razões, pleiteia neste Egrégio Tribunal os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5°, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 do NCPC, no artigo 98 e seguintes. Declaração de hipossuficiência, segue anexo, (doc. 3). II - DOS EFEITOS Em atendimento ao quanto disposto no Artigo 1019, I do Código de Processo Civil, requer-se que seja atribuído ao presente recurso efeito suspensivo ativo a fim de que sejam assegurados os alimentos provisórios à Agravante, vez que, presentes os requisitos, verossimilhança e perigo de dano, a espera pelo julgamento do mérito poderá lhe acarretar injustos e irreparáveis prejuízos. Diante do exposto, requer que o presente recurso seja CONCEDIDO, no efeito suspensivo, conforme razões a seguir expostas: III - DA SÍNTESE Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora Recorrente, em face de Emerson, ora Recorrido e, apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da Recorrente, seu pai Emerson realizou exame de DNA em 2014, voluntário e extrajudicialmente a pedido da sua ex-esposa, na qual foi apontada a existência de paternidade em ralação a Rafaela. Segundo consta na petição inicial, a recorrente informou ao juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que o seu pai Emerson, não exercia emprego formal, com carteira assinada, porém, vivia de “bicos” e serviços prestados de forma autônoma, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. Por fim, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de alimentos provisórios com base em dois fundamentos: (i) inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava da certidão de nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora. Tal fundamento, porém, não poderá subsistir, como adiante será demonstrado. IV - DO CABIMENTO DO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO Nos termos do artigo 1015, I do Código de Processo Civil, será cabível agravo de instrumento, dentre outras hipóteses expressamente previstas, a de rejeição do pedido de fixação de alimentos provisórios, e de versar sobre tutela provisória antecipada. Assim, é cabível o presente recurso. V – DO DIREITO E DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA V.I - DA VEROSSIMILHANÇA Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanada a inexistência na Certidão de Nascimento da Recorrida, em 2014, foi realizado o exame de DNA, ainda que feito extrajudicialmente, foi possível comprovar através do mesmo, a paternidade do Recorridoem relação à sua filha Rafaela, o exame de DNA feito voluntariamente pelo pai é prova inequívoca da paternidade, não havendo violação do devido processo legal. Sendo prova documental como índice de acerto e de probabilidade de 99,99% (noventa e nove, noventa e nove por certo) e de direito de a Agravante empregá-la, conforme artigo 369 do NCPC. in verbis: Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Como é de elementar conhecimento, este traz ao magistrado prova praticamente absoluta da existência ou não da paternidade e, mesmo sendo realizado antes do ajuizamento da ação, constitui relevante meio de prova acerca da existência ou não da paternidade biológica. Desta forma o exame de DNA, deve ser aceito para o reconhecimento da verossimilhança, conforme artigo 371 do NCPC, e haja vista não haver prova robusta de que houve irregularidade ou vicio na perícia. Veja: Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. V.II - DA POSSIBILIDADE Neste quesito, é indispensável a verificação do binômio necessidade-possibilidade, ou seja, a necessidade do alimentando e a possibilidade de pagamento pelo alimentante, conforme prevê o § 1° do Artigo 1694 do Código Civil. A genitora da Agravante encontra-se desempregada sem possibilidade de prover o sustento de sua filha, enquanto o provável genitor realizar prestação de serviços autônomo, mas não contribui com a necessário sustento da menor, mesmo tendo condições de provê-lo. À pensão alimentícia indeferida pelo juízo de primeiro grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma de sobreviver através de “bicos” por parte do Recorrido, mas cabe ressaltar que o Agravado presta serviços de forma autônoma possibilitando-o em adquirir através dos diversos trabalhos, qualquer tipo de renda, inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário mínimo por mês, portanto, conforme os artigo 229 da CF c/c o artigo 1566, IV do CC, a obrigação alimentar é de ambos o pais, que deverão contribuir independentemente de estarem desempregados ou exercerem emprego informal. Veja: Art. 1.694. (...) § 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: (...) IV - sustento, guarda e educação dos filhos; Desta forma, o desemprego do alimentante não o exime da obrigação alimentar, pois ele realiza trabalhos informais, permanecendo o dever de sustento da Agravante. O pedido de alimentos envolve a subsistência de menor de idade, razão pela qual a apreciação do pleito da agravada exige urgência. Além disso, o dever de prestar alimentos decorre do poder familiar. Sobre obrigação alimentar e, em relação à possibilidade, vale ressaltar o Artigo 1695 do Código Civil que diz: Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê- los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de Barros Monteiro, “se o alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos, ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria”. (MOTEIRO, 2001, p. 304). O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde que, o montante a ser pago não prejudique seu próprio sustento. Portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem temo direito de receber os alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los. Conforme cita Maria Helena Diniz: “Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos alimentos, entre as necessidades do alimentando e os recursos econômicos financeiros do alimentante, sendo que a equação desses dois fatores deverá ser feita, em cada caso concreto, levando-se em conta que a pensão alimentícia será concedida sempre ad necessitaten.” (DINIZ,1997, p. 358). Presentes, portanto, os requisitos legais, tem-se plenamente viável a concessão da tutela antecipada dos alimentos provisórios, a serem pagos pelo Agravado em favor do Agravante, merecendo ser reformada, pois, a decisão de indeferimento prolatada pelo juízo de primeiro grau. VI - DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por temor do Artigo 1019, I do Código de Processo Civil, acarretará prejuízos à alimentada, ora Agravante, sem contar em longa batalha judicial sendo que, o feito pode ser devidamente de pronto julgado, com resolução de mérito, já que preenchidos os requisitos legais do artigo 996, parágrafo único do Código de Processo Civil. In verbis: Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. E conforme, o artigo 300 do NCPC, a Tutela de Urgência condiciona-se à demonstração do “periculum in mora” e “fumus boni juris”. No entanto, ante os fatos, não restaram dúvidas que o caso não seja concedido a tutela, a sobrevivência e o desenvolvimento da menor serão prejudicados, como ainda, que sendo de boa-fé o referido requerimento uma vez que comprovado a paternidade pelo exame de DNA. Dessa forma, a referida liminar deve prosperar, requerendo, desde já, à Reforma. VII - DOS PEDIDOS Diante dos fatos e do direito acima expostos, requer que seja conhecido e provido o presente recurso, sendo concedida por decisão monocrática do relator, a tutela antecipada recursal em caráter liminar em seu regular efeito devolutivo e com o efeito suspensivo ativo da decisão agravada, conforme o artigo 1.019, I do Código de Processo Civil, para ao final reformar a decisão de primeira instância proferida pelo juízo “a quo”, da decisão interlocutória impugnada . Requer a concessão imediata da fixação em favor da Agravante alimentos provisórios no importe de 30% sobre o salário mínimo, a serem suportados pelo Agravado, já que presentes os requisitos legais da medida , até que venha a ser proferida a decisão final, colegiada, pelo órgão julgador do Agravo, confirmando a reforma do conteúdo da decisão agravada, para que seja mantida o deferimento de pensão alimentícia provisória pleiteados. Dessa forma, requer que a parte Agravada seja intimado pessoalmente, para querendo, apresentar de contrarrazões ao presente agravo no prazo legal; intimando o representante do Ministério Público, para atuar enquanto fiscal da ordem jurídica; informar o endereço profissional do advogado do Agravado e, por fim, ratificada a tutela antecipada recursal pelo colegiado, no tocante aos alimentos provisórios Nestes termos, Pede deferimento. Local e Data Advogado OAB/UF ROL DE DOCUMENTOS - Instrumento procuratório – (anexo 01); - Juntada das peças obrigatórias e facultativas – (doc. 02) - Declaração de hipossuficiência - (anexo 03).
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